Coluna do blog



Efeito Félix
Asunción(Paraguay) 4 graus - Por descuido, de estar cuidando de outros cuidados, tipo o noticiário da TV uruguaia aqui em Asunción, perdi  o jornal  nacional da Globo que tem seus tentáculos aqui, ao vivo e em cores. Já que tava dentro, deixa estar, então começou a novela das oito que agora é as nove. Depois de uns 10 minutos de dramas, surgiu à mente, com clareza meridiana, o neologismo do deputado Fernando Hugo; esculhambaria. Gente, vi quase tudo isso,ao longo dos anos na longa vida que venho remando â cata de existir com diginidade. Só que nunca vi isso na TV.São ensinamentos tão às claras, ou exemplos tão fortes que dá medo, quer dizer, medo não, susto. A tal novela Amor à Vida, é um festival de esculhambaria que nem Bergman seria capaz de...nem Bergmann nem Riticoque, nem Carlos Manga nas chanchadas da Atlantida. Dois casais de viados não seria muito numa mesma trama, não? Duas periguetes, uma de programa que é mãe de um filho bastardo de um médico que comprou os serviços dela pra casar com o filho baitola, outra desesperada pra meter a mão numa bufunfa que tudo fez para ganhar, casando com um trouxa que não passa de outro corno na vagem. E tem mais: a bicha má, o tal do Félix, comanda o espetáculo. Chantageia, leva chifre, tem um amante, é ladrão e...faz parceria com um maluquete que leva uma porrada na cabeça, perde a memória, arruma um nome novo, casa com uma baranga que é doida pra arrumar um casamento rico para uma filha imbecil e preguiçosa. A vida real perde é longe pra maluquice que é esta novela das oito que começa às nove cujo título mostra bem a realidade cá de fora da  telinha, onde tudo e todos são capazes de qualquer coisa para ficarem bem na fita, seja à custa de quem paga a conta, seja traindo confianças, e valores, tendo como moeda de troco a esperteza. Vida que segue, que atrás vai gente.

 

A frase: “O Oscar Costa Filho e o Alessander Sales são irreponsáveis e demagogos”. Ciro Gomes, em Tauá.

 

 

Dizem que o Heitor disse(Nota da foto)

“Eu nem sei falar os nomes desses pratos. Sei que tem escargo, manjericão, caviar e bacalhau com papoulas. Tudo francês” – Heitor Férrer. Agora eu: Então cala  boca Heitor, que em Sobral nós somos acostumados ao que é bom desde que nascemos os dentes. Já comeu ceviche? Já bebeu um bom Romanée Conti? Então não atrapalha Heitorzinho querido.

 

Ficou esquisito

A Presidenta Dilma passou direto pela imprensa, dentro do carro oficial que a transportou em Asunción e foi pro avião presidencial. Alegou febre. Nem ficou pro almoço.

 

Locadora Mãe

Descobriram que Manoel Salviano alugava carros de luxo(incluindo mercedes) para cubrir suas andanças pelos caminhos de Juazeiro do Norte. R$14 paus por mês.

 

Pior...

Descobriram ainda que a Locadora, dona dos carros, pertence ao Hotel Verdes Vales, que por sinal é de sua, dele, propriedade.


Danação

Outras danações da hora, em Juazeiro do Norte vêm da Câmara Municipal. O Presidente é outro Lunga, diz que este bem mais zangado com as letras que o outro Lunga, aquele que melou no mesmo cargo.

 

Grana muita

Falam de lá, pela boca de um vereador, perceiro do Lunga em questão que a mão grande tá cantando de esmola na Câmara, seja em cheque ou na boca do caixa. Que coisa!

Tribunais em conferência

Tribunais de Contas dos Estados reunir-se-ão  aqui em Fortaleza nos próximos dias 5 e 6 de setembro, chegando. Valdomiro Távora,o Júnior organiza recepções e pautas.

 

Falar em recepção

Nosso Fernando Hugo tem razão quando dá razão ao Governo pra fazer cardápios dígnos dos comensais convidados do Governo do Ceará, inclusos em concorrência pública e publicada.

 

Eu por exemplo

Convidado por Cid Gomes para almoçar com ele em Palácio, não sentir-me-ia tão bem com buchada, sarapatel, caldo de cabeça de cangulo,miolo de carneiro,  frito de viagem, xibé, pitomba de sobremesa e licor de mutamba. Tivesse pelo menos um torresmo do Junco, de Sobral...

 

Perdoando o Heitor

Heitor Férrer, o indignado denunciante de que o Governo gasta muito com recepções a autoridades, é um neófito em vinhos. Começou a gostar agora. Não sabe o quanto é bom uma garrafa Magnum do legendário Château Mouton-Rothschild 1982 que  pode alcançar facilmente US$ 10 mil!

 

Bom dia


Hoje é o Dia Mundial da Fotografia. Clic!!!

