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A empresa de consultoria de Arthur Chioro, substituto do ministro Alexandre Padilha (Saúde), recebe verbas diretas do Sistema Único de Saúde (SUS) porque trabalha para municípios destinatários desses recursos. E continuará recebendo, quando ele passar a comandar o SUS, como ministro. Aliados de Dilma temem que prefeituras “clientes” de Chioro, venham a ser privilegiadas nas relações com o ministério.
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O Ministério Público já estava de olho: secretário de Saúde de São Bernardo (SP), Chioro contratou a consultoria da própria empresa.
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Ontem, Arthur Chioro deu uma de joão-sem-braço e passou sua empresa para… sua mulher. E as “consultorias” continuam.
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Padilha criou programas relevantes, como o “Mais Médicos”, e retirou o Ministério das páginas policiais. Com Chioro, retoma-se o inferno astral.
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Mais que uma indicação, Arthur Chioro é um capricho imposto pelo ex-presidente Lula. Ele queria adiar para março a reforma ministerial.
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Em meio à briga interna, a Federação Nacional dos Policiais Federais – que representa agentes, papiloscopistas e escrivães – acusa a PF de agir junto ao Ministério da Justiça para “forçar monopólio de chefia para delegados”. Os agentes defendem no Congresso a “PEC do FBI”, que assemelharia seus cargos ao dos agentes especiais norte-americanos, que podem ser promovidos em caso de especialização e experiência.
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Segundo Fenapen, a maioria dos agentes federais tem curso superior, mas não pode ser gerente ou coordenador por questões burocráticas.
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Agentes dizem que PEC 361 não possibilita que se tornem delegados, o que seria inconstitucional: “só cansamos de não ter reconhecimento”.
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A imprensa internacional destacou o protesto convocado pela internet “Não vai ter Copa”, em 36 cidades neste sábado (25). O clima é tenso.
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O ex-governador José Serra disse a amigos que, apesar de negociar com a presidenta Dilma, o ex-prefeito Gilberto Kassab deverá apoiar a reeleição do tucano Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo.
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A Agência Nacional de Aviação Civil garante que o movimento dos aeroportos na Copa será quase o mesmo no Natal e Ano Novo. Ou seja, tomem desde já chá de camomila.
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Geddel Vieira Lima (PMDB) quer disputar o governo da Bahia, mas disse a ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador, que disputará o Senado caso Paulo Souto (DEM) pretenda voltar ao Palácio de Ondina.
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A americana Armalite, através da Dimensão, em Brasília, venceu mais uma no governo federal: chegam nos próximos dias fuzis AR-10 com 1,5 km de alcance e poder de fogo de matar um batalhão. Americanos no Iraque e no Afeganistão usavam armas de guerra menos ofensivas.
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Com nota de crédito rebaixada pela agência Fitch, Gana, na África, vai pedir empréstimo de novo ao Brasil, diz a Bloomberg. Não bastaram o perdão da dívida e o crédito camarada de US$95 milhões do BNDES.
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O conhecido site de compras coletivas Groupon terá que indenizar a noiva Emanuella Torres, de Brasília. Ela tomou um calote de R$ 3.490 ao fechar com eles um serviço de buffet, que sumiu antes do casório.
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A presidente da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, lamentou a derrota na venda dos caças ao Brasil, e faz uma aposta que até parece rogar uma praga: “Eu dizia que era entusiasmada com o país antes de o Brasil ser chique. Agora digo que serei entusiasmada quando não for chique”.
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Deputados federais e senadores destinam recursos, em suas emendas, para áreas em que não podem ser usadas, criando os chamados “vícios de elaboração”. Esse tipo de emenda jamais sai do papel.
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Delúbio Soares deveria incluir em seu staff mensaleiro um assessor de imagem: engordou e é o único que volta rindo à cadeia.
Falta dólar e euro em 5 capitais por causa do aumento do IOF no cartão
Sophia Camargo
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
Já está faltando dólar e euro em espécie em casas de câmbio de Goiânia,
Manaus, Porto Alegre, Recife e Vitória, afirma o presidente da
Associação Brasileira das Corretoras de Câmbio (Abracam) Tulio Ferreira
dos Santos Junior. Cidades menores, como Joinville, em Santa Catarina,
também relataram problemas, diz o presidente.
O aumento da procura da moeda em papel ocorre desde dezembro, quando foi anunciada pelo governo a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% sobre os cartões pré-pagos utilizados para compras e saques no exterior. "Se continuar essa demanda, é bem possível que falte moeda também nos grandes centros como São Paulo e Rio", diz.
O diretor da corretora Cotação, Alexandre Fialho, diz que, antes da medida do governo, as vendas do cartão pré-pago e dinheiro se equivaliam, sendo metade para cada um. Com o aumento do IOF, a procura por cartão pré-pago caiu cerca de 40%. "Agora, as transações em dinheiro respondem por 70% dos negócios", diz.
Fialho diz que não houve falta de moeda nas unidades da Cotação, mas isso ocorreu porque assim que souberam da medida do governo transferiram mais moeda para as unidades e ampliaram o serviço de entrega de dinheiro. "Se não tivéssemos feito isso, com certeza iria faltar moeda."
