Nossa Justiça vai à força tarefa



Judiciário fará em cinco dias quase 3 mil júris


Mobilizados pelo Conselho Nacional de Justiça, tribunais de todo país farão um mutirão. Batizado de Semana Nacional do Júri, tem como objetivo limpar das prateleiras do Judiciário os processos de crimes contra a vida que tramitam há mais de quatro anos. Começa nesta segunda (17) e vai até sexta (21).
Nesse curto intervalo de cinco dias, pretende-se julgar cerca de 3 mil processos. O CNJ pediu aos 27 tribunais de Justiça informações sobre a quantidade de casos que devem ser resolvidos. Numa conta ainda parcial, que inclui os dados de 23 tribunais, a soma chegou a 2.932 processos (veja). Ainda vão entrar nessa conta os júris do Rio de Janeiro, Piauí, Paraíba e Goiás.
Pernambuco, um dos Estados mais violentos do Mundo, realizará a maior quantidade de julgamentos: 442. Vêm a seguir o Ceará, com 336 processos, e o Paraná, com 256. Minas Gerais fará 190 júris. São Paulo, 150.

É devagar, é devagar, devagarinho...

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Vida & prazer
Conhecido no Rio de Janeiro por explorar em outdoors e busdoors mensagens sobre o universo da sensualidade de forma criativa, o Motel Panda, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, mudará o foco na campanha publicitária que se inicia na segunda-feira 17. O corpaço 
de Nicole Bahls, sempre em evidência, sairá de cena nos próximos seis meses, para a entrada de uma pegada educativa. Ou seja, de que os acidentes de trânsito são causados por irresponsabilidade do condutor.
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Mais uma audiência pra debater violências contra mulheres

Assembleia promove audiência sobre violência sexual e doméstica Assembleia promove audiência sobre violência sexual e doméstica

A Assembleia Legislativa promove, na segunda-feira (17/03), audiência pública para debater a violência sexual e doméstica contra mulheres de todas as idades. O evento, que atende requerimento do deputado Antonio Carlos (PT), será às 14h, no auditório Murilo Aguiar.
O parlamentar observa que, mesmo com as políticas de proteção vigentes, ainda há um crescente número de casos de violência por todo o País. Por isso, o problema requer atenção de todos e não deve ser tratado isoladamente. “Os avanços sociais, políticos e econômicos alcançados pelas mulheres nas últimas décadas e o sensível aumento dos casos de violência de gênero impõem que a sociedade e os poderes públicos, em especial, se debrucem sobre essa questão, que atinge a todos”. “Não se trata apenas de um problema das mulheres, uma vez que é também de saúde pública, de segurança e, sobretudo, de violação dos direitos humanos”, pontuou o deputado.

Foram convidados para a audiência representantes de órgãos de defesa das mulheres, como a delegada da Delegacia de Defesa da Mulher, Ivana Marques; Maria Ozaneide de Paula, da Secretaria de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Débora Mendonça, da Marcha Mundial das Mulheres.
RF/AT

Pobre reclama até do que é muito bom

Após ser vaiada, Dilma acusa críticos de nunca terem ‘ralado’

Carita Bezerra, O Globo
Concluída a reforma ministerial, a presidente Dilma Rousseff retomou nesta sexta-feira as viagens para inaugurações, mas não se livrou de mais aborrecimentos. Em companhia da senadora governista Kátia Abreu (PMDB-TO), ela foi a Araguaína entregar um conjunto habitacional de alto padrão do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
A presidente foi recebida por claques a favor e contra o Governo. E durante o discurso se irritou com as vaias de manifestantes que protestavam contra o programa Mais Médicos e contra a corrupção do PT . Houve protesto também de moradores de um outrou conjunto do programa do Minha Casa Minha Vida, inaugurado há dois anos, incoformados com a diferença de padrão de suas moradias com as casas da nova unidade, equipadas até com placas de energia solar.

Resultado do sorteio 1582 da Mega Sena

01  04  13  17  38  48
Uma aposta ganhou pouco mais de R$7,3 milhões de reais

Esta é do Estadão

Guerra do Brasil é na fronteira

 

