Promessa de Lula, a transposição do Rio São Francisco tornou-se grande vexame de Dilma
Chefe da Casa Civil de Lula, Dilma coordenava o PAC, que tinha na
transposição sua mais vistosa prioridade. Na campanha de 2010, a obra
foi à vitrine como um grande feito do presidente-operário e da
candidata-gestora. Decorridos dois anos de sua presidência, Dilma
manuseia contas que dão ao discurso de campanha a aparência de um
estelionato verbal. Pelos dados oficiais, menos da metade do
empreendimento (43%) está pronto.
Ministra, Dilma avalizara um orçamento de R$ 4,8 bilhões. Presidente, convive com previsões que jogam o custo das obras para R$ 8,4 bilhões. As empreiteiras reivindicam mais. Começam a pipocar as denúncias de corrupção. O cronograma agora prevê que a fita será cortada por uma Dilma reeleita ou, em caso de dilúvio eleitoral, pelo sucessor dela. Coisa para 2015. O TCU avisa que, se não melhorar a gestão, o atraso pode ser maior.
Na próxima terça-feira (19), uma comissão especial constituída no Senado para esquadrinhar a encrenca ouvirá as explicações de representantes de 12 empreiteiras que atuam na transposição. Em outubro de 2010, quando Dilma foi eleita, o governo trombeteava a presença de 9 mil operários nos canteiros que fervilhavam à beira do São Francisco. Hoje, o Ministério da Integração Nacional, responsável pela obra, se esfalfa para chegar ao meio do ano com pelo menos 6 mil trabalhadores na ex-prioridade do PAC.
Chama-se Fernando Bezerra o ministro da Integração. Por ironia, é afilhado político do governador pernambucano Eduardo Campos. Candidatando-se à Presidência em 2014, o mandachuva do PSB talvez se anime a dividir com Dilma as explicações sobre o malogro do projeto que deveria ter livrado o sertanejo do flagelo da seca no ano da graça de 2012.
Ouvido pela comissão do Senado em dezembro passado, o apadrinhado de Campos empilhou os entraves que encareceram e atrasaram as obras: falhas no projeto básico, abandono de canteiros por algumas empresas, fragmentação dos contratos entre cerca de 90 construtoras, inexistência de titularidade de terras e burocracia nas desapropriações. Citou até a conversão da Delta de construtora em caso de polícia como um dos empecilhos.
Crivado de críticas por alguns senadores, Fernando Bezerra discorreu sobre o impressionante sem fazer a concessão de um ponto de interrogação: “Não faltou planejamento nem gestão”, disse o ministro. Como assim? “É porque é complicado, mesmo com projetistas do mais alto quilate técnico.”
Ministra, Dilma avalizara um orçamento de R$ 4,8 bilhões. Presidente, convive com previsões que jogam o custo das obras para R$ 8,4 bilhões. As empreiteiras reivindicam mais. Começam a pipocar as denúncias de corrupção. O cronograma agora prevê que a fita será cortada por uma Dilma reeleita ou, em caso de dilúvio eleitoral, pelo sucessor dela. Coisa para 2015. O TCU avisa que, se não melhorar a gestão, o atraso pode ser maior.
Na próxima terça-feira (19), uma comissão especial constituída no Senado para esquadrinhar a encrenca ouvirá as explicações de representantes de 12 empreiteiras que atuam na transposição. Em outubro de 2010, quando Dilma foi eleita, o governo trombeteava a presença de 9 mil operários nos canteiros que fervilhavam à beira do São Francisco. Hoje, o Ministério da Integração Nacional, responsável pela obra, se esfalfa para chegar ao meio do ano com pelo menos 6 mil trabalhadores na ex-prioridade do PAC.
Chama-se Fernando Bezerra o ministro da Integração. Por ironia, é afilhado político do governador pernambucano Eduardo Campos. Candidatando-se à Presidência em 2014, o mandachuva do PSB talvez se anime a dividir com Dilma as explicações sobre o malogro do projeto que deveria ter livrado o sertanejo do flagelo da seca no ano da graça de 2012.
Ouvido pela comissão do Senado em dezembro passado, o apadrinhado de Campos empilhou os entraves que encareceram e atrasaram as obras: falhas no projeto básico, abandono de canteiros por algumas empresas, fragmentação dos contratos entre cerca de 90 construtoras, inexistência de titularidade de terras e burocracia nas desapropriações. Citou até a conversão da Delta de construtora em caso de polícia como um dos empecilhos.
Crivado de críticas por alguns senadores, Fernando Bezerra discorreu sobre o impressionante sem fazer a concessão de um ponto de interrogação: “Não faltou planejamento nem gestão”, disse o ministro. Como assim? “É porque é complicado, mesmo com projetistas do mais alto quilate técnico.”