O Daycoval Câmbio relata que não teve nenhum problema de desabastecimento de moeda estrangeira porque "trabalha com um bom estoque de moedas". "A procura aumentou bastante mas já estava dentro das previsões", informa Eduardo Campos, gestor da empresa.
Para o presidente da Abracam, a falta do papel-moeda se agrava pela logística ruim para entrega de dinheiro no país.
"Uma regra da aviação proíbe que se leve dinheiro nos voos comerciais, mas apenas em voos cargueiros. Como a importação do papel chega a São Paulo, é mais fácil abastecer essa praça. Se a procura em São Paulo aumenta, falta dinheiro para suprir as lojas do interior. Geralmente são o Norte e o Nordeste que sofrem mais."
Segundo Santos Junior, que também é dono da B&T Corretora de Câmbio, a procura pelos cartões pré-pagos caiu drasticamente em janeiro.
"Até dezembro, esse segmento representava cerca de 30% dos negócios das corretoras, e agora caiu para cerca de 6%. Só na minha corretora o cartão pré-pago representa agora cerca de 4% das vendas."
"Apesar de o cartão pré-pago ser mais vantajoso para o consumidor, o imposto tornou esse seguro muito alto", diz Santos Junior. "Esse mês de janeiro foi muito ruim para as corretoras, é um prejuízo muito grande", diz.
Numa tentativa de segurar as vendas pelo cartão pré-pago, as corretoras estão oferecendo descontos para carregar dinheiro no plástico. "Vendemos o dólar no cartão 1% mais barato do que no papel-moeda", diz Fialho, da Cotação. Antes da elevação do IOF, o desconto era de 0,5%.
Fialho afirma que, para alguns segmentos, o aumento do IOF não fará com que os compradores deixem de utilizar o cartão pré-pago. "Empresas que precisam controlar seus gastos e pais que vão mandar filhos em intercâmbio provavelmente vão continuar a usar", afirma. "Não é o fim da vida do cartão, mas certamente estamos no fundo do poço."
O aumento da procura da moeda em papel ocorre desde dezembro, quando foi anunciada pelo governo a elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 6,38% sobre os cartões pré-pagos utilizados para compras e saques no exterior. "Se continuar essa demanda, é bem possível que falte moeda também nos grandes centros como São Paulo e Rio", diz.
O diretor da corretora Cotação, Alexandre Fialho, diz que, antes da medida do governo, as vendas do cartão pré-pago e dinheiro se equivaliam, sendo metade para cada um. Com o aumento do IOF, a procura por cartão pré-pago caiu cerca de 40%. "Agora, as transações em dinheiro respondem por 70% dos negócios", diz.
Fialho diz que não houve falta de moeda nas unidades da Cotação, mas isso ocorreu porque assim que souberam da medida do governo transferiram mais moeda para as unidades e ampliaram o serviço de entrega de dinheiro. "Se não tivéssemos feito isso, com certeza iria faltar moeda."
O Daycoval Câmbio relata que não teve nenhum problema de desabastecimento de moeda estrangeira porque "trabalha com um bom estoque de moedas". "A procura aumentou bastante mas já estava dentro das previsões", informa Eduardo Campos, gestor da empresa.
Para o presidente da Abracam, a falta do papel-moeda se agrava pela logística ruim para entrega de dinheiro no país.
"Uma regra da aviação proíbe que se leve dinheiro nos voos comerciais, mas apenas em voos cargueiros. Como a importação do papel chega a São Paulo, é mais fácil abastecer essa praça. Se a procura em São Paulo aumenta, falta dinheiro para suprir as lojas do interior. Geralmente são o Norte e o Nordeste que sofrem mais."
Segundo Santos Junior, que também é dono da B&T Corretora de Câmbio, a procura pelos cartões pré-pagos caiu drasticamente em janeiro.
"Até dezembro, esse segmento representava cerca de 30% dos negócios das corretoras, e agora caiu para cerca de 6%. Só na minha corretora o cartão pré-pago representa agora cerca de 4% das vendas."
"Apesar de o cartão pré-pago ser mais vantajoso para o consumidor, o imposto tornou esse seguro muito alto", diz Santos Junior. "Esse mês de janeiro foi muito ruim para as corretoras, é um prejuízo muito grande", diz.
Numa tentativa de segurar as vendas pelo cartão pré-pago, as corretoras estão oferecendo descontos para carregar dinheiro no plástico. "Vendemos o dólar no cartão 1% mais barato do que no papel-moeda", diz Fialho, da Cotação. Antes da elevação do IOF, o desconto era de 0,5%.
Fialho afirma que, para alguns segmentos, o aumento do IOF não fará com que os compradores deixem de utilizar o cartão pré-pago. "Empresas que precisam controlar seus gastos e pais que vão mandar filhos em intercâmbio provavelmente vão continuar a usar", afirma. "Não é o fim da vida do cartão, mas certamente estamos no fundo do poço."