Tio Ivens na lista dos 10 mais

foto 130818 ivens dias branco
O empresário Eike Batista não está mais na lista dos mais ricos da Forbes, divulgou neste domingo o jornal O Estado de S. Paulo. Na lista, o cearense Ivens Dias Branco aparece em 10º lugar, com uma fortuna de R$ 9,6 bilhões.
A revista apresentou a lista dos 15 brasileiros mais ricos. O destaque foi para a queda de Eike Batista no ranking. Ele já foi o mais rico do País, em 2012, com US$ 30,26 bilhões. Caiu para o quinto lugar no Brasil e o centésimo no mundo, e agora está fora da lista este ano.
A Forbes chamou Eike de “maior perdedor brasileiro” e citou as empresas do Grupo EBX como as que mais perderam dinheiro na bolsa de valores. O ranking dos 124 bilionários brasileiros será divulgado na próxima edição da Forbes Brasil.
Lista dos brasileiros bilionários:
1º Jorge Paulo Lemann (R$ 38,2 bilhões)
2º Joseph Safra (R$ 33,9 bilhões)
3º Antônio Ermírio de Moraes e família (R$ 25,6 bilhões)
4º Marcel Herrmann Telles (R$ 19,5 bilhões)
5º Roberto Irineu Marinho (R$ 17,3 bilhões)
6º João Roberto Marinho (R$ 17,3 bilhões)
7º José Roberto Marinho (R$ 17,1 bilhões)
8º Carlos Alberto Sicupira (R$ 16,8 bilhões)
9º Norberto Odebrecht e família (R$ 10,1 bilhões)
10º Francisco Ivens de Sá Dias Branco (R$ 9,6 bilhões)
Deu no eliomar

Enquanto "Seo" Rei não chega

Rubens (Itamaraty) Paulo Cesar (Itamaraty) Delis Ortiz (Tv Globo) Eu (O Estado) Cesar (Valor Econômico) em momento de atualização das conversas no átrio da Catedral de Asunción, dia 15 de agosto deste ano, Dia de Nossa Senhora da Assunção e posse do presidente Horacio Cartes, do Paraguay. A fotógrafa,como soe acontecer aos que gostam de flagrantes, foi a jornalista Julieta Brontée, que fazia seu debut em coberturas internacionais.

Até a Marina reclama dos porras-loucas das vagabundagens das depredações

Marina critica manifestações violentas e destruição de bens

RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA
Maior beneficiária do abalo que as manifestações de rua causaram no mundo político, a ex-senadora Marina Silva, 55, diz que os protestos que recorrem à violência "extrapolam" os limites da desobediência civil aceitável.
Tendo saltado de 16% para 26% das intenções de voto, ela diz que foi um "erro em todos os aspectos" a presença de um membro da Rede na depredação do Itamaraty. "No Estado Democrático de Direito existem regras."

Pedro Ladeira/Folhapress
A ex-senadora Marina Silva dá entrevista à Folha no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS)
A ex-senadora Marina Silva dá entrevista à Folha no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS)
Ela também diz acreditar que o apoio popular ao nome de Joaquim Barbosa à Presidência representa mais um desejo de justiça que uma real aspiração de que o relator do mensalão comande o país: "Desejos por messias não são bons em hipótese alguma".
*
Folha - A sra. dizer que não é candidata não contradiz seu discurso de autenticidade?
Marina Silva - Mas eu não estou dizendo que não sou. Digo que não estou no lugar de candidata, que a candidatura é uma possibilidade.
Caso a Rede não seja criada a tempo, o nome Marina Silva estará na urna em 2014?
Não quero falar por hipótese. Estamos focados na Rede.
Vocês estudam impor limites a doações, têm pouco tempo na TV e palanques fracos nos Estados. Campanha desse jeito não é muito "sonhatismo"?
Não sei o que você chama de "sonhatismo". Gostaria de saber o que seria muito realismo? É aceitar o que está aí como uma fatalidade e que não existe saída?
A sra. vê Joaquim Barbosa como um candidato viável?
O que a sociedade está sinalizando com certeza é que tem um desejo imenso de que a justiça seja feita, que a impunidade deixe de ser uma realidade no nosso país.
Não como candidato salvador da pátria, um messias...
Desejos por messias, eles não são bons em hipótese alguma, não existem salvadores da pátria, existem homens e mulheres que se dispõem a construir a pátria.
A sra. apoia atos que resultam em depredações e confrontos?
Eu tive um momento muito importante na minha vida na década de 80 quando fizemos os movimentos contra os desmatamentos na Amazônia. Havia um grupo que achava que éramos tão indefesos que tínhamos de enfrentar os jagunços na mesma moeda. Na época eu vi serem assassinados [os ambientalistas] Wilson Pinheiro, Chico Mendes e João Eduardo. Minha opção sempre foi de fazer movimentos pacíficos. Atos de desobediência civil podem ser feitos de forma pacífica, sem desrespeitar direitos fundamentais--por exemplo, agressão às pessoas, ao patrimônio.
Como as autoridades devem lidar com essas situações?
No Estado Democrático de Direito existem regras a ser observadas. O Estado está ali para assegurar inclusive os direitos dos manifestantes de se manifestarem, mas também para proteger o patrimônio das pessoas e o patrimônio público.
A sra. acha que aquele integrante da Executiva da Rede errou no ato do Itamaraty?
Ele próprio reconhece que errou. Sei que ele errou em todos os aspectos, até porque no meu entendimento não é com uma atitude violenta que se vai resolver os problemas.
Qual é a impressão que a sra. tem de movimentos como a Mídia Ninja e Fora do Eixo?
Eles estão vivendo agora uma série de críticas. Não tive tempo de aprofundar essas críticas. O que merece reparação deve ser reparado. Se tem que algo a ser investigado, tem de ser investigado.
Petistas dizem que a sra. perderá apoio por causa das suas posições conservadoras.
Se você fizer uma pesquisa da forma como a ministra Dilma e o governador Serra se portaram nas eleições do segundo turno de 2010, acho que dificilmente conseguiríamos algo mais conservador do que aquele tipo de postura. A diferença é que eu procuro dizer exatamente aquilo que penso.
A sra. diz que manteve nos últimos anos uma agenda socioambiental. Acha que até a eleição é possível complementar esse perfil?
Mas quem foi que disse que defender meio ambiente não é tratar de economia, que falar de desenvolvimento sustentável não é falar de infraestrutura, de educação, de ciência, de tecnologia, de agricultura?
A aparência não é essa: o Datafolha mostra que a sra. é vista pela população como uma das menos preparadas para administrar a economia.
A população tem direito de saber mais das pessoas que ela não conhece. Imagino que o sociólogo FHC e o operário Lula também tenham suscitado algumas dúvidas.
Ao se aproximar de André Lara Resende, a sra. não teme ser associada ao governo FHC?
Se Lula fosse se preocupar em ter ouvido uma série de pessoas que já deram contribuição em vários governos, ele não seria hoje o grande admirador do Delfim [Netto] que ele é.
Autonomia do BC para a senhora é "clausula pétrea"?
Autonomia do BC é necessária, fundamental. Eu não acho que devemos é entrar no caminho da institucionalização dessa autonomia.
Mexeria na Previdência?
O Brasil precisa encarar as grandes reformas: política, da Previdência, tributária.
Trabalhista?
É algo a ser pensado.