Para agências de análise estratégica, o inimigo regional é o crime organizado

Depois de dois dias de chuva fina e neblina, finalmente um sábado de sol, céu sem nuvens - os três aviões de ataque, Super Tucanos, decolaram quase simultaneamente da base em Boa Vista, capital de Roraima, dois deles levando duas bombas de 230 quilos. Monitorados eletronicamente desde Manaus, distante 700 quilômetros, os turboélices do Esquadrão Escorpião faziam um voo manso, ajustando as coordenadas do alvo, a 218 km: uma faixa de terra rasgada no meio da selva; 300 metros de extensão por 15 de largura que recebia, para pouso e decolagem, aviões de traficantes de armas e drogas. Os A-29 da FAB entraram na aproximação final a 1.200 metros e, no momento do lançamento, faziam um mergulho a 600 metros. As bombas atingiram a pista a 550 km por hora, abrindo crateras de 10 metros de diâmetro por 3,5 m de profundidade.
O terceiro Super Tucano do grupo registrou toda a operação - mas tinha outra missão, mais delicada, de escolta armada, com metralhadoras .50, durante o tempo de bombardeio. Havia a possibilidade de que os quadrilheiros, cada vez mais ousados, disparassem contra os aviões militares.
O plano de ação de guerra e o cuidado com a segurança são justificados. A inteligência das Forças Armadas localizou em junho de 2013 ao menos 60 pistas irregulares, sete delas próximo das linhas de fronteira com a Colômbia e o Peru. As gangues mantêm o tipo de facilidades na Bolívia. O procedimento segue um padrão: pasta de coca e outros produtos, os eletrônicos principalmente, são trocados por armas ou apenas vendidos nesses pontos. Parada rápida e nova decolagem na direção de conexões em países de vigilância frágil, como o Suriname, ao norte.
A principal ameaça à segurança e defesa dos países da América Latina e Caribe é o crime organizado de grande envergadura que envolve tráfico de drogas, contrabando de armas e de componentes eletrônicos, sequestro e a ação de piratas e dos traficantes de pessoas. Segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Londres, o Brasil reage a essa situação. Mantém as Forças Armadas mobilizadas e atua nas fronteiras com emprego de tropas e equipamentos em condição de combate. Está preparando duas grandes blindagens tecnológicas: o Sisfron, que deve fechar as fronteiras, e o SisGAAZ, a rede que cobrirá o Atlântico na proporção de 4,5 milhões de km², equivalente ao território do oeste da Europa. Ambos os sistemas serão feitos em etapas ao longo de dez anos e vão exigir, conjuntamente, algo como R$ 20 bilhões.
Só nas sete Operações Ágata, realizadas de agosto de 2011 a junho de 2013, os efetivos empregados chegaram a 76 mil, inclusos aí os agentes civis. O resultado: cerca 12 toneladas de drogas apreendidas, duas pistas de pouso destruídas, armas e munições recolhidas em larga escala.
O inimigo, todavia, ganha poder. O Estado teve acesso a um documento do Conselho Nacional de Inteligência dos Estados Unidos que destaca: as corporações criminosas como os Zetas, os Cavaleiros Templários II e o Cartel de Jalisco Nova Geração - todos de origem no México, mas com ramificações comprovadas na América Central - estão adquirindo capacidades paramilitares.
Recebem bom treinamento de mercenários. Já seriam capazes de se organizar em pelotões de 20 a 60 homens, ou em companhias de até 250 ‘corazón hermanos’, chefiados pelo equivalente a um capitão. Combinados com o grupo Mara Salvatrucha, de El Salvador, e o Comando Rojo, da Guatemala, responsáveis por, talvez, mais 900 outras gangues associadas, teriam um quadro estimado entre 70 mil e 200 mil militantes. "Eles avançam inexoravelmente rumo à América do Sul, olhando os grandes mercados, trabalhando como empresários, mas devastando tudo como gafanhotos", analisa o pesquisador Martin Rames, da Universidade Autônoma do México.
O professor Gunther Rudzit, especialista em segurança internacional e coordenador das Faculdades Rio Branco, concorda: "A visão é em parte correta, pois o poder desagregador e corruptivo do narcotráfico, por exemplo, é muito grande - há necessidade de combatê-lo como principal ameaça à segurança nacional". Gunther destaca o fato de "não haver duas coalizões, uma de governos contra o crime, e outra, das organizações marginais, se enfrentando".
É apenas questão de tempo, acredita o mexicano Rames: "O pior cenário contempla a ascensão intencional de um governo proscrito, em um Estado nacional vulnerável, facilitando atos ilícitos".
Piratas. O governo brasileiro considera pirataria os atos cometidos em alto mar ou fora da jurisdição de um país. Os assaltos e saques havidos na Amazônia e no litoral são tratados como crimes comuns.
Todavia, os "ratos d’água" preocupam o Comando da Marinha, que reconhece ocorrências em localidades como Comunidade do Perpétuo Socorro, em Manaus, Jesus Ressuscitado, no Careiro da Várzea, em São José do Amatari e Nossa Senhora da Conceição, em Itacoatiara; nos municípios de Santo Antonio do Içá e Coari, no Amazonas, além da região dos Estreitos e Gurupá, no Pará.
Navios, aviões, helicópteros, tropas especializadas e ações conjuntas de fiscalização participam de iniciativas de controle de área. A mais recente, em fevereiro, mobilizou 30 mil militares durante seis dias - fiscalizou 8.159 embarcações e apreendeu 239.

Simon, o turco, abre o verbo

PT quer esmagar o PMDB, diz Pedro Simon

Um dos mais experientes políticos brasileiros, o gaúcho Pedro Simon afirma que a aliança do PMDB com o PT para manter Michel Temer como vice de Dilma Rousseff está sufocando o partido. E que agora é tarde para mudar

