Opinião


A Operação Lava-Jato, a defesa nacional, a contra-informação e a espionagem

É preciso combater a corrupção, mas sem arrebentar com a Nação e com alguns dos principais pilares que sustentam nossa estratégia de desenvolvimento.

Em suas críticas ao tamanho do Estado e na defesa da privatização a qualquer preço, os neoliberais tupiniquins se esforçam por defender a tese de que o poder de algumas das maiores nações do mundo “ocidental”, os EUA à frente, teria como único, principal esteio, o capitalismo, a livre iniciativa e o livre mercado, e defendem, sempre que podem, alegando a existência de “cabides de emprego”, e o grande número de ministérios, a diminuição do setor público no Brasil.

A informação, divulgada na semana passada, de que, com três milhões e duzentos mil funcionários, o Departamento de Defesa dos EUA é o maior empregador do mundo, tendo em sua folha de pagamento, sozinho, mais colaboradores que o governo brasileiro, com todos seus 39 ministérios, mostra como essa gente tem sido pateticamente enganada, e corrobora o fato de que a tese do enxugamento do estado, tão cantada em prosa e verso por certos meios de comunicação nacionais, não é mais, do ponto de vista da estratégia das nações, do que uma fantasia que beira a embromação.

Dificilmente vai se encontrar uma nação forte, hoje - como, aliás, quase sempre ocorreu na história - que não possua também um estado poderoso, decidida e vigorosamente presente em setores estratégicos, na economia, e na prestação de serviços à população.

Enquanto em nosso país, o número total de empregados da União, estados e municípios, somados, é de 1,5% da população, na Itália ele passa de 5%, na Alemanha, proporcionalmente, de 80% a mais do que no Brasil, nos EUA, de 47% a mais e na França, também um dos países mais desenvolvidos do mundo, de 24% da população ativa, o que equivale a dizer que praticamente um a cada quatro franceses trabalha para o Setor Público.

Esses dados derrubam também a tese, tão difundida na internet, de que no Brasil se recebe pouco em serviços, comparativamente aos impostos que se  pagam. Por aqui muitos gostariam de viver como na Europa e nos Estados Unidos, mas ninguém se pergunta quantos funcionários públicos como médicos, professores, advogados, técnicos, cientistas, possuem a mais do que o estado brasileiro, os governos dos países mais desenvolvidos do mundo, para prestar esse tipo de serviços à população.

E isso, sem ter que ouvir uma saraivada de críticas a cada vez que lança um concurso, e sem ter que enfrentar campanhas quase que permanentes de defesa da precarização do trabalho e da terceirização.

Aos três milhões e duzentos mil funcionários, cerca de 1% da população norte-americana, fichados apenas no Departamento de Defesa, é preciso agregar, no esforço de fortalecimento nacional dos Estados Unidos, centenas de universidades públicas e privadas, e grandes empresas, estas, sim, privadas, ou com pequena participação estatal, que executam os principais projetos estratégicos de um país que tem o dobro da relação dívida pública-PIB do Brasil e não parece estar, historicamente, preocupado com isso.

Companhias que, quando estão correndo risco de quebra, como ocorreu na crise de 2008, recebem dezenas de bilhões de dólares e novos contratos do governo, e que possuem legalmente, em sua folha de pagamento, “lobistas”, que defendem seus interesses junto à Casa Branca e ao Congresso, que, se estivessem no Brasil, já teriam sido, neste momento, provavelmente presos como “operadores”, por mera suspeição, mesmo sem a apresentação de provas concretas.

Da estratégia de fortalecimento nacional dos principais países do mundo, principalmente os ocidentais, faz parte a tática de enfraquecimento e desestruturação do Estado em países, que, como o Brasil, eles estão determinados a continuar mantendo total ou parcialmente sob seu controle.

