Francisco não esquece o Rio de Janeiro

"Parece o Rio de Janeiro!" brinca papa ao ver muitos jovens durante o Ângelus

4.ago.2013 - Uma foto divulgada neste domingo mostra o sacerdote sul-coreano Oh Woong-jin posando com o papa Francisco durante uma visita ao Vaticano no dia 2 de agosto. O sacerdote é conhecido por sua "Vila Flor", uma casa para deficientes e pessoas sem-teto, criada na Coreia do Sul em 1973 Flower Village/EFE
No primeiro Ângelus rezado pelo papa Francisco após sua volta do Brasil, onde participou da JMJ (Jornada Mundial da Juventude), o pontífice elogiou o povo brasileiro.
Em um discurso improvisado, o pontífice afirmou que não esquece a "calorosa" acolhida que recebeu no Brasil e disse que o brasileiro é "um povo generoso" e de "grande coração".
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Jornada Mundial da Juventude 2013

29.jul.2013 - O papa Francisco concede entrevista coletiva no avião que o levou do Rio, onde participou da Jornada Mundial da Juventude, a Roma. O pontífice disse que "se uma pessoa é gay e busca Deus, quem sou eu para julgá-la?" Luca Zennaro/AFP
As palavras de Francisco emocionaram os brasileiros que enfrentaram um calor de 38ºC na praça São Pedro, no Vaticano, neste domingo (4) apenas para ver o papa de longe.
"A gente se sente orgulhoso quando vê o papa elogiando o Brasil. É importante ouvir coisas boas do nosso país", afirmou Rogério Dutra, 33.
Junto com um grupo de 26 romeiros do interior de São Paulo, Dutra completou há poucos dias o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha. A ida ao Vaticano fechou a aventura de fé pela Europa.

Papa Francisco no Brasil -s

"Durante os 30 dias de caminhada, a gente ouviu falar da preparação e depois da ida do papa ao Brasil. Tivemos a felicidade de encontrá-lo agora aqui no Vaticano após a viagem dele ao Rio", disse.
Para fazer a peregrinação, Murilo Pierroti, 20, de Limeira, no interior de São Paulo, teve de abrir mão de ir à JMJ. Para ele, ouvir o papa por 20 minutos valeu a pena.
"Depois de minha jornada de fé particular, em que até noivo eu fiquei, chegar aqui é realizar mais um sonho", afirmou.
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Qual foi a melhor frase do papa Francisco no Brasil?

 - "Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo", disse o pontífice, em discurso direcionado a autoridades, diplomatas, políticos e artistas, no Theatro Municipal, na área central do Rio de Janeiro. Segundo ele, um país cresce quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais. "Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo", afirmou .
No meio de inúmeras bandeiras argentinas, Madalena Inácio, 65, tremulava uma do Brasil. Pernambucana, ela vive em Roma há 27 anos e disse ter dado as boas-vindas ao papa durante a semana.
"Na quarta-feira, fui até a igreja onde o papa rezou uma missa. Quando ele saiu, levantei a bandeira e gritei 'bem-vindo de volta'. Ele sorriu como um amigo", contou.
O paranaense Renato Kovalski, 24, lamentou ter perdido a JMJ. Há um ano, ele vive em Portugal onde estuda biologia.
"Sou muito católico e cheguei a cogitar ser padre. Todos os meus amigos de Teixeira Soares (PR) foram ao Rio", disse. "Tive azar de, no ano em que saí do meu país pela primeira vez, ter perdido o papa no Brasil e uma nevasca na minha cidade", lamentou.
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Papa Francisco abençoa crianças em passagem pelo Brasil

24.jul.2013 - Papa Francisco beija criança ao chegar de papamóvel ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo Leia mais Domenico Stinellis/AP

Ângelus

O papa Francisco lembrou neste domingo (4) a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro e convidou os jovens a buscarem Jesus para combater o "veneno do vazio que se insinua em nossas sociedades baseadas no proveito e no possuir" que os iludem "com o consumismo".
O pontífice advertiu que os jovens "são especialmente sensíveis ao vazio de significado e de valores que com frequência os cerca e, infelizmente, pagam as consequências disso".
"Por outro lado, o encontro com Jesus vivo, em sua grande família que é a Igreja, enche o coração de alegria, porque o enche de verdadeira vida, de um bem profundo, que não passa e não se murcha", acrescentou.
Francisco insistiu em como o Evangelho deste domingo põe o acento precisamente "na absurdidade de basear a própria felicidade" nas posses materiais.
"A verdadeira riqueza é o amor de Deus partilhado com nossos irmãos", afirmou.
Após a reza do Ângelus, o papa agradeceu a todos os fiéis que foram ao Vaticano "apesar do calor" e lhes desejou, como de costume, um bom domingo, acrescentando "um bom mês de agosto".
Ao final, vendo um grande número de jovens na praça, o papa Francisco exclamou: "parece o Rio de Janeiro!". (Com Efe)

Ponham de volta o meu Pavão

'Pavão Mysteriozo', canção da primeira versão de 'Saramandaia', foi desprezada no remak

RODRIGO LEVINO
EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"
O remake de "Saramandaia", novela de Dias Gomes exibida pela Globo em 1976, gerou uma crítica nas redes sociais desde a estreia, em junho: cadê a música do pavão?
Telespectadores mais atentos (e antigos) sentiram falta de "Pavão Mysteriozo", do músico cearense Ednardo, trilha da abertura da novela nos anos 1970 e que, na versão atual, virou só um tema do personagem João Gibão (Sergio Guizé).
Lançada em 1974, no disco de mesmo nome, a canção da abertura foi o estouro da boiada na carreira de José Ednardo Soares Costa Sousa.
Ele estreara no ano anterior com os também cearenses Rodger e Teti no álbum "Meu Corpo, Minha Embalagem, Tudo Gasto na Viagem --O Pessoal do Ceará".
"Eu soube que a canção tinha sido incluída na trilha da novela vendo TV. Foi um susto, mas foi maravilhoso", contou Ednardo, 68, à Folha.
Ali também começou algo maior: a consolidação nacional de uma cena musical cearense que desde o final dos anos 1960 havia migrado para o eixo Rio-São Paulo.
Além de Ednardo, Rodger e Teti, Fagner, Belchior e Amelinha vieram de mala e cuia. Na trincheira dos compositores estavam Petrúcio Maia, Ricardo Bezerra, Augusto Pontes e Fausto Nilo.

