Os problemas de Cid estão no 13


Ministério Público Federal entra com recurso no caso "cachê da Ivete"

O Ministério Público Federal no Ceará (MPF/CE) entrou com recurso para que a Justiça Federal julgue a ação movida contra o governador Cid Gomes (PSB), no caso da inauguração do Hospital Regional Norte, em Sobral.
Para o evento, o governo contratou a cantora Ivete Sangalo pagando um cachê de R$ 650 mil. O procurador da República, Oscar Costa Filho, argumenta que o MPF tem legitimidade para atuar em defesa do interesse federal relativo à defesa da moralidade e do patrimônio público e social do Sistema Único de Saúde (SUS). Na ação, o procurador, levando em consideração os diversos problemas enfrentados pela rede pública de Saúde, pediu que o governador ressarcisse aos cofres públicos o dinheiro gasto com o show. Pediu ainda que a verba fosse direcionada à área da Saúde.
“O interesse federal não se reduz ao interesse da União. Vai além do interesse de uma pessoa jurídica para alcançar uma entidade de funcionamento sistêmico, como é o caso do SUS, de caráter incontestavelmente federal”, argumenta o procurador. Para ele, a origem dos recursos públicos (estaduais) aplicados no show é irrelevante para definir a competência, diante do fato de terem sido direcionados à iniciativa privada em detrimento do SUS. Para corrigir a imoralidade praticada seria necessário que os recursos públicos fossem direcionados para o Sistema Público de Saúde.
As verbas de fato não eram do SUS, como ressalta o procurador, mas de direito passaram a ser, em virtude do desvio de finalidade. “No momento em que o governador priorizou a contratação do show, a Saúde pública foi preterida e, em razão disso, é que surge a obrigação de ressarcimento do Sistema Público de Saúde”, conclui Costa Filho. Para justificar a contratação, o governador utilizou o fato da cantora ser “uma das artistas nacionais mais consagradas da atualidade”.
Segundo Costa Filho, “a Saúde Pública serviu de pretexto para contratação alheia à finalidade dos serviços oferecidos na área da Saúde”. Em outro trecho da ação, o procurador afirma que “o motivo do ato administrativo está totalmente em descompasso com a finalidade do fato de inauguração de um hospital que deve oferecer serviços públicos na área de Saúde”.
TCE
Ontem, o pleno do Tribunal de Contas do Estado do Ceará deu um prazo de dez dias para que a Casa Civil envie os esclarecimentos sobre a contratação da cantora baiana A decisão foi tomada ontem após reunião do conselho do órgão.

O verdadeiro lider do PMDB


Novo líder anuncia investida do PMDB contra política de desonerações tributárias de Dilma