Como mostra o tamanho do setor público na Alemanha, na França, nos Estados Unidos, por lá se sabe que, quanto mais poderoso for o Estado em um potencial concorrente, mais forte e preparado estará esse país para disputar um lugar ao sol com as nações mais importantes em um mundo cada vez mais complexo e competitivo.

Daí porque a profusão de organizações, fundações, “conferencistas”, “analistas” "comentaristas", direta e indiretamente pagos pelos EUA, muitos deles ligados a braços do próprio Departamento de Defesa, como a CIA, e a aliança entre esses “conferencistas”, “analistas”, “filósofos”, “especialistas”, principescos sociólogos - vide o livro “Quem pagou a conta? A CIA na Guerra Fria da Cultura”, da jornalista inglesa Frances Stonor Saunders - etc, com a imprensa conservadora de muitos países do mundo, e mais especialmente da América Latina, na monolítica e apaixonada defesa do “estado mínimo”, praticada como recurso para o discurso político, mas também por pilantras a serviço de interesses externos, e por ignorantes e inocentes úteis.

Em matéria de capa para a Revista Rolling Stone, no final da década de 1970, Carl Bernstein, o famoso repórter do Washington Post, responsável pela divulgação e cobertura do Caso Watergate, que derrubou o Presidente Richard Nixon, mostrou, apresentando os principais nomes, como centenas de jornalistas norte-americanos foram recrutados pela CIA, durante anos, a fim de agir no exterior como espiões, na coleta de informações, ou para produzir e publicar matérias de interesse do governo dos Estados Unidos.

Muitos deles estavam ligados a grandes companhias, jornais e agências internacionais, como a Time Life, a CBS, a NBC, a UPI, a Reuters, a Associated Press, a Hearst Newspapers, e a publicações como o New York Times, a Newsweek e o Miami Herald, marcas que em muitos casos estão presentes diretamente no Brasil, por meio de tv a cabo, ou têm seu conteúdo amplamente reproduzido, quando não incensado e reverenciado, por alguns dos maiores grupos de comunicação nacionais.

Assim como a CIA influenciou e continua influenciando a imprensa norte-americana dentro e fora do território dos Estados Unidos, ela, como outras organizações oficiais e paraoficiais norte-americanas, também treina, orienta e subsidia centenas de veículos, universidades, estudantes, repórteres, em todo o mundo, em um programa que vem desde antes da Guerra Fria, e que nunca foi oficialmente interrompido.

O próprio Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, USAID, o Fundo Nacional para a Democracia, NED, o Conselho Superior de Radiodifusão, BBG, e o Instituto dos EUA para a Paz, USIP, bancam atividades de “desenvolvimento de meios” em mais de 70 países, em programas que mantêm centenas de fundações, ONGs estrangeiras, jornalistas, meios de informação, institutos de “melhoramento” profissional, e escolas de jornalismo, com um investimento anual que pode chegar a bilhões de dólares.

Além deles, são usados, pelo Departamento de Estado, o Bureau de Assuntos Educacionais e Culturais, (Bureau of Educational and Cultural Affairs, BECA), o Bureau de Inteligência e Investigação, (Bureau of Intelligence and Research, INR) e o Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho (Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor, DRL), que apenas no ano de 2006 organizou, na Bolívia, por exemplo, 15 diferentes “oficinas” sobre “liberdade de imprensa e expressão”, além do Escritório de Diplomacia e Assuntos Públicos (Office of Public Diplomacy and Public Affaires, OPDPA).

“O que nós estamos ensinando - explica Paul Koscak, porta-voz da USAID - é a mecânica do jornalismo, na imprensa escrita, no rádio ou na televisão. Como fazer uma história, como escrever de forma equilibrada … tudo o que se espera de um verdadeiro profissional de imprensa.”

Isabel MacDonald, diretora de comunicação da Fairness And Accuracy in Reporting (FAIR) - Imparcialidade e Transparência na Informação - um observatório de meios de comunicação de Nova Iorque sem fins lucrativos, não tem, no entanto, a mesma opinião.

