Da coluna de papel do Jornal O Estado
Português na construção civil (Nota da foto)
O dono do depósito acabou de chegar ao Ceará.
A estupidez do trânsito
Está cada dia mais difícil dirigir em Fortaleza. Fosse apenas o acúmulo de carros nas ruas estreitas, até que daria pra segurar a barra, mas o bicho é outro. A grosseria dos guiadores vem se avolumando de forma tal que nem seu silêncio obsequioso, nem um pedido de desculpas por uma culpa que você não teve, estão valendo nada, não. Um horror. Ao volante, jovens bombados, muitas vezes drogados, desafiam nos estacionamentos, no semáforo, numa pura e simples ultrapassagem. Se você chega primeira a uma vaga que o outro está de olho, meu Deus! As mulheres andam fazendo belas unhas pra darem cotocos se você apenas olha uma melada feita no trânsito da cidade. A impaciência da buzina estridente e irritadiça é tão constante que também assusta. São desafios com os quais quem não quer brigar tem que conviver, vidros fechados, fumês escuros e a arma da paciência engatilhada pra não revidar. Não pense nos buracos da cidade. Não pense na super lotação das ruas, pense na deseducação dos guiadores, na inconsequência do pedestre e cê vai desistir de sair de casa pra ir na esquina comprar dois mil réis de chegadinha. E ninguém faz nada. Carteira de motorista precisa ser controlada agora com exame psiquiátrico antes de ser expedida a algum maluquete que pode comprar uma.
“Não se esqueça: Jesus te ama, mas eu não!”
O que esperar de quem põe um adesivo desses no carro?
Tão botando catinga
Soltei na sexta-feira uma notícia intrigante: “João Havelange está desolado com a falta de dinheiro para a Copa de 2014, aquela que deve ocorrer no país.”
Dividir com Portugal
Falava que os empresários privados já caíram fora e que o dinheiro do BNDES vai ser pouca coisa. E que já se cogita em dividir a copa com Portugal — como Japão e Coréia do Sul fizeram no passado.
Olho gordo
Aí escreve o paulista Paulo Moreira Leite, na Época: -Eu acho que essa notícia é uma excelente oportunidade para o país discutir a organização da Copa do Mundo. Será que precisamos dela?
Politizando a Copa
E diz mais: -Por enquanto, só sabemos quem vai ganhar com essas competições: nossos dirigentes esportivos e, é claro, nossos políticos que conseguirem se associar a iniciativa.
Ranço anti-Governo
- Precisamos de números e de argumentos. Só não vale dizer que organizar a Copa pode fazer bem a auto-estima do brasileiro. Se o problema é este, basta incluir terapia psicológica no Bolsa Família, não é?
Aí vem o ódio...
O leitor de blog, José Roberto apela: - Quem quer a realização da Copa do Mundo em 2014, bem como a Olimpíada no Rio, é o Lula. Deve ser para desviar mais dinheiro para o PT.
É culpa do Lula
E continua: - O ministro Orlando Silva é cego e mudo com o episódio. Mas não tem problema! O Lula vai indicar algumas empreiteiras amigas para tocarem as obra. PqP.
E em socorro...
O bloguista Mário Sérgio afirma: -...Cada cidade e região sede terão motivações, melhora na auto estima cidadã, movimentação de dinheiro, construções boas e más (a estátua do Borba Gato em Sampa não é uma gracinha?).
E conclui...
... e, no final de tudo, quem não merece uma festa de aniversário supimpa, mesmo sendo duro, prá melhorar o astral e desengasgar o hino nacional?
Os preços da Copa
Fortaleza tem um segundo maior orçamento do Brasil projetados os gatos para a Copa do Mundo de 2014. O primeiro lugar é de São Paulo, R$36,44 bilhões.Aqui, os gastos serão de R$9,4 bilhões.
Juro! É verdade!
A chimpanzé Kate, que faz o simpático macaco Xico em “Caras e bocas”, seria a foto de capa do CD da trilha sonora internacional da novela da TV Globo. Mas, veja só, o uso das imagens não foi autorizado pelo Ibama.
Tratamento de choque
Assim os paulistas continuam tratando Ciro Gomes: “Apostando em Ciro Lula está avisando os dirigentes do PT de São Paulo que quer o partido alinhado com a candidatura de Ciro Gomes ao governo paulista”.
