Datafolha – Marta Suplicy lidera para 2012


“A primeira pesquisa Datafolha para a eleição municipal de 2012 aponta que a senadora Marta Suplicy (PT) saiu na frente na disputa pela Prefeitura de São Paulo, informa reportagem deBernardo Mello Franco, publicada na Folhadesta segunda-feira.

Ela lidera a corrida em todos os cenários pesquisados (confira abaixo), com vantagem média de 14 pontos percentuais em relação aos adversários. Sem Marta no páreo, o ex-governador José Serra (PSDB) e o ex-deputado Celso Russomanno (PP) aparecem empatados na ponta.

Lançado pelo ex-presidente Lula, o ministro Fernando Haddad (Educação), que disputa com a senadora a indicação para concorrer pelo PT, oscila entre 1% e 2% das intenções de voto.

Marta obtém sua menor folga na simulação em que Serra é o candidato tucano. Ela chega a 29%, contra 18% do rival –uma vantagem de 11 pontos percentuais. Russomanno é o terceiro colocado, com 13%.”

(Folha.com)

Sem intermediários


JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
O Estado de S.Paulo - 05/09/11

A Índia está fazendo algo que mais parece ficção científica, uma mistura de 1984 e Admirável Mundo Novo. E que vai provocar um grande debate sobre os limites da democracia representativa, da privacidade e do controle do Estado sobre o indivíduo. Imagine fotografar 1,2 bilhão de rostos, escanear 2,4 bilhões de íris e coletar 12 bilhões de impressões digitais, juntar tudo isso num banco de dados digital, e torná-lo acessível pela rede de telefonia celular. Deve demorar 10 anos, mas já começou a acontecer.

O projeto chama-se Aadhaar e em pouco mais de um ano emitiu 30 milhões de números de identificação únicos para indianos de 13 dias de vida até 103 anos de idade. Participa quem quer, mas os atrativos para ganhar os 12 dígitos são muitos: com ele e sua impressão digital, qualquer um, mesmo o mais miserável sem-teto, pode abrir uma conta bancária, rec eber benefícios governamentais e descolar um telefone celular. Em vez de meses de idas e vindas de papelada, a identificação digital demora 8 segundos.

A meta é driblar a burocracia, evitar o desvio de recursos do equivalente local ao Bolsa-Família e diminuir as desigualdades de um país que é estratificado em castas e onde há oficialmente 400 milhões de pobres. O sistema está sendo implementado por uma espécie de "start-up" estatal, comandada pelo mais icônico "self-made man" indiano, o bilionário Nandan Nilekani, fundador da Infosys. Ele se afastou do seu império de software e terceirização de serviços de informática para tocar o projeto.

Os benefícios são óbvios, assim como os riscos. No limite, seria possível ao governo monitorar todos os cidadãos cadastrados, um verdadeiro Big Brother. Reportagem do The New York Times conta que as resistências foram grandes, mas o Aadhaar deslanchou graças ao aval do primei ro-ministro Manmohan Singh e - mais importante - da família Gandhi, que comanda o poderoso Partido do Congresso. Pode ser que tenham avalizado apenas pelo apelo eleitoral de diminuir a kafkiana burocracia da Índia. Ou não.

Identificação. O Aadhaar resolve o problema da identificação à distância. Através das câmeras dos celulares seria possível, em tese, identificar qualquer pessoa para realizar todo tipo de atividade, até votar. Hoje isso é impensável. Daqui a dez anos (ou menos) não será. O processo será tão fácil e rápido que pode colocar em xeque o sistema de democracia representativa, em prol da democracia direta.

É tudo o que os políticos e partidos não querem. Imagine uma votação instantânea dos eleitores do Distrito Federal cassando o mandato da deputada Jaqueline Roriz (aquela que foi absolvida pelos seus pares apesar de ter sido flagrada em vídeo recebendo dinheiro vivo). Ou decidindo pelo voto direto sobre a criação ou extinção de tributos.

A democracia direta pode ser também um atalho para a ditadura da maioria. Sem limites, favorece perseguições e ameaça direitos fundamentais do cidadão, dependendo de para onde o vento da opinião pública estiver soprando.

