Doações ao PP coincidem com delação de Youssef
Valores declarados por parlamentares do PP e diretórios do partido e do PMDB como doação da Queiroz Galvão são os mesmos apontados por doleiro. Segundo ele, candidatos sabiam que dinheiro era desviado da Petrobras
Operação Lava Jato.
Durante as investigações, Youssef cita uma troca de e-mails com o
executivo Othon Zanoide de Moraes Filho, do Grupo Queiroz Galvão, no
qual ele trata de doações de campanha destinadas ao PP e ao PMDB. Em um
deles, de 30 de agosto de 2010, o executivo cobra os “recibos faltantes”
(doações oficiais da Queiroz Galvão) em nome do PP da Bahia; PP de
Pernambuco; do PMDB de Rondônia; da ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP); do
ex-deputado Roberto Teixeira (PP-PE); do deputado Nelson Meurer (PP-PR)
e do ex-deputado Roberto Britto (PP-BA). Essas doações citadas na troca
de mensagens entre Youssef e Zanoide somam quase R$ 1,5 milhão.
Na troca de emails, Zanoide cobra os recibos de pagamento das doações de R$ 500 mil ao PP da Bahia; de R$ 100 mil ao PP de Pernambuco; de R$ 300 mil ao PMDB de Rondônia; de R$ 250 mil a Aline Corrêa; de R$ 250 mil a Teixeira; de R$ 500 mil a Meurer e de R$ 100 mil a Britto. “Todos os valores repassados são provenientes de vantagens indevidas decorrentes do esquema existente na Petrobras”, afirmou Alberto Youssef na delação premiada.
Coincidências
Na prestação de contas desses candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os valores registrados como doações da Queiroz Galvão coincidem com os citados pelo doleiro. No caso do PP da Bahia, há registro de dois repasses de R$ 250 mil cada, um no dia 24 de agosto e outro em 30 de agosto de 2010. É o mesmo valor citado por Youssef e Zanoide.
Na prestação de contas do diretório estadual do PP pernambucano, constam dois repasses da Queiroz Galvão: um deles de R$ 100 mil, realizado no dia 23 de agosto. Essa também é a quantia citada na troca de email entre o doleiro e o executivo.
Para o deputado Nelson Meurer, a empreiteira destinou dois repasses de R$ 250 mil, um no dia 26 de agosto e outro em 10 de setembro. Os dois repasses somam os R$ 500 mil anotados na comunicação por e-mail.
A Queiroz Galvão efetuou dois repasses para a ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP): um deles, no dia 25 de agosto, no valor de R$ 250 mil; para o ex-deputado Roberto Teixeira, a empreiteira efetuou repasses da ordem de R$ 250 mil no dia 25 de agosto. Já para o também ex-parlamentar Roberto Teixeira, a prestação de contas revela uma transferência no valor de R$ 100 mil no dia 27 de agosto. Todos os valores declarados pelos candidatos coincidem com a contabilidade informal de Youssef.
“Com certeza”
“Questionado se todas estas pessoas que receberam tais valores tinham consciência de que os valores foram repassados do esquema da Petrobras, o declarante respondeu que ‘com certeza’”, informa o termo de depoimento de Alberto Youssef à Justiça Federal.
Em nota oficial, a legenda afirmou que “as doações recebidas pelo Partido Progressista (PP) e enviadas a candidatos do partido durante a gestão de Francisco Dornelles na presidência (2007-2013) tiveram como origem empresas domiciliadas no Brasil e legalmente aptas para fazer doações, as quais estão detalhadas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.
O Congresso em Foco procurou os políticos citados acima. Mas nenhum deles se manifestou até o momento. A reportagem não localizou representante da Queiroz Galvão.
Prestações
de conta apresentadas por quatro parlamentares do PP, dois diretórios
estaduais da legenda e um diretório estadual do PMDB, referentes à
campanha de 2010, coincidem com valores apontados pelo doleiro Alberto
Youssef como fruto de desvios de recursos da Petrobras. Em trecho da sua
delação premiada, Youssef contou que os políticos beneficiados tinham
conhecimento de que os recursos vieram do pagamento de propina da
estatal. As informações estão em depoimentos do doleiro que originaram
os pedidos de inquérito contra políticos suspeitos de envolvimento nos
crimes apurados pela Na troca de emails, Zanoide cobra os recibos de pagamento das doações de R$ 500 mil ao PP da Bahia; de R$ 100 mil ao PP de Pernambuco; de R$ 300 mil ao PMDB de Rondônia; de R$ 250 mil a Aline Corrêa; de R$ 250 mil a Teixeira; de R$ 500 mil a Meurer e de R$ 100 mil a Britto. “Todos os valores repassados são provenientes de vantagens indevidas decorrentes do esquema existente na Petrobras”, afirmou Alberto Youssef na delação premiada.
Coincidências
Na prestação de contas desses candidatos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os valores registrados como doações da Queiroz Galvão coincidem com os citados pelo doleiro. No caso do PP da Bahia, há registro de dois repasses de R$ 250 mil cada, um no dia 24 de agosto e outro em 30 de agosto de 2010. É o mesmo valor citado por Youssef e Zanoide.
Na prestação de contas do diretório estadual do PP pernambucano, constam dois repasses da Queiroz Galvão: um deles de R$ 100 mil, realizado no dia 23 de agosto. Essa também é a quantia citada na troca de email entre o doleiro e o executivo.
Para o deputado Nelson Meurer, a empreiteira destinou dois repasses de R$ 250 mil, um no dia 26 de agosto e outro em 10 de setembro. Os dois repasses somam os R$ 500 mil anotados na comunicação por e-mail.
A Queiroz Galvão efetuou dois repasses para a ex-deputada Aline Corrêa (PP-SP): um deles, no dia 25 de agosto, no valor de R$ 250 mil; para o ex-deputado Roberto Teixeira, a empreiteira efetuou repasses da ordem de R$ 250 mil no dia 25 de agosto. Já para o também ex-parlamentar Roberto Teixeira, a prestação de contas revela uma transferência no valor de R$ 100 mil no dia 27 de agosto. Todos os valores declarados pelos candidatos coincidem com a contabilidade informal de Youssef.
“Com certeza”
“Questionado se todas estas pessoas que receberam tais valores tinham consciência de que os valores foram repassados do esquema da Petrobras, o declarante respondeu que ‘com certeza’”, informa o termo de depoimento de Alberto Youssef à Justiça Federal.
Em nota oficial, a legenda afirmou que “as doações recebidas pelo Partido Progressista (PP) e enviadas a candidatos do partido durante a gestão de Francisco Dornelles na presidência (2007-2013) tiveram como origem empresas domiciliadas no Brasil e legalmente aptas para fazer doações, as quais estão detalhadas no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.
O Congresso em Foco procurou os políticos citados acima. Mas nenhum deles se manifestou até o momento. A reportagem não localizou representante da Queiroz Galvão.