Para ela, “esse tipo de operação do governo norte-americano, a despeito de sua alegada defesa das normas da objetividade, trabalha, na verdade, contra a democracia, apoiando a dissensão sufocante, e divulgando informações deliberadamente falsas que são úteis para os objetivos da política exterior dos Estados Unidos.’

Um exemplo clásssico desse tipo de resultado, quanto aos objetivos norte-americanos, foi o envolvimento de Washington, denunciado pela comissão legislativa Church-Pike, no Congresso dos EUA, com o financiamento a jornais de oposição na América Latina, como o grupo “El Mercúrio” do Chile, por exemplo, na conspiração que levou ao golpe militar contra o presidente eleito de orientação nacionalista Salvador Allende, em 1973.

Em abril de 2015, a Associação dos Jornalistas Chilenos decidiu expulsar de seus quadros o dono do Grupo El Mercúrio, Agustín Edwards Eastman, de 87 anos, por violação do código de ética, depois que documentos oficiais revelados nos Estados Unidos mostraram, em 2014, que ele havia recebido dinheiro da CIA para publicar informações falsas contra o governo chileno.

A diferença entre os Estados Unidos, que se dizem “liberais” e “privatistas”, e na verdade não o são, e o Brasil, que cede a todo tipo de pressão, na tentativa de provar, todos os dias, que não é comunista nem estatizante, é que, mesmo quando envolvidas com corrupção - considerada uma espécie de “dano colateral” que deve ser “contornado” e “absorvido”, no contexto do objetivo maior, de permanente fortalecimento do complexo-industrial militar dos EUA - a existência das principais empresas de defesa norte-americanas nunca é colocada em risco.

Apenas como exemplo, a Lockheed Martin, uma das principais companhias de aviação e de defesa dos EUA, pagou, como lembrou André Motta Araújo no Jornal GGN outro dia, entre as décadas de 1950 e 1970, mais de 300 milhões de dólares, ou 3.7 bilhões de dólares em dinheiro de hoje, de propina para autoridades estrangeiras, entre elas - para quem acha que isso só acontece em paises “sub-desenvolvidos” - o então Ministro da Defesa da Alemanha Ocidental, Franz Joseph Strauss, os ministros Luigi Gul, e Maria Tanassi, o Primeiro-Ministro Mariano Rumor e o Presidente da República Italiana, Giovanni Leone, o general Minoru Genda e o Primeiro-Ministro japonês Kakuei Tanaka, e até o príncipe Bernhard, marido da Rainha Juliana, da Holanda.

E alguém acha que a Lockheed foi destruída por isso ? Como também informa Motta Araújo, seus principais dirigentes renunciaram alguns anos depois, e o governo norte-americano, no lugar de multar a empresa, lhe fez generoso empréstimo para que ela fizesse frente, em melhores condições, aos eventuais efeitos do escândalo sobre os seus negócios.

A Lockheed, conclui André Motta Araújo em seu texto, vale hoje 68 bilhões de dólares, e continua trabalhando normalmente, atendendo a enormes contratos, com o poderoso setor de defesa norte-americano.

Enquanto isso, no Brasil, os dirigentes de nossas principais empresas nacionais de defesa, constituídas, nesses termos, segundo a Estratégia Nacional de Defesa, em 2006, para, com sede no Brasil e capital votante majoritariamente nacional, fazer frente à crescente, quase total desnacionalização da indústria bélica, e gerir alguns dos mais importantes programas militares da história nacional, que incluem novos mísseis ar-ar, satélites e submarinos, entre eles nosso primeiro submersível atômico, encontram-se, quase todos, na cadeia.