Editoria de Arte/Folhapress
"Elis [Regina] já havia gravado [em 1972] 'Mucuripe', e 'Hora do 'Almoço', do Belchior, começava a ganhar destaque, mas 'Pavão' foi a primeira dessa leva a ser massificada", disse Fagner.
Em 1973, ele lançara "Manera Fru-Fru, Manera", que tinha "Mucuripe", parceria com Belchior. Esse último saiu no ano seguinte com o disco "Mote e Glosa", onde estava "À Palo Seco". Em 1975, Amelinha já excursionava como cantora com Toquinho e Vinicius de Moraes.
NOTÍCIAS DO SUL
"O ajuntamento dessa turma toda começou na faculdade de arquitetura do Ceará e depois migrou para o Bar do Anísio, que ficava na orla de Fortaleza, na época, uma vila de pescadores. Era um tempo de completa efervescência cultural", conta Nilo.
Parte do dinheiro do diretório estudantil, dirigido pelo compositor e arquiteto, era destinada a coisas alheias à arquitetura e ao urbanismo.
"Comprávamos discos, revistas e jornais, com acesso livre para todos. Sabíamos dos shows no teatro Opinião e dos poemas de Ferreira Gullar pelo "Jornal do Brasil". Aquilo tudo nos incendiava."
Entre as compras estavam discos de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, cantorias de viola, bolachões de Bob Dylan e dos Beatles, romances franceses e livros de filosofia.
CENSURA
O ambiente estudantil afinou também a ideologia do grupo, mais à esquerda.
Pouco comentado até por seu criador, "Pavão Mysteriozo" tinha um toque político nas entrelinhas --ou nem tanto, basta ouvir hoje versos como "me poupa do vexame/ de morrer tão moço/ muita coisa ainda/ quero olhar".
"Era uma canção de protesto, política, sobre a construção de um mecanismo que nos faria voar, fugir do que vivíamos. A censura não percebeu", disse Ednardo.
A base da letra era o romance de cordel "O Romance do Pavão Misterioso", conhecido no Nordeste a partir dos anos 1920.
"Eu assistia à novela e ouvia a música na TV que havia na praça de Catolé do Rocha [PB]", lembrou o cantor paraibano Chico César.
"Nos víamos representados em algo de grande circulação, que eram a novela e a música. Aquela realidade da qual tratava a canção, de sol abrasador, de um mundo fantástico entremeado à realidade, todo nordestino já conhecia desde a infância."
Passados 40 anos, o legado do pavão vingou.
Os nomes mais vistosos daquela cena como Fagner, Ednardo, Belchior, Fausto Nilo e Amelinha ainda estão na estrada.

Troca de idéias

O Programa Troca de Ideias, do Centro Cultural Banco do Nordeste - Cariri, debaterá o tema "Música e Fotografia – da Cena Instrumental Cearense ao Registro Fotográfico de Shows Musicais", nesta sexta-feira, 9/8, às 18h30, em Juazeiro do Norte. Com entrada franca, o debate contará com o jornalista e crítico musical Dalwton Moura, autor do livro "Nos Acordes do Jazz & Blues", que na ocasião terá seu lançamento no Cariri; com a antropóloga e produtora cultural Rachel Gadelha, sócia-diretora da Via de Comunicação e uma das idealizadoras do Festival Jazz & Blues de Guaramiranga, evento cuja história é contada no livro; com a fotógrafa e produtora cultural Nívia Uchoa, que detém vasto acervo pessoal de fotografias de músicos e é uma importante articuladora da fotografia na região do Cariri. A mediação será do jornalista Tiago Coutinho, professor do Curso de Jornalismo da UFC no Cariri.
O debate será pautado por dois temas: a realidade da música instrumental no Estado do Ceará, com destaque para o trabalho dos artistas do Cariri, e o desafio do registro fotográfico de apresentações musicais, como expressão artística e gênero editorial. Os temas se encontram no livro "Nos Acordes do Jazz & Blues – Memórias do Festival Jazz & Blues de Guaramiranga", publicação que inclui um registro jornalístico e fotográfico da música instrumental cearense, e de grandes nomes nacionais e internacionais que se apresentaram no Ceará, nos últimos 13 anos, nas sucessivas edições do Festival Jazz & Blues, realizadas a cada carnaval.
O livro, que tem texto e edição de Dalwton Moura, traz 297 fotografias, produzidas ao longo de 13 edições do evento pelo fotógrafo Chico Gadelha, e entrevistas com músicos como Yamandú Costa, Toninho Horta, Chico Pinheiro, Adelson Viana, Artur Menezes, Flávio Guimarães, Jefferson Gonçalves, entre vários outros. A obra tem projeto gráfico de Caio Castelo e foi viabilizada com apoio do Governo do Estado do Ceará e patrocínio da Coelce. 
A discussão sobre a cena da música instrumental cearense abordará pontos como o que mudou, em termos estéticos, de produção e de visibilidade, ao longo destes últimos 13 anos de festival; quais nomes se mantiveram atuantes nesse cenário, quais novos artistas surgiram; quais desafios permanecem e quais perspectivas se colocam para a música instrumental produzida em nosso Estado.
A linguagem fotográfica no registro de shows também contará com diversas abordagens no debate: o desafio da produção de imagens de artistas no palco, sob condições peculiares; a busca de uma linguagem própria para essas imagens; o registro de artistas que já se despediram; a escassez de trabalhos com esse tema e de publicações com esse recorte no mercado local, em contraponto aos numerosos livros de fotografias de músicos nacionais e internacionais.
O debate abordará ainda referências estéticas e questões de mercado: o que falta para termos mais visibilidade para a música instrumental produzida no Ceará? O que é preciso para que passemos a contar com mais fotógrafos dedicados a essa atividade e mais trabalhos publicados, em meio físico ou eletrônico, com fotografias de músicos no palco, ajudando também a impulsionar nossa cena instrumental e a gerar registros de nossa música e de nossa história?
Os dois eixos temáticos - música e fotografia - se unem no debate , promovendo um diálogo entre duas linguagens, possibilitando tanto contribuições estéticas e historiográficas, quanto questões relacionadas à valorização e à divulgação de nossos músicos e fotógrafos, à afirmação e ao desenvolvimento de nossa cena artística, ao registro de nossa produção musical, por meio da fotografia e do suporte livro.
Sábado na Fundação Casa Grande 
Já no sábado, 10/8, às 16h, também com entrada franca, o livro "Nos Acordes do Jazz & Blues" terá um lançamento em Nova Olinda, na Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri. O lançamento em Nova Olinda destaca o histórico de parceria entre os integrantes da Fundação Casa Grande e o Festival Jazz & Blues.
Os jovens músicos da Banda de Jazz Meninos da Casa Grande se apresentaram diversas vezes no evento, inclusive no palco principal, desenvolvendo um relacionamento com o festival e exemplificando a contribuição do evento para o surgimento e a evolução de jovens músicos no Ceará - positivamente influenciados pelo contato direto com grandes nomes do jazz, do blues e da música brasileira, nos dias de shows em Guaramiranga.
O lançamento do livro em Nova Olinda contará com a presença de Rachel Gadelha, Dalwton Moura e de integrantes da banda de jazz Meninos da Casa Grande, que já se apresentou em diversos estados e no exterior e, atualmente, prepara um novo espetáculo, voltado para canções autorais de Alemberg Quindins e Roseane Limaverde, criadores da Fundação Casa Grande, com novos arranjos.