Cunha e os ‘espaços’ do PMDB: ‘O que adianta você ter Ministério do Turismo se ele não tem força?’
O deputado Eduardo Cunha, novo líder do PMDB na Câmara, reuniu sua tropa pela primeira vez nesta terça-feira (5). Saiu do encontro com delegação da bancada para conduzir uma investida contra a política de desonerações tributárias de Dilma Rousseff. O partido do vice-presidente Michel Temer decidiu emendar todas as medidas provisórias que o Planalto enviar ao Congresso sobre a matéria.
Com suas emendas, o PMDB tentará impedir que a redução de alíquotas de tributos como IPI e Imposto de Renda incida sobre os valores que a União é obrigada a repassar a Estados e municípios. “O governo terá que tirar a desoneração da parte do tributo que cabe a ele, não da parcela que cabe aos governos estaduais e às prefeituras”, afimou Cunha em entrevista concedida ao blog na noite passada.
O deputado disse isso 24 horas depois de Dilma ter enviado ao Legislativo a mensagem que esmiúça os planos do governo para 2013. Na peça, a presidente anota que aprofundará a estratégia das desonerações, “em parceria com o Congresso Nacional e com os Estados e municípios.”  E Cunha: “Se o governo quer fazer política econômica desonerando, ele pode, deve e tem que fazer. Mas terá que calibrar a desoneração ao tamanho da capacidade da União de perder receita.”
Acomodado na liderança contra a vontade de Dilma e sob resistências da cúpula do PMDB, Cunha apresenta-se como um líder dotado de “muito mais autonomia para exercer a função.” Segundo diz, não deve satisfações senão à bancada que o elegeu. Informa que seus liderados exigem ser tratados “com mais respeito.” E não se sentem obrigados a “bater palmas para tudo o que vem do Planalto”.
Cunha conta que os deputados do PMDB vinham represando suas insatisfações para não prejudicar a campanha do ex-líder Henrique Eduardo Alves à presidência da Câmara. Superada essa fase, a bancada “vai querer que suas posições sejam ouvidas”. Vai abaixo a entrevista.
O governo tem razões para temer o novo líder do PMDB na Câmara? As pessoas vão se surpreender com a minha atuação.
— Por quê? O líder de bancada expressa única e exclusivamente o que a maioria da bancada pensa. Não pode ser diferente.
— O que pensa a maioria da bancada do PMDB sobre o governo? Mudou o processo. Estávamos numa fase de candidatura do Henrique [Eduardo Alves à presidência da Câmara]. E atuávamos em função dessa candidatura. Muitas vezes fazíamos coisas que a bancada não queria. Tivemos de ceder em função de um projeto maior: a eleição do Henrique. Agora, nesse novo momento, a bancada terá um posicionamento diferenciado. Vai querer que suas posições sejam ouvidas.
— Estamos falando de cargos? Não estou falando de cargos nem de emendas.
— Fala de quê? Estou falando de postura. Um líder que está começando, saído de uma eleição disputada, não tem margem para fazer o que bem entende, contra a bancada. Um líder só pode se sustentar a partir da construção de posições conjuntas com sua bancada.
— Posições eventualmente contrárias aos interesses do governo serão da bancada, não do líder, é isso? É exatamente isso. Quando eu falar, serei porta-voz da bancada. Hoje mesmo, houve uma reunião dos partidos para discutir a votação do Orçamento da União e dos vetos –entre eles o dos royalties. Eu designei o primeiro vice-líder, Marcelo Castro, que é o maior lutador dos royalties na nossa bancada.
— Soube que, na reunião, ele concordou com a tese da oposição, que condiciona a aprovação do Orçamento à apreciação prévia dos vetos. Pois é. Mas eu tinha que fazer isso. Porque é essa a posição da maioria da bancada. Eu não podia ir lá e impor uma posição contrária aos interesses da bancada. Sou do Rio de Janeiro. Todo mundo sabe o que penso sobre os royalties. Se expresso minha opinião, amanhã tem uma crise e a bancada me desautoriza. Portanto, jamais haverá de minha parte uma manifestação que não corresponda ao pensamento da maioria da bancada.
— Consumada a eleição de Henrique Alves, acha que a bancada está livre para divergir do governo? A bancada agora se sente liberada. Vai querer que as suas posições, que seus verdadeiros pensamentos sejam expressados.
— O pensamento médio da bancada está muito distante dos interesses do governo? O pensamento majoritário da bancada é o de apoio ao governo. Mas a maioria da bancada também acha que o PMDB precisa ser tratado com mais respeito.
— O que significa mais respeito? De novo, não estamos falando de cargos e emendas. Vou dar um exemplo: no governo Lula, quando tinha alguma medida importante para ser enviada ao Congresso, ele fazia reuniões do conselho político e debatia, mostrava o que ia fazer.
— Com Dilma é diferente? No começo do governo da presidenta Dilma era assim. Mas depois essa prática foi encerrada. O governo não pode querer concordância absoluta de todos e que a gente bata palmas para tudo que vem do Palácio do Planalto. Haverá contestações.
— Antevê alguma? Tirei hoje uma posição da bancada sobre as desonerações tributárias. Todas as que vierem para a Câmara receberão sempre uma emenda do PMDB.
— Emenda sobre o quê? Essas desonerações não podem impactar as parcelas do  FPE [Fundo de Participação dos Estados] e do FPM [Fundo de Particiação dos Municípios]. Queremos que o impacto fique restrito à parcela da União.
