PREFEITURA DE FORTALEZA QUER ATRAIR TURISTAS PARA BECO DA POEIRA



O local abriga cerca de 2.100 boxes e está recebendo investimento da Prefeitura de Fortaleza de R$ 1,3 milhão.
 A Prefeitura de Fortaleza quer incluir o Centro de Pequenos Negócios, conhecido como Beco da Poeira, localizado no Centro da cidade, no roteiro turístico de Fortaleza. O objetivo é atrair turistas para o equipamento, aumentando o fluxo de vendas e a movimentação de pessoas no local.

As articulações entre a administração da Capital e os permissionários já estão sendo feitas. Na última sexta-feira (19.06), o secretário de Turismo de Fortaleza, Elpídio Nogueira, e o secretário da Regional do Centro, Ricardo Sales, visitaram o Centro de Pequenos Negócios e conversaram com os permissionários sobre as principais demandas do equipamento.
Para os permissionários, essa inclusão do equipamento no roteiro de compras do trade turístico vem em uma boa hora. “A ideia está aprovadíssima. Quanto mais pessoas passando por aqui, mais vendas teremos”, comemorou Avanir Dantas, permissionária há 25 anos.
E acordo com o secretário Elpídio Nogueira, a “intenção da Prefeitura é transformar o Beco da Poeira em uma parada obrigatória para os turistas, assim como o Mercado Central que já se consolidou nos roteiros do trade. São centenas de famílias que tiram seu sustento daqui e a iniciativa do prefeito Roberto Cláudio está sendo aprovada pelos comerciantes”, enfatizou
O local abriga cerca de 2.100 boxes e está recebendo investimento da Prefeitura de Fortaleza de R$ 1,3 milhão. As obras já deverão ser retomadas e concluídas ainda neste segundo semestre. Com a reforma, os visitantes e permissionários terão acessibilidade garantida, além de uma área para cursos de capacitação dos permissionários.

Opinião

Paes de Andrade

Wilson Ibiapina

Nessa terça feira, 23, véspera do dia de São João, foi a missa de sétimo dia para Paes de Andrade. Na igreja, enquanto o padre rezava, recordava como Paes de Andrade  se comportava exemplarmente num meio de traições, desonestidade, falta de ética e de moral. 

Não lhe faltou coragem para enfrentar a ditadura militar nem os adversários políticos. Um dia, no Ceará, ao chegar a um recinto na companhia do jornalista Hermenegildo Sá Cavalcante, sentiu-se cercado de inimigos políticos com seus capangas. Puxou duas pistolas e entregou uma a Hermenegildo a quem pediu cobertura. O jornalista soltou a arma no chão e gritou: - Paes, quero ser testemunha!
Gostava de se gabar da pontaria que nunca precisou usar ao longo de sua carreira política. Acertou muita gente com palavras, a arma que usou toda vida para defender suas teses, o estado de direito, a democracia.

Era um intelectual. Quando chegou a Lisboa como o segundo cearense a ocupar a embaixada brasileira (o primeiro foi Dario Castro Alves), Paes já conhecia de cor e salteado a obra de Eça de Queiroz, recitava Fernando Pessoa. Publicou dezenas de livros, entre eles, a reestruturação agrária do Nordeste (1968), Afirmação democrática do Nordeste (1971), O itinerário da violência (1976), O poder absoluto (1977), A violência da reforma e a denúncia de Caracas (1979), Francisco Pinto, as imunidades parlamentares e a Lei de Segurança Nacional (1980), As secas (1980), O poder ou o subpoder (1980), A greve no ABC e os bispos do Brasil (1980), A universidade e o professor (1980), CNBB e reflexão cristã, O Poder Legislativo e o golpe militar na Bolívia (1980), A inviolabilidade absoluta, Dom Hélder e o seu cinquentenário de ordenação (1981), Comemoração do CLX aniversário da Confederação do Equador, 1824-1984 (1984), Proposta de ação econômica e social (1985), A Interparlamentar e os direitos humanos (1987), O Brasil e a União Interparlamentar (1988), Perfis parlamentares: Martins Rodrigues (1989), e Presença na Constituinte.
A História Constitucional do Brasil, que escreveu com Paulo Bonavides, teve três edições e chegou a ser lançada no Instituto Mário Soares, em Lisboa.

Dramático. Quando recebia qualquer tipo de pressão gostava de exclamar, com as mãos levantadas: “querem me matar!”
Certa feita, depois de uma eleição, Paes foi pagar com um imóvel o dinheiro que pedira emprestado para a campanha. O ganancioso empresário, queria mais: “só tem isso, Paes?   - Não, tenho meu figado, o meu coração...

Honradez foi sua marca. A única coisa que conseguiram dizer dele foi que levou um grupo de amigos à Mombaça, sua terra natal, em uma das doze vezes que assumiu a presidência da República. Era presidente da Câmara e substituía o presidente José Sarney. Uma viagem que todos os que passaram pelo Planalto fizeram para homenagear suas origens. Foi um amigo dos amigos, correto e leal. Deixa a viúva Zildinha, quatro filhas, netos e bisneta. Um cearense pra ficar na história do estado e do país.

