Tem pai que é cego...

Paulo Bernardo: ‘Ninguém vai bisbilhotar a imprensa’

José Cruz/ABr

O ministro petê Paulo Bernardo (Comunicações) disse meia dúzia de palavras sobre a moção aprovada em congresso do seu partido sobre a “regulamentação” da mídia.

Em entrevista à repórter Vera Rosa, Bernardo disse que não viu “nada de extraordinário na moção.” Acha que “está dentro dos marcos democráticos”.

Declarou que "ninguém vai bisbilhotar a mídia." Ponderou: "Assim como a mídia pode criticar o PT, o PT pode criticar a mídia."

A certa altura, Bernardo preocupou-se em esclarecer: “É importante separar a posição do partido da posição do governo. O PT tem posições e o governo tem um programa…”

“…A presidenta Dilma declarou com veemência em seu primeiro discurso, logo que foi eleita, que era defensora da liberdade de expressão…”

“…Aliás, a Constituição veda qualquer tipo de censura e controle do conteúdo jornalístico.” Ah, bom!

manchetes desta terça


- Globo: Freio na indústria - Montadoras adotam férias coletivas e param produção

- Folha: Dilma e Alckmin acertam construir ferroanel em SP

- Estadão: Governo deve recuar de incentivo a montadoras

- Correio Braziliense: Arrastão faz reféns e assusta Asa Norte

- Valor: Acordo Dilma-Alckmin destrava ferroanel em SP

- Estado de Minas: Varejo resiste em tempos de crise

- Jornal do Commercio: Acessos precários prejudicam praias

- Zero Hora: BM inicia modelo gaúcho de UPPs

Aplicações - Queda dos juros torna poupança mais vantajosa

A redução da taxa básica de juros (Selic) em meio ponto percentual, anunciada na semana passada pelo Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), surpreendeu o mercado e modificou o cenário para os investidores. Se antes, com a perspectiva de manutenção ou alta dos juros, investir em aplicações com juros pós-fixados era vantajoso, agora, com a redução da Selic, as opções de aplicação com juros pré-fixados mostram-se mais atrativas.

Hoje, entre as opções mais vantajosas para investimentos, está a velha conhecida dos brasileiros: a caderneta de poupança. Embora menos rentável que outros tipos de aplicação conservadora, a poupança tem algumas vantagens e, em tempos de crise, pode valer a pena, sobretudo para aplicações de curto prazo. Com a perspectiva de queda da Selic nos próximos meses, a diferença de rentabilidade entre a poupança e os fundos começa a diminuir.

Com o corte de 0,5 ponto, a diminuição será pequena. Segundo simulação do site Comdinheiro.com, quem aplicar hoje R$ 5 mil na poupança terá R$ 5.372,44 em um ano. Num fundo DI com taxa de administração de 2%, o valor final será R$ 5.406,37, com a nova Selic de 12%. São R$ 33,93 a mais no fundo. Antes, com a Selic a 12,5%, o fundo renderia R$ 53,94 a mais.

Se a Selic chegar a 11%, como preveem economistas para o início de 2012, a poupança ganharia dos fundos DI com taxa de 2%, ainda que por pouco: a diferença seria de R$ 6,97 a favor da caderneta, no caso de R$ 5 mil aplicados por um ano.

Com Selic a 9%, fundos e
poupança se equiparam
A rentabilidade menor pode reverter o quadro da captação líquida da poupança. No primeiro semestre deste ano, ela ficou negativa em R$ 172,7 milhões, contra R$ 8,827 bilhões positivos em igual período de 2010. Um dos motivos para isso, segundo o economista José Pereira Gonçalves, especialista em poupança, é justamente a diferença de rentabilidade. Até abril do ano passado, a Selic estava em 8,75%, reduzindo o retorno dos fundos.

Ceará é o 1º em transplantes de fígado no Brasil

O Ceará avançou duas posições e passou, no primeiro semestre deste ano, do terceiro para o primeiro lugar no Brasil em transplantes de fígado por cada milhão de habitantes, de acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Entre janeiro e junho de 2011, foram realizados no Estado 77 transplantes de fígado, 20 a mais que no mesmo período de 2010. Com esse número, o Ceará passou de 13,2 transplantes por milhão da população em todo o ano passado para 18,2 transplantes no primeiro semestre deste ano. São Paulo e Minas Gerais apresentaram índices de 16,5 e 16,0 transplantes. Em números absolutos, o Ceará, só fica atrás de São Paulo, que realizou 340 transplantes de janeiro a junho.

Nos transplantes de coração por milhão da população o Ceará também avançou uma posição e assumiu a segunda colocação no país. No primeiro semestre deste ano, o Ceará realizou 11 transplantes de coração, 2,6 por milhão da população. São Paulo, com 40 transplantes, primeiro lugar em números absolutos, fica em quarto lugar proporcional, com 1,9 transplantes. O Distrito Federal, que realizou cinco transplantes de coração, está na primeira colocação em termos proporcionais, com 2,9 transplantes. O Ceará está em quarto lugar do Brasil em transplantes de rim e pâncreas. Na contagem de todos os procedimentos, o Ceará realizou 90 transplantes a mais no primeiro semestre de 2011 do que no mesmo período do ano passado. O número de transplantes no período passou de 466 para 556. Os transplantes de córnea aumentaram 28,9%, passando de 252 para 325. Transplantes de rim passaram de 120 para 129, aumento de 7,5%, de coração de 10 para 11 (10%) e pâncreas de três para cinco (66,6). O aumento do número de transplantes de fígado, de 57 para 77, foi de 35%. Em todo o ano passado, o Ceará realizou o recorde de 872 transplantes. Foram 16 transplantes de coração, 113 de fígado 460 de córnea, 232 de rim, 14 de medula óssea, 10 de válvulas cardíacas e seis de pâncreas.