Marcela Mattos, de Brasília
Senador Pedro Simon durante sessão no Senado
O senador gaúcho Pedro Simon, fundador do PMDB (Moreira Mariz/Agência Senado)
"Não se pode nem dar palpite, o PMDB está em um mato sem cachorro. Pode até ganhar mais ministérios, mas isso não resolve nada", Pedro Simon
Aos 84 anos, o gaúcho Pedro Simon é um dos políticos que mais conhecem o PMDB, partido que ajudou a criar em 1980 como sucessor do antigo MDB, agremiação de oposição à ditadura militar após o golpe de 1964. Simon coleciona histórias em sua vida pública: foi ministro da Agricultura, governador do Rio Grande do Sul e está há três décadas no Senado. Foi um dos poucos políticos peemedebistas a votar contra os governos Lula e Dilma Rousseff. Hoje, com planos de deixar a vida pública no final do ano, ele vê com ceticismo a ameaça do seu partido de deixar o barco petista e romper a aliança com Dilma: “Podia até ter o rompimento, mas a expectativa dos cargos é muito grande para mudar de lado. Hoje o governo está tão misturado ao PMDB que não é fácil em uma convenção querer mudar os rumos”. Simon afirma não simpatizar com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líder da bancada na Câmara, que comanda uma rebelião na base governista. Mas admite méritos ao colega pelas derrotas impostas ao Palácio do Planalto: "É o tipo da coisa que nunca se conseguiu mexer. Mas ele jamais vai ser meu representante, não identifico nele coisa nenhuma”. Leia trechos da entrevista ao site de VEJA.
Qual a avaliação do senhor essa rebelião do PMDB? O grande erro do PMDB é não se colocar como um grande partido. Nós elegemos governadores pelo Brasil, temos o maior número de filiados e a segunda maior bancada do Congresso. Mas o PMDB, ao longo dos últimos anos, corta as próprias pernas para não caminhar.
De que forma o partido se prejudica? Nós não vamos ter candidato a presidente da República, embora o [Michel] Temer venha demonstrando o controle no governo ao ajudar a Dilma a não implodir. Enquanto isso, o PT faz uma aliança conosco, mas não nos deixa governar ou participar. O PT quer esmagar, quer esvaziar o PMDB. Na reforma ministerial, por exemplo, as trocas dos mais importantes ministérios foram feitas sem nos avisarem. E mais: temos o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, candidato ao governo no Ceará com ampla maioria nas pesquisas, e a Dilma quer colocar como ministro tampão apenas para tirá-lo do páreo porque ela quer apoiar o Ciro Gomes e o irmão dele. Isso é grosseiro. É uma paulada que está sendo dada no PMDB. Mas o partido permite isso e não se impõe.
O PMDB, então, tem parcela de culpa na crise? Estamos sim em uma crise, mas, com toda a sinceridade, não acho o PMDB culpado. O PT está jogando baixo: quer crescer para 120 deputados na Câmara e nos deixar com 40. Isso não é uma política de aliança, é uma política de subserviência. Os outros partidos apenas fazem figuração. Mas o PMDB, principalmente o do Senado, tem sido chamado de fisiologista. Eu sou um dos integrantes do PMDB que mais têm restrições à cúpula do partido. Eu acho que eles se entregam fácil para o governo, perde méritos por cargo, não apresenta candidato, tem mil coisas. Mas o que está havendo é o PT querendo massacrar o PMDB. De governo importante, hoje só temos o Rio de Janeiro, e agora os petistas já estão na disputa. O fisiologismo é do PT.
No final das contas, o que o PMDB quer com essa rebelião? Nossos ministérios, principalmente Turismo e Agricultura, são uma piada. Turismo, aliás, acho que nem ministério deveria ser. Temos sim o de Minas e Energia, que é importante, mas só temos o ministro. Nem o chefe de gabinete é nosso. Afinal, quem é que manda? O PT também se queixa, está uma revolta total com a presidente. Não acho que a briga por ministérios seja fundamental, mas a Dilma quis fazer. No momento em que ela nomeia um monte de ministros do PT e começa a fazer leilão dos cargos, pedindo indicação de nomes, ela fez descaradamente uma discriminação com outros partidos. Se o PMDB estivesse se vendendo, tinha de pelo menos ganhar um valor maior. Mas é bem verdade que o partido perdeu a capacidade de luta e está se acomodando.
Como o sr. acha que o PMDB deveria reagir? Agora nós estamos correndo contra o tempo. Podia até ter o rompimento, mas a expectativa dos cargos é muito grande para mudar de lado. Hoje o governo está tão misturado com o PMDB que não é fácil em uma convenção querer mudar os rumos. Não temos como fazer uma candidatura própria em tão pouco tempo. Todo mundo está com a bandeira [do partido] no bolso. Ninguém ergue a bandeira. Tem de esperar a Dilma se eleger, para então se reunir para dizer o que nós iremos apoiar. Não se pode nem dar palpite. O PMDB está em um mato sem cachorro. Pode até ganhar mais ministérios, mas isso não resolve nada.
A atuação do Eduardo Cunha representa a vontade do partido? Eu nunca gostei muito do Eduardo Cunha. Ele sempre quer fazer esquema, é muito mal comentado. Ele quer ministério, quer ser ouvido, mas os pleitos dele são normais. Mas não o identifico com as causas ou bandeiras do PMDB. As pessoas têm muita restrição a ele e ao modo dele de fazer política. Isso causa um certo desconforto, ele não se identifica com a área mais progressista do partido e não é o líder que a linha mais antiga do partido gostaria. Mas isso não significa que ocasionalmente ele não represente a posição do partido contra a prepotência da presidente. Sozinho, ele consegue formar um bloco e convocar dez ministros de uma vez. Não me lembro na história do Congresso da convocação de dez ministros na mesma Casa em um só dia. É o tipo da coisa que nunca se conseguiu mexer. Mas ele jamais vai ser meu representante, não identifico nele coisa nenhuma.
Essa crise pode ter algum beneficio? Não é bom nem para o PMDB nem para a Dilma. Com isso acontecendo, é enorme o tempo que vai se perder nessa composição, nessa costura, e nas madrugadas para dialogar e resolver isso. Sem contar as escolhas precipitadas dos ministros, que Dilma faz pela indicação, não pela qualidade ou competência. Acho que ninguém ganha.
O sr. será candidato neste ano? Eu acho que não. Eu estou muito velho. Para mim, o Senado não vai fazer falta. Cansei disso, foram 32 anos. Uma vida.

Primeira comunhão

No próximo dia 27, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva aparecerão juntos na propaganda do PSB. Estarão os dois de branco, cor sempre adotada pelos socialistas.

O vexame da Crimeia

Para os EUA, invasão russa na Ucrânia seria ‘escandalosa’
Para os EUA, é o que seria uma invasão russa a Crimeia, Sul da Ucrânia
A embaixadora dos Estados Unidos (EUA) nas Nações Unidas (ONU),  Samantha Power, disse, ontem (15), que a invasão do Sul da Ucrânia por tropas russas, a confirmar-se, seria uma “escalada escandalosa”.
Ela conversou sobre o assunto com jornalistas sobre o assunto neste sábado após a reunião do Conselho de Segurança da ONU.
A Ucrânia acusou a Rússia de ter invadido militarmente o seu território com 80 soldados, helicópteros e veículos blindados, em uma aldeia situada no outro lado da fronteira administrativa entre a Península da Crimeia e a Ucrânia continental. O ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros pediu “a retirada imediata” destas forças e ameaçou responder “com todos os meios para parar a invasão militar” russa.
“Devemos estudar” essas informações, disse a representante dos EUA, após a votação do Conselho de Segurança da ONU sobre uma proposta de resolução denunciando o referendo sobre o destino da Crimeia, previsto para domingo. A Rússia vetou esta resolução e a China absteve-se. “Se a Rússia ainda agravou o que fez na Crimeia atravessando a fronteira no Sul do país, será uma escalada escandalosa”, declarou a embaixadora.
Ela destacou que Washington considera que “a Rússia devia responder pelas suas ações” e poderia ser submetida “a um isolamento diplomático e econômico”, uma alusão à ameaça de sanções sugeridas pelos Estados Unidos, na crise ucraniana.
Perguntado sobre as informações provenientes de Kiev, o embaixador britânico, Mark Lyall Grant, demonstrou preocupação. “Se as informações forem exatas, seria uma escalada perigosa”, disse. Agência Brasil/Agência Lusa