Rejeição/queimação
“A cúpula petista do Estado, contudo, rejeita a ideia de não ter candidato e apoiar “um para-quedista” (é assim que se referem a Ciro, enquanto ironizam dizendo que ele não conhece o Estado e “só se locomoveria se tivesse um GPS”). “
Custo benefício
Reclamam que os guardas da AMC ganham mais que os engenheiros da AMC. Lógico: Enquanto os engenheiros não arrumam o trânsito os guardas fazem algo útil: multam.
O chocalho do Lindão
“O Ceará precisa dar uma chacoalhada. O interessante seria que tivéssemos novas alternativas. Não pode haver acomodação”. Isso foi dito pelo senador Tasso, no Crato, com cara de quem quer voltar.
Personalidades
À mesa de trabalho o novo Personalidades, do nosso Luciano Diógenes. A versão 2009/10 continua atualizadíssima, oferecendo ao Brasil o mais bem feito quem é quem, e onde, no Ceará. Impossível trabalhar sem a obra do Diógenes ao lado.
Anti-drogas
Começa nesta segunda-feira, no Fórum Clóvis Beviláqua, o curso Prevenção à Violência e ao Uso Indevido de Drogas.
BOM DIA
"Acho que foi tudo explicado pelo senador Artur Virgilio". Do colega dele, senador Tasso Jereissati sobre o pedido de dinheiro emprestado a Agaciel Maia, enrolado até o pescoço na crise doSenado.
O Mainha também já se explicou.
O Mainha também já se explicou.
A estranha ética de Arthur Virgílio
O líder do PSDB no Senado reconhece ter recebido vantagens indevidas, como foi denunciado por ISTOÉ, e diz que vai devolver o dinheiro público
Na segunda-feira 29, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) subiu à tribuna do Senado para responder às denúncias publicadas por ISTOÉ. Durante três horas e 20 minutos, fez um dos discursos mais longos da história da Casa. Mas tudo não passou de pura retórica. Sem nenhum documento, Virgílio esbravejou ao vento. Ele não rebateu as acusações e confirmou com mais detalhes os fatos trazidos à tona. Na verdade, o senador autoincriminou-se. A partir de seu relato inflamado, ficou claro que o líder do PSDB no Senado infringiu os artigos do Código de Ética que preveem sanções para casos de abuso de prerrogativa e obtenção de vantagens indevidas e doações.
E mais: ao reconhecer os pecados cometidos no exercício do mandato, o senador demonstrou que, embora seja severo na hora de julgar adversários políticos, costuma adotar padrões éticos bem mais elásticos em relação às próprias atitudes.
Segundo reportagem de ISTOÉ, Virgílio manteve um servidor fantasma lotado em seu gabinete. No discurso, o senador, visivelmente alterado, admitiu que errou ao manter na folha de pagamento do Senado Carlos Alberto Nina Neto, filho do amigo e seu subchefe de gabinete, Carlos Homero Nina, mesmo quando ele resolveu estudar no Exterior. Nina Neto foi contratado em 21 de maio de 2003 como assistente técnico, com salário de cerca de R$ 10 mil. Em 2005, entre maio e julho, foi para Barcelona para um mestrado e continuou recebendo salário. Depois, passou mais de um ano fora, entre outubro de 2006 e novembro de 2007, fazendo pós-graduação. De volta ao Brasil, continuou no gabinete de Virgílio até ser exonerado em 22 de outubro de 2008. "Esse é um equívoco do qual me penitencio, um erro pelo qual mereço ser, sim, criticado", resignou-se. De acordo com o tucano, Carlos Homero chegou a aconselhar que ele pedisse à Mesa Diretora para "dar autorização" e ainda "pagar as diárias" do filho. Virgílio achou que as diárias "eram demais", mas por conta própria decidiu pagar os salários, "sem a noção clara do pecado".
O pecado que Virgílio cometeu está tipificado no artigo 5º do Código de Ética do Senado como abuso de prerrogativa. Não por acaso, dois dias depois, na quarta-feira 1º, ele anunciou que venderá imóveis da família para ressarcir o Senado pelo que pagou indevidamente, durante quase dois anos, ao ex-servidor do seu gabinete. "Era dinheiro da Nação brasileira que não poderia ter sido usado dessa forma", admitiu em novo discurso, mais cauteloso e comedido.