O Grupo Odebrecht, o Grupo Andrade Gutierrez, o OAS e o Queiroz Galvão têm, todos, relevante participação na indústria bélica e são os mais importantes agentes empresariais brasileiros da Estratégia Nacional de Defesa. Essas empresas entraram para o setor há alguns anos, não por ter algum privilégio no governo, mas simplesmente porque se encontravam, assim como a Mendes Júnior, entre os maiores grupos de engenharia do Brasil, ao qual têm prestado relevantes serviços, desde a época do regime militar e até mesmo antes, não apenas para a União, mas também para estados e municípios, muitos deles governados pela oposição, a quem também doaram e doam recursos para campanhas políticas de partidos e candidatos.

Responsáveis por dezenas de milhares de empregos no Brasil e no exterior, muitos desses grupos já estão enfrentando, depois do início da Operação Lava-Jato, gravíssimos problemas de mercado, tendo tido, para gaúdio de seus concorrentes externos, suas notas rebaixadas por agências internacionais de crédito.

Projetos gigantescos, tocados por essas empresas no exterior, sem financiamento do BNDES, mas com financiamento de bancos internacionais que sempre confiaram nelas, como o gasoduto do Perú, por exemplo, de quase 5 bilhões de dólares, ou a linha 2 do metrô do Panamá, que poderiam gerar centenas de milhões de dólares em exportação de produtos e serviços pelo Brasil, correm risco de ser suspensos, sem falar nas numerosas obras que estão sendo tocadas dentro do país.

Prisões provocadas, em alguns casos, por declarações de bandidos, que podem ser tão mentirosas quanto interesseiras ou manipuladas, que por sua vez, são usadas para justificar o uso do Domínio do Fato - cuja utilização como é feita no Brasil já foi criticada jurídica e moralmente pelo seu criador, o jurista alemão Claus Roxin - às quais se somam a mera multiplicação aritmética de supostos desvios, pelo número de contratos, sem nenhuma investigação, caso a caso, que os comprove, inequivocamente, e por suposições subjetivas, pseudo-premonitórias, a propósito da possível participação dessas empresas em um pacote de concessão de projetos de infra-estrutura que ainda está sendo planejado e não começou, de fato, sequer a ser oficialmente oficialmente estruturado.

O caso Lockheed, o caso Siemens, e mais recentemente, o do HSBC, em que o governo suiço multou esse banco com uma quantia mínima frente à proporção do escândalo que o envolve, nos mostram que a aplicação da justiça, lá fora, não se faz a ferro e fogo, e que ela exige bom senso para não errar na dose, matando o paciente junto com a doença.

Mais uma vez, é necessário lembrar, é preciso combater a corrupção, mas sem arrebentar com a Nação, e com alguns dos principais pilares que sustentam nossa estratégia de desenvolvimento nacional e de projeção nos mercados internacionais.

No futuro, quando se observar a história do Brasil deste período, ao tremendo prejuízo econômico gerado por determinados aspectos da Operação Lava-Jato,  muitíssimo maior que o dinheiro efetivamente, comprovadamente, desviado da Petrobras até agora, terá de ser somado incalculável prejuízo estratégico para a defesa do país e para a nossa indústria bélica, que, assim como a indústria naval, se encontrava a duras penas em processo de soerguimento, depois de décadas de estagnação e descalabro.

No Exército, na Marinha, na Força Aérea, muitos oficiais - principalmente aqueles ligados a projetos que estão em andamento, na área de blindados, fuzis de assalto, aviação, radares, navios, satélites, caças, mísseis, submarinos, com bilhões de reais investidos - já se perguntam o que irá acontecer com a Estratégia Nacional de Defesa, caso as empresas que representam o Brasil nas joint-ventures empresariais e tecnológicas existentes vierem a quebrar ou a deixar de existir.

Vamos fazer uma estatal para a fabricação de armamento, que herde suas participações, hipótese que certamente seria destroçada por violenta campanha antinacional, levada a cabo pelos privatistas e entreguistas de sempre, com o apoio da imprensa estrangeira e de seus simpatizantes locais, com a desculpa de que não se pode “inchar”” ainda mais um estado que na verdade está sub-dimensionado para as necessidades e os desafios brasileiros?