— Como será feito? As desonerações chegam por medida provisória. E nós vamos fazer sempre uma emenda dizendo que a redução de alíquota de IPI não incidirá para efeito de redução dos repasses para Estados e municípios. O governo terá que tirar a desoneração da parte do tributo que cabe a ele, não da parcela que cabe aos governos estaduais e às prefeituras.
— Isso passa no plenário? Mesmo que o PMDB seja minoritário, mesmo que perca, é uma questão de posição política. O PMDB é um partido municipalista. Os municípios estão passando necessidades. Os Estados que dependem do FPE também. Então, nós não podemos deixar de ir contra uma posição que afeta os nossos governadores e os nossos prefeitos. Se o governo quer fazer política econômica desonerando, ele pode, deve e tem que fazer. Mas terá que calibrar a desoneração ao tamanho da capacidade da União de perder receita.
— O sr. diz que o partido não está preocupado com cargos. Mas pelo menos a bancada de Minas Gerais tem pretensões ministeriais, não? Isso é uma coisa política, não é questão de pretensão.
— Como assim? É preciso recordar que, na eleição passada, a presidenta Dilma teve, em Minas Gerais, uma vantagem de 2 milhões de votos no segundo turno. Qual você acha que vai ser o resultado se o Aécio for candidato? Ela vai perder. O Aécio vai ganhar em Minas. Pode perder no país, mas em Minas ele ganha. Então, é preciso tratar Minas Gerais de maneira diferente. O Estado será sensível a alguém que foi governador por oito anos [Aécio] e deixou um governador no lugar dele [Antonio Anastasia], que é bem avaliado. O mineiro é bairrista. Se a presidenta Dilma, que é mineira de nascimento, não entrar nesse espírito, não basta chegar lá e dizer que é mineira para ter votos dos mineiros. Falamos para o bem dela. Como é que os deputados sobreviverão em Minas pedindo votos contra quem vai teoricamente unir Minas? É difícil. Então, é um problema político, não um problema de cargo.
— Pelo que se sabe a bancada deseja o Ministério dos Transportes. E não parece haver disposição da presidente de atender. E aí? A bancada não me trouxe ainda essa reivindicação. Mas creio que temos um problema político. E esse problema político precisa ser analisado. Quem quer disputar eleição precisa analisar. Estamos falando de política nesse momento.
— A resolução do problema político passa por uma composição ministerial? Não sei te dizer. Insisto: temos um problema político que precisa ser tratado. Como ele vai ser tratado, caberá à presidenta decidir. Ela pode pensar como nós e verificar que há o problema. Se ela não entender assim, provavelmente nada fará.
— Essa queixa se restringe a Minas? Existe uma queixa generalizada. Mas o problema de Minas Gerais é agravado. Há outro aspecto: os espaços que o PMDB detém são de certa forma pouco produtivos para efeitos políticos. São preenchidos de forma muito parcial. Quando preenchidos, têm poder político zero. O que adianta você ter o Ministério do Turismo se ele não tem força? Tem que fortalecer as posições que o PMDB detém.
— O que significa preenchimento parcial? Os ministérios são compartilhados com outros partidos? São compartilhados até com a própria tecnocracia que é colocada lá.
— O sr. fala que os ministérios do PMDB geram poucos ‘efeitos políticos’. Não lhe parece que essas composições ministeriais geram prejuízos políticos? Veja bem, não estou discutindo ministérios. Até porque isso não está sendo colocado. Mas não se pode dizer que isso só é contraproducente para o partido ‘A’ e não é para o partido ‘B’. O PT tem sua posição clara, bem atendida, bem contemplada.
— Há diferença de tratamento? A diferença é muito clara. Embora os parlamentares do PT também reclamem, os outros partidos da base de apoio ao governo sentem a diferença. É preciso que haja um equilíbrio. Somos todos parceiros. Volto a afirmar: a pretensão da bancada é a de buscar a parceria e o alinhamento. A disposição não é beligerante. Mas nós precisamos ter uma visão política desse processo. Quem vai ser candidata à reeleição deve saber: quem vai pedir votos são as bases dos parlamentares. E as bases dos parlamentares têm que estar satisfeitas. Não posso ter o meu cabo eleitoral de cara feia pra mim.
— A bancada do PMDB está convencida de que a reedição da chapa Dilma-Michel Temer em 2014 é o melhor caminho? Hoje em dia a posição é essa: repetir a chapa com Michel Temer. Não vejo outro tipo de conversa no momento.
— Acha que Dilma pode ter dificuldades para se contrapor a Aécio Neves e Eduardo Campos? Não tenho dúvida de que essas duas candidaturas, a do Aécio e a do Eduardo, devem existir. E não há eleição fácil. A gente vem de um processo eleitoral em que o presidente Lula estava no ápice de sua popularidade e a eleição foi para o segundo turno. Então, é claro que podemos ter uma eleição mais difícil. É preciso ter cautela. Quem tem experiência política sabe que não se brinca com eleição.
— O que significa não brincar com a eleição? Estamos a 15 meses do começo do processo eleitoral. Quando digo que é preciso tratar com mais respeito o PMDB é disso que estou falando.
— De onde vem a propalada aversão de Dilma à sua figura? Se ela tem aversão, a mim nunca foi manifestada.