SERVIÇO
Troca de Ideias, do Centro Cultural Banco do Nordeste - Cariri. Debate "Música e Fotografia -  da Cena Instrumental Cearense ao Registro Fotográfico de Shows Musicais". Com Dalwton Moura, Rachel, Rachel Gadelha e Nívia Uchoa. Mediação: professor Tiago Coutinho. No Centro Cultural Banco do Nordeste - Cariri (Rua São Pedro, 337, Centro, Juazeiro do Norte-CE). Nesta sexta-feira, 9 de agosto, às 18h30. Entrada franca. Informações: 88-3512-2855.
 

Aniversariantes

Segunda, 5 de agosto
Terça, 6 de agosto
Quinta, 8 de agosto
Sexta, 9 de agosto
Sábado, 10 de agosto
Domingo, 11 de agosto

Em Sobral bicho não passa fome

Cultivo de milho e sorgo desenvolvido pela Prefeitura

A Prefeitura de Sobral, por meio da Secretaria da Agricultura e Pecuária (Seagri), com a participação de 14 Agricultores familiares dos assentamentos de Flores e São José, do Distrito de Aracatiaçu, desenvolveu o projeto de cultivo de forragem de milho e sorgo nas áreas da Escola Agrícola para produção de 200 toneladas de ensilagem.

O projeto, que iniciou em abril, à partir da necessidade emergencial que os pequenos produtores dos assentamentos rurais enfrentavam em plena época de estiagem para dar continuidade à produção e sustentabilidade dos rebanhos bovinos, caprinos e ovinos, chega à fase de colheita e estocagem.

De acordo com a Secretária da Agricultura e Pecuária, Luiza Barreto, “a ideia de manter os produtores economicamente ativos em época de estiagem, evitando a venda de seus rebanhos e possibilitando a sua subsistência, por meio desta parceria de plantio, colheita e estocagem , resultou em um projeto bem sucedido”.

O Projeto foi coordenado pelo engenheiro agrônomo da SEAGRI, Beto Machado, que deu início ao trabalho no dia 4 de abril, com o preparo da área (aração e gradagem) e o plantio, feito pelos próprios produtores. Após dois meses, foi realizada a colheita da produção e seu respectivo transporte para os assentamentos de Aracatiaçu, onde estão em fase de acondicionamento por meio de ensilagem.

A Secretaria da Agricultura e Pecuária ficou responsável pela contratação da mão de obra para irrigação, doação de sementes, transporte do produto final para as localidades, sistema de irrigação, compra de lona para embalagem da silagem, hospedagem e alimentação dos produtores durante a época do plantio e colheita, além do translado dos produtores dos assentamentos para a Escola Agrícola e o retorno dos mesmos aos assentamentos.

Já aos produtores, coube o plantio, utilizando a técnica de linha corrida, o que proporciona uma maior produção de forragens e grãos por metro linear, para a colheita e acondicionamento da produção.

A produção de silagem é uma alternativa que dará solução a falta de alimento para o rebanho, oportunizando aos agricultores rurais sua subsistência durante o período da seca.

Especial - Publicado hoje no jornal El País, da Espanha

Cambios en la Iglesia católica

La curia ultraconservadora se inquieta

Las lecciones de austeridad del papa Francisco y su intención de emprender serias reformas en el gobierno y en el banco Vaticano remueven la Santa Sede

