SUS não paga e hospital fecha no carnaval


Hospital fecha por falta de pagamento

SARA OLIVEIRA
saraoliveira@oestadoce.com.br

Uma das principais unidades de urgência em traumatologia da Capital, o Pronto Socorro dos Acidentados, no bairro Dionísio Torres, não funcionará durante o Carnaval.  O motivo para que as portas estejam fechadas – apesar do aviso sobre reformas - é a falta de repasse financeiro do Sistema Único de Saúde (SUS), através da Prefeitura de Fortaleza, para cerca de 120 funcionários.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que alguns pagamentos já foram realizados, entretanto, não soube especificar quais serviços eram prestados pelo Hospital e os motivos para o atraso.
Na porta do equipamento, localizado na Avenida Desembargador Moreira, um papel dava conta de que o fechamento se deu por causa de reparos no centro cirúrgico e lavanderia, entre os dias 4 e 12 deste mês. A medida contraria ação judicial do Ministério Público Federal (MPF), que determinou 30 leitos do Hospital para retaguarda à demanda excedente do Instituto Dr. José Frota (IJF) e do Hospital Geral de Fortaleza (HGF). De acordo com informações do Portal da Transparência do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), no ano passado, a unidade recebeu R$ 2,672 milhões do SUS e, em 2011, o repasse foi de R$ 3,340 milhões.
“Os salários estão atrasados desde dezembro. Nós fizemos uma manifestação na quinta-feira (31 de janeiro) e, no dia seguinte, recebemos férias coletivas. Já fomos à Procuradoria Regional do Trabalho e aguardamos uma resposta”, contou o funcionário e diretor do Sindicato de Saúde do Ceará (Sindsaúde), Sebastião Carlos de Oliveira. Conforme ele, 80% dos atendimentos do Hospital, que é particular, são utilizados na área pública, através dos pagamentos do SUS. “Não sei como vai ficar, porque a unidade dá suporte direto ao IJF”, frisou.
APELO À PREFEITURA
Durante sessão plenária, ontem, na Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado Heitor Férrer (PDT), fez um apelo ao prefeito Roberto Cláudio para que o ele busque regularizar os pagamentos do SUS ao hospital que, segundo ele, realiza cerca de 400 cirurgias ortopédicas por mês.  “Sabemos o tamanho do prejuízo quando isso acontece. Não queremos aqui responsabilizar o atual prefeito, mas faço um apelo à sensibilidade do médico que ele é, para que tenha a atenção de reabrir o hospital. Queremos uma solução republicana, uma melhora para todos os hospitais”, afirmou o parlamentar.
Entre os profissionais que ainda não receberam salário, estão médicos, enfermeiras, técnicos de enfermagem e funcionários de serviços gerais.

O pagamento feito pelo SUS acontece de acordo com a produção, ou seja, com o número de pacientes atendidos. De acordo com informações da SMS, parte dos pagamentos já foi regularizada e o restante está em processo de negociação. Não foram especificados valores e serviços prestados.
SUPORTE DE EMERGÊNCIA
A problemática da superlotação em hospitais públicos de urgência e emergência de Fortaleza fez com que o MP/CE ingressasse com ação civil pública para que hospitais da rede complementar supram esta deficiência. Porém, quatro hospitais ainda não estão disponibilizando leitos de retaguarda: Pronto Socorro dos Acidentados, Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza, Hospital Fernandes Távora e Hospital Militar de Fortaleza.

No último dia 16 de janeiro, o Governo do Estado e a Prefeitura de Fortaleza se comprometeram a fornecer um plano de pactuação no qual estará melhor delineado o atendimento de urgência e emergência em suas respectivas unidades hospitalares, uma vez que já foram aprovados leitos complementares pelo Ministério da Saúde.
A equipe do jornal O Estado foi até o Pronto Socorro dos Acidentados e encontrou as portas trancadas. O vigilante afirmou que não poderia informar nada sobre o fechamento. A equipe tentou entrar em contato com o diretor do Hospital, Nilton Machado, mas não obteve êxito.

"Celular" só de plástico




Dragão do Mar abre Carnaval de Fortaleza nesta sexta-feira (08)

        O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (CDMAC) realiza nesta sexta-feira (08) a Abertura do Carnaval de Fortaleza, com o show “Não é Qualquer Carnaval”. O show é gratuito e terá início a partir das 20 horas, na Praça Verde. O evento é uma homenagem à tradição carnavalesca cearense, trazendo a nova geração de músicos da cena local para homenagear grandes compositores que cantaram o seu amor ao Carnaval e marcaram a história da música no Ceará. Luiz Assunção, Lauro Maia, Evaldo Gouveia, Fausto Nilo, Chico Anysio, Fagner, Falcão e Ednardo atingiram seu apogeu na Era do Rádio.

        Sucessos como “Batuquê de Praia”, “Saudades do Ceará” e “Adeus Praia de Iracema” serão cantados por revelações do cenário local. Sob direção musical de Pantico Rocha, os músicos e cantores Carlinhos Patriolino, Artur Menezes, Dona Zefinha, Luxo da Aldeia, Cristiano Pinho, Gabriela Nunes, entre outros, prometem garantir a animação dos presentes.