— Nem por intermédio de terceiros? Duas pessoas me informaram que foram conversar com ela a respeito dessa suposta restrição à possibilidade de eu me tornar líder. Um foi o próprio vice-presidente Michel Temer. O outro foi o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. A ambos ela negou isso.
— Acha que a antipatia pode ter origem naquele episódio de 2007, envolvendo Furnas e CPMF? Vamos deixar isso claro. Participei da indicação e nomeação do senhor Luiz Paulo Conde para a presidência de Furnas, cargo federal do Rio. Quem era o Conde? Ninguém menos que o ex-prefeito da cidade do Rio, ex-vice-governador do Rio. Estava como secretário de Estado do governo Sérgio Cabral. Era um processo político do PMDB do Rio, apoiado pelo próprio Sérgio Cabral. Não era indicação do Eduardo Cunha, era do partido no Rio. Só que eu estava no embate.
— O embate envolveu a CPMF? Eu era relator de admissibilidade da proposta da CPMF na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Eu já tinha feito o parecer. A votação não foi feita porque o DEM estava obstruindo na comissão. Um dia, enterrei um sobrinho no Rio e vim a Brasília para uma suposta sessão, que não ocorreu. Saí do enterro, peguei um avião, e vim para votar. Era uma quinta-feira. Não foi o Eduardo Cunha que atrasou a votação da CPMF. Foi a obstrução do DEM que impediu a votação. O governo não se mobilizou. Aí entrou o recesso no meio. Tenho testemunho do ministro José Múcio [hoje no TCU], que era líder do governo na época, e do ex-ministro Antonio Palocci. Fiquei com essa fama injusta.
— Com a saída de Luiz Paulo Conde de Furnas, o sr. indicou o substituto, não? O Conde ficou doente. Até hoje ele está em dificuldade. Ainda tentou, por seis meses, exercer as funções. Mas o ministro Edison Lobão [Minas e energia], com toda razão, disse que Furnas é uma empresa relevante e tem que ser dirigida em sua plenitude. Apresentou um técnico da empresa [Caros Nadalutti Filho] e pediu que nós avalizássemos a substituição. E nós avaliazamos.
— Pouco depois de assumir a Presidência, Dilma trocou o comando de Furnas. Por quê? O Jorge Bittar [do PT do Rio] fez intriga. O técnico escolhido era um superintendente de operações com mais de 30 anos de casa. Antes de virar presidente, era subordinado a um diretor ligado ao Bittar. Então, virou um problema. Ele se sentiu preterido por alguém que estava abaixo dele. Aí criaram toda a confusão. Depois disso, houve uma série de apagões causados por Furnas. Se esses apagões tivessem ocorrido no período que estava com a gente, queria ver se iriam dizer que era culpa nossa.
— A Procuradoria da República patrocina dois processos contra o sr. no STF. Não o preocupam? Tenho dois inquéritos no Supremo. Não sou réu em nenhum deles. Num, há uma denúncia apresentada que não será aceita. O voto do relator é pela rejeição, só não foi votado no pleno. Noutro, sequer há denúncia. Pelo que meu advogado informou, vai retornar ao primeiro grau porque não há nada em relação a mim. Estou absolutamente tranquilo.
— É fato que Michel Temer e Henrique Alves se distanciaram de sua campanha para a liderança do PMDB? Num primeiro momento, senti que houve um apoio do Henrique ao Sandro Mabel. Num segundo momento, acho que ele evoluiu para a neutralidade. Num terceiro momento, pelo que leio, foi o Renan que apoiou o Mabel. Devo dizer que houve também um distanciamento meu em relação a eles.
— O sr. era tão ligado a Temer e Henrique. Por que tomou distância? Esse processo todo, por incrível que pareça, acabou sendo positivo pra mim.
— Por quê? Me permitiu construir a liderança a partir do debate direto com a bancada. Entrei em contato com pessoas que eram até afastadas de mim. Então, eu me tornei líder num processo que me deu muito mais autonomia para exercer a função.
— Não deve nada às estrelas do partido? Devo a minha eleição à bancada que me elegeu. É a ela que tenho que seguir.
— Sandro Mabel, seu contendor, pediu no STF a anulação da eleição de líder. Fala sozinho ou a insatisfação é compartilhada pelos 36 deputados que votaram nele? Mabel havia disputado a presidência da Câmara contra o Marco Maia, contra o nosso projeto. Perdeu. Brigou na Justiça com o PR e foi expulso do partido. Nós o acolhemos. Fui das primeiras pessoas a recepcioná-lo. Tínhamos uma relação pessoal muito boa. Nos últimos dez dias, quando ele viu que a eleição estava perdida, partiu para outro caminho. Eu reagi às agressões. Ele perdeu. E está tendo uma atitude infantil. Li a petição dele. É ridícula. Não há fundamento jurídico nem político. Ele questiona dois votos que não teriam alterado o resultado. Além disso, para se tornar líder na Câmara, você precisa de uma lista de apoiamentos com as assinaturas de metade mais um da bancada. Nesta segunda-feira, protocolamos a lista com quase toda a bancada. Para me retirar da liderança hoje, não tem que fazer nova eleição. Tem que ter metade mais um das assinaturas. Fiz reunião de bancada nesta terça. É um tipo de encontro que nunca atrai todo mundo. Mas, dos 80 deputados do PMSB, apareceram uns 60. Se isso não é representativo, não sei o que é representatividade. A unanimidade, dizia Nelson Rodrigues, é burra.
Tá no josias