A vida como ela é. Pelo menos no Icó é assim.

UM CHÃO DE ESPERANÇA?

João Thallys
Moradia popular sempre foi uma reclamação, praticamente unânime, em nossa nação chamada Brasil.

Em Icó (CE), estamos com um déficit bem maior do que a média histórica brasileira, haja vista que estamos sitiados pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Artístico Nacional e DNOCS – Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.

O IPHAN, por padrões técnicos, não permite que a cidade cresça de forma vertical (pra cima). O DNOCS é dono do Icó em todos os seus quadrantes.

“O DNOCS circulou e dominou o Icó todo. E o IPHAN não permite nem que a gente escolha a pintura de nossa própria residência. Isso é um absurdo”, reclama Geraldo de Breno.

Alguns conjuntos habitacionais foram ainda construídos no governo Aldo Monteiro (in memorian) e, outros, no governo Neto Nunes. E já faz bom tempo!

Recentemente, por iniciativa do parlamentar icoense, Neto Nunes (PMDB), foi liberado pelo governo federal em parceria com o Banco do Brasil e Município de Icó, quase 700 (setecentas) casas populares nas proximidades da Rodovia Estadual 282, que liga o nosso rincão à Iguatu, as margens do perímetro irrigado.

A obra encontra-se em andamento e bem próxima de sua conclusão.

Pois bem, a foto que fala por si, são de pessoas humildes usando uma passarela para dormir; foi clicada no Terminal Rodoviário Governador Virgílio Távora, em Icó (CE), e bem define a situação em discussão.

Um ótimo tema, que em conjunto e união de todos, poderia ser buscado por nossas lideranças, ao invés da peleja diária e sem conteúdo algum.  
*Fabrício Moreira da Costa é advogado.

Chove chuva

Chove forte em Fortaleza. Faz pelo menos uma hora que a cidade é lavada desde o céu.

Faz 16 anos que ouvi isso em Londres

Princesa Diana teria sido assassinada por soldado britânico, diz jornal

  • Jacqueline Arzt/AP
    3.jun.1997 - Princesa Diana chega ao Royal Albert Hall para apresentação do "Lago dos Cisnes", em Londres, três meses antes de sua morte 3.jun.1997 - Princesa Diana chega ao Royal Albert Hall para apresentação do "Lago dos Cisnes", em Londres, três meses antes de sua morte
Quase 16 anos após sua morte, surgem novas evidências de que a princesa Diana teria sido assassinada por um soldado britânico. As informações são do jornal "The Mirror".
De acordo com a publicação, a polícia metropolitana de Londres afirmou ter recebido novas informações a respeito do caso e disse que está analisando sua relevância e credibilidade.
A informação teria sido rastreada quando o sargento Danny Nightingale, um atirador do Serviço Aéreo Especial britânico, foi pela segunda vez à corte marcial por portar ilegalmente um pistola com 338 balas em seu quarto. A denúncia foi feita por meio de uma carta enviada pelos sogros de um soldado que dividia casa com o sargento, informou o site de outro jornal, o "Daily Mail".
Segundo um pronunciamento da Scotland Yard, reproduzido pelo "Daily Mail": "A polícia metropolitana está analisando as informações recentemente recebidas sobre as mortes e pesquisando sua relevância e credibilidade. O trabalho será realizado por oficiais e criminalistas."
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Fãs homenageiam a princesa Diana

