Inaugurações no aniversário de Saboeiro
Anibal Gomes, o Prefeito Marconi e o Coordenador do Proares Roberto Luiz
Um posto de saúde, três ambulâncias, dois tratores, uma escola, um laboratório de análises clínicas,praça e mais a assinaturas de dez ordens de serviço de importância vital para o Município, fizeram parte dos festejos de final de semana em Saboeiro, cidade no Centro Sul cearense, a cerca de 550 quilometros de Fortaleza.
As solenidades contaram com as presenças de dezenas de convidados, dentre eles o deputado federal Aníbal Gomes, o Secretário de Justiça do Estado, Marcos Cals, o Coordenador do Proares II, engo. Roberto Luiz Lima Rodrigues que representou a Secretária Fátima Catunda, do Trabalho e Ação Social do Governo. Sem falar em centenas de filhos da terra que voltaram às raízes.
O Prefeito, engenheiro Marconi Herbster Ferraz entregou as obras e assinou ordens de serviços em valores superiores a R$1 milhão de reais para a construção de calçamentos, passagens molhadas, praças, escola e equipamentos de suma importância, como um convênio com a Secretaria de Trabalho e Ação Social do Estado para a construção do CRAS e do CEI-Centro de Educação Infantil. O primeiro atenderá a quinhentas famílias e o CEI a duzentas crianças na fase inicial da vida, até os cinco anos.
No final do trabalho de construção dos dois equipamentos de ação social, que terá 180 dias para serem concluídos, o Estado e a Prefeitura terão gasto algo como R$800 mil reais, fruto de um convênio com o Banco Mundial. Nesse caso o Estado cobre 77% dos valores e a Prefeitura dá uma contrapartida de 23%. No final de semana desses festejos foi comemorado o Dia do Município.
Da coluna de papel do Jornal O Estado
“Na contramão
No encontro, há dias, com o governador Aécio Neves,diz o paulista Giba Um, o ex-ministro e eventual presidenciável Ciro Gomes, voltou a disparar sua metralhadora giratória contra políticos paulistas, depois de grandes elogios ao tucanato mineiro. Ciro disparou contra o PT e o PSDB pela confrontação em São Paulo e detonou os aliados do PMDB, o maior partido do país. Resumo da ópera: não tolera FHC e José Serra e menos ainda Orestes Quércia, o que não chega a ser novidade, embora o momento exija prudência. Ele chama de “Brasil fisiológico” o PMDB. Já o PP de Paulo Maluf e do cassado Pedro Corrêa, Ciro gosta, mesmo que repita sua frase “Faço aliança até com Satanás se for para fazer a obra de Deus”.” E assim a imprensa de São Paulo vai queimando Ciro Gomes.
A frase: " Gay também dá defeito " Agostinho, da Grande Familia.
Leite de peito (Nota da foto)
A Secretaria de Saúde do Estado do Ceará realiza hoje o VI Encontro dos Hospitais Amigos da Criança e o I Encontro Estadual de Aleitamento Materno. Os dois eventos acontecem a partir das 08h30, no Hotel Mareiro.
Resgate do Vieira
Padre Vieira, vai ter sua memória preservada na terra natal. Amigos e admiradores dele, como o autor destas mal traçadas linhas vão fazer um Museu do Vieira.
Resgate do Vieira II
Seus livros, anotações e poucos bens que deixou farão parte de um acervo que pretende mostrar ao povo de Várzea Alegre e seus visitantes uma linda estória de vida cultural.
Resgate III
Pra quem não sabe, o Padre Antônio Vieira foi por muitos anos vigário de Iguatu por onde saiu candidato a Deputado Federal, eleito e cassado em 64. Por ser inteligente demais.
Menino em casa
Depois de anos morando entre Rio,São Paulo e Brasília, ex-Ministro Expedito Machado volta pra Fortaleza. Estou arrumando a casa pra receber você, disse ao repórter do alto dos seus 93 lúcidos anos. E foi pro trabalho.
Depois do recesso
A Lei Maria da Penha, por pedido da deputada Rachel Marques, vai ser comemorada as três horas da tarde do dia 7 de agosto, assim que os deputados voltarem de férias.