As quadrilhas estão nas quadras

Dançando quadrilha

Esta semana deve ser de tranquilidade na Câmara (e, por extensão, no Senado). O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio, liberou os parlamentares do Nordeste do registro de presença em dois dias desta semana, terça e quarta, para que possam comemorar São João condignamente em seus Estados. Traduzindo, não haverá parlamentares do Nordeste no Congresso em nenhum dia da semana. E a probabilidade de haver sessões é baixíssima.

Não são todos iguais perante a lei? Então, todos igualmente gazeteiam.

Postura no ninho alheio

O caminho das urnas

O PMDB deve decidir em setembro, em congresso nacional, se lança ou não candidatura própria à Presidência da República. O PMDB não concorre à Presidência com nenhum nome do partido desde 1994, quando lançou Orestes Quércia e chegou em quarto lugar, com 4,38% dos votos (Fernando Henrique venceu no primeiro turno. Lula chegou em segundo, Enéas em terceiro).

De lá para cá, o PMDB preferiu não perder mais: adere ao candidato vitorioso e governa com

Secretário explica, mas deputados preferem criticar


Em visita à Assembleia, secretário é alvo de críticas sobre o ISGH
A Organização Social (OS) que administra hospitais públicos do Estado e Município, o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), foi bastante questionada, ontem, durante a visita do secretário interino da Saúde, Henrique Javi, à Assembleia Legislativa. O secretário apresentou aos parlamentares as principais ações e desafios da pasta nos últimos meses, mas teve que responder aos deputados informações referentes ao subfinanciamento da saúde; a gerência e participação do ISGH no Estado; a expectativa de criação de mais leitos; a falta de manutenção de hospitais de referência; e transparências nos gastos.
Antes de ser questionado pelos deputados, Javi explanou que o Estado está na 22ª posição no recebimento de recursos do Ministério da Saúde, onde frisou que dificulta a criação de novos leitos e penaliza os atendimentos. “São repassados cerca de R$ 350 milhões por ano para atendimento na média e alta complexidade, o que equivale a R$ 40 por habitante/ano”, disse destacando ainda que o Estado, conta atualmente com  2.027 leitos, distribuídos nos dez grandes hospitais da rede pública.
Segundo o secretário, desde que assumiu o Governo, Camilo Santana tem feito esforços junto ao Governo Federal, para que mais recursos sejam injetados no Estado. “Os 27 secretários de saúde do País, conclamam o mesmo questionamento”, afirmou Javi, salientando que o financiamento advindo do governo federal está descompassado.

“Conforto”
Ao responder às críticas do deputado Danniel Oliveira (PMDB), onde questionou se o secretário se sentia confortável do ISGH ser responsável por 30% de todos os recursos da Saúde, com direito a dispensa licitatória, Javi respondeu que todo cabedal de acompanhamento é feito pelos tribunais de contas e Controladoria Geral do Estado. “É um conforto absoluto quanto essa condição. Não há nada que possa me deixar desconfortável, quanto ao modelo de gestão hospitalar adotado pelo Estado”, disse.
Licitação
Com relação à dispensa de licitação, o secretário-adjunto salientou que está dentro da legalidade. “Qualquer das instituições que estejam qualificadas, e no Ceará tem sete, elas todas são contratadas com dispensa licitatória, porque isso é requisito da lei que outorga essa situação”, disse.

Organizações
Já ao responder aos questionamentos do deputado Tomaz Holanda (PPS), o secretário-adjunto explicou que a natureza das Organizações Sociais tem sua natureza fincada na sociedade civil organizada. Javi esclareceu de que o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar não tem dono, mas é formado por uma assembleia de sócios, que são representantes das mais diversas áreas da sociedade. “Inclusive, é um quadro societário aberto, qualquer pessoa pode solicitar a fazer parte”, enfatizou.
Entre outros questionamentos, os parlamentares focaram as cobranças quanto à prestação de contas do ISGH, quem fiscaliza a verba, a falta de concursos públicos para a saúde e sobre o esclarecimento dos nomes das pessoas que ocupam cargo no ISGH.

Esposa
No plenário, Javi esclareceu que entre os nomes questionados pelo deputado Heitor Férrer (PDT), está o de Karla Porto, sua esposa, que é gerente administrativa do hospital Waldemar de Alcântara. Javi afirmou que sua esposa participou do processo seletivo no ano de 2002. Para o deputado Heitor Férrer (PDT), “a relação é muito estranha” e vai pedir uma investigação sobre  administração do ISGH e frisou a estrita relação entre marido e mulher nos quadros do ISHG, como se fosse uma empresa familiar.
“Nós temos problemas reais em diversas situações da saúde, contingente legionários de profissionais envolvidos. É muito complexo essa atenção. Isso nos entristece, assim como ao governador, e é claro  o empenho dele, nas idas e vindas de Brasília”, resumiu o secretário-adjunto da Saúde.

Capa do jornal O Estado(CE)


O dia hoje

Hoje é dia de São João. Pouca gente lembra que quadrilha era festa dançada, fogueira era pau queimando, barulho era bomba rasga lata e espanta coió era brincadeira de menino e estrelinha coisa pra menina comemorar.