Irmãos da "opa" acham que avião é grande demais pra ser escondido

Investigação sobre sumiço de avião tem aspecto criminal
Sumiço do voo da Malaysia Air ganha contornos de investigação criminal
Malaysia_Airlines_Boeing_777A investigação sobre o desaparecimento do Boing 777 da Malaysia Airlines vai ganhando contornos de um caso criminal. Na madrugada deste sábado, oficiais do governo da Malásia chegaram a informar que a já havia a conclusão de que o avião foi sequestrado, mas o primeiro-ministro do país, Najib Razak, afirmou que essa hipótese ainda não poderia ser confirmada.
A conclusão apresentada por Najib é que o avião teve sua comunicação deliberadamente interrompida. Najib ressaltou que os investigadores estão considerando todas as possibilidades quanto ao motivo pelo qual o avião foi desviado tão dramaticamente de seu curso, dizendo que autoridades não poderiam confirmar se houve sequestro.
Autoridades disseram que irão investigar pilotos como parte do processo mas não divulgaram nenhuma informação sobre o progresso. Neste sábado, policiais foram aos endereços de residência do piloto e do co-piloto do avião, segundo diversos repórteres locais.
Especialistas vinham dizendo que quem quer que pudesse ter desabilitado os sistemas de comunicação deve ter um alto grau de conhecimento técnico e experiência de voo. Com isso, levantou-se a possibilidade de que um dos pilotos tivesse cometido suicídio. Antes disso, um oficial norte-americano chegou a afirmar à Associated Press que investigadores estavam investigando a possibilidade de o desaparecimento do avião ter sido fruto de um ato de pirataria.
Investigadores têm no momento alguma certeza de que um dos sistemas de comunicação do avião foi desabilitado antes de a aeronave chegar à costa leste da Malásia, segundo disse o primeiro-ministro. Depois disso, alguém a bordo desligou o transponder, que envia sinais para o controle de tráfego aéreo civil. Najib confirmou ainda que os radares da força aérea da Malásia continuaram recebendo sinais do avião, que virou para leste, cruzando a região peninsular e indo em direção a trechos do norte do estreito de Malaca.O primeiro-ministro disse ainda que o último sinal confirmado entre a aeronave e o satélite chegou as 8h11, sete horas e meia depois da decolagem. Isso é mais de cinco horas depois do tempo anterior dado pelas autoridades da Malásia como o do último contato.
Segundo Najib, essa última comunicação indica que a aeronave pode ter tomado dois “corredores” possíveis. Um deles pelo norte seguindo até o Casaquistão e Turcomenistão, e outro pela Indonésia até o sul do Oceano Índico. Ele declarou que as buscas ao sul do Mar da China, onde o primeiro contato se perdeu, foi encerrada.
Em meio as incertezas, familiares de passageiros de avião tentam manter as esperanças. Cerca de 50 deles foram avisados num hotel em Pequim neste sábado de que a Malaysia Airlines não iria mais informá-los regularmente sobre buscas.
“Nunca nos informaram nada útil, disse um chinês que não quis dar seu nome. “A única coisa com que eu me importo são os cuidados conosco, queremos ficar aqui até que possamos encontrar nossos familiares e ir pra casa”.
Wang Tianyu, de 38 anos, disse que seu pai estava no avião com um grupo de artistas. Ele disse que as informações que sugerem o sequestro do avião não o fizeram sentir melhor. “Já nos preparamos para o pios, mas queremos saber onde está o avião”, disse. Ele falou que a maioria dos parentes não imagina que os passageiros estejam vivos “numa ilha deserta como (no seriado de TV) ‘Lost’”, disse. “Apenas queremos confirmação”, concluiu. AE/Dow Jones Newswires/Associated Press

Domingo de DIário do Poder

  • As sucessivas derrotas da presidenta Dilma na Câmara, semana passada, contaram com apoio não apenas da base aliada, chefiada pelo líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), como do próprio PT, onde cresce o movimento “volta, Lula”. Nas palavras de um líder do “blocão”, o “PT lavou as mãos e jogou Dilma às feras” ao abandonar a sessão na qual o governo sofreu uma derrota de 28 votos contra 267.
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  • Diferentemente de outras votações, em que petistas vão à tribuna para defender o governo, deputados simplesmente sumiram do Plenário.
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  • De uma bancada de 87, apenas 11 deputados do PT votaram contra a criação de comissão externa para investigar denúncia contra Petrobras.
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  • Na Comissão de Fiscalização e Controle, a habitual tropa de choque do PT também não deu as caras para impedir a convocação de ministros.
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  • João Capiberibe (PSB-AP) propôs sessão do Senado para que o golpe de 1964 não seja esquecido: “Infelicitou a Nação por 21 anos”.
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  • Apesar de ter sido o senador mais ausente do ano passado, Jader Barbalho (PMDB-PA) não economiza quando o assunto é verba indenizatória. Em 2013, torrou até o último centavo permitido da gorda cota de R$ 40.426,20 mensais. Gastos com “divulgação da atividade parlamentar” e consultorias, além de passagens aéreas, coincidiram, milagrosamente, até os centavos, com toda a grana disponível no ano.
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  • Senadores paraenses têm cota parlamentar de R$ 485.114,40 ao ano, mas apenas o ausente Jader conseguiu gastar tudo. Tudo mesmo.
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  • A cota parlamentar depende do valor da passagem aérea entre seu Estado e Brasília. Por ano, vai de R$ 252,5 mil a R$ 531,3 mil.
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  • Entre os senadores do DF, apenas Gim Argello (PTB) gasta sua cota. Rollemberg (PSB) e Cristovam (PDT) não mexem no dinheiro.
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  • O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, faz pouco da inteligência do contribuinte, ao dizer que a conta de luz só vai aumentar “quando o Tesouro cobrar” os bilhões liberados. Como se os recursos do Tesouro não fossem os impostos cobrados dos consumidores.
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  • Na política potiguar, é dada como certa a candidatura a governador do presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB), com o deputado João Maia (PR) na vice e a ex-governadora Wilma Faria (PSB) ao Senado.
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  • O prefeito Eduardo Paes (PMDB-RJ) recuou de declarar apoio ao virtual candidato do PSDB, Aécio Neves (MG), à Presidência após desgaste na negociação para o fim da greve dos garis no Rio.
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  • Empenhadas em fazer reportagens sobre os 50 anos do golpe de 1964, emissoras de rádio e TV enfrentam dificuldade para encontrar militares da reserva que defendam o 31 de Março. Não querem dar a cara.
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  • Não basta ouvir vaia, tem que cercar: a Presidência da República reservou R$130 mil para comprar “alambrados disciplinadores” nas visitas de autoridades e contra “possíveis manifestações” em Brasília.
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  • “Nunca antes” os Correios fizeram greve de quase dois meses em diversos Estados, protestando contra o novo fundo privado Postalis, dirigido por um petista. No Rio Grande do Sul acabou há três dias.
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  • Ligada à luta pelos direitos da mulher, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tem recebido e-mails pedindo que defenda Rosemary Morais, a filha que o falecido ex-vice-presidente José Alencar renegou.
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  • Levantamento da PWC com 9,6 mil executivos de 115 países, mostra aumento de 51% nos orçamentos para segurança da informação. No Brasil, 7% das empresas devem investir US$ 1 bilhão ou mais na área.
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  • Os satélites chineses são tão bons, que logo após “localizados”, os “destroços” do Boeing da Malásia viraram um pedido de desculpas.

