O dia nasce

Vai fazer um lindo dia de sol em Fortaleza

Fifa volta a criticar ritmo de obras do Brasil para a Copa-14


2014Em viagem ao Canadá, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, manifestou preocupação com a demora nos preparativos para a Copa-2014, no Brasil, e disse esperar que os atrasos sejam compensados assim que possível.
  • Mas Blatter, que se reúne na semana que vem com autoridades brasileiras para discutir o assunto, afirmou também estar confiante na capacidade do país para realizar o torneio.
Em março, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, causou polêmica ao dizer que os brasileiros precisavam levar um "chute no traseiro" para acelerar as obras necessárias à realização do Mundial e da Copa das Confederações, um evento-teste no ano anterior.
Patrick Doyle/Reuters
 Blatter chuta uma bola entre a goleira canadense Karina Leblanc e o presidente da federação local, Dominique Maestracci, em Ottawa
Blatter chuta bola entre a goleira Karina Leblanc e o presidente da federação local, Dominique Maestracci
Blatter pediu novamente desculpas pela fala de Valcke, mas disse que ainda tem preocupações com o ritmo das obras.
"Em alguns lugares há alguns atrasos, e o que estamos fazendo agora é assegurar que o que não foi [feito] no passado será feito assim que possível, e não depois", disse Blatter em inglês a jornalistas na cidade de Ottawa.
"Por enquanto, estamos um pouco preocupados com algumas construções. Mas vocês sabem, construções, se você pressiona e dedica muita energia, podem ficar prontas a tempo", afirmou ele após um evento relacionado à Copa feminina de 2015, no Canadá.
Na semana que vem, Blatter manterá dois dias de reuniões em Zurique com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e o comitê organizador brasileiro.
O presidente da Fifa observou que a África do Sul também sofreu com atrasos, mas acabou conseguindo realizar satisfatoriamente a Copa de 2010.
"Estamos confiantes, porque o Brasil é não só uma nação futebolista, mas o Brasil é também uma potência econômica muito importante (...). Então tenho certeza de que eles vão fazer", finalizou Blatter.

Ceara X Fortaleza é mantido pra 13 de maio


CMFor atua como mediadora entre entidades responsáveis pelos eventos - Foto: Genilson de Lima
O jogo entre Ceará e Fortaleza, que marcará a final do Campeonato Cearense de Futebol, e os Festejos da Igreja de Fátima vão ser realizados na mesma data, 13 de maio. A decisão foi debatida e anunciada nesta sexta-feira, 4, em reunião entre parlamentares e representantes da Igreja e da Federação Cearense de Futebol, Polícia Militar e AMC. Depois de uma série de discussões sobre a segurança nos dois eventos, representantes entraram em consenso e decidiram não mudar data. A única alteração foi quanto ao horário da procissão.
O vereador Paulo Gomes (PMDB) destacou o papel de mediação da Câmara nas conversações relacionadas ao Clássico-Rei e aos festejos da Igreja de Fátima. “Analisamos todos os aspectos dos eventos e chegamos a um consenso quanto a data. A nossa preocupação, para que não haja nenhuma fatalidade, foi a de promover segurança tanto para os fiéis como para os torcedores”, frisou. Assim ficou acordado que a procissão vai começar às 18h30, meia-hora após o termino do jogo, no intuito de evitar encontros.
O diretor operacional de jogos, Irazer Gadelha, afirmou que por conta da tabela de jogos estabelecida pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não tinha como mudar a data do jogo final do Campeonato Cearense. O Major George, comandante da companhia de eventos da Polícia Militar, disse que as dependências do Estádio Presidente Vargas irão ser ocupadas pelos policiais e as ruas no entorno serão interditadas em parceria com a AMC. O Gerente Operacional da AMC, Disraelli Brasil, informou que os eventos irão manter as interdições e isolamentos próximos da área. Os veredores Walter Cavalcante (PMDB) e Ronivaldo Maia (PT) também participaram da reunião.

Cid destaca a Assembleia como espaço democrático para o Pacto


O governador Cid Gomes afirmou, durante a solenidade de instalação do Pacto do Pecém, que a Assembleia é o espaço mais democrático para realizar este evento, quando será discutido tudo que está sendo e será instalado no complexo portuário do Pecém. “Quero determinar a todos os secretários do Governo no sentido que a gente possa obter o melhor resultado possível”, frisou o governador.
Conforme destacou em seu pronunciamento, tudo que foi construído nos 400 anos no Ceará será superado nos próximos 20 anos com o Complexo do Pecém. “E espero que não se repita erros do passado”, disse.  Ele observou que todas as grandes cidades têm relação direta com um porto. “A nossa principal pauta de exportação acontece pela via dos portos. As grandes cidades históricas do Ceará também têm essa relação, inclusive Fortaleza, com o Mucuripe, que ficou pequeno para as nossas necessidades”, acentuou.
Cid comentou que a siderúrgica e refinaria foram os principais empreendimentos imaginados para o Pecém. “Em 2002 o porto ficou pronto, e começou a desenvolver a exportação de fruticultura, e o Ceará é o principal exportador destes produtos do País”, disse.  Além disso, revelou que Pecém se configura em um espaço importador de produtos siderúrgicos, estando entre os dois primeiros portos importadores do litoral brasileiro.
O governador lembrou que até 2007, o porto era deficitário. O que ele arrecadava era insuficiente para pagar a folha de pagamento. A partir daquele ano, passou a ser superavitário, fazendo inclusive investimentos com recursos próprios. O faturamento de 2012 aumentou em 50%, se comparados com os três primeiros meses do ano passado, conforme explicou Cid Gomes .