Ou vamos simplesmente entregar essas empresas, de mão beijada, aos sócios estrangeiros, com a justificativa de que os projetos não podem ser interrompidos, perdendo o controle e o direito de decidir sobre nossos programas de defesa, em mais um capítulo de vergonhoso recuo e criminosa capitulação?

Com a palavra, o STF, o Ministério da Defesa, e a consciência da Nação, incluindo a dos patriotas que militam, discreta e judiciosamente, de forma serena, honrosa e equilibrada, no Judiciário e no Ministério Público.

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Acabou o pão, acabaram o circo...quando chegarão os brioches?

Prefeitura de Forquilha suspende festejos juninos por recomendação do MPCE

A Prefeitura de Forquilha decretou a suspensão do XV Festival de Quadrilhas do Município, após recomendação feita pelo Ministério Público do Estado do Ceará, por intermédio da promotora de Justiça Lígia de Paula Oliveira. O evento estava previsto para os próximos dias 2, 3 e 4, com orçamento de cerca de R$ 224 mil. O Município se encontra em estado de emergência e com problemas de abastecimento de água.

A recomendação foi feita ao prefeito, Gerlásio Martins de Loiola, durante reunião ocorrida no último dia 24, na presença da promotora e também do procurador-geral do Município, José Clerton Costa. Cabe ressaltar que Forquilha figura na lista dos municípios incluídos no Decreto Estadual nº 31.725/2015, de 22 de maio, que oficializou a situação de emergência de várias cidades. Por conta disso, o MPCE buscou um diálogo extrajudicial, visando ao cancelamento do evento através da recomendação. No decreto municipal publicado pelo prefeito, ele informou que os recursos que estavam previstos para o Festival deverão ser investidos no combate à seca.

Pacoti agora em prefeito


TRE defere o registro de prefeito eleito de Pacoti
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, em sessão presidida pela desembargadora Nailde Pinheiro Nogueira, nesta terça-feira, 30/6, deferiu o registro de candidatura de Edson Leite Araújo, da Coligação PRB/PTB/PMDB/PTN/PHS/PMN/PSB/PV/PSD, eleito ao cargo de prefeito de Pacoti, com mais de 50% dos votos, nas eleições de 2012.
Com a decisão do TRE, Edson Leite Araújo e Paulo Sérgio Maia Sousa serão diplomados e poderão assumir os cargos de prefeito e vice-prefeito, respectivamente, após publicação do Acórdão no Recurso Eleitoral nº 20.161, cujo relator foi o juiz Ricardo Cunha Porto. Da decisão, ainda cabe recurso.
O registro de candidatura havia sido indeferido pela Justiça Eleitoral por conta da rejeição pela Câmara Municipal de Pacoti das contas de governo de Edson Leite, em 2003, quando prefeito do município. A decisão foi posteriormente anulada pela Justiça Comum. Após vários recursos e tramitação no TSE, o processo retornou ao TRE, que pôde julgá-lo novamente.
Desde 2013, o cargo de chefe do Executivo tem sido ocupado por vários vereadores que presidiram a Câmara Municipal de Pacoti.

Ainda não mudaram o nome da Praça 31 de Março.

Prefeitura garante esquema de segurança na Praça 31 de março na Praia do Futuro

O Secretário de Turismo de Fortaleza, Elpídio Nogueira reuniu-se na manhã desta segunda-feira (29/06) com representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Secretaria do Esporte e Lazer do Município, para discutir o esquema de segurança da Praça 31 de março, na Praia do Futuro, que será entregue no próximo mês.

O equipamento está sendo arborizado e equipado com quadras poliesportivas pavimentadas, um campo de futebol de areia, ciclovia, pista de cooper contornando toda a praça, área de lazer para crianças e espaço para a realização de atividades voltadas para a terceira idade.