El papa Francisco predicó a favor de una vida sobria y defendió la laicidad del Estado durante la Jornada Mundial de la Juventud celebrada en Río de Janeiro. / ap / domenico stinellis
“Me pareció una persona cercana y humilde, me hizo sentir cómodo enseguida. Pero también es muy exigente. Pretende que hagamos esfuerzos y cambios radicales en nuestra vida”, dice Marcelo Galeano, argentino de 23 años, uno de los 12 jóvenes que se sentó a almorzar hace unos días con el papa Francisco durante la Jornada Mundial de la Juventud de Río de Janeiro. El joven irradia entusiasmo, aunque detrás se percibe un hilillo de preocupación. El primer pontífice latinoamericano no se anda por las ramas a la hora de exigir un cambio de postura en su rebaño. Quiere una Iglesia más austera, más justa, ejemplar. Y si su comportamiento cercano y su invitación a abrirse a los pobres y a luchar por la justicia tocó a muchachos como Galeano, reunidos en la ciudad carioca, algunas de sus declaraciones en el viaje a Brasil resonaron 7.000 kilómetros más al este, en los palacios de la Santa Sede. Y los cimientos de la curia se removieron, inquietos.
 Su predicamento de una vida sobria —“Los obispos han de ser hombres que amen la pobreza, sea la pobreza interior como libertad ante el Señor, sea la pobreza exterior como simplicidad y austeridad de vida. Hombres que no tengan psicología de príncipes”—, sus declaraciones sobre los gais —“¿Quién soy yo para juzgarlo?”—, o su defensa de la laicidad del Estado son palabras nuevas en la forma y en la sustancia. Y su mensaje desde Río o desde el avión que le transportaba a Brasil junto a su séquito y a 70 periodistas llegó directo al centro de la cristiandad. Mientras Jorge Mario Bergoglio (Buenos Aires, 1936) consagraba su popularidad sobre un escenario y cautivaba a fieles de cualquier edad, origen y extracción, en el Vaticano algunos resoplaban de preocupación.
“Los conservadores de la curia huelen que su tiempo ha acabado”, evalúa Paolo Rodari, vaticanista de La Repubblica. Los analistas coinciden en que al final de este verano sin veraneo para el Papa —que renunció al habitual descanso en Castel Gandolfo— llega el momento de la batalla a una Iglesia burocratizada, barroca en su organización, poco transparente e ineficaz. Una batalla que es el principal legado entregado al nuevo sucesor de san Pedro por el cónclave que lo eligió. “En el camino habrá obstáculos”, pronostica Sandro Magister, que publicó en el semanario L’Espresso el supuesto pasado de escándalos sexuales de monseñor Battista Ricca, recién nombrado por el Papa para controlar el banco del Vaticano. Y que resultó ser una manzana envenenada para el pontífice.
Las palabras del Pontífice en Río resonaron 7.000 kilómetros al este
Suspendida en la canícula romana, la cúpula de San Pedro parece esperar ese momento de la verdad. Medirle el pulso resulta complicado. “Nadie dice ni mu, nadie te habla de forma explícita, todo el mundo está inmóvil y a la espera”, dice Rodari. Como es habitual en esa orilla del Tíber, los hilos se mueven entre bastidores. “Nadie sabe lo que ocurrirá mañana”, sella Magister.
En la Casa Santa Marta, la residencia donde decidió vivir el Papa renunciando a los amplios salones del palacio apostólico, hay dos ascensores. Uno está reservado para él, el otro funciona para el resto de huéspedes. Francisco se sube constantemente al segundo. “Allí empleados y monseñores le comentan los problemas en el desempeño de sus actividades, le pasan informaciones, avanzan puntos críticos. Él recoge papelitos, apuntes o memoriza”, cuenta Giovanna Chirri, experta en la Santa Sede de la agencia italiana Ansa. Un jesuita perfecto, dicen: escucha a todo el mundo, pero finalmente decide solo. Y rápido.
Con la llegada de Francisco, sus manifestaciones y, sobre todo, su bisturí, son dos, de momento, los sectores que más tiemblan: la curia, que será sometida a una cirugía de adelgazamiento, y el llamado banco vaticano (el Instituto para las Obras de Religión, IOR), símbolo de trapicheos financieros. Este organismo, que el pontífice mandó investigar al poco de llegar a Roma, podría, incluso, desaparecer. “No sé cómo terminará el IOR. Algunos dicen que quizá es mejor que sea un banco, otros que debería ser un fondo de ayuda; otros dicen que hay que cerrarlo”, comentó Francisco hace unos días. “Yo no sé, me fío del trabajo de las personas que están analizándolo. En cualquier caso, las características del IOR deben ser transparencia y honestidad”.
“En el cambio hallará obstáculos y trampas”, asegura un experto
Algún que otro puesto de trabajo peligra también en aquel infinito tropel de funcionarios, secretarios y jefes de dicasterio que es el gobierno central del reino de Dios en la tierra. “Primero deberá elegir un nuevo secretario de Estado; entre los titulares de los ministerios habrá sustituciones. También jubilaciones que no se cubrirán”, cree Rodari. Este “juego de la torre” —observar quién cae y quién queda— será como desabrir las cartas sobre la mesa. “Sabremos quién forma parte de ese partido romano del que se hablaba antes del cónclave, el grupo contrario al cambio en el que se centraría el informe Vatileaks \[el escándalo de la difusión de documentos secretos de Benedicto XVI, que desvelaron las batallas de poder\]. Son los que mandaban antes de Bergoglio, como el secretario de Estado Tarcisio Bertone y ciertos cardenales italianos. Ellos saben que su época acabó. Los sectores más conservadores ya están aislados”, sigue el vaticanista. Contra ellos votaron los cardenales en el cónclave. Quisieron acabar con un sistema que existía desde los últimos años de Juan Pablo II. Con el arzobispo de Buenos Aires eligieron algo distinto, alguien que garantizara la alternativa.
Habrá purgas, pero falta por ver si los depurados caerán disparando o sin resistencia. “Francisco tiene margen de autonomía, pero la situación es complicada y no cabe duda de que encontrará oposición y trampas”, apunta Magister. “Por ejemplo, el Papa explicó que, como manda el derecho canónico, había encargado una investigación previa sobre Ricca y no halló nada. Pero no desmintió las noticias sobre su pasado. Así que, implícitamente, reconoce que ahí actuó un lobby”. Un grupo de poder que, para hacerle tropezar, le ocultó información.

Mourinho chama nosso Ronaldo de "o verdadeiro" numa alusão ao CRistiano, lá deles.

Mourinho quis Bale no Real Madrid e diz que brasileiro Ronaldo é o verdadeiro

"Treinei os melhores jogadores, o verdadeiro Ronaldo, Rivaldo, Figo, Guardiola, grandes futebolistas quando era muito jovem", afirmou à ESPN.
Marcelo del Pozo/Reuters
  • O português José Mourinho, actual treinador do Chelsea, garantiu que tentou contratar o futebolista galês Gareth Bale para o Real Madrid na temporada passada, mas foi-lhe negado, e apelidou o brasileiro Ronaldo, já retirado, como o “verdadeiro”. “Pensei em Bale e pedi-o, mas Florentino [Pérez, presidente do clube] disse que não era o momento ideal para um investimento tão grande. No ano passado fizemos muito menos investimento, nem metade do que este ano, mas são momentos diferentes e deixa-me satisfeito que o clube possa comprar um jogador fantástico”, afirmou Mourinho em entrevista à televisão ESPN.

A imprensa tem anunciado que o Real Madrid está disposto a pagar ao Tottenham cerca de 100 milhões de euros por Gareth Bale, valor que Mourinho considerou enorme, afirmando que “o rapaz terá a pressão de demonstrar que vale esse investimento” sob o comando do novo treinador, Carlo Ancelotti.

Mourinho acredita que Bale teria encaixado bem no “seu” Real Madrid e considera que, a confirmar-se a transferência, o avançado de 24 anos vai ter êxito: “Não sei o que pensa Carlo agora, mas é um técnico experiente e com certeza vai retirar o melhor dele”.

Numa abordagem ao início da sua carreira, Mourinho lembrou a sua passagem como adjunto pelo Barcelona e disse que então treinou o “verdadeiro Ronaldo, não este”, numa referência a Cristiano, o internacional português que alinha no Real Madrid.