Estourando champã
O líder do Bloco PSB-PMDB-PT, deputado Welington Landim, comemorou em plenário, a liberação de R$ 1 bilhão para o Programa Minha Casa, Minha Vida, aos municípios com até 50 mil habitantes.
Estamos no jogo
Com isso, informou Landim, 155 municípios cearenses que estavam fora do programa serão beneficiados. Segundo ele, a vitória se deve a um requerimento de sua autoria enviado ao Congresso Nacional. É uma luta nossa, disse.
Sem baú
Tem avião particular no Ceará fazendo serviço de táxi aéreo. Esta grave informação já teria chegado aos ouvidos da ANAC, Infraero, SAC e quem mais faz parte do assunto.
Cadastro Único-Quase
Com o prazo próximo de terminar – 20 de agosto – a atualização do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), em Fortaleza, já chega a 65% da demanda prevista pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Apressadinhos
Segundo a gerência geral do Gran Marquise Hotel, na Beira Mar, pelo menos 60% dos leitos da casa já estão reservados para os super cautelosos que virão para a Copa de 2014.
Copa 2014
Gony Arruda, presidente da Frente Parlamentar em Defesa de Fortaleza - Ceará para a Copa do Mundo de 2014, anunciou uma audiência pública para 3 de agosto, no Plenário 13 de Maio, para discutir a proposta de PPP para o Estádio do Castelão.
Pirotecnia
A deputada suplente,Tânia Gurgel deu entrada no TCM com um pedido de averiguação sobre a dispensa de licitação para a obra do novo projeto do Beco da Poeira orçada em R$ 13,5 milhões. Quem deu R$10 milhões pra obra foi o Governo que d.Tania apóia.
Vale o escrito
A Prefeitura de Fortaleza estendeu a validade das carteiras estudantis de 2008 para os estudantes que solicitarem o novo documento ainda este mês. Quem pedir a carteira até 31 de julho continuará utilizando a carteira velha até receber a nova.
Ajuda ao Ronda
A Guarda Municipal de Fortaleza montou uma base comunitária na Praia de Iracema; um trailler com nove guardas que trabalharão em sistema de revezamento 24 horas por dia. A base funciona nas proximidades do Largo do Mincharia.
Mercado aberto
A Laep Investments, controladora da Parmalat Brasil, confirmou o arrendamento de sua maior fábrica, localizada em Carazinho (RS), para a Nestlé por 35 anos. O fato relevante divulgado ao mercado não trouxe o valor da operação.
Escovando os dentes
O Curso de Gestão dos Serviços de Atenção em Saúde Bucal, realizado pela Coordenadoria de Pós-graduação em Gestão da Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará, chega a Sobral no próximo dia 24 de julho.
Bala dumdum
Paulo Lustosa deixou o PMDB onde estava há mais de 20 anos. Saiu atirando, dizendo que não poderia continuar num partido que já não tem mais suas características básicas.
Outro cearense
Roberto Gurgel tomará posse esta semana do cargo de procurador-geral da República. Ele vai substituir Antonio Fernando de Souza, que deixou o cargo em junho, após quatro anos à frente do Ministério Público Federal e 141 inquéritos instaurados.
Lavagem
Por 60 votos a 5, o plenário do Senado aprovou a indicação de Gurgel.Ele é apontado como uma opção de continuidade da gestão de Souza. Gurgel entrou para o Ministério Público Federal em 1982 e é o segundo da instituição desde 2004.
TESE DE MESTRADO NA USP por um PSICÓLOGO
Texto muito bom, sincero e meditativo, será que somos melhores que as pessoas que nos servem? os bichos que os comerão depois da morte, serão diferentes daqueles que consumirão nossos restos mortais?????
'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,
constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu
comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma
percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de
R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não
como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP
passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes,
esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me
ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão',
diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma
garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha
caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra
classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num
grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei
o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e
claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de
refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem
barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada,
parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar
comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí
eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na
biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da
cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a
situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar
por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito
que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses
homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são
tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
'O HOMEM TORNA-SE TUDO OU NADA, CONFORME A EDUCAÇÃO QUE RECEBE'
'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
sob esse critério, vira mera sombra social.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,
constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu
comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma
percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de
R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não
como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP
passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes,
esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me
ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão',
diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma
garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha
caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra
classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num
grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei
o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e
claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de
refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem
barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada,
parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar
comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí
eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na
biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da
cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a
situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar
por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real?
Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito
que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses
homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são
tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
*Ser IGNORADO é uma das piores sensações que existem na vida!
O último tamoio
Enviado por Jorge Bastos Moreno
O fim de uma geração
Morreu Gilberto Mestrinho, a última das chamadas "raposas políticas", uma espécie que dominou a vida nacional desde a década de 30, teve seu auge nos anos 50 e 60, sobreviveu à ditadura, capengou na redemocratização e é enterrada agora com um dos seus símbolos.
Mestrinho travou com os jacarés e as tartarugas uma verdadeira revolução dos bichos, na busca da sobrevivência, da preservação das espécies. Os jacarés e as tartarugas acabam de vencê-lo. O até pouco tempo inimigo número Um da natureza ganhou projeção internacional numa época em que ecologia, no Brasil, era apenas uma palavra bonita, tanto quanto desenvolvimento sustentável.
Era o bem contra o mal. O boto tuxi do escritor Márcio de Souza contra o Sting.
Mestrinho e a sua estranha teoria de que matar jacaré contribuia para o equilíbrio ecológico. Como na política, Mestrinho foi perdendo o posto e o gosto pelo ecologicamente incorreto e foi ultrapassado no tempo e no espaço por Blairo Maggi. Diante do Blairo Maggi, Mestrinho era um Fábio Feldman.
Na política, Mestrinho, caboclo, ensinava aos cosmopolitas Tancredo e Ulysses, seus companheiros de MDB, partido do qual nunca se afastou, algumas lições. Ulysses guardava as mais sacanas e gostava de repetir duas delas:
1 -- Nunca deixe que o povo te carregue até o palanque. Sempre aparece um engraçadinho para lhe dar uma dedada.
2 -- Se esses marqueteiros fossem bons, quem disputava eleições eram eles.
Mestrinho faz parte de um Brasil que hoje renegamos e do qual queremos nos vingar na figura de Sarney.
Um Brasil de uma cultura diferente, cultura de favores, clientelismo, fisiologismo. Eu não chamaria Sarney de mártir, mas de última opção. A desgraça do Sarney é que seu nome soa como a mais forte e única referência nossa com esse passado.
Mas esse passado foi tão ruim? Certamente que não, até porque dificilmente haverá tempos piores do que o presente. Vivemos a degradação total dos valores, ao mesmo tempo, assistismo uma coisa promissora: certa ou errada, ao combater Sarney, a mídia está se libertando também do seu passado e assumindo o jornalismo isento, independente. Há exageros? Muitos! Mas, sem erros, não se faz revolução. O erro pode estar em transformar Sarney na causa de todos os nossos males. E, ao matá-lo, a gente se esquecer da corrupção, da trapaça, dos mensaleiros, dinheiro na cueca, na mala, na butique e nos cartões corporativos.
Como repetia o velho e sempre recorrente, pelo menos aqui neste espaço, Ulysses Guimarães: Mais difícil do que matar um monstro é remover seus escombros. Sarney não é maior do que os nossos escombros.
O fim de uma geração
Morreu Gilberto Mestrinho, a última das chamadas "raposas políticas", uma espécie que dominou a vida nacional desde a década de 30, teve seu auge nos anos 50 e 60, sobreviveu à ditadura, capengou na redemocratização e é enterrada agora com um dos seus símbolos.
Mestrinho travou com os jacarés e as tartarugas uma verdadeira revolução dos bichos, na busca da sobrevivência, da preservação das espécies. Os jacarés e as tartarugas acabam de vencê-lo. O até pouco tempo inimigo número Um da natureza ganhou projeção internacional numa época em que ecologia, no Brasil, era apenas uma palavra bonita, tanto quanto desenvolvimento sustentável.
Era o bem contra o mal. O boto tuxi do escritor Márcio de Souza contra o Sting.