"Era dinheiro da Nação brasileira que não poderia ter sido usado dessa forma"
Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado
Não foi um súbito ato de arrependimento que o fez lançar mão dos bens de família. O senador, na prática, usou um expediente bastante conhecido.
Com a decisão de repor o prejuízo do Tesouro, antecipou-se à ameaça de ser alvo de uma representação do PMDB no Conselho de Ética. Ou seja, mais uma vez lançou mão de seu estranho conceito de ética.
Os discursos de Virgílio mudam ao sabor da hora. Há algum tempo ameaçou, na mesma tribuna do Senado, dar uma surra no presidente da República porque ele e sua família estariam sendo investigados a mando do PT. Meses depois, viajou ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no avião presidencial. Seu padrão ético também é volúvel. Virgílio não titubeou ao recorrrer, por meio de Homero Nina, ao então diretor-geral do Senado Agaciel Maia, para resolver uma emergência de caixa. Conseguiu, num domingo, um empréstimo de US$ 10 mil. O dinheiro, revelou ISTOÉ, serviu para liberar seu cartão de crédito, que estava bloqueado durante viagem com a família a Paris. Candidamente, como se nada tivesse acontecido, admitiu na tribuna que três amigos se cotizaram para pagar a dívida por ele. "Carlos Homero me disse que havia resolvido isso (os R$ 10 mil) via Agaciel. E perguntei: 'Mas, escute, não quero ficar com dívida nas mãos desse sujeito'", disse Virgílio. Argumentou também que não recebeu US$ 10 mil, mas sim R$ 10 mil. Ou seja, pelos seus curiosos padrões, jamais receberia "desse sujeito" US$ 10 mil. Mas aceitou de bom grado R$ 10 mil. Trata-se, portanto, de uma ética que leva em conta o câmbio. Será que o senador, também nesse caso, não tinha "noção clara do pecado"? Afinal, foi pela suspeita de que um de seus colegas, Renan Calheiros (PMDB-AL), teria tido despesas pagas por terceiros que o tucano defendia a cassação do então presidente do Senado.
Outra denúncia de ISTOÉ que Virgílio não contestou em plenário foi a de que sua mãe, falecida em 2006, vítima de Alzheimer, teve as despesas médicas no valor de R$ 723 mil custeadas pelo Senado, quando o permitido pelo regimento interno era um ressarcimento de até R$ 30 mil por ano. Em seu discurso, ele preferiu jogar a responsabilidade pela autorização do pagamento nas costas de Agaciel. Disse que sua mãe não era sua dependente, mas de seu pai, o ex-senador Arthur Virgílio Filho. E anunciou que pediria informações à Mesa para saber se houve autorização para gastos acima do limite. "Esse homem (Agaciel), até quando me acusa, não consegue fugir de dizer que praticou uma ilegalidade. Se liberou tratamento que não deveria ter liberado, ressarcimento que não deveria, da minha mãe, praticou uma ilegalidade. Ou seja, quer me transformar em seu cúmplice ou transformar meu pai, falecido, em seu cúmplice", disse. Mas estranhamente só protestou depois que o fato veio a público.
Matéria da IstoÉ
Penso eu: Ce ai deve lembrar do que venho falando sobre Artur Virgílio.
No solo
A TAF-Transportes Aéreos Fortaleza recebeu no final de semana seu 11O. boeing. É mais um 727-300, cargueiro que se junta à frota para prestar serviços aos Correios. O Comandante Ariston Pessoa foi cercado de amigos para a festa de mais este empreendimento que se junta a tantos outros de sua empresa pelo desenvolvimento do Ceará.
Deputados criam frente em favor do diploma de jornalista
“No dia 17 de junho, o Supremo Tribunal Federal decidiu derrubar a exigência de diploma e registro no Ministério do Trabalho para o exercício do jornalismo. A resposta na Câmara foi rápida e, 21 dias depois, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que é jornalista e tem o diploma, já havia conseguido a assinatura de 191 deputados para apresentar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC 386/09) que restitui a exigência.
No mesmo dia, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que é jornalista mas formou-se em Direito, apresentou o Projeto de Lei 5592/09, que regulamenta a profissão com a exigência do diploma para as áreas técnicas de apuração, redação, edição e comentário de notícias. A intenção do deputado foi separar essas áreas da impressão de artigos opinativos, que deve ser livre em sua opinião, e motivou o Supremo nessa decisão. Até 1969, o diploma não era exigido, e Miro pertence a essa geração de jornalistas, embora entenda que o diploma foi uma conquista importante.