“Treinei os melhores jogadores, o verdadeiro Ronaldo, Rivaldo, Figo, Guardiola, grandes futebolistas quando era muito jovem. Não era o primeiro treinador, mas sentia que tinha nas mãos potencial para isso. Depois comecei a minha carreira em 2000 [no Benfica] e quatro anos depois ganhei a minha primeira Liga dos Campeões [com o FC Porto]. Tudo o resto foi consequência disso”, sublinhou.

O Chelsea defronta no domingo o Milan, em Nova Iorque, no torneio internacional Champions Cup, e a equipa de Mourinho poderá enfrentar precisamente o Real Madrid, na final.

São Paulo tirou o caé e foi ganhar em Lisboa

Deu no Diário de Notícias de Lisboa

São Paulo venceu na Luz por 2-0 

Rafael Toloi e Aloísio marcaram os golos da equipa brasileira, na segunda parte, num jogo que voltou a evidenciar os problemas (defensivos e não só) do Benfica nesta pré-época. E já se ouviram assobios na Luz, na apresentação aos sócios

O São Paulo venceu a sexta edição da Eusébio Cup ao bater o Benfica por 2-0 no jogo de apresentação dos encarnados aos sócios.
A equipa de Jorge Jesus voltou a deixar sinais preocupantes. Na defesa e não só, já que na segunda parte a equipa também passou por problemas de criação ofensiva. No final, já se ouviram assobios nas bancadas da Luz, neste primeiro jogo em casa nesta nova época.
O São Paulo, que atravessava uma crise de seis jogos sem marcar qualquer golo, chegou à vantagem num lance simples de ataque, aos 52', no qual o avançado Aloísio se desmarcou sem dificuldade entre a dupla de centrais benfiquista (Luisão-Garay) e bateu Paulo Lopes, confirmando uma regra desta pré-época encarnada: não há jogo em que o Benfica não sofra golos
Rafael Toloi fez o 2-0 para o São Paulo aos 63', num lance que motivou alguma contestação na Luz, com o central a aparecer isolado em frente à baliza a desviar um cabeceamento de um colega na área, perante as reclamações de fora de jogo por parte dos benfiquistas (a posição é duvidosa, mas a má colocação do lateral Bruno Cortez é evidente)
Antes do pontapé de saída dado por Eusébio, esta sexta edição da Eusébio Cup ficou marcada por um minuto de homenagem com aplauso generalizado ao ex-presidente Fernando Martins, que foi a enterrar esta semana.

Manchetes deste domingo

- Globo: Paraíso sitiado: Eles estão em perigo
- Folha: Fazenda defende regra mais dura no seguro-desemprego
- Estadão: Nove partidos deixam ‘núcleo duro’ de Dilma na Câmara
- Correio: O superfaturamento de passagens na Esplanada
- Estado de Minas: Muitas leis poucos fiscais
- Jornal do Commercio: Polícia prende os donos da Priples
- Zero Hora: Um carro levado a cada 80 minutos
- Veja: Pesquisa exclusiva: Assassinos ao volante
- Época: De onde vem a maldade?
- IstoÉ: Melatonina: O super-remédio
- IstoÉ Dinheiro: O novo império da publicidade
- CartaCapital: Black blocs: Depredação nas ruas (Pág. 1)
- Exame: Nunca mais seremos ricos?

Tu achas?!

Mudança de sexo
Enquanto a nova polêmica envolve redução de idade mínima para cirurgia de troca de sexo, levantamento do Ministério da Saúde revela que, nos últimos cinco anos (desde 2008 a operação pode ser feita pelo SUS), foram realizados 2.714 atendimentos hospitalares e ambulatoriais para o processo de mudança de sexo masculino para o feminino (média de duas cirurgias por dia). No ano passado, foram feitas 896 cirurgias.

Penso eu - E olhe que Francisco nem ainda acabou de falar sobre o direito das bibas e seus lobis.

Opinião

Sem firmeza

Merval Pereira, O Globo
A ex-senadora Marina Silva, que procura se colocar mais uma vez como presidenciável na eleição de 2014, tem dificuldades para se firmar como alternativa aos governos petistas, já que saiu desse meio e nunca rompeu com os antigos companheiros de maneira explícita. Talvez por esperar receber os votos dos petistas desiludidos.
Para o eleitor da classe média que, ao mesmo tempo, admira sua postura independente e preocupação com o meio ambiente, mas receia a inexperiência e capacidade de articulação política para montar um governo eficiente, ela é uma incógnita atraente.
Um dos desafios que enfrenta neste momento é ser a preferida das massas rebeladas nas ruas, mas não se misturar aos vândalos que se infiltram nas manifestações para depredar prédios públicos e símbolos do capitalismo que pretendem destruir, como bancos e lojas.
Eis que ninguém menos que um membro da Executiva Nacional provisória da Rede de Sustentabilidade, o partido que Marina tenta colocar de pé, é flagrado com uma barra de ferro nas mãos nos atos de depredação do prédio do Itamaraty em Brasília, em junho. E o que usava como máscara para cobrir o rosto era uma camiseta da Rede.
O sociólogo Pedro Piccolo Contesini, de 29 anos, admitiu que estava lá naquela noite, mas deu explicação ridícula na sua página do Facebook: “Vi uma barra de ferro no chão e a agarrei, inicialmente com a intenção de me defender, caso as coisas piorassem por ali. Depois, com as emoções à flor da pele, a pressionei algumas vezes contra diferentes pontos de uma estrutura também de ferro do próprio prédio e em seguida a joguei. Não quebrei nada.”
Esse detalhe de ter pressionado a barra de ferro contra “diferentes pontos” do prédio faz parte de tentativa bisonha de se safar da acusação de depredação de prédio público. Com que intenção alguém “pressiona” uma barra de ferro na estrutura de um prédio, em meio a um tumulto generalizado que incluiu até mesmo a tentativa de incêndio da sede do Itamaraty?
Por que alguém cobre o rosto e pega uma barra de ferro numa demonstração pacífica de protesto? A certa altura, Piccolo diz que ficou “excitado” com tudo aquilo. O nascente partido de Marina Silva agiu como se já estivesse perfeitamente integrado à arcaica estrutura partidária brasileira.
Soltou uma nota condenando a violência e, mais adiante, aceitou o pedido de desligamento do membro de sua Executiva Nacional “em decorrência da investigação iniciada pela Polícia Federal sobre sua suposta participação nos atos de depredação do Itamaraty”.
“Suposta” porque, até o momento, Piccolo apenas admitiu estar no local, com o rosto coberto e uma barra de ferro na mão. Garante que não quebrou nada, e a Rede Sustentabilidade lhe dá o benefício da dúvida.
A atitude dúbia do partido de Marina, querendo ficar bem com todo mundo, pode lhe custar o descrédito dos que estão nas ruas protestando e rejeitam a baderna como método de ação política.
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos, age mais como militante do que como autoridade governamental. Foi por isso que, em maio, tuitou logo, acusando as oposições de ter espalhado os boatos que levaram a uma corrida aos bancos dos beneficiários do Bolsa Família, com receio de que o programa fosse ser extinto. Ficou claro depois que a responsável pela onda de boatos fora a própria Caixa Econômica Federal, que antecipou o pagamento sem explicação.
Ontem Maria do Rosário voltou a se precipitar, afirmando que o desaparecimento do pedreiro Amarildo, depois de ter sido levado pela Unidade de Polícia Pacificadora da Rocinha, deveria ser investigado partindo-se do princípio de que a responsabilidade é da Polícia Militar.
Eu também temo que Amarildo já esteja morto, como a própria família desconfia. E também acho que a polícia tem a ver com seu desparecimento. Mas é preciso esperar as investigações para definir os culpados.
O papel da ministra deveria ser o de pressionar para que as investigações sejam rápidas e esclarecedoras, não o de acusar o aparelho policial, mesmo que o histórico aponte nessa direção.