PEnso eu - Onde esses transplantes estão sendo feitos? É coisa de hospital da iniciativa privada ou é coisa do SUS ou é coisa de hospital filantrópico? Qual a entidade que faz a coleta desses dados no Ceará? Quem paga por isso?

Gestão de Cesar Rocha na Enfam completa um ano com números positivos


Um ano de muito trabalho, mas de resultados extremamente positivos e com a certeza de cumprir compromissos assumidos com a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados. A avaliação é do ministro Cesar Asfor Rocha, diretor-geral da Enfam, que comemora dia 6 os primeiros 12 meses de atividades à frente da instituição. Ao longo desse período, foram credenciados 313 cursos variados, totalizando 44.514 vagas e 12.099 horas de aula. Do total de vagas, 29.620 foram especificamente para os cerca de oito mil magistrados alcançados pela Escola e 14.894, através de videoconferências, para servidores e pessoas vinculadas à magistratura nacional. Decorrentes do reconhecimento constitucional da Enfam e, sobretudo, de uma demanda reprimida, os dados, se comparados ao segundo semestre de 2010, são superiores em 27%. A expectativa do ministro Cesar Rocha é de que o volume de vagas cresça mais 15% em 2012.

“Os números são a demonstração mais verdadeira de que trabalhamos com seriedade e afinco”, salienta o ministro.

Entidade de juizes dá o maior pulo por não ter aumento

A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) criticou em nota a afirmação da presidente Dilma Rousseff de que o aumento no salário do Judiciário pode prejudicar a execução de programas sociais. Segundo a entidade, a “premissa não está amparada em qualquer comprovante ou base fática”. Na sexta-feira, Dilma criticou a proposta de aumento, afirmando que ela gera “incertezas sobre a evolução da economia brasileira em um contexto internacional já adverso”.

Ao enviar ao Congresso as previsões de receitas e gastos para 2012, o governo havia deixado de fora as propostas de reajustes da Justiça, que causam impacto de R$ 7,7 bilhões nos cofres públicos. O Planalto foi obrigado a recuar e a rever sua proposta orçamentária, após os ministros do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República se revoltarem. Dilma, então, enviou uma mensagem ao Congresso reincluindo os reajustes pedidos pelo Judiciário, mas fez uma série de críticas.

Ao citar que encaminhou a proposta “cumprindo dever constitucional”, disse que “várias economias enfrentam problemas por sua situação fiscal, com alto endividamento e déficit público”. “Há possibilidade de agravamento na situação econômica internacional em 2012, com risco de recessão em economias avançadas e forte volatilidade nos preços dos ativos financeiros”, disse a presidente.

Maniqueísmo
Para a Ajufe, o argumento da presidente é maniqueísta. “Idêntico argumento poderia ter sido utilizado quando em dezembro do ano passado o Poder Executivo e o Poder Legislativo tiveram aumento salarial na ordem de 62%.” A entidade afirma que os juízes federais “arrecadaram” para União R$ 27,7 bilhões nos últimos três anos.

“Ao invés de cortar recursos garantidos pela Constituição para a Justiça do país o governo deveria, em caráter de urgência, apertar o cerco contra a corrupção e apurar rigorosamente referida denúncia”, afirma o presidente da associação, Gabriel Wedy. Ele lembra que as entidades ligadas ao Judiciário pretendem realizar em Brasília, no dia 21 de setembro, ato público denominado “Dia de Mobilização pela Valorização da Magistratura e do Ministério Público”.

Não tem dinheiro novo para o povo da toga

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), descartou ontem possibilidade de o Congresso aprovar, neste momento, o reajuste para o Judiciário. Segundo ele, qualquer aumento será discutido em conjunto com as demais categorias do funcionalismo público. O Judiciário quer até 56% de reajuste para seus servidores e 14,7% para os ministros do Supremo, o que elevaria o teto do funcionalismo de R$ 26,7 mil para R$ 30,6 mil.
Os valores são considerados inaceitáveis para o governo. Os reajustes da Justiça tinham sido deixados de fora das previsões de receitas e gastos para 2012. Após os ministros do Supremo e o procurador-geral da República se revoltarem, a presidente Dilma Rousseff, então, enviou uma mensagem ao Congresso reincluindo os reajustes pedidos pelo Judiciário, mas fez uma série de críticas.
Os aumentos causariam um impacto de R$ 7,7 bilhões nos cofres públicos, segundo o governo. Também há outro projeto de lei pedindo aumento menor, de 4,8% para os ministros do Supremo. Mas nem esse conta com o apoio do governo. “Estendemos a posição do Judiciário, mas não temos condições de fazer isso agora. Não é possível dar um aumento de 50% ou mais. Qualquer reajuste será discutido no mesmo patamar do conjunto do funcionalismo”, afirmou Vaccarezza.
O deputado ressaltou que sua posição foi tomada após conversas com a ministra Miriam Belchior (Planejamento). Mesmo com as negativas do governo, o deputado informou que cerca de dez entidades irão ao Congresso, no próximo dia 21, fazer pressão pelo aumento no Judiciário.