Fãs homenageiam a princesa Diana, no aniversário de 15 anos de sua morte, em frente a estátua da "Chama da Liberdade", próximo ao túnel da Pont de l"Alma, em Paris (31/8/12) Leia mais Gonzalo Fuentes/Reuters
A nota destaca ainda que esta análise não deve ser considerada um nova investigação. Um porta-voz da família real disse que não haverá quaisquer pronunciamentos dos príncipes Harry e William a respeito do caso.
Relembre o caso
Diana, Dodi al Fayed, seu namorado na época, e o motorista Henri Paul morreram após um acidente de carro em um túnel na saída do hotel Ritz em Paris no dia 31 de agosto de 1997.
Os depoimentos sobre as mortes duraram mais de 90 dias e foram coletadas provas de mais de 250 testemunhas.
O inquérito foi concluído em abril de 2008 e apontava para o assassinato de Diana e de seu namorado. No entanto, o ex comissário da polícia metropolitana Lord Stevens Paget concluiu que o motorista da Mercedez estava embriagado e por isso bateu o carro. A polícia francesa chegou à mesma conclusão.
Mesmo assim, o pai de Dodi Al Fayed, Mohamed al Fayed, dizia que os dois foram mortos a mando da família real porque Diana estaria noiva e grávida de seu filho. Nenhuma dessas acusações, contudo, foi confirmada.

Penso eu - No dia das solenidades de sepultamento de Diane, eu estava na calçada da Harrold's, loja famosa do pai de Dodi, Mohamed al Fayed, quando ouvi, num ingles carregado de sotaque árabe, o velho, gordo e careca, dizer alto e em bom tom, que o filho havia sito morto pela Familia Real inglesa. - Eles não queriam a Diane casada com um mulçumano. Eu contei isso em uma das reportagens que escrevi diretamente de Londres para onde fui enviado especial pelo jornal O Estado, pra cobertura do triste episódio da vida inglesa. Contei a história e no paralelo afirmei que ouvi de Fayed, pai de Dodi o desabafo doído de um pai que enterrava o jovem filho.

Deu na Folha

Cartel de trens pode ter atuado em mais cinco capitais

DANIELA LIMA
JULIO WIZIACK
DE SÃO PAULO
Documentos apreendidos pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) indicam que as investigações sobre o cartel que operou em licitações de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal poderão se estender a outras cinco capitais: Cuiabá, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.
O material dessas cidades foi obtido nas operações de busca e apreensão realizadas em julho em dez empresas acusadas pela multinacional alemã Siemens de participação num esquema criado para fraudar concorrências.
O Cade afirma que ainda está analisando os documentos e que irá apurar com rigor caso encontre "indícios de cartel em outras licitações, mercados ou localidades".
Vinculado ao Ministério da Justiça, o Cade foi acusado pelo governo de São Paulo, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB), de ter dirigido as investigações com o objetivo de atingir a oposição.
O Cade diz que o inquérito focou inicialmente a atuação do esquema em São Paulo e Brasília porque foi só nessas cidades que a Siemens admitiu ter participado do cartel.
A multinacional alemã foi a delatora do esquema e terá anistia administrativa graças ao acordo com o Cade. Mas, se tiver omitido informações das autoridades, poderá perder os benefícios da delação.
O Cade encontrou documentos relacionados a Fortaleza, Recife, Rio e Salvador nos escritórios de quatro empresas (Alstom, Bombardier, Mitsui e T' Trans). Na CAF, recolheu documento sobre o projeto do VLT (veículo leve sobre trilhos) que a empresa está executando em Cuiabá.
O projeto é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, que examinam denúncia de pagamento de propina a servidores públicos, entre outras alegações.
Na documentação entregue pela Siemens já apareciam conversas sobre outros projetos. Em e-mail de 2000, um executivo da Siemens afirma: "Os colegas [...] de Salvador não têm tanto motivo para rir. Lá também a Alstom pensa que somente ela determina como a divisão deve ser".
Em Salvador, consórcio em que a Siemens se associou às construtoras Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez ganhou em 1999 uma licitação para implantar o metrô, que até hoje não está pronto e já consumiu mais de R$ 1 bilhão.
O Ministério Público Federal e a polícia apontaram fraude na concorrência. Segundo eles, o consórcio liderado pela Siemens pagou para a empresa que ficou em primeiro lugar deixar a disputa.
Outros e-mails citam os metrôs de Fortaleza, Recife e Rio. Em Fortaleza, Siemens, Alstom, Bombardier e Balfour Beatty formaram consórcio com construtoras. A obra triplicou de preço e teve superfaturamento apontado pelo Tribunal de Contas da União.
Em Recife, a Siemens fez a manutenção nas linhas Sul e Centro do metrô, num consórcio com a T'Trans. Em todas essas capitais, os projetos são financiados por recursos do governo federal.