        Em virtude do grande sucesso, logo após o show “Não é Qualquer Carnaval”, o CDMAC promoverá mais uma apresentação do bloco Chão da Praça, que animou o pré-Carnaval das quintas-feiras de janeiro no Dragão do Mar, com a banda Os Transacionais e convidados.

        A organização informa que não será permitido o acesso ao local com recipientes de vidro.

Os remendos do carnaval

Sites do Palácio do Planalto saem do ar

Os sites do Palácio do Planalto irão ficar fora do ar a partir das 4h de sábado (9). Segundo a Presidência da República, eles só voltarão a funcionar na segunda-feira (11), às 9h. O órgão explica que a interrupção do serviço acontecerá para realizar a manutenção do sistema. “Devido a trabalhos de manutenção do Centro de Dados do SERPRO, em Brasília, responsável pela hospedagem dos principais portais da Presidência da República, o Portal Planalto ficará fora do ar do dia 09 (sábado), a partir das 4h, até o dia 11 (segunda-feira), às 9h”, informa a nota oficial.

Aniversariante

Paulo Henrique Lustosa.Hoje. Gente fina.

E no carnval de Brasilia...

Do jornal O Estado



Ivo Gomes anuncia novo calendário

O secretário de Educação de Fortaleza, Ivo Gomes, se reuniu, na sede do Ministério Público Estadual (MPE), com promotores, entidades civis e sindicatos ligados à Educação do Município, na tarde de ontem.
O intuito foi firmar um “Pacto pela Educação”, que consiste na reorganização da rede municipal de ensino de Fortaleza, além de uma lista de compromissos que orientarão o trabalho da Secretaria Municipal de Educação (SME) nos próximos anos.
A proposta é reduzir o calendário escolar de 2012 em dois meses. O encerramento ocorrerá no próximo dia 28 de fevereiro, enquanto o previsto era o dia 29 de abril. O ano letivo de 2013, portanto, iniciará no dia 15 de fevereiro. A partir de agora, os alunos do 1º e 2º ano do ensino fundamental terá uma hora/aula a mais por dia. Ou seja, passarão das atuais quatro horas para cinco horas de aula por dia.
Segundo o secretário, é uma medida excepcional e, portanto, não pode ser nunca uma medida de rotina. “Estamos fazendo isso devido um passivo de seis anos de calendário irregular”, afirmou, acrescentando que, desde 2007 até agora, acumula-se atrasos no início do ano letivo da rede municipal, o que, segundo ele, além de causar problemas de aproveitamento escolar devido o absenteísmo, ocasiona problemas familiares, pois impõe aos alunos a ida à escola, enquanto o resto da cidade encontra-se de férias.
Ivo, porém, fez questão de ressaltar que o acordo teve a participação do Ministério Público, dos Sindicatos, Conselhos de Educação, diretores de escola e pais, além de outras entidades civis.
“MAIS EDUCAÇÃO”
Outra novidade apresentada é que, em breve, será implantado o programa Mais Educação, do governo federal, que, no final do ano passado, foi suspenso por falta de prestação de conta. Conforme Ivo Gomes, isso garantirá mais três horas de atividade pedagógica. Agora, a SME irá iniciar um cadastramento das escolas e, posteriormente, encaminha a solicitação ao Ministério da Educação (MEC).

Sobre os impactos financeiros das medidas, Ivo Gomes afirmou que representará 30% a mais da folha dos professores de 1º e 2º ano. As demais horas implantadas serão custeadas pelos recursos do programa do governo federal. Mas, segundo ele, o foco inicial é a aprendizagem e, para isso, a Prefeitura usará todo recurso disponível no projeto.
A promotora Elizabeth Maria de Oliveira, do Ministério Público Estadual, informou que a realização do pacto repercute de forma positiva e, inclusive, oferece o cumprimento da Lei de Diretrizes e Base (LDB), que regulariza o cumprimento de 800 horas e 200 dias de aula para o ano letivo, e a Constituição Federal, tendo em vista que já superou o 90% do calendário escolar e o secretário municipal garantiu a efetivação dos 10% restante. Elizabeth Maria prevê uma perspectiva positiva para organização do ano letivo da Capital.
A secretária de Educação do Estado, Izolda Cela, também repercutiu as impressões positiva da proposta. Ela ressaltou que a orientação é que haja uma interação da rede municipal de cada município com o Estado. Segundo destacou, praticamente, 80% da rede estadual já possui o ano letivo regular.
Já a presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação, Gardênia Baima, afirmou que, embora a proposta tenha o aval do sindicato, as reivindicações da categoria, como o reajuste salarial seguindo a data base de janeiro, continuam mantidas. Ivo, porém, comprometeu-se a manter diálogo constante com as entidades sindicais. (Laura Raquel, da Redação).
Vereadores discutem caso
O replanejamento do ano letivo foi discutido na Câmara Municipal, ontem. O secretário municipal Ivo Gomes esteve na Casa Legislativa para, além de apresentar a proposta, solicitar apoio da Comissão de Educação. O assunto, porém, gerou divergências. Contrário à proposta, o vereador Guilherme Sampaio (PT) afirmou que, adotar o novo modelo, o governo municipal fere a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que prevê 800 horas/aula e 200 dias letivos. Segundo ressaltou, a proposta será uma “violência” aos alunos da rede municipal, tendo em vista antecipação do fim do ano letivo. Já o líder do governo na Casa, Evaldo Lima, frisou que, agora, o momento é de pactuar compromisso, dentre eles: a melhoria do sistema municipal de ensino. João Alfredo (PSOL), por sua vez, propôs a realização de uma audiência pública para tratar o assunto, inclusive foi votado um requerimento de sua autoria para discutir as mudanças na Educação da Capital.