Opinião

Adeus, fascistas mascarados!, por Fabio Pannunzio

Fabio Pannunzio
Fui destacado para cobrir a manifestação convocada pela página Black Bloc do Facebook. Estive com os manifestantes desde as cinco horas da tarde, quando eles começaram a se concentrar em frente à Prefeitura de São Paulo.
Acompanhei todo o trajeto da marcha até a Avenida Paulista. Vi quando um policial agrediu, sem nenhum motivo e de forma covarde, pelas costas, uma manifestante que subia a Brigadeiro Luís Antônio.
Anotei um fato importante, que deveria inspirar alguma reflexão por parte da entidade que comanda os jovens que, de rosto coberto, protestam contra… Contra o que, mesmo?
Percebi que alguma coisa mudou radicalmente desde o início da safra de protestos. Quando saiu do Centro, a manifestação tinha cerca de 500 participantes. Quando chegou à Paulista, tinha os mesmos 500.


Um bando de mascarados forma uma imagem bastante simbólica. Uma imagem forte, que atrai o olhar de quem passa ao lado. Por isso, muita gente ao longo do trajeto parava sobre os viadutos, se debruçava sobre as fachadas dos prédios, para ver o cortejo.
Mas ninguém aderia. Não era como antes, quando o coro “vem pra rua, vem, você também” funcionava como um catalisador e ia agregando milhares à multidão. Agora, os mascarados formam um grupo monolítico, hermético, impermeável à sociedade. Um grupo cuja beligerância mais afasta do que congrega. Por isso eles saíram e chegaram do mesmo tamanho.
Mais uma vez, houve muitas hostilidades contra jornalistas e técnicos das empresas de comunicação. A primeira vítima da ira dos arruaceiros foi o motociclista da equipe de moto-link da Band. Ele foi empurrado e derrubado. Ameaçaram linchá-lo e depredar seu equipamento. Isso só não aconteceu porque um grupo de manifestantes contrários à prática da violência (contra pessoas) interveio.
Logo adiante, eu mesmo acabei me transformando em alvo da ira daquela turba. Um grupo me cercou, tentou tomar meu microfone e passou a me atacar fisicamente. Deram cotoveladas, caneladas e chutaram meu joelho. É horrível ser cercado por uma alcateia raivosa, que baba de ódio de tudo e te enxerga como inimigo a ser eliminado.
Senti-me ultrajado com a intimidação. Não é possível que um jornalista não possa exercer seu ofício em plena rua de um País livre e democrático. Resolvi resistir ao expurgo, finquei pé e enfrentei os arruaceiros. O clima ficou péssimo. E só não foi pior porque, mais uma vez, alguns anjos-da-guarda mascarados vieram em meu socorro. Agradeço imensamente sua intervenção.

Tanta declaração de direitos, pra quê?

A lei que institui o Estatuto da Juventude será sancionada pela presidente Dilma Rousseff, na segunda-feira (5), em evento no Palácio do Planalto, com participação do senador Renan Calheiros, segundo informou a assessoria de imprensa da Presidência do Senado.
O texto é uma declaração de direitos da população jovem, que hoje alcança cerca de 51 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, o maior número de jovens registrado na história do Brasil. O estatuto faz com que direitos já previstos em lei – como educação, trabalho, saúde e cultura – sejam aprofundados para atender às necessidades específicas dos jovens.
A nova lei faz com que novos direitos sejam assegurados, como as garantias à participação social, ao território, à livre orientação sexual e à sustentabilidade. Também define os princípios e diretrizes para o fortalecimento e a organização das políticas de juventude, em âmbito federal, estadual e municipal.
Isso significa que essas políticas se tornam prerrogativas do Estado, e não só de governos.  A partir de agora, será obrigatória a criação de espaços para ouvir a juventude, estimulando sua participação nos processos decisórios, com a implantação dos conselhos estaduais e municipais de juventude.
(Agência Senado)

Os "homi" também penam

Policiais Federais paralisam atividades na segunda-feira, 05, e protestam na Alerj contra a má gestão do órgão e o descaso com a população.
Policiais federais vão se concentrar a partir das 8h30, em frente à Superintendência da PF no Rio, e depois sairão em marcha até a Assembleia Legislativa onde, às 11h, haverá audiência pública para discutir a crise institucional na Polícia Federal e o sucateamento dos seus cargos.
No evento, dirigentes sindicais prometem realizar denúncias contra os descasos da gestão através de documentos oficiais, que demonstram como a atual direção da PF coloca em risco a segurança da população nos grandes eventos.
Rosayne Macedo, da Ascom do SSDPF/RJ
Com Agência Fenapef
 