O espaço contará com postos da Secretaria do Esporte e Lazer do Município, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. O objetivo da Prefeitura de Fortaleza é que esses postos sejam pontos de apoio para distribuição dos respectivos efetivos em toda a orla da Praia do Futuro. O local contará ainda com uma ambulância para atender a demanda de banhistas nos oito quilômetros da praia.

O local também estará preparado para receber eventos. A intenção da Secretaria do Esporte e Lazer de Fortaleza é desenvolver projetos esportivos na praça.
Ainda na praça, serão disponibilizados espaços com quiosques de alimentação e artesanato. Uma Casa do Turista também vai funcionar na praça para auxiliar na orientação e informação ao turista.
O equipamento recebeu o investimento de R$ 5,4 milhões, oriundos do Ministério do Turismo, através do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) nacional. A revitalização do lugar integra o projeto de requalificação da Praia do Futuro.
A Praia do Futuro foi recentemente requalificada pela Prefeitura de Fortaleza. Com o investimento de R$ 103 milhões, o local recebeu obras de drenagem, pavimentação rígida (durabilidade de 30 anos), calçadas padronizadas, iluminação embutida e ciclovia, além da duplicação da Zezé Diogo, em 1,7 quilômetros.
Um novo projeto está sendo desenvolvido ainda para a Praia do Futuro. A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria de Turismo busca junto à CAF garantir e captar recursos para mobiliar o local, com a implantação de chuveiros, bancos, paisagismo e ainda pavimentação às vias de acesso e bolsões de estacionamento.

TRE-CE inicia o recadastramento biométrico obrigatório em Ubajara


O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará iniciou, nesta terça-feira, 30/6, os trabalhos de recadastramento biométrico obrigatório dos eleitores do município Ubajara.
Na presença do presidente do TRE-CE, desembargador Abelardo Benevides Moraes, foi realizada a cerimônia que marcou o início dos trabalhos no cartório eleitoral de Ubajara.
Além do presidente do TRE, estiveram presentes, na solenidade, o prefeito de Ubajara, José Romano do Nascimento, o presidente da Câmara Municipal, vereador Emílio de Oliveira, a juíza da 56ª ZE (Ubajara), Candice Arruda Vasconcelos, a promotora da 56ª ZE, Ana Beatriz Pereira de Oliveira Lima, o juiz da 81ª ZE (Tianguá), Luiz Augusto de Vasconcelos, e o juiz da 73ª ZE (Ibiapina), Alisson do Valle Simão.
Para o desembargador Abelardo Benevides Moraes, "o recadastramento biométrico de eleitores dará mais segurança e agilidade ao pleito, contribuindo para o aperfeiçoamento da democracia".
Na quarta-feira, 1/7, às 10 horas, será a vez dos eleitores de Ibiapina começarem a ser convocados para comparecer ao cartório eleitoral para fazer o recadastramento biométrico, também numa solenidade presidida pelo desembargador Abelardo Benevides Moraes.
Já na sexta-feira, o TRE iniciará o recadastramento biométrico obrigatório no município de Limoeiro do Norte, numa cerimônia que contará com a presença da vice-presidente e corregedora regional eleitoral, desembargadora Nailde Pinheiro Nogueira.
No próximo dia 16 de julho o município de Camocim (16/7) também começará o recadastramento obrigatório. Além desses, mais 86 municípios iniciarão, no segundo semestre deste ano, a identificação biométrica dos eleitores, em caráter ordinário (não obrigatório).
Agendamento
Para facilitar e agilizar o atendimento nesses municípios, o TRE-CE disponibilizou ao eleitor o agendamento, por intermédio do telefone 148 e da internet: www.tre-ce.jus.br.
A meta do TRE é cadastrar 50% dos eleitores cearenses (cerca de 3 milhões), que já poderão estar aptos a votar através da identificação biométrica nas eleições do próximo ano.

Deputados preferem deixar soltos criminosos menores de 18 anos.