País da esculhambação


CPI do Cachoeira é sepultada também em Goiás


Reunida na Assembleia Legislativa de Goiás, a CPI estadual do Cachoeira decidiu morrer
Você provavelmente não sabe, mas havia uma CPI do Cachoeira na Assembleia Legislativa de Goiás. Morreu nesta terça-feira, antes que você tomasse conhecimento dela. O velório foi marcado para 26 de fevereiro, dia da leitura do relatório final. O enterro será em 5 de março, quando o texto deve ser aprovado.
A comissão de inquérito que você desconhecia “funcionava” havia nove meses. Era controlada pela coligação partidária que dá suporte ao governador goiano Marconi Perillo (PSDB). Nascera em 10 de maio de 2012, para servir de contraponto àquela outra CPI do Cachoeira, que simulava investigações no Congresso.
O sepultamento da CPI federal levou à morte da CPI estadual. Faltava apenas o pretexto. Em agosto do ano passado, uma liminar (decisão provisória) do Tribunal de Justiça de Goiás proibira a comissão da Assembleia de varejar os contratos da construtora Delta com as prefeituras de Aparecida de Goiânia e de Catalão.
No mês passado, em 23 de janeiro, o tribunal goiano indeferiu um recurso da Assembléia, mantendo a liminar. E os membros da CPI estadual decidiram dar a investigação por encerrada antes mesmo do julgamento definitivo da ação que a impede de tocar os contratos da Delta com as prefeituras.
Os funerais foram organizados nesta terça (5). Já na primeira reunião de 2013, os membros da moribunda CPI concluíram que não era o caso de esticar a pantomima. Chama-se Talles Barreto o deputado incumbido de produzir o relatório final da comissão. É filiado ao PTB, uma das legendas que apoiam o tucano Perillo.
Não se deve esperar muito do texto do relator Barreto. Ele informa que nem o personagem que dá nome à CPI deve ser importunado: “Quanto ao empresário Carlos Cachoeira, este já sofrerá as sanções na esfera federal”, disse o deputado, referindo-se ao contraventor condenado como negociante.
Mas afinal, de que matéria prima serão feiras as conclusões da CPI? Num idioma parecido com o português, Barreto informa: “Nosso relatório será proposto no sentido então de inibir que a contravenção continue ou volte a atuar no Estado.” Quem ouve fica com a impressão de que o deputado quis dizer o seguinte: não vamos molestar o contraventor, mas somos contra a contravenção.
Membro da CPI, o deputado estadual Tulio Isac, do PSDB, acha que a comissão de Goiás não pode ser comparada com a do Congresso. Por quê? A CPI de Brasília, diz o tucano, existia apenas para perseguir políticos de oposição ao Planalto. Escorado na liminar que bloqueou o acesso aos negócios da Delta com prefeituras, o partidário de Perillo lamenta que a CPI de Goiás não tenha produzido senão “perguntas sem resposta.”
Vice-presidente da CPI que se encaminha para a cova, Mauro Rubem, do PT, afirma que a investigação chegou a uma encruzilhada que conduz a CPI estadual ao mesmo desfecho “trágico” da CPI federal. Para ele, a liminar que serve de pretexto para as exéquias limita, mas não impede o trabalho.
Na contramão do PT federal, que apressou o término da CPI de Brasília, o petista Mauro acha que, em Goiás, há muito mais a ser investigado além de negócios de prefeituras. O diabo é que, em Goiás, o PT é minoria.
Ouvidas as observações, o presidente da CPI goiana, deputado Helio Sousa, do DEM, interrompeu a sessão. Durante o interval, negociou um acordo. Reabertos os trabalhos, anunciou o fim da CPI que quase ninguém sabia que existia. Por unanimidade, aprovou-se o calendário: funeral no dia 26 de fevereiro. Enterro em 5 de março. Sugestão de epitáfio: “Não contem mais comigo”.