- RELEASE -

Policiais federais do Rio de Janeiro aprovaram por unanimidade nesta sexta-feira (2) a paralisação das atividades na próxima segunda-feira (5) em protesto contra a crise institucional da Polícia Federal, e como esse crítico cenário pode afetar a segurança dos grandes eventos internacionais que o Brasil sediará.
Os policiais federais dos cargos de agente, escrivão e papiloscopista, servidores de carreira típica de Estado com nível superior, lutam contra a alarmante evasão de profissionais desses 03 cargos, que fogem da falta de reconhecimento do Governo Federal. Segundo dados oficiais, mais de 200 policiais federais abandonam a PF a cada ano.
No evento será denunciado o esvaziamento dos serviços sociais e a precariedade dos serviços de saúde, que explicam o elevado número de policiais com doenças de ordem psicológica e os alarmantes índices de suicídios, ignorados pela péssima gestão do órgão.
Segundo recente pesquisa realizada pela Federação Nacional dos Policiais Federais (visualizada AQUI), o índice de desmotivação da grande maioria dos servidores é absurdo e uma das causas é o assédio moral dentro da instituição. Atualmente os policiais que participaram da última greve são perseguidos e retirados de suas funções de origem, ocasionando a queda de produtividade e alto índice de doenças ocupacionais.
As entidades sindicais da PF também lutam por uma gestão que valorize a experiência e a competência, pois reclamam do controle político da Polícia Federal, onde cargos de chefia são ocupados por critérios subjetivos, e delegados sem experiência operacional monopolizam as decisões estratégicas, prejudicando a eficiência do órgão e desperdiçando os recursos públicos.
O movimento também vai protestar contra o veto da Presidenta Dilma ao Projeto de Lei 244 do Senado, que simplesmente reconhece oficialmente a perícia exercida pelo cargo de papiloscopista desde 1965 na Polícia Federal, e não possui efeito remuneratório ou de alteração de cargos.
Nesta segunda, os policiais federais vão participar de uma passeata que se inicia na Superintendência Regional, na Praça Mauá, até a Assembleia Legislativa (Alerj), onde, às 11 horas, haverá uma audiência pública para discutir a crise institucional da PF, e será discutida a proposta de um novo modelo de investigação, tendo em vista que os inquéritos se tornaram obsoletos e pouco eficientes na visão dos policiais federais. 

A paralisação
A paralisação e protesto dos agentes, escrivães e papiloscopistas, que atualmente compõem mais de 75% dos policiais de nível superior na PF, começa à 0h de segunda-feira. Será mantido o efetivo para garantir serviços essenciais. A emissão de passaportes será analisada caso a caso. Os policiais federais lutam pelo reconhecimento das atividades complexas hoje exercidas, pois ainda são regidos por leis e normativos criados durante a época da ditadura. No ano passado, a categoria realizou a maior greve na história do órgão, com duração de 70 dias.
Na sede do Sindicato dos Servidores do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro (SSDPF/RJ), durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que decidiu pela paralisação de 24 horas, os policiais federais criticaram a omissão da gestão da PF no Estado, pois serão desativados os serviços de Fisioterapia e Academia de Ginástica, mantidos pela Associação Nacional dos Servidores da Polícia Federal (Ansef), que foi obrigada a desocupar as instalações num prazo de 15 dias.

A manifestação
A concentração dos policiais federais começará às 8h30 em frente ao prédio da superintendência da PF na capital, e a passeata sairá por volta das 10 horas, e seguirá pela Avenida Rio Banco, até a Avenida Presidente Vargas, passando pelas avenidas Almirante Barroso, Presidente Antônio Carlos e Primeiro de Março. A manifestação trará um grande elefante branco inflável, representando o inquérito policial, símbolo da campanha dos policiais federais contra a burocracia e desperdício de recursos públicos num sistema de investigação policial ineficiente, criado na época da ditadura para reprimir, perseguir e torturar.
Além de levar faixas e cartazes, os policiais farão a soltura de 200 balões pretos e amarelos, as cores da PF, em frente à Assembleia Legislativa. O ato público deverá reunir também dirigentes sindicais e policiais federais do Rio de Janeiro e dos estados de São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. São esperadas cerca de 300 pessoas.
 Durante a marcha, serão distribuídos panfletos e os servidores conscientizarão a população sobre a atual situação da PF. Segundo o diretor-adjunto da Fenapef, Luiz Carlos Cavalcante, a finalidade da mobilização é dar maior visibilidade às reivindicações da categoria. “Precisamos informar à população o que está acontecendo com a segurança pública brasileira, pois eles são os maiores prejudicados com esse descaso”, assegura.

A audiência pública
A audiência pública “Reestruturação da carreira policial federal no Estado do Rio de Janeiro” é uma iniciativa do deputado Iranildo Campos (PSD), presidente da Comissão de Segurança Pública, e atende à solicitação de dirigentes da Fenapef e de sindicatos da categoria. ”A nossa proposta é lotar as galerias da Assembleia Legislativa e mostrar à sociedade civil organizada toda a nossa força e representatividade. Queremos o apoio dos deputados do Rio ao nosso movimento. Somente com uma Polícia Federal forte vamos ter condições de combater a corrupção e o crime organizado”, disse a presidente do SSDPF/RJ, Valéria Manhães, que tem se reunido com a Comissão de Mobilização e dirigentes da Fenapef para traçar as estratégias do novo ato público.
Durante a audiência, serão mostrados aos parlamentares e divulgados para a imprensa documentos oficiais da Polícia Federal, mantidos em sigilo, que demonstram o descaso da atual gestão com a segurança pública, e como a população é colocada em risco pela vulnerabilidade dos aeroportos brasileiros.
O presidente da Federação, Jones Borges Leal, e o vice-presidente, Luis Antônio Boudens irão compor a mesa de convidados. Foram convidados também o diretor-geral do DPF, Leandro Daiello Coimbra; o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça; o superintendente-regional da PF no Rio de Janeiro, Roberto Mário da Cunha Cordeiro, e  o procurador-chefe do Ministério Público Federal no Rio, Guilherme Raposo.