Bom dia

A vingança e um prato que se come...de qualquer jeito.

Opinião


De Jacinto Flecha

PARECE QUE É, MAS NÃO É

Muitos que assistiram ao filme “Os Dez Mandamentos” devem ter-se perguntado como o diretor Cecil B. de Mille conseguiu mostrar a enorme fenda abrindo-se nas águas do Mar Vermelho, para os hebreus o atravessarem a pé enxuto. O truque foi uma grande gelatina, na qual a fenda foi aberta por um possante ventilador. Filmada esta cena, o deslocamento dos hebreus amedrontados foi depois acrescentado em estúdio, por superposição de imagens contidas em outro filme. Artifícios assim perderam espaço para a informática, com seus efeitos especiais estupendos.
Imagens forjadas podem ser inocentes, mas podem também camuflar intenções sem nenhuma inocência. Manipuladas pela propaganda, estas produzem no público impressões falsas. Ou seja, parece que é, mas não é; ou então é, mas parece que não é. Muito complicado isso? Não se preocupe, pois vamos passar aos exemplos.
Uma grande foto de primeira página na imprensa mostrou um auditório repleto de pessoas assistindo a uma conferência em Brasília. Quase todos usavam chapéu de palha com aba larga, de dar inveja a qualquer mexicano. A impressão era: um operoso grupo de trabalhadores rurais, acostumado à faina do campo, ouvindo atentamente as informações de entendidos, a fim de aprimorar seus conhecimentos agropecuários. Mas alguns detalhes dão o que pensar: Todos os chapéus eram iguais, e eram zero quilômetro; naquele recinto fechado, provavelmente com ar condicionado, não havia o menor risco de o sol aquecer cabeças que estivessem descobertas; e qualquer agricultor autêntico sabe que a boa educação manda não usar chapéu dentro de casa.
Tudo ali parece que é, mas não é – tão falso quanto remendo em roupa de festa junina. A foto mostrava os personagens por trás, não permitindo apreciar os rostos curtidos dos agricultores. E acaso o leitor acredita que ali houvesse algum agricultor de rosto curtido? Só se foi pelo sol da praia. Mas por que usaram aquela fantasia? Ora essa! É claro que alguns agitadores bem remunerados tinham de parecer agricultores diante do respeitável público – uma ilusão de ótica proposital e propagandística.
Vamos a outro caso. O Incra precisava mostrar serviço, e publicou um livreto ufanista intitulado Balanço da Reforma Agrária e da Agricultura Familiar – O Futuro Nasce da Terra. A foto da capa mostra assentados usando enxadas, e ninguém faz objeção a isso. Mas quem tem alguma vivência de assuntos agrícolas vê logo que a metade dos “trabalhadores” empunha a enxada de modo errado, ou seja, não sabe usá-la. Parece que é, mas não é – outra ilusão de ótica encomendada. Para que serve essa pose fotográfica com maus atores? É que a distribuição de terras pelo Incra tem sido um total e rotundo fracasso, resultando nas favelas rurais. Daí os marqueteiros oficiais precisarem dar a impressão de que tudo corre às mil maravilhas.
Recursos como esse já são marca registrada. Uma cena exaustivamente repetida no noticiário mostra bandos do MST empunhando foices e enxadas em manifestações ou invasões. Foice e enxada são instrumentos muito primitivos, mas em pleno uso até hoje. E necessários, pois os pastos precisam ser roçados e o capim precisa ser capinado. Se o agricultor sabe mesmo usá-los, não lhe falta emprego.
Os bandos de sem-terra de passeata sempre exibem foices e enxadas, parecendo reivindicar com isso um lugarzinho para exercer suas aptidões. Acontece que a prática dos agricultores verdadeiros desenvolveu um modo muito cômodo de transportar a foice ou a enxada de casa para a roça e vice-versa: vai no ombro, em posição mais ou menos horizontal. Alguns até penduram no cabo uma sacola contendo gêneros diversos. Esse conjunto fica nas costas (na cacunda, como dizem), contrabalançado na frente pela mão que segura a outra ponta do cabo.
Como é que os sem-terra de passeata seguram foices e enxadas? Em pé, como se fossem lanças, alabardas ou porretes. Atitude claramente agressiva, de quem está pronto para atacar quem lhes atravesse o caminho. Poderiam ser instrumentos de trabalho, mas tornam-se armas ameaçadoras quando usadas por sem-terra de invasão. O respeitável público é induzido a crer na primeira hipótese, que de fato oculta a outra intenção; e esta os proprietários de terras invadidas conhecem bem.
Bandos de sem-terra de barraca multiplicam-se Brasil afora. Mas o que de fato se multiplica são só as barracas pretas, quase sempre desabitadas, que congestionam as estradas e o noticiário. A impressão é de trabalhadores rurais à procura de trabalho, mas enquanto isso os proprietários rurais não conseguem contratar trabalhadores, e são obrigados a adquirir dispendiosas máquinas agrícolas para realizar o serviço. Uma antiga música carnavalesca não deixa por menos: “Enquanto isso, na minha casa, ninguém arranja uma empregada”.
Esses bandos comandados por agitadores fariam boa figura “assentados” em tratores ou colheitadeiras. Mas será que querem mesmo trabalhar? Mais uma vez: parece que é, mas não é.
(*) Jacinto Flecha é médico e colaborador da Abim

Aprenda a chamar a Polícia


De Luiz Fernando Veríssimo

Tenho sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro.
Como minha casa era muito segura, com  grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado,
mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente.
Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço.
Perguntaram- me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa..
Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar,
mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível.
Um minuto depois liguei de novo e disse com a voz calma:
-Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal.
Não precisa mais ter pressa.
Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações.
O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo.

Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado.
Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia.
No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse:
-Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão.
Eu respondi:- Pensei que tivesse dito que não havia nenhuma  viatura disponível.


(Luiz Fernando Veríssimo - Aprenda a chamar a Policia!)

Opinião

Tucanos contra gordos

O primeiro-ministro Winston Churchill, que comandou a Inglaterra na vitória da Segunda Guerra Mundial, era gordo. O ministro Delfim Netto, que levou o Brasil às maiores taxas de crescimento da História, é gordo. O general Ariel Sharon, fundamental na vitória de Israel na Guerra do Yom Kippur, era gordo. O professor Henry Kissinger, Prêmio Nobel da Paz, ex-secretário de Estado americano, disputado pelas melhores universidades do mundo, é gordo.

Mas ser gordo, em São Paulo, é defeito que impede a nomeação de professores aprovados em concurso. A socióloga Bruna Giordjiani de Arruda foi impedida de assumir o emprego de professora. Segundo a explicação, tem "obesidade mórbida, do ponto de vista legal". Não é apta ao cargo público estadual. Enfim, teme-se que, com obesidade mórbida, a professora esteja mais sujeita a doenças, que vão gerar despesas de tratamento e provocarão faltas. Melhor deixar os alunos sem aulas.

Só ela? E os outros?

E fumantes, podem ser aceitos pelos cruzados da saúde? Pessoas com histórico de parentes cardíacos também serão atingidas pelo veto? Que tal um exame genético minucioso para garantir a eugenia do funcionalismo? Deve haver mil explicações cheias de termos científicos só compreensíveis para iniciados, mas a verdade é que estão discriminando pessoas competentes por não se adequarem à verdade oficial sobre o que é ou não saudável e bonito. O ex-secretário da Saúde, Gonzalo Vecina, de ótimo desempenho, seria vetado? O governador Geraldo Alckmin, quando quiser ser entrevistado, rejeitará o programa do Jô Soares?

Carlos Brickman é jornalista

Opinião


"Padre Anchieta: 'limpando' o seu currículo". Por Antonio Silvio Lefèvre *
...o próprio José de Anchieta só conseguiu ser aceito como noviço em Portugal pois neste país as leis da Inquisição eram burladas e altas somas podiam ser pagas a agentes inquisitoriais para adquirir "certificados de limpeza", ou seja, para esconder a origem judaica....
Em 24 de janeiro último, véspera do aniversário da cidade de São Paulo, a Folha publicou um esclarecedor e oportuno artigo de Anita Novinsky sob o título "Padre Anchieta, cristão ou judeu?".

A Professora Anita destacou então um fato raramente mencionado, que é a origem judaica de José de Anchieta, que foi um dos fundadores de São Paulo. Lembrou que sua mãe era judia, "cristã nova", ou seja, convertida ao catolicismo, como a maioria dos judeus na época, para tentar escapar das garras da Inquisição. Sim, pois sua família, residente nas Ilhas Canárias (colônia espanhola), tinha um doloroso histórico de perseguições: o bisavô de Anchieta fora queimado pela Inquisição por "crime de judaísmo" e seu avô também fora perseguido pelo mesmo motivo.

Anita Novinsky revelou também que o próprio José de Anchieta só conseguiu ser aceito como noviço em Portugal pois neste país as leis da Inquisição eram burladas e altas somas podiam ser pagas a agentes inquisitoriais para adquirir "certificados de limpeza", ou seja, para esconder a origem judaica. Fazer um filho se tornar padre católico era uma forma de proteger uma família judaica das perseguições e, sob este aspecto, a família Anchieta teve muito sucesso, pois José conseguiu chegar à mais alta posição na Companhia de Jesus, como provincial da ordem no Brasil. Apesar desta compreensível motivação de sobrevivência, em nenhum momento a Professora Anita colocou em dúvida a fé católica, as boas intenções e os atos de José de Anchieta, ressaltando mesmo que "muitos cristãos novos se tornaram fiéis católicos e alguns mesmo religiosos cristãos".

Esclarecido este aspecto muito importante da biografia do Padre Anchieta, qual não foi o meu espanto ao deparar com um artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 8 de março último, assinado por Dom Odilo Scherer, cardeal-arcebispo de São Paulo, sob o título "Quem foi o padre José de Anchieta?"

O cardeal inicia seu artigo relembrando que o papa Francisco deverá proclamar "santo" o padre Anchieta em abril próximo. E, na sequência, traça uma detalhada biografia deste religioso. Começa mencionando que seu pai era opositor político no País Basco e "acabou encontrando refúgio nas Canárias para escapar das perseguições sofridas". Sobre sua mãe diz apenas que "era natural das ilhas". E a seguir escreve que Anchieta "foi enviado para estudar em Portugal quando tinha 14 ou 15 anos", lá teve contato com os jesuítas e entrou na Companhia de Jesus.

Dom Odilo, em seu artigo, julgou importante mencionar as perseguições sofridas pelo pai de Anchieta, que era basco e não judeu, mas não mencionou aquelas sofridas pela família de sua mãe, que era judia e teve até um avô queimado pelos inquisidores cristãos! E nenhuma palavra sua sobre a razão de José ter ido para o seminário em Portugal e não na Espanha, onde a Inquisição era bem mais severa.

O currículum vitae de José de Anchieta apresentado pelo atual cardeal de São Paulo, omitindo qualquer referência à sua origem judaica, publicado um mês após o artigo de Anita Novinsky, terá pretendido dar a José de Anchieta, agora candidato a santo, um "certificado de limpeza" atualizado, como aqueles comprados no Século XVI para eliminar a suspeita de judaísmo?... Esta omissão terá sido uma tentativa de "limpar" o currículo de Anchieta para apresentar ao papa Francisco um candidato "acima de qualquer suspeita", de modo a garantir que sua beatificação realmente se concretize como previsto?