Mas as rebeliões em países democráticos como Espanha, Grécia, Chile e Inglaterra demonstram que a democracia representativa não satisfaz a nova geração de eleitores, que se sente excluída do processo decisório. Somem-se as novas tecnologias, as redes sociais e projetos como o Asdhaar e o resultado é um debate que pode ser adiado, mas não evitado para sempre.

E no Brasil?

O Tribunal Superior Eleitoral coletou as digitais (nada de escanear íris) de pouco mais de um milhão de eleitores até agora. Eles votaram em 2010 usando o indicador para se identificarem. Essas pessoas terão prioridade para receber o RIC (Registro de Identidade C ivil), um número de identificação que substituirá o R.G. e, em tese, unificará CIC, PIS/PASEP e todos os outros cadastros federais.

O "em tese", no caso, é para ser levado a sério. O decreto diz que "os demais cadastros públicos federais (...) poderão adotar". Ou seja, não é compulsório. E os documentos velhos continuam valendo... Ou seja, o roteiro é o mesmo do "imposto único", que virou mais um: a CPMF.

Torcida. Num país onde cartório equivale a uma capitania hereditária, e TSE e IBGE têm códigos diferentes para identificar os mesmos municípios, é difícil acreditar que até 2018 você terá apenas um número de identificação federal para decorar. Mas se até a Índia - com seis vezes mais habitantes que o Brasil - está conseguindo, não custa torcer.

Olhar 33 - Edição Extraordinária


Pra começar a semana vivendo momento de rara beleza na arte da fotografia.

Governo do Ceará abre seleção pública com 39 vagas de professor substituto

O governo do estado do Ceará abriu seleção pública para contratar profissionais para o preenchimento de 39 vagas de professor substituto na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA).

As inscrições poderão ser feitas dentro do período entre o dia 9 e 22 de setembro, exclusivamente pela internet, no site oficial da UVA. Para participar é necessário que o candidato possua graduação na área em que se candidatar.

Os cargos oferecidos são nos cursos de Administração, Ciências da Computação, Ciências Contábeis, Ciências da Matemática, Ciências Sociais, Direito, Educação Física, Enfermagem, Filosofia, Física, Geografia, História, Letras, Pedagogia, Química, Tecnologia em Construção de Edifícios e Zootecnia.

A seleção pública contará com duas provas (escrita e didática). A aplicação das etapas estão marcadas para acontecer nos dias 10, 11 e 12 de outubro. Os locais e horários ainda serão definidos, e publicados na página da UVA.

O dia

Hoje é o Dia da Amizade Verdadeira.

Manchetes desta segunda

- Globo: OAB: arquivar homicídios aumenta impunidade

- Folha: Marta larga na frente na disputa pela prefeitura

- Estadão: PT cria brecha para formar alianças até com oposição

- Correio Braziliense: PT abre alianças e recua sobre o controle da mídia

- Valor: Novo Código deverá reduzir risco jurídico para empresas

- Jornal do Commercio: Falta espaço na areia

- Zero Hora: Recorde em máquinas puxa vendas na Expointer

Supremo contra doações eleitorais

A Ordem dos Advogados do Brasil ingressa hoje com ação no STF requerendo a declaração de inconstitucionalidade dos dispositivos (Leis 9.096/95 e 9.504/97) que permitem doações de empresas às campanhas políticas. A OAB considera o financiamento privado “uma forma de incentivo à corrupção, ao tráfico de influência e supremacia do poder econômico sobre o político”. Muita gente vai chiar, sem razão.

Para o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, grande parte do dinheiro das campanhas “é depois subtraída dos cofres públicos”.


Penso eu - Acho correto, até porque advogado quando quer ser presidente da OAB, pelo menos nos Estados, gasta rios de dinheiro com almoços para eleitores, jantares,quita suas contribuições à Ordem, faz ricas passeatas, carreatas, belos cartazes, campanhas de rádio e televisão, tudo, por certo sem quaisquer financiamentos, ou seja, com dinheiro do próprio bolso.