Repórteres do O Povo vão ao interior ver o drama da saúde

 O Ceará à procura de mais médicos
O POVO visitou dez postos de saúde do Interior e constatou que - apesar de ainda deficiente - a estrutura da saúde teve melhora, mas o avanço não foi acompanhado pela oferta de médicos
EDIMAR SOARES
O posto de saúde Cláudio Camelo Timbó, em Hidrolândia, apresenta boa estrutura, com vários equipamentos e remédios. Atendimento, entretanto, fica comprometido diante da falta de médicos
Carlos Mazza
Enviado ao Sertão Central e Ibiapaba
carlosmazza@opovo.com.br


Recém-inaugurados e bem equipados, três postos de saúde de Hidrolândia – a 252,2km de Fortaleza – não estão atendendo a população do Município. As unidades possuem sala de coleta de sangue, depósito refrigerado de injeções, ambulância, consultórios bem equipados, leitos de observação, macas e equipe completa com enfermeiros, auxiliares de enfermagem e agentes de saúde. Apesar de “prontos”, os postos esbarram em problema antigo e ainda crônico no interior do Ceará: faltam médicos para atender a população.

Em maior ou menor grau, a situação se repete em todos os municípios da região. Ao longo da última semana, O POVO visitou dez postos de saúde em cinco cidades do interior do Estado, e constatou que – apesar de ainda muito deficiente – a estrutura da saúde pública no sertão cearense teve melhora, em avanço que não foi acompanhado pelo aumento na oferta de médicos.

Na maioria dos casos, os municípios até contam – “no papel” – com profissionais para cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). Na prática, no entanto, o que se observa é que os médicos não cumprem a carga horária do Ministério da Saúde. Nos dez postos visitados pela reportagem, apenas um médico foi encontrado em serviço.

O abandono se dá de diversas formas. Em Pacujá, por exemplo, horário previsto para o turno da tarde vai das 15h às 17 horas. Na última segunda-feira, no entanto, os três postos de saúde do Município - todos com boa estrutura - se encontravam sem médicos já pelas 15 horas. “Foram trabalhar em outras cidades e voltam só amanhã”, explica a recepção.

Já em Varjota, médica que deveria atuar das 8 horas ao meio dia da terça-feira atendeu apenas 12 pacientes e foi embora, pois tinha “reunião marcada”. A informação causou revolta entre pacientes, que já aguardavam desde as 6h30min na unidade. “Isso sempre acontece por aqui. Se eu tivesse para morrer, morria aqui mesmo”, diz Francisca Rodrigues, 47, que chegou em 13º lugar e teve de voltar para casa sem atendimento.

Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec), Ivan de Araújo, o órgão defende que médicos cumpram a carga horária previsto pelo SUS, mas afirma que a responsabilidade pela cobrança é dos gestores municipais. “Se o gestor contratou o médico e acertou com ele que ele venha apenas dois dias da semana, o profissional tem todo o direito de cobrar o que está no contrato”, diz.

A fala é contestada pelo presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Ceará, Wilames Freire Bezerra. Segundo ele, por conta da “crítica e generalizada” ausência de médicos no Estado, gestores ficam obrigados a aceitar que alguns médicos “burlem” a carga horária do SUS. “Sob o risco de ficar sem médico nenhum, eles acabam se sujeitando, até de forma irregular, a isso”.

Ivan de Araújo diz reconhecer que há carência de médicos no Estado, mas afirma que esse fator não pode ser visto como responsável pelas deficiências do SUS como um todo. “Existem outros fatores, como o problema seríssimo do financiamento do SUS”.

NÚMEROS
 9,9
mil é o número de médicos em exercício no Ceará, segundo dados do CFM 1,16
é a razão de médicos por mil habitantes do Estado. É o 7º pior índice do Brasil

Gestores se dizem "reféns" de médicos; categoria contesta
A pouca oferta de médicos para o Interior faz com que prefeitos e secretários de Saúde fiquem “reféns” das exigências de profissionais na contratação, afirmam gestores de Municípios visitados pelo O POVO. Segundo eles, a grande procura por profissionais faz com que médicos só aceitem trabalhar em cidades que não cobrem carga horária, o que prejudica a população.

“Isso é um problema crônico, que acontece em todo o Brasil. Como é grande a necessidade de médicos no Interior, os profissionais só aceitam trabalhar para uma Prefeitura quando são liberados nos outros turnos para trabalhar em outro Município. Se o gestor não aceita ou impõe dificuldades, o médico não se desloca para o Município”, diz o secretário de Saúde de Pacujá, Antônio Carlos Oliveira.

Segundo os gestores, muitos médicos ainda fazem uma série de exigências para trabalhar no Interior, como a concessão de ajudas de custo e o estabelecimento de “cotas de atendimento”. “Eles recebem R$ 12 mil, além de comida e moradia”, diz Ana Ximenes, secretária de Saúde de Varjota.