Presidente do PT diz que, após ‘peitar’ bancos, Dilma prepara confronto com o ‘poder da mídia’


Ao discursar num evento preparatório para as eleições municipais, em Embu das Artes (SP), o presidente do PT federal, Rui Falcão, aproveitou para alvejar a imprensa. “O poder da mídia, esse poder nós temos de enfrentar”, disse ele, a alturas tantas.
Falcão informou que, depois de levar os bancos à alça de mira em sua cruzada contra os juros altos, Dilma Rousseff prepara-se para mover a infantaria do governo na direção dos veículos de comunicação.
“Este é um governo que tem compromisso com o povo e que tem coragem para peitar um dos maiores conglomerados, dos mais poderosos do País, que é o sistema financeiro e bancário”, disse Falcão, em timbre bélico.
Acrescentou que o governo “se prepara agora para um segundo grande desafio, que iremos nos deparar na campanha eleitoral, que é a apresentação para consulta pública do marco regulatório da comunicação.”
Deve-se o relato aos repórteres Guilherme Waltenberg e Daiene Cardoso. A dupla conta que Falcão acomodou bancos e meios de comunicação no mesmo caldeirão: “A mídia é um poder que está conjugado ao sistema bancário e financeiro.”
Tratou a imprensa como antagonista do petismo: “É um poder que contrasta com o nosso governo desde a subida do Lula, e não contrasta só com o projeto político e econômico. Contrasta com o atual preconceito, ao fazer uma campanha fundamentalista como foi a campanha contra a companheira Dilma.”
Evocando a campanha presidencial de 2010, Falcão disse que a mídia “saiu dos temas que interessavam ao país para recuar no obscurantismo, na campanha de reforço da direita que hoje está sendo exposta aí, inclusive agora, provavelmente nas próximas duas semanas com a nomeação dos sete nomes da Comissão da Verdade que vai passar a limpo essa chaga histórica que nós vivemos.
Para Falcão, a imprensa “produz matérias e comentários não para polarizar o país, mas para atacar o PT e nossas lideranças.” Foi nesse ponto que pronunciou a frase já reproduzida lá no alto: “O poder da mídia, esse poder nós temos de enfrentar.”
O fetiche do PT e do seu presidente é o projeto que cria o “marco regulatório das comunicações”. Elaborada na gestão Lula, sob a coordenação do então ministro Franklin Martins (Comunicação Social), a peça prevê o “controle público e social” da mídia. Dilma Rousseff cozinha a proposta em banho-maria.
Pouco depois de tomar posse, a sucessora de Lula incumbiu o ministro petê Paulo Bernardo (Comunicações) de revisar o texto, livrando-o de artigos que possam denotar o interesse em censurar ou controlar o conteúdo de reportagens. Desde então, o governo retarda o envio da encrenca ao Congresso.
Tomando-se Falcão a sério, Dilma estaria na bica de desengavetar a polêmica. E o faria em operação casada com a investida contra os bancos. Tudo isso em meio à campanha municipal de 2012. Ou seja: antes de outubro.
Ecoando um desejo que coincide com a vontade de Lula, Falcão disse que a atuação da imprensa será perscrutada também na recém-instalada CPI do Cachoeira: “Essa CPI vai desvendar quais são os caminhos de ligação com esses contraventores nos setores da mídia brasileira.”
Injetou o amigo-senador de Cachoeira no discurso: “Esse fariseu, que é o senador Demóstenes Torres, é apresentado pela imprensa como sem partido, mas vamos nos lembrar sempre que até um mês atrás ele era senador do DEM.”
Vocalizada por Falcão, a ira do PT contra a imprensa aumenta na proporção direta da aproximação do julgamento no STF do processo do mensalão. Ou, no dizer de Lula e Cia., “a farsa do mensalão”.
A irritação é compreensível. O suicídio é uma coisa íntima. Ao noticiar os descalabros descobertos depois que Roberto Jefferson levou os lábios ao trombone, em 2005, a imprensa como que avisou ao PT que a legenda adotara comportamento suicida.
Os jornalistas terminaram se metendo na vida do PT –ou na morte dele. Informaram que, ao adotar o modelo valeriano de exercício do poder, o partido de Lula revelara uma tendência para a autodesmoralização.
As palavras de Rui Falcão, indicam que a atuação da imprensa agravou a situação, potencializando os instintos autodestrutivos do petismo. O PT não é mais o PT. Virou um ex-PT. Mas não convém dizer isso em voz alta. Aí mesmo é que os companheiros atearão fogo às vestes.

Manchetes deste sábado


Globo: Após mudar poupança, Dilma vai atacar juros da habitação
Folha: Governo já prevê juros abaixo de 8% neste ano
Estadão: Depois da poupança governo quer atacar juro de banco privado
Correio Braziliense: Juros mais baixos. É hora de…
Estado de Minas: Caminho livre para saidinha de banco
Jornal do Commercio: Estado de emergência atinge todo o sertão
Zero Hora: Bolão na escolar

Continuam com vontade de calar a gente


Para Ayres Britto, queda da Lei de
Imprensa não gera 'vácuo legislativo'

FotoMIN. AYRES BRITTO
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ayres Britto, afirmou nesta sexta (4) que vai desenvolver ações, juntamente com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão em que também exerce o cargo de presidente, para esclarecer o julgamento que considerou a Lei de Imprensa inconstitucional. Para ele, a decisão não resultou num “vácuo legislativo”, como alguns alegam. “Não pode haver lei sobre o núcleo duro da liberdade de imprensa”, explicou Britto. A declaração foi feita no encerramento do Seminário Internacional de Liberdade de Expressão, promovido pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), em São Paulo (SP).