Dilma não escapa de aliança com Renan e Henrique Alves, diz Ciro
NELSON BARROS NETO
DE SALVADOR
Dois dias após abrir crise em seu partido ao criticar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB),
possível candidato à Presidência da República em 2014, o ex-ministro
Ciro Gomes atacou a aliança da presidente Dilma Rousseff (PT) com o PMDB
do vice-presidente Michel Temer.
DE SALVADOR
Segundo ele, será muito difícil a presidente escapar de uma coalizão fundamentada no apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do presidente da Câmara, Henrique Alves, ambos do PMDB.
"Se escapar [dessas alianças], eu quero o santo dela para trocar o da minha devoção. Eu não acredito que escape", disse nesta terça-feira (26), antes de evento com empresários baianos, em Salvador, onde palestrou.
Divulgação |
Ciro Gomes em evento para empresários na Bahia |
Para Ciro, o PSB participa apenas "das migalhas do banquete fisiológico da coalizão PT-PMDB", sem ter "a menor influência" no governo federal.
Além de voltar a dizer que Eduardo Campos --presidente de seu partido-- não tem proposta para o país, ele avaliou as pretensões de Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB) para 2014. Ainda que o trio tenha "todos os dotes e qualificações pessoais" para o cargo, isso não seria suficiente.
"A Marina pegou o lugar que era nosso [do PSB]. Só por essa negação, essa ética católica, essa posição evangélica, enfim. Tem uma turma aí que está desacreditada da política. Ela quer explorar isso, né", disse Ciro.
Já a estratégia de Aécio, segundo acrescentou, será aproveitar "a estrutura orgânica do conservadorismo brasileiro".