Manchetes desta quarta feira

O Estado(CE) - AL adia cassação de Carlomano
- Globo: O tombo da gigante: Petrobras vê 2013 pior e ações despencam 8%
- Folha: Dilma muda regra para salvar pacote de infraesterutura
- Estadão: Ações da Petrobras desabam e Graça vê 2013 mais difícil
- Correio: Petrobras quer gasolina mais cara. Mantega, não
- Valor: Crédito e desoneração vão combater alta de alimentos
- Estado de Minas: Aprovação na UFMG foi mais difícil pelas cotas
- Zero Hora: Argentina repete erro do passado e congela preços

Coluna do blog



Antes de seja tarde
Cê pode até nem saber, mas Cid Gomes é um moço que politicamente é um danado, como dizia antigamente a turma do Gutinho.  Danação, nos antigamente, era sinônimo de inteligência, sabedoria e uma certa dose de esperteza, no melhor sentido da palavra. Cid vai ao meio fio e dispara: sobre a minha sucessão só no ano que vem, que será o ano da eleição.Claro que Cid não quer neguim fazendo insunuações pela aí, principalmente dentro do PSB além do grupo de partidos que segue o líder. Pois bem; alinhado a esse pensamento, o irmão mais novo, o intelectual da família, diploma em Harvard, Ivo Gomes, pai da moderna educação cearense, teria pregado aviso: “Terá mais chance quem congregar mais, quem unir mais”. Fica entendido que quem muito fala toma “abença” a cavalo. E que não adianta espichar a corda mais cedo porque esta sempre se parte do lado mais fraco. Ser forte, ou parecer ser forte, porém, fica claro que não é moeda definitiva. Sair pela aí dizendo que sou isso, fiz isso, sou aquilo e aquilo outro, não resolverá nada se quiser a simpatia do Governador, um senhor discreto, sem arroubos e belo jogador de xadrês. Todo mundo sabe, conhece e/ou ouviu falar de nomes que se insinuam de manhã, de tarde e de noite anunciando pessoalmente ou via áulicos suas candidaturas ao governo do Ceará depois de Cid Gomes. Outros, verberam suas intensões pela vaga que Inácio Arruda abrirá com o fim do seu mandato de senador, mas ninguém tem ficha pra entrar no jogo cacifado. Há, antes de todo mundo, dois nomes do coração de Cid para o seu lugar e um no coração do grupo para o lugar de Inácio. O mais é pura conversa fiada.

A frase: “Ainda tem muito ficha suja no poder”. Isso um dia vai acabar diz um observador da cena.


O tacho de "torreis" do bar do Demerval, em Sobral, no Brazil.

Piadinha
A zanga da Lôra virou piada em Sobral. Quando alguém passa no botequim Demerval pra comprar torresmo meio que fora de hora e alguém pergunta pronde vai, a resposta tá pronta:”Vou levando esses torreis prum amigo meu no Quintal”. O Quintal é Fortaleza que faz parte da Grande Sobral. Biéisso!Maldade! A foto é do Daniel Figueiredo.

