Olhar 33
Caminho de Brasilia
Homenagem
PT define em Congresso a tática para eleição de 2012
Começa nesta sexta-feira, com a presença de Lula e Dilma Rousseff, o 4o Congresso Nacional do PT. Vai até domingo (4).
Na parte burocrática, o partido aprovará um novo estatuto e abrirá seus quadros para novas filiações.
No naco dedicado à política, vai a voto resolução sobre a conjuntura e sobre a estratégia a ser adotada nas eleições municipais de 2012.
O esboço do texto, sujeito a emendas, enaltece as “realizações” dos oito anos de Lula e dos oito meses de Lula.
Nas pegadas da decisão do Banco Central, que reduziu a taxa Selic de 12,5% para 12% ao ano, o petismo pedirá juros ainda menores.
No pedaço didicado às eleições, o PT elege os rivais que deseja bater: PSDB, DEM e PPS. O PSD do prefeito Gilberto Kassab, um neolidado, não consta da lista de adversários.
No mais, o PT declara o óbvio: nas cidades que já governa e nos municípios com mais de 150 mil habitantes, quer encabeçar as chapas.
Em entrevista, Rui falcão, presidente do PT esclareceu: “Nas cidades que tiverem a presença dos nossos aliados governando…”
Ou “…que tiverem candidaturas [aliadas] mais competitivas, que respaldem o governo da presidenta Dilma, o PT vai estar junto, apoiando esses candidatos.”
Ao discorrer sobre os aliados, o documento não menciona as siglas. Na entrevista, Falcão teve o cuidado de dizer que o PMDB é “um dos principais.”
Na fase final de seu Congresso, um grupo de petistas apresentará uma moção de solidariedade ao mensaleiro José Dirceu, alvo da última capa de ‘Veja’.
Será aprovada, previu Falcão, por aclamação. Algo que, na prática, reforça o teor da reportagem, na qual Dirceu é apresentado como “o poderoso chefão.”
Manchetes desta sexta feira
- Globo: Dilma defende "CPMF sem desvios" para financiar Saúde
- Folha: Orçamento ignora aumento de juízes e STF se revolta
- Estadão: Texto do PT critica "faxina" de Dilma e pede reforma política
- Correio Braziliense: Governo recua e dá aumento a Judiciário
- Valor: Queda de juros muda todo o cenário para investimentos
- Estado de Minas: Enfim!
- Jornal do Commercio: Obra vai complicar trânsito da Zona Sul
- Zero Hora: Dilma admite rever dívidas dos Estados
Protesto - Professores vão à AL contra o governo
Após ocuparem a Praça da Imprensa na manhã de ontem, professores estaduais e estudantes dirigiram-se à Assembleia Legislativa e tentaram adentrar o plenário, sendo impedidos de fazê-lo pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar. Vendo que seria difícil prosseguir enquanto os grevistas protestavam, o deputado Tin Gomes (PHS), que presidia a sessão, suspendeu os trabalhos para que uma comissão de deputados recebesse representantes da categoria.
Os professores reclamam melhores salários e estão sem dar aula há quase um mês. Na reunião, realizada na sala da Presidência da Casa, seus representantes pediram a mediação da Assembleia junto ao governo estadual para buscar uma alternativa que assegure a inclusão no Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCS) da categoria dos ganhos previstos na Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério.
Atendendo à reivindicação da comitiva, o líder do governo, deputado Antonio Carlos (PT), comprometeu-se a agendar para esta sexta-feira um encontro com representantes do governo. “Espero que se chegue ao entendimento, porque, de fato, [com a greve] há um prejuízo social”, disse o petista.
O presidente do sindicato dos professores, Anízio Melo, afirmou que seus pares querem a reabertura das negociações com o governador para apresentar suas demandas e preparar um documento oficial, a ser discutido entre os grevistas em assembleia a partir das 15h desta sexta-feira. A ideia, segundo ele, é que a partir do encontro se possa assinar um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) entre professores e governo no Ministério Público do Trabalho.
TAMBÉM PRECISAMOS COMER
Melo afirmou que os professores não abrem mão do Plano de Carreira do Magistério da Educação Básica e do Piso Profissional do Magistério Público da Educação Básica. Segundo ele, a adequação dessas leis deveria ter sido feita até dezembro de 2009, “mas o governador não fez”.
Na última segunda-feira, Cid Gomes declarou que servidores públicos, professores inclusos, devem trabalhar, acima de tudo, por amor e vocação. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, e não por dinheiro. Quem está atrás de riqueza deve procurar outro setor, não a vida pública”. A respeito dessa declaração, Melo afirmou que a maior prova do empenho dos professores é a elevação dos índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ceará. “Mas também precisamos comer”, frisou.
Penso eu - A maneira como os tais manifestantes se comportaram na Assembleia e as palavras contra o Governador não recomendam que elem, Cid Gomes, os atenda.