Câmara rejeita PEC que reduz maioridade penal para crimes hediondos

Proposta que reduzia maioridade de 18 para 16 anos não foi aprovada por 5 votos

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou o texto da comissão especial para a PEC que reduz a maioridade penal (PEC 171/93). Foram 303 votos a favor, quando o mínimo necessário eram 308. Foram 184 votos contra e 3 abstenções.
A proposta reduziria de 18 para 16 anos a maioridade penal para crimes hediondos, como estupro, latrocínio e homicídio qualificado (quando há agravantes).
O adolescente dessa faixa etária também poderia ser condenado por crimes de lesão corporal grave ou lesão corporal seguida de morte e roubo agravado (quando há uso de arma ou participação de dois ou mais criminosos, entre outras circunstâncias).
Com a rejeição do substitutivo da comissão, restará a votação da PEC original e das apensadas. A PEC original, de 1993, prevê a redução da maioridade para todos os tipos de crimes.
Em seguida, a sessão foi encerrada.

E na despedida de Washington...

Brasil e EUA vão agilizar entrada de viajante frequente, mas sem cortar visto

Obama e Dilma deram entrevista coletiva após encontro na Casa Branca

Os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e do Brasil, Dilma Rousseff, fizeram um pronunciamento para a imprensa após se reunirem nesta terça-feira (30), no Salão Oval da Casa Branca, quando anunciaram a assinatura de um acordo entre os dois países para facilitar a entrada de "viajantes frequentes" brasileiros no território norte-americano. O ingresso do Brasil no programa Global Entry permite o ingresso nos EUA sem passar pelas filas de imigração em casos específicos. A medida não isenta os brasileiros de requisitarem visto para entrarem em território norte-americano.
A presidente disse ainda que "algumas coisas mudaram" entre o período em que ela cancelou a viagem aos Estados Unidos por conta das denúncias de espionagens, e agora. Segundo ela, o que mudou foi o fato de o presidente ter declarado que não haveria mais atos de intrusão em países amigos.  "Se o presidente Obama quiser saber alguma coisa sobre o Brasil, ele pode me ligar".
Ao citar a crise política no Brasil, Dilma afirmou que o fato de existirem dificuldades, elas não interferem na relação com os EUA, por exemplo. Segundo ela, o que faz um grande país é sua capacidade de superar as dificuldades. A presidente brasileira disse que os EUA superaram a crise de 2008 e 2009, assim como o Brasil irá superar a crise pela qual está passando. "Vamos voltar a crescer e assegurar todas as conquistas que tivemos nos últimos 12 anos. Além disso, vamos fazer com que essas conquistas se multipliquem. Queremos construir um país de classe média", enfatizou Dilma.
Os dois presidentes enfatizaram a importância do Diálogo Estratégico de Energia
Os dois presidentes enfatizaram a importância do Diálogo Estratégico de Energia
Ao ser perguntado sobre a Petrobras, Obama disse que não comenta casos em andamento. "Não me cabe fazer comentários específicos", disse. Mas de forma geral, o presidente americano disse que teve oportunidade de trabalhar com Dilma e negócios abertos e elogiou o trabalho da presidente brasileira. Já Dilma defendeu a Petrobras e voltou a dizer que as denúncias envolvem alguns funcionários da estatal. Segundo ela, se forem constatadas irregularidades e comprovadas as denúncias contra os profissionais, as medidas serão tomadas. A presidente ressaltou que a Petrobras é uma empresa forte, que não está sub-judice e está em pleno funcionamento.
Dilma e Obama fecharam acordo para acabar com o desmatamento ilegal de florestas
Dilma e Obama fecharam acordo para acabar com o desmatamento ilegal de florestas
Obama defendeu ainda a preservação dos direitos humanos e da parceria comercial com o Brasil. "Desde que assumi, o comércio entre os dois países aumentou em 50%, principalmente na área de ciência e tecnologia", disse. "Há muito o que fazer juntos", afirmou, agradecendo à presidente brasileira. "Pretendemos aumentar investimentos em energia em renováveis