Mestrinho e a sua estranha teoria de que matar jacaré contribuia para o equilíbrio ecológico. Como na política, Mestrinho foi perdendo o posto e o gosto pelo ecologicamente incorreto e foi ultrapassado no tempo e no espaço por Blairo Maggi. Diante do Blairo Maggi, Mestrinho era um Fábio Feldman.
Na política, Mestrinho, caboclo, ensinava aos cosmopolitas Tancredo e Ulysses, seus companheiros de MDB, partido do qual nunca se afastou, algumas lições. Ulysses guardava as mais sacanas e gostava de repetir duas delas:
1 -- Nunca deixe que o povo te carregue até o palanque. Sempre aparece um engraçadinho para lhe dar uma dedada.
2 -- Se esses marqueteiros fossem bons, quem disputava eleições eram eles.
Mestrinho faz parte de um Brasil que hoje renegamos e do qual queremos nos vingar na figura de Sarney.
Um Brasil de uma cultura diferente, cultura de favores, clientelismo, fisiologismo. Eu não chamaria Sarney de mártir, mas de última opção. A desgraça do Sarney é que seu nome soa como a mais forte e única referência nossa com esse passado.
Mas esse passado foi tão ruim? Certamente que não, até porque dificilmente haverá tempos piores do que o presente. Vivemos a degradação total dos valores, ao mesmo tempo, assistismo uma coisa promissora: certa ou errada, ao combater Sarney, a mídia está se libertando também do seu passado e assumindo o jornalismo isento, independente. Há exageros? Muitos! Mas, sem erros, não se faz revolução. O erro pode estar em transformar Sarney na causa de todos os nossos males. E, ao matá-lo, a gente se esquecer da corrupção, da trapaça, dos mensaleiros, dinheiro na cueca, na mala, na butique e nos cartões corporativos.
Como repetia o velho e sempre recorrente, pelo menos aqui neste espaço, Ulysses Guimarães: Mais difícil do que matar um monstro é remover seus escombros. Sarney não é maior do que os nossos escombros.
Imprensa
As manchetes deste domingo (17/7)
- Globo: Governo Lula ainda paga CPMF em seus contratos
- Folha: Escândalos sem punição afetam ação do Congresso
- Estadão: Comércio já oferece prazo mais longo que antes da crise
- JB: Sobrevivendo ao colapso
- Correio: 36 chances para você montar um negócio
- Veja: Eles venceram
- Época: O lado B da adoção
- IstoÉ: Óvnis
- IstoÉ Dinheiro: Empresários - Velozes e audaciosos
- CartaCapital: Os segredos da Suíça
- Globo: Governo Lula ainda paga CPMF em seus contratos
- Folha: Escândalos sem punição afetam ação do Congresso
- Estadão: Comércio já oferece prazo mais longo que antes da crise
- JB: Sobrevivendo ao colapso
- Correio: 36 chances para você montar um negócio
- Veja: Eles venceram
- Época: O lado B da adoção
- IstoÉ: Óvnis
- IstoÉ Dinheiro: Empresários - Velozes e audaciosos
- CartaCapital: Os segredos da Suíça
Copa 2014 - Comissão Parlamentar fará audiência em Fortaleza
Fortaleza será sede de audiência pública sobre a Copa 2014. A iniciativa é da Subcomissão Especial de Acompanhamento das Obras da Copa, do Congresso, que tem na presidência o deputado federal Marcelo Teixeira (PR). Essas audiências, segundo o parlamentar, ocorrerão em todas as 12 subsedes do certame e começarão no dia 13 de agosto por Manaus.
Na Capital cearense, o encontro foi acertado para 17 de setembro, a partir das 16 horas, no Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa. Membros da Fifa, CBF e dos ministérios do Turismo e dos Esportes participarão do evento, que quer discutir projetos mas, prioritariamente, resolver pendências em locais onde o prefeito e o governador são adversários políticos.
Na Capital cearense, o encontro foi acertado para 17 de setembro, a partir das 16 horas, no Plenário 13 de Maio, da Assembleia Legislativa. Membros da Fifa, CBF e dos ministérios do Turismo e dos Esportes participarão do evento, que quer discutir projetos mas, prioritariamente, resolver pendências em locais onde o prefeito e o governador são adversários políticos.
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