Para os secretários, a solução é uma só: aumentar a concorrência fora da Capital. “Precisa estimular que venham para cá, porque quando surgem médicos hoje, é em leilão, com disputa. O (programa) Mais Médicos pode ser solução”, diz Sibelly Martins, titular da Secretaria de Saúde de Hidrolândia.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Ceará, Ivan de Araújo, reafirma que o interesse do órgão é o de que as cargas horárias estabelecidas sejam cumpridas, mas reforça que o que foi combinado no ato da contratação deve ser respeitado. De acordo com ele, a criação da carreira de médico do Estado, garantindo direitos e condições de trabalho, seriam medidas mais eficazes no sentido de “interiorizar” a Medicina. (CM)


Sofrimento prolongado leva moradores à descrença

Cansados de viagens frustradas a hospitais e de receber "portas na cara" na saúde pública, moradores de áreas carentes afirmam que já deixaram de procurar atendimento preventivo
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FOTO EDIMAR SOARES
Sem atendimento, Terezinha viu o filho de nove anos falecer
Se parecem complexas as causas da falta de médicos no Interior, o saldo do imbróglio para a população mais pobre é de um sofrimento prolongado que leva à descrença. Cansados de viagens frustradas e de receber “portas na cara” no serviço público de saúde, moradores de comunidades carentes ouvidos pelo O POVO afirmam que já deixaram de procurar atendimento preventivo em postos de saúde.

“Para chegar em hospital é muito difícil, é muita complicação e nada de resolver. Deus me livre se acontecer alguma emergência mas, assim, no dia a dia, resolvo na farmácia ou apelo para a fé mesmo”, diz Francisco de Sousa, 29, morador da zona rural de Reriutaba. Ele conta que se recuperou de virose nos últimos dias - “sem visita ao doutor”.

Em Hidrolândia, o recém inaugurado posto de saúde Cláudio Camelo Timbó já virou motivo de certa piada entre moradores. “Vocês são de jornal? Vieram falar que o posto não tem médico, né?”, arrisca a dona de casa Rosimeiry Sousa, 26. Na manhã de terça-feira, ela tentava levar a filha de apenas um ano ao médico, mas voltou para casa sem ser atendida. “A gente tem que lidar com bom humor, porque não adianta. Só não entendo para que inaugurar posto que não funciona”, diz.

Vítima de um ataque de marimbondos, o servente Benedito Cordeiro, 33, de Reriutaba, conseguiu ser atendido apenas na terceira viagem ao médico. “Me arrependi de ter vindo. Deveria ter resolvido com algum remédio mesmo”.

Vítimas
Em terras marcadas pela falta de profissionais de saúde, no entanto, sobressaem as histórias tristes. Sem a mesma sorte, a dona de casa Francisca Maria de Sousa, 42, conta que viu o próprio pai falecer por conta da ausência de médicos. “Ele sofreu um enfarto. Levamos para postos de saúde e hospitais próximos, mas só encontramos enfermeiros. Depois de algumas horas, ele morreu, e não conseguimos nem sequer um atestado do óbito, porque não havia ninguém para assinar”.

Outra vítima da falta de médicos foi a dona de casa Terezinha de Jesus Araújo, 41. No último mês, ela viu falecer em suas mãos o filho de nove anos. “Ele começou a passar mal depois de comer alguma coisa. Depois de muita busca, conseguimos que ele fosse atendido em um posto de saúde. Alguns dias depois, ele voltou a passar mal, mas não conseguimos ser atendidos. Ele morreu na fila”.

Sem médicos no posto de saúde no momento da morte, Terezinha conta que também ainda não conseguiu o atestado de óbito do filho. “Sei que ele poderia ter ficado bem se tivesse sido atendido”, diz. (Carlos Mazza)

Mega-Sena acumulou

Sorteio da extração 1522, ontem.

05  08  23  32  33  56

Aniversariantes - De hoje ao fiim do mês

Domingo, 18 de agosto
Segunda, 19 de agosto
Terça, 20 de agosto
Quarta, 21 de agosto
Quinta, 22 de agosto
Sexta, 23 de agosto
Sábado, 24 de agosto
Domingo, 25 de agosto
Segunda, 26 de agosto
Terça, 27 de agosto
Quinta, 29 de agosto
Sexta, 30 de agosto
Sábado, 31 de agosto

Sai um cearense. Dilma põe um mineiro no lugar.


Dilma indica Rodrigo Janot para novo procurador-geral da República

A presidenta Dilma Rousseff indicou Rodrigo Janot para ser o novo procurador-geral da República, e suceder Roberto Gurgel, que deixou o cargo nesta semana após quatro anos de mandato.
Janot liderava a lista tríplice encaminhada pela Associação Nacional dos Procuradores à presidenta. De acordo com nota divulgada pela Presidência da República, Dilma Rousseff “considera que Janot reúne todos os requisitos para chefiar o Ministério Público com independência, transparência e apego à Constituição”.
Janot é subprocurador-geral desde 2003. Procurador da República desde 1984, é mestre em direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em direito do consumidor e meio ambiente pela Escola Superior de Estudos Universitários de S. Anna, na Itália. Foi presidente da associação dos procuradores entre 1995 e 1997 e integrou a lista tríplice de 2011.

Mais uma na testa

Como este blog anunciou, assim que acabou a apuração dos votos do primeiro turno das eleições para Prefeito de Fortaleza, no ano passado, o próprio deputado Heitor Férrer confirmou em entrevista a jornalistas, ontem: É candidato a governador, sim, pelo PDT. Só não sabia disso quem não queria saber. Heitor Férrer tem inclusive apurado seus gostos à mesa nos últimos tempos. Tem provado vinhos cada vez melhores e feito contas para quando irá a Portugal experimentar alguns rouges no Alentejo, na Bairrada e no Douro.
Com todo respeito: os bloguistas daquí continuam preferindo ler o poeta José Régio onde, em Cântico Negro poemisa: 

Cântico negro
José Régio 


"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

 
...e mostro o pau...
José Régio, pseudônimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estréia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.