Ao mesmo tempo a deputada Rebecca Garcia (PP-AM) está organizando uma frente parlamentar em defesa do diploma. Essa frente deve reunir especialistas para evitar que as propostas sejam consideradas inconstitucionais após sua aprovação. A deputada dirigiu, em Manaus (AM), a TV Rio Negro e o jornal O Estado do Amazonas, e acredita que a formação universitária é indispensável aos profissionais da área. “Em minha experiência, nunca vi categoria que discuta tanto as questões éticas da profissão, e isso vem da vivência acadêmica”, disse a deputada, que é economista.
A frente já tem o apoio de 148 parlamentares, mas Rebecca lembra que não houve tempo para percorrer o Senado colhendo assinaturas. “E o presidente Michel Temer também demonstrou apoio à nossa causa e disse que a PEC deve tramitar em regime de urgência”, acrescentou.
APOIO
Embora a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) tenha uma pesquisa que mostra o apoio de 73% dos entrevistados ao diploma, as reações foram bastante diversas: grandes empresas de comunicação, como a Rede Globo e os grupos Abril e Folha, acharam bem-vinda a mudança. Já a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou que é favorável ao diploma, mas entende que sua exigência como requisito para a profissão é questionável.
Por sua vez, estudantes de jornalismo e sindicatos da categoria em todo o País realizaram protestos e apoiam a PEC de Paulo Pimenta. “Existe essa lógica do mercado, que quer a desregulamentação geral, a partir da lógica do lucro, mas a sociedade vai reagir contra as empresas que veem a informação apenas como mercadoria”, avisou o deputado. Para ele, a decisão do Supremo extrapolou o que foi pensado pelos constituintes, que criaram uma barreira contra a censura a que estavam submetidos os jornais, e não viam a exigência do diploma para exercício profissional como cerceamento da liberdade de expressão.
No mesmo dia, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), que é jornalista mas formou-se em Direito, apresentou o Projeto de Lei 5592/09, que regulamenta a profissão com a exigência do diploma para as áreas técnicas de apuração, redação, edição e comentário de notícias. A intenção do deputado foi separar essas áreas da impressão de artigos opinativos, que deve ser livre em sua opinião, e motivou o Supremo nessa decisão. Até 1969, o diploma não era exigido, e Miro pertence a essa geração de jornalistas, embora entenda que o diploma foi uma conquista importante.
Ao mesmo tempo a deputada Rebecca Garcia (PP-AM) está organizando uma frente parlamentar em defesa do diploma. Essa frente deve reunir especialistas para evitar que as propostas sejam consideradas inconstitucionais após sua aprovação. A deputada dirigiu, em Manaus (AM), a TV Rio Negro e o jornal O Estado do Amazonas, e acredita que a formação universitária é indispensável aos profissionais da área. “Em minha experiência, nunca vi categoria que discuta tanto as questões éticas da profissão, e isso vem da vivência acadêmica”, disse a deputada, que é economista.
A frente já tem o apoio de 148 parlamentares, mas Rebecca lembra que não houve tempo para percorrer o Senado colhendo assinaturas. “E o presidente Michel Temer também demonstrou apoio à nossa causa e disse que a PEC deve tramitar em regime de urgência”, acrescentou.
APOIO
Embora a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) tenha uma pesquisa que mostra o apoio de 73% dos entrevistados ao diploma, as reações foram bastante diversas: grandes empresas de comunicação, como a Rede Globo e os grupos Abril e Folha, acharam bem-vinda a mudança. Já a Associação Nacional de Jornais (ANJ) afirmou que é favorável ao diploma, mas entende que sua exigência como requisito para a profissão é questionável.
Por sua vez, estudantes de jornalismo e sindicatos da categoria em todo o País realizaram protestos e apoiam a PEC de Paulo Pimenta. “Existe essa lógica do mercado, que quer a desregulamentação geral, a partir da lógica do lucro, mas a sociedade vai reagir contra as empresas que veem a informação apenas como mercadoria”, avisou o deputado. Para ele, a decisão do Supremo extrapolou o que foi pensado pelos constituintes, que criaram uma barreira contra a censura a que estavam submetidos os jornais, e não viam a exigência do diploma para exercício profissional como cerceamento da liberdade de expressão.
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