Deu pela aí
Saiu nos jornais, inclusive neste, que a bancada federal cearense ficou muito feliz com a condução de Henrique Alves à presidência da Câmara do Deputados. Opinião é coisa que se deva respeitar, sempre. Daí que eles, os deputados, devem adorar o que os enviados de Alves para o DNOCS têm feito à frente do departamento de secas.

Torrou a paciência
Foi incomum a missa celebrada pelo vigário da Sé, Padre Clairton Alexandrino, na posse de Zezinho Albuquerque. O vigário deitou falação até na eucaristia. Parecia candidato disse um dos assistentes.

Bateu tristeza
-Nós estamos garimpando, começando tudo com as mãos abanando. Não há um guia, o roteiro de por onde fazer qualquer trabalho a não ser o de busca. Isso é do coração da Secretaria da Juventude da Prefeitura de Fortaleza onde o caos está instalado.

Mais perto do começo
Hoje, quarta feira, a dois dias do início do carnaval quem gosta de trabalhar fica feliz por estar mais perto de o ano brasileiro conversar. É claro que depois vem a Semana Santa, entretanto...é melhor que diabo de nada.

Gente de menos
Tem neguim que nem chegou ainda e já quer sentar na janela. Tem neguim se dando tanta importância que fica perigoso ouvir silêncio em troca de um bom dia. É a vida que ensina que não há mal que sempre dure nem há bem que nunca acabe.

Não duvidem
Agenor Neto, ex-prefeito de Iguatu que transformou a administração pública, poderá ser chamado a qualquer momento para, emnome do PMDB, assumir o DNOCS. Ele pode. Agenor é engenheiro e diretor geral do DNOCS só engenheiro.

Se for do bem...
Um em cada quatro brasileiros pretende viajar nos próximos seis meses, segundo pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo à FGV. O Nordeste aparece como destino preferido para quase metade (49,1%) daqueles que têm intenção de fazer turismo.

Mas...
O desejo de ir para o sudeste registra o maior crescimento em relação ao último levantamento feito em dezembro – 24,6%. Por sinal, o Ceará fica no Nordeste, não no Norte, como diz Ana Maria Braga que,admoestada reluta:-Não sou obrigada e saber história.

Resposta óbvia
A pergunta é do Ministério da Justiça: "Para você, as novas medidas que tornam mais severa a Lei Seca podem ajudar a diminuir o número de pessoas que consomem bebibdas alcoólicas antes de dirigir?" Que qui cê acha?

Foliões
Os FGs, incluindo aí o Governador Cid e o presidenciavel Ciro, além do boa praça Ivo, são do ramo do carnaval e poucos sabiam disso. Foram ao Bloco dos Sujos, uma tradição no canaval de Sobral, no sábado magro. Este ano puxado a Moraes Moreira.







Bom dia

"Não é a política que faz o candidato virar ladrão. É o seu voto que faz o ladrão virar político!..."

Reeleição no Comitê



A diretoria do Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa do Ceará foi reeleita esta manhã com a unanimidade dos votos dos pesentes. Este humilde blogueiro foi reconduzido à presidencia do organismo de jornalistas num pleito que foi presidido pela Deputada estadual Doutora Silvana, que representou além do parlamento, a chamada Casa das Nove Mulheres eis que o Comitê homenageou as 9 deputadas estaduais que hoje compõem a Assmebleia. Pela ordem das fotos, do alto abaixo, Adriano Muniz (Coordenador de Imprensa da Assembleia) Laerte Bezerra e Paulo Tadeu.Deputada Dra. Silvana e Macário Batista. Pauylo TAdeu, Rangel Cavalcante, Macário Batista e Nelson Faheina e Paulo Tadeu, Macário Batista e Adriano Muniz. Por fim, a roda de companheiros: Rangel, Tadeu,Edilmar Norões, Laerte Bezerra, Nelson Faheina e Catunda Pinho.
Fomos reeleitos: Macário Batista, Presidente - Newton Pedrosa, Primeiro Vice-Presiente, Catunda Pinho, segundo vice-presidente, Paulo Tadeu, Primeiro Secretário, Laerte Bezerra, Segundo Secretário, PEDRO gomes de Matos, Diretor de Sede e os Vogais, Nelson Faheina, Rangel Cavalcante e Vidal Santos. O pleito foi presidido e reconduzido jornalista Messias Pontes para a Presidencia do Conselhjo Superior.