Manchetes deste domingo

- Globo: Metade das capitais não faz licitação de ônibus
- Folha: Atos violentos extrapolam limites, diz Marina Silva
- Estadão: “Banco do Brasil tem papel de governo”, diz dirigente
- Zero Hora: Fraude no ICMS irrigava conta milionária na Suíça
- Veja: O Bando dos caras tapadas
- Época: Doutor Smartphone
- IstoÉ: Todos os homens do propinoduto do metrô
- IstoÉ Dinheiro: 10 bilhões de motivos para invejar o BB
- CartaCapital: Ruim para todos
- Exame: A era da simplicidade

Fosse em Sobral alguém diria: Arre égua macho véi!!!

Briga Barbosa X Lewandowski teve um 2º round


Iniciado diante das câmeras da TV Justiça, o arranca-rabo entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski prosseguiu após o encerramento da sessão do STF, na última quinta-feira. O segundo round ocorreu na área reservada, contígua ao plenário. Apurado pelo repórter Robson Bonin, o destampatório foi veiculado por Veja. A troca de ofensas vai reproduzida abaixo:
— Vossa Excelência não vai esculhambar a minha presidência! — increpou Barbosa.
— O senhor quer as manchetes? Quer aparecer? Vá para as ruas! — devolveu Lewandowski.
— O senhor não vai ficar lendo textos de jornal em plenário para atrasar o julgamento!
— Está para nascer homem que mande no que devo fazer. O senhor acha que tenho voto de moleque?
— Acho sim, senhor.
Lewandowski insinuou que, noutro ambiente, reagiria com os punhos:
— Se não fosse o respeito que tenho por esta Casa, eu tomaria agora outra atitude.
Antes da intervenção da turma-do-deixa-disso, Barbosa ainda sapecou:
— O senhor envergonha esta Casa. O senhor não se dá ao respeito!
Em privado, Lewandowski disse aos colegas que seu retorno ao julgamento depende de uma retratação de Barbosa. Durante a sessão de quinta,  depois de acusar Lewandowski de fazer “chicanas” protelatórias, Barbosa dissera: “Não vou me retratar, ministro.” O terceiro round está marcado para quarta-feira (21).

Opinião

Sim à não violência, por Zuenir Ventura

Zuenir Ventura, O Globo
Estou igual àquele jornalista do interior que, quando Hitler invadiu a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial, escreveu: “Bem que eu avisei.” No dia 29 de junho, quando ainda se comemorava o despertar do gigante, “avisei” que em alguns setores da sociedade já se notavam sinais de preocupação e medo.
É que logo depois de quatro dias de tumulto no Centro do Rio, shoppings, lojas de rua, hotéis, além de clínicas médicas e odontológicas, reclamavam da queda de 50% no faturamento e dos estragos materiais sofridos.
Eu falava no “risco de desvirtuamento das manifestações” — que tinham conquistado rapidamente o apoio da população — causado pela “infiltração de vândalos, arruaceiros e demais bandidos encapuzados”.
Estava virando rotina: as passeatas começavam pacíficas, ordeiras, iam engrossando e acabavam em arrastões, com coquetéis molotov, quebra-quebra, invasões de edifícios públicos, saques. Alegava-se com razão que a polícia tinha começado tudo, com sua costumeira truculência, e que a PM do Rio e de SP infiltrara agentes nos protestos para incitar a desordem.
Mas o fato é que a violência foi contaminando o movimento e, de lá para cá, o quadro só se agravou, com o esvaziamento da participação. Um retrato disso é o que aconteceu na Cinelândia, no Rio, onde há pouco mais de um mês se concentraram 200 mil manifestantes e, anteontem, não mais de 200, que paralisaram a cidade por sete horas, sobrepondo-se ao direito de ir e vir, tão legítimo quanto o de se reunir.

Tentativa de invasão ao hospital Sírio-Libânes é contida por PMs

Mais grave ainda foi a tentativa de invasão do Hospital Sírio-Libanês em SP por 50 enfurecidos gatos pingados para reivindicar melhores condições de atendimento à população, como se esse tipo de ação tivesse alguma eficácia. No episódio, a falta de limites atingiu o auge da insensatez.
Por tudo isso é que já se ouvem aqui e ali indignados desabafos do tipo: “chega!”, “já está demais!” Como já vi um filme parecido, em que a “violência revolucionária” levou à prisão, ao exílio e à tortura uma parte do que havia de melhor numa geração, acho que esses jovens de agora, pelo menos os que acreditam na “violência como expressão política”, deveriam se inspirar menos na força bruta e mais na não violência ativa e eficaz, aquela de Gandhi, Martin Luther King e Mandela, que não tinham nada de inofensivos pacifistas.
É bom lembrar que, com ela, o líder indiano conquistou a independência do seu país; o pastor americano derrubou as leis segregacionistas contra os negros; e o grande herói sul-africano pôs fim ao apartheid.

Zuenir Ventura é jornalista.