Outras manifestações 
Os federais do Rio de Janeiro realizaram manifestações nos dias 28 de junho, 10 de julho e 23 de julho, em frente à Superintendência Regional da PF, na Praça Mauá. No último dia 23, eles aproveitaram a presença do Papa Francisco na cidade, durante a Jornada Mundial da Juventude, para protestar contra o alto índice de suicídios na instituição e outras doenças psíquicas, como estresse, ansiedade e depressão, além de denunciar práticas de perseguição e assédio moral.
No dia 10, cerca de 100 policiais caminharam até a Igreja da Candelária, onde realizaram a coleta de assinaturas para um documento que pede a inclusão da Segurança Pública na pauta do pacto nacional proposto pela presidente Dilma Rousseff entre União, estados e municípios. No dia 16, em Brasília, cerca de 40 policiais do Rio também se juntaram aos mais de 500 colegas para a marcha que marcou a instalação da Frente Parlamentar pela Reestruturação da Polícia Federal, na Câmara dos Deputados.
 

Domingo de Claudio Humberto

  • Nem a visita do papa Francisco ao Brasil ficou livre dos abusos das autoridades internacionais, que se esbaldam utilizando estações de rádio brasileiras. Em meio a denúncias de espionagem americana no Brasil, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, contou com oito estações móveis para circular pela capital carioca durante a visita ao pontífice, entre 25 e 30 de julho, como revela a Anatel.


  • Além da vizinha Argentina, 28 países já usaram as estações de rádio brasileiras durante visitas oficiais ao país desde 2000.


  • O governo de Cuba explorou 62 estações de rádio em Brasília entre 2002 e 2003. Já presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, operou 24.

  • Basta uma visita para a embaixada americana pedir mais acessos a rádios. A mais recente foi ano passado, com a vinda de Lisa Jackson.

  • A autorização para utilizar as frequências é dada pela própria Anatel e possibilita a transmissão de todo tipo de dados dentro do país.

  • O Advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, nomeou a advogada Carolina Yumi de Souza para chefiar o Núcleo de Atuação Proativa em São Paulo. Ex-chefe de gabinete na gestão do ministro Cezar Peluso (STF), Carolina coordenará a recuperação do dinheiro público desviado por mensaleiros paulistas como José Dirceu (PT), José Genoino (PT) e Valdemar da Costa Neto (PR), assim que a condenação for confirmada.


  • Com experiência ao lado de Peluso, durante julgamento do mensalão, Carolina será responsável pelo combate à corrupção e à improbidade.

  • Sem apagão apesar da greve na Infraero e na Eletrobras, conclui-se que as estatais podem funcionar com metade dos “cabides” que abriga.


  • Alvo de vários escândalos financeiros, o Banco do Vaticano terá seu “portal da transparência” até o final do ano. Palavra do papa Francisco.

  • Para o ex-ministro da Saúde Saraiva Felipe (PMDB-MG), o recuo do governo sobre aumentar curso de Medicina “é questão de bom senso”: “Com o financiamento atual, não há gestão ou recursos humanos que salvem a saúde no Brasil. Investimos R$ 50 por habitante, por mês”.

  • A polícia de Parma (Itália) fechou por um mês a boate “Sabor do Brasil”, por consumo excessivo de álcool, frequência “perigosa” e brigas a facadas. A “festa do biquíni na piscina”, quarta, foi cancelada.

  • Quando o assunto é a possível candidatura de Eduardo Campos (PSB-PE) à Presidência em 2014, o governador Renato Casagrande (PSB-ES) mantém resposta padrão: “Só trato de eleições no ano que vem”.

  • Na tentativa de acalmar os ânimos, o Planalto pediu à Embrapa para não fazer alarde sobre levantamento, realizado por satélite, que revela demarcações indígenas feitas pela Funai sem qualquer fundamento.


  • O deputado Valtenir Pereira (PSB) corre por fora para se colocar como uma opção de palanque, além do senador Pedro Taques (PDT), para o governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB-PE) em 2014.


  • O PPS tenta convencer o tucano José Serra a disputar pelo partido à Presidência em 2014 assim como fez com Ciro Gomes, que também deixou o PSDB para concorrer ao Planalto pelo PPS, em 1998.

  • Para Esperidião Amin (PP-SC), “não sairá nenhuma reforma política dos sonhos” no grupo criado pela Câmara, mas mudanças pontuais acontecerão: “O distritão, com eleição dos mais votados, tem maioria”.

  • Cantor da banda de forró nordestino Garota Safada, Wesley Safadão sairia candidato a deputado federal em 2014. Depois que protestos se espalharam no país, em julho, ele recuou: quer distância das urnas.

  • Aviso aos pecadores da política: indulgência plenária não tem nada a ver com perdão coletivo em reunião extraordinária do Congresso.

    Poder sem pudor
    • Hierarquia
      Publicado: 3 de agosto de 2013
      HierarquiaO jornalista Macário Batista lembra que o Ceará, por duas vezes, deu combate aos marginais. Uma foi no tempo do coronel Gondim. Tirou todo mundo de circulação. A outra foi no governo de Virgílio Távora. Um dia, foram reclamar ao governador  porque havia denúncias de uma limpa na bandidagem do Ceará, promovida pelo Secretário de Segurança, General Assis Bezerra. Resposta de Virgílio:
      - Não posso fazer nada. Ele é General e eu sou só Coronel.

Bom dia

Um pneu é um pneu. Gerardo Bastos.

Olha na revendíssima figura do bispado do Crato

LIÇÕES DO PAPA FRANCISCO EXIGEM
VIGILÂNCIA SOBRE BISPO DE CRATO


Foto: Papa Francisco em carro popular no Rio cercado por multidão
Enquanto o Papa Francisco, em sua recente histórica visita ao Brasil, circulou pelo Rio num carro popular e sem nenhuma proteção, dando exemplo de humildade, simplicidade e austeridade, o bispo de Crato, Fernando Panico, desfila pelo Cariri de Hilux exteriorizando riqueza,ambição e poder. De acordo com o Papa, os bispos precisam abandonar sua "psicologia de príncipes" e fazer sua pastoral com espírito de pobreza, sem apego ao dinheiro. Lições do Papa Francisco alertam comunidades católicas do País para maior vigilância aos seus bispos que substituem prioridade da evangelização por ostentação, como o de Crato.

Deu no "juanorte".

Mega-Sena acumulou

Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 6 milhões na terça; confira as dezenas

Os seis números do concurso 1.517 da Mega-Sena, que pagaria R$ 2,5 milhões, foram sorteados neste sábado (3), em João Pessoa (PB), mas o prêmio acumulou. Na próxima terça-feira (6), o prêmio sorteará R$ 6 milhões.
As dezenas sorteadas foram: 07 - 17 - 38 - 45 - 52 - 56