Na gòndola subiu mais de 10%, mas o oficial diz que...


Fortaleza tem a maior inflação do Brasil: 1,24%
O índice refere-se à inflação de janeiro. No acumulado, a inflação na Capital cearense, nos últimos 12 meses, chegou a 8,46%

Em janeiro a inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), em Fortaleza, subiu 1,24%, acumulando, em 12 meses, a variação de 8,46%.
O resultado, embora seja menor em -0,12% do índice registrado em dezembro (1,36%), evidencia a Capital cearense como a maior alta do País – que teve a média de 0,92%, no período -, seguida de Belém e São Paulo, que tiveram alta de 1,17% e 1,02%, respectivamente. Os dados foram divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Considerando a abrangência geográfica da pesquisa – realizada nas Regiões Metropolitanas do Fortaleza, Belém, Recife, Belo Horizonte, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia -, o índice registrado em Fortaleza foi motivado, principalmente, pelo aumento das tarifas de ônibus urbano (6%) que refletiu parte do reajuste de 10%, em vigor desde 11 de janeiro, para R$ 2,20. Em dezembro o valor da tarifa do transporte coletivo, na Capital, estava a R$ 2,00.
O menor INPC foi o de Brasília (0,49%) em razão da queda de 1,42% nas passagens aéreas, além de outros itens como os ônibus interestaduais, cujas tarifas apresentaram queda de 3,06%. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2012 a 29 de janeiro de 2013 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2012 (base).
NACIONAL
Em janeiro, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no País, registrou 0,86% e ficou acima da taxa de 0,79% registrada em dezembro de 2012 em 0,07%. Esse é o maior IPCA mensal desde abril de 2005 (0,87%) e o maior dos meses de janeiro desde 2003 (2,25%). Nos últimos 12 meses, o índice foi para 6,15%, acima dos 5,84% relativos aos 12 meses anteriores.

A principal contribuição para a alta da inflação de janeiro veio dos alimentos, cujos preços continuaram subindo. A taxa atingiu 1,99%, superando o resultado de 1,03% de dezembro. O grupo alimentação e bebidas teve impacto de 0,48% no índice, e respondeu por 56% do IPCA. Em 12 meses, a variação do grupo alimentação e bebidas foi de 11,08%, seguido de educação (7,74%) e saúde e cuidados pessoais (6,40%).
Nesse índice, Fortaleza aparece com a segunda maior elevação, com 1,01%, atrás, apenas de Belém (1,06%). No mês, a maior variação foi em alimentação e bebidas, com 2,41%, seguido do setor de transportes (1,78%) e cuidados pessoais (1,52%). Em 12 meses a variação registrada nas duas capitais foram 7,70% e 8,79%, respectivamente.
PERSPECTIVAS
O supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Ceará (Dieese-CE), Reginaldo Aguiar, observa que “não há nada que determine que esteja acontecendo um descontrole inflacionário. Não existe nenhuma perspectiva ou fator que determine, ou que vamos ter grandes alterações nos preços relativos”. Ele explica que a inflação medida pelo INPC – usado pelos trabalhadores –, está demonstrando uma tendência ascendente desde maio para cá. “A partir de junho, temos um comportamento dos preços no varejo estão se elevando do que os preços no atacado, e a tendência é que continue”, destaca.

“Estamos observando um bom desempenho do Comércio, mas não da Indústria”, diz o supervisor do Dieese-CE. Segundo ele, parte dessa elevação de consumo, que faz subir os indicadores de inflação, não está sendo pela compra de produtos industriais, mas por um forte peso do setor Serviços. “Quando a alimentação sobe, temos observado que um dos itens que subiram mais foi a alimentação fora de casa. E a outra que subiu muito foi serviços pessoais e transportes”, acrescenta.
Aguiar acredita que o comportamento futuro vai depender dos agentes econômicos (trabalhadores, empresários e governo) ao longo do ano. “O governo tem sinalizado algumas medidas, como essa da tarifa de eletricidade, no sentido de minimizar esses efeitos, mas, em princípio, não vejo nenhum fator determinante de que a inflação vá a patamares muito mais altos”. Essa pressão, explica Reginaldo, se dá muito no final de ano: “em dezembro houve uma festa no Comércio e, por conta do aumento da renda, 13º etc., esses efeitos ainda perduram um pouco. A partir de agora, quando o ano começa, depois do Carnaval, veremos como a economia reage”, finalizou.