Opinião

Aos inimigos da democracia, o rigor da lei, por Milton Corrêa da Costa

Milton Corrêa da Costa
Diante do ímpeto agressivo de vândalos arruaceiros, que mais uma vez, novamente na Zona Sul do Rio, nas proximidades do Palácio Guanabara, no Rio, depredaram agências bancárias e uma lanchonete, destruíram sinalização de trânsito, arremessaram bombas incendiárias e atacaram policiais com pedras, fica a preocupação do que poderá vir, principalmente no próximo 7 de setembro, feriado da Independência. Há notícias sobre grupos de anarquistas, terroristas mascarados, que prometem aterrorizar cidades brasileiras nessa data.
Até onde vai isso? Como contê-los? As manifestações agressivas que se alastram preocupantemente pelo país demonstram claramente que há algo muito estranho por trás dos rostos encobertos dos Black Bloc (há suspeita de que alguns agem por dinheiro). A Revista “Época”, (29/7) mostrou que por trás da simples revolta dos vândalos anarquistas há algo de muito mais sério.
A notícia, que deixa perplexa a sociedade, dá conta de que (surpreendam-se) “gladiadores” (é assim que se autoproclamam os anarquistas das manifestações), após a ONG Defensoria Social espalhar voluntários para defender manifestantes presos por vandalismo, agora também recebem treinamento de guerrilha urbana através de instrutores experientes.


Nos fins de semana, os jovens se reúnem para fazer coquetel molotov e escudo de madeirite e produzir líquidos que anulam o efeito do gás lacrimogêneo. Nesses encontros, eles escolhem bancos e empresas como alvos de depredação.
Participam dessas reuniões os anarquistas Anonymous, Anarcopunk e Acción Directa, ex-militantes do MST, alguns dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e remanescentes do grupo guerrilheiro uruguaio Tupamaros e da Central Operária Boliviana. Os próximos atos, segundo a “Época”, estão previstos para 7 de setembro e o Rock in Rio.
As forças de segurança federais e estaduais e toda a sociedade — que reivindica pacificamente seus direitos — devem tomar ciência e consciência. A estabilidade está seriamente ameaçada pelo radicalismo de terroristas-guerrilheiros.
O 7 de setembro vem aí. Que estejam em grau de alerta máximo e se preparem para a garantia da lei e da ordem contra a anarquia e o radicalismo. Aos inimigos da democracia, o rigor da lei.

Milton Corrêa da Costa é tenente-coronel da reserva da Polícia Militar do Estado do Rio.

Luto no Montese

Rede Zara de luto

Morreu na quinta-feira, em Madri, Rosalía Mera. Aos 69 anos era a mulher mais rica da Espanha, dona de uma fortuna avaliada em US$ 6 bilhões.
Em 1975 ela fundou com o ex-marido o grupo Inditex, dono da rede Zara, que tem 41 lojas no Brasil e emprega três mil pessoas.

Como se recordam a Zara estava sendo "fabricada" no Montese, em Fortaleza ou no Montize como chamam as madames que compram grifes no bairro das confecções.

Pra pensar no domingo

“O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.”

Do iguatunoticias.com.br.

Líder político Agenor Neto busca parcerias 

 
Agenor Neto e o secretário de estado Evandro Leitão, e os prefeitos Simão Pedro (Orós),
Aderilo Alcântara (Iguatu), Antonio Guimarães (Aquiraz) e Ivan Neto (Aratuba)
Fora do poder desde 31 de dezembro último, quando entregou o cargo de prefeito com 92% de aprovação - segundo pesquisa IBOPE - o grande líder político e ex-prefeito de Iguatu, Agenor Neto (PMDB), se movimenta nos bastidores da política regional, com vistas a 2014, quando, segundo ele, pretende disputar novamente uma vaga de deputado estadual na Assembléia Legislativa do Ceará.
Eleito deputado estadual em 2002, com votação de quase 44 mil votos, Agenor Neto pode apenas desempenhar a metade do mandato, quando teve que se candidatar à Prefeitura de Iguatu, onde permaneceu durante oito anos. Sua meta agora, é poder passar toda sua experiência administrativa e política para as demais regiões do estado, a exemplo do que já vem fazendo em alguns municípios da região Centro Sul, como Orós, Jucás, Aquiraz, além de Iguatu, dentre outros.
Além de se movimentar em Brasília, participando de audiências na busca de recursos para beneficiar as pessoas mais necessitadas, proporcionando igualdade de direitos para todos, a nível de estado, Agenor Neto também mantém a mesma estratégia. Na semana passada, acompanhado dos prefeitos de Orós, Simão Pedro (PSB), de Iguatu, Aderilo Alcântara (PRB), Antonio Guimarães (Aquiraz), e Ivan Neto (Aratuba), Agenor Neto se reuniu com o secretário da STDS do Estado, Evandro Leitão, onde reivindicou a ampliação dos projetos sociais para os municípios cearenses. “As pessoas mais carentes tem o direito de viver com condições mínimas de qualidade. Fico feliz e comprometido com gestões que coloca como meta prioritária a igualdade social”, disse Agenor Neto.

Bom dia

Tem gente que leva ao pé da letra:  Onde comem dois, comem três. Às vezes falta farinha e faarinha pouca, meu pirão primeiro.