Cid admite ação da PM em desocupação
Dizendo que a Polícia Militar do Ceará (PM/CE) só realizará a desocupação da área do Parque do Cocó, caso seja necessário, Cid Gomes citou, especialmente, a manutenção de diálogo com os manifestantes contrários à obra, uma vez que tentam encontrar um acordo para solucionar o impasse e, consequentemente, não utilize da ação policial. Cid Gomes disse ainda que tem conversado com o prefeito Roberto Cláudio, pois, segundo ele, não queria que a PM ficasse encarregada da desocupação.
Apesar do tom criterioso adotado ao falar sobre o assunto, Cid não negou que a Polícia Militar realize a ação de desocupação do local. Segundo destacou, utilizará todos os canais de negociação até a ação definitiva, o que, segundo ele, está sendo realizado por Roberto Cláudio. Desde a semana passada, o prefeito tem conversado com representantes de algumas entidades, na busca de uma mediação com os manifestantes contrários à obra, acampados há mais de 35 dias, no Parque do Cocó.
Colocando-se à disposição do diálogo, o governador voltou a falar da regulamentação do Cocó até o fim do seu governo, apesar da problemática que envolve a iniciativa. “Existem dois decretos, que delimitam a área como de interesse público, o que gerou algumas questões judiciais”, pontuou Cid Gomes, acrescentando que algumas ações indenizatórias podem chegar a mais de R$ 1 bilhão.
AUDIÊNCIA PÚBLICA
Hoje, a Ordem dos Advogados do Brasil, no Ceará (OAB/CE) realizará uma audiência pública, a partir das 17h, para debater sobre mobilidade urbana na confluência das Avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, contextualizando as recentes manifestações de proteção ao Parque do Cocó. O objetivo é debater o impacto ambiental não só do Parque, mas dos rios e os impactos e avanços necessários para mobilidade de Fortaleza.
Na semana passada, o Tribunal Regional Federal da 5a Região (TRF5) suspendeu a liminar que embargava a obra dos viadutos. A decisão foi proferida após analise do recurso da Prefeitura de Fortaleza contra a decisão da 6a Vara Federal, que embargou a obra. Na madrugada do último dia 8, a Guarda Municipal tentou retirar os manifestantes acampados no local.