Ora, qualquer observador atento da postura do novo papa já percebeu que ele é um grande amigo dos judeus e, com certeza, a menção às origens judaicas de Anchieta em nada prejudicaria sua candidatura a santo. Talvez até, pelo contrário, a revelação de como foi de fato a sua vida, por trás das aparências oficiais da Igreja, ajudasse o papa a ver José de Anchieta também como um ser humano, com todas as suas contradições, como aliás o próprio Francisco admite ter. Afinal, Edith Stein, que era judia e foi morta em Auschwitz, nem por isso deixou de ser canonizada como Santa Teresa Benedita da Cruz pelo Papa João Paulo II, bem menos liberal do que Francisco!

No momento em que o papa Francisco opta pela honestidade e pela transparência dentro da Igreja Católica, substituindo prelados e assessores no mundo inteiro, suspeitos de envolvimento ou complacência com escândalos sexuais e financeiros, com certeza "pega muito mal" qualquer postura de preconceito em relação a outras religiões, em especial a judaica, religião de Jesus e dos apóstolos, inclusive Paulo, o São Paulo...

Além disso, negar a Inquisição e todos seus crimes ou simplesmente omiti-los das biografias, seria, para a Igreja, um pecado semelhante ao de alemães que negam o holocausto!

ANTONIO SILVIO LEFÈVRE - É sociólogo, com graduação e mestrado pela Universidade de Paris (Sorbonne)

Opinião


"Alguém pisou na bola!"  Por Pedro Luiz Rodrigues*

Artigo publicado originalmente no Diário do Poder (www.diariodopoder.com.br), 12 de março de 2014


A FIFA - por motivação própria ou por recomendação dos marqueteiros planaltinos, ainda não se sabe - riscou a presença e o discurso protocolar da Presidente Dilma Rousseff da cerimônia de abertura da "Copa das Copas".

Acho isso um absurdo! Eu e gente situada nas cercanias do poder, inconformada por ter sido a Presidente deletada da cerimônia.

Terá sido uma iniciativa espontânea do Joseph Blatter? Para muitos parece improvável. Parece ter dedo de marqueteiro no assunto.

Os que ficaram contrariados com o anúncio feito lembram que na abertura da Copa de 2010, no Orlando Stadium em Johanesburgo, lá esteve o presidente Jacob Zuma, cujo discurso de inauguração foi aplaudidíssimo pelos sul-africanos.

Lembram, também, que em 2006, na mais circunspecta Alemanha, um garboso presidente Horst Köhler não conseguiu dissimular seu encantamento em pronunciar, com poucas palavras, a abertura da Copa, no estádio Allianz Arena.

Em 2002 - quando a Copa foi realizada sob os auspícios do Japão e da Coréia do Sul -, na cerimônia de aberura o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, e o presidente sul-coreano Kim Dae-Jung fizeram belíssimos discursos inaugurais. Ambos foram aplaudidíssimos.

Em 1998, o presidente francês Jacques Chirac foi uma das vedetes da festa da abertura da Copa.

E agora, no "melhor Mundial já visto no planeta" (palavras do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva,em 2010), o Brasil vai ficar mudo?

Dilma Rousseff é, afinal, a Presidente do Brasil. Na minha modesta opinião, ainda que por razões simplesmente protocolares ela não pode se esquivar de comparecer à cerimônia de abertura.

Entende-se que ela não queira fazer um discurso mais encorpado - por temor de que venha a ser interrompido por apupos ou coisas do gênero. Mas pelo menos poderia fazer como Horst Kohler, em 2006, e simplesmente fazer um anúncio bem curtinho, de duas ou três palavras. E pronto! Assim, se houver vaia, quando elas começarem, o discurso já acabou.

Pedro Luiz Rodrigues - É diplomata, jornalista e meu amigo.

Confirmado dia da posse

Está confirmada para o dia 31 deste mês a posse da ex-senadora e deputada estadual Patrícia Saboya no Tribunal de Contas dos Municípios. Conselheira Patrícia sabe das coisas, conhece direito e é mulher. Mulher sempre foi boa conselheira.

Então ta "serto"

Educação pode ter distribuído uniformes com erro de português
Alunos compartilham foto de novo uniforme com erro ortográfico
camiseta sertinha
Secretaria ainda está “averiguando” o caso
Um aluno do Centro de Ensino Médio 01 de Brazlândia tem divulgado uma foto do novo uniforme da escola no aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp. Seria normal, não fosse pelo fato de a camiseta, distribuída pela Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal, ter escrito “encino” ao invés de “ensino”. O erro ortográfico grotesco ainda não foi explicado pela secretaria, que informa apenas estar “averiguando o caso”.
O Diário do Poder entrou em contato com a Regional de Ensino de Brazlândia que garante não ter recebido reclamações sobre o novo uniforme. Para a diretora Márcia Gilda, a foto deve ser uma brincadeira dos alunos nas redes sociais. “Nós tivemos problemas de tamanho de camisetas: veio P, M, e G em escolas que têm crianças de 6, 10 anos. Mas, entramos em contato com a Fábrica Social que já está substituindo os uniformes”, declarou. “Também teve o caso de uma leva que veio escrito Escola Classe Chapadinha Bucanhão – que são duas escolas diferentes – mas as camisetas não chegaram a ser distribuídas e o problema já foi corrigido”, completou.
Os novos uniformes tem dado dor de cabeça para o governo de Agnelo Queiroz, que chegou a ser processado pela deputada Celina Leão, acusado de propaganda eleitoral antecipada. O fardamento escolar foi trocado, em ano eleitoral, para este da foto, na cor vermelho PT – partido do governador, que tentará a reeleição. Além disso, o GDF colocou como símbolo nos uniformes o Estádio Nacional Mané Garrincha que, para a deputada, é a “única marca positiva para o PT nas eleições”. “É um absurdo. Isso é marketing do PT”, acusou Celina.
O novo uniforme começou a ser distribuído  no dia 5 de fevereiro em todas as 654 escolas do Distrito Federal.

Tinha que ser um cearense macho


Em cerimônia com Dilma, tucano critica custo de energia
Governador não se intimida com a presença de Dilma e critica governo
TO - Siqueira Campos
Governador do Tocantins não se intimidou com Dilma
O governador de Tocantins, José Wilson Siqueira Campos (PSDB), fez um discurso de críticas e cobranças ao governo federal durante a cerimônia de entrega de unidades do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que contou com a presença da presidente Dilma Rousseff. O tucano criticou as consequências do atual cenário elétrico nacional para os usuários do Estado. Segundo ele, os consumidores tocantinenses vão ter que arcar com os custos da necessidade de acionar as usinas termoelétricas sem precisar utilizar este tipo de energia.
Siqueira Campos afirmou que o Estado utiliza apenas 12% da capacidade hidrelétrica instalada e repassa “praticamente de graça, sem quase receber ICMS”, o total restante para ser consumido principalmente pelo Sudeste. “Pagar o preço (do acionamento) das usinas termoelétricas sem as usar é uma injustiça com o povo de Tocantins”, disse.
O tucano afirmou ainda que mesmo com a abundância da oferta local de energia elétrica, os moradores de Tocantins pagam uma das maiores tarifas elétricas do País. Ele pediu à presidente que solicite à Eletrobras que “conclua as burocracias” para o avanço do programa “Luz para Todos” no Estado. Campos disse que a quinta tranche, que contempla mais 12 mil ligações, depende de uma autorização da estatal do setor elétrico.
Por fim, Siqueira Campos cobrou a conclusão das obras da ferrovia Norte-Sul entre Palmas e São Luís, no Maranhão. “É necessário que o modal ferroviário entre efetivamente em operação, transportando não somente cargas, mas também passageiros”, afirmou. AE

Grande PMDB!!!

Dos 14 senadores que se comprometeram em assinar pedido pela antecipação da convenção nacional do PMDB, três já retiraram apoio.

Sábado de Claudio Humberto

  • Menos de dois anos após a crise diplomática envolvendo o refúgio do ex-senador Roger Pinto Molina, outro inimigo do presidente cocaleiro Evo Morales ameaça criar problemas para o Itamaraty: promotor do Ministério Público, Marcelo Soza pediu refúgio, terça (11), à embaixada do Brasil em La Paz, após denunciar que o governo maluquete da Bolívia manipulou um processo de “terrorismo” para prejudicá-lo.
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  • O governo brasileiro não confirma o refúgio do promotor Marcelo Soza, que agora, a pedido do regime de Evo Morales, é caçado pela Interpol.
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  • Soza virou acusado de suposto atentado para matar Evo Morales, após revelar o enriquecimento ilícito de ministros e aliados de Evo Morales.
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  • A oposição acusa Evo Morales de violar os direitos humanos, amordaçar o Judiciário e praticar “terrorismo de Estado”.
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  • O senador boliviano Roger Molina, 53, ganhou refúgio provisório em fevereiro, após 445 dias confinado na embaixada do Brasil em La Paz.
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  • Procuradores do Ministério Público Federal, intrigados com as relações supostamente especiais dos donos de termelétricas como autoridades da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia, resolveram monitorar esse setor. Empresários ligados à família Sarney e o decadente Eike Batista estão entre os beneficiados pela política que garante R$ 1 bilhão por mês para termelétricas.
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  • A Aneel negligenciou a geração de energia limpa para encher as burras das termelétricas, que usam combustível caro e poluente.
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  • No pacote de R$ 12 bilhões para o setor elétrico, o governo procurou atender as distribuidoras, não a geração de energia.
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  • Dos 14 senadores que se comprometeram em assinar pedido pela antecipação da convenção nacional do PMDB, três já retiraram apoio.
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  • O presidente do STF, Joaquim Barbosa, desistiu de qualquer aventura eleitoral. Mas mantém a intenção de aposentar-se no final do ano. Se mudar de ideia outra vez, a convenção do PV será no próximo dia 22.
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  • O criminalista Antonio Carlos de Ameida Castro, o “Kakay”, arrancou gargalhadas, em uma roda, ao garantir que muitos advogados fariam vaquinha para bancar uma candidatura de Joaquim Barbosa. Para sempre procurador, o presidente do STF tem aversão a advogados.
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  • A despeito das constantes notícias de que deixará o “blocão”, o líder do PR, Bernardo Santana (MG), garante que ele “não representa o partido, mas sim a bancada da Câmara, que continua bem insatisfeita”.
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  • A Justiça suspendeu os direitos políticos do senador Zezé Perrella (PDT-MG).  Nada a ver com desvio milionário ou o caso do “helicoca”, mas sim com a farra de apartamentos funcionais da Câmara, em 2004.
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  • Brasileira que mora nos EUA viajou 2 mil km para fazer procuração no consulado em Washington. Disseram-lhe que precisava ter preenchido  um formulário pela internet. Surpresa, sacou seu iPad, conectou-se e pediu que o funcionário mostrasse o tal formulário no site. Não havia.
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  • O tucano José Serra (SP), o ex-ministro Waldir Pires, o jornalista José Maria Rabêlo e a Eugênia Zerbini confirmaram presença em sessão solene no Senado, dia 31 de março, contra os 50 anos do golpe militar.
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  • Ary Graça Filho renunciou à presidência da Confederação Brasileira de Vôlei, ontem, em meio a suspeitas de fraude em contratos de patrocínio, mas segue como presidente da Federação Internacional de Voleibol, que assumiu em 2012 ao suceder o chinês Jizhonmg Wei.
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  • A cúpula do PMDB estranhou atitude do presidente do PT, Rui Falcão, de estimular o prefeito Antônio Gomide a manter-se na disputa em Goiás, justo onde a presidenta Dilma disse que o PT apoiaria o PMDB.
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  • …mais espantoso que o sumiço do avião da Malásia é o silêncio dos vizinhos, após a guarda de Nicolás Maduro matar 30 manifestantes, na Venezuela.

Bom dia

Negócio seguinte: Dilma Rousseff viria ao Ceará para um dia inteiro de trabalho. Mudou a agenda. Vem pra dormir. Diz que quer conversar, jantar e falar de política com Cid e Ciro e quetais. Assim, Dilma  viria 18, veria as coisas tem que ver em Fortaleza, passaria a noite aqui e de manhã cedinho iria a Sobral fazer um lançamento de programa nacional para a agricultura e depois veria o conjunto de quase 4 mil apartamentos do conjunto Minha Casa Minha Vida. Não há na agenda nenhum convidado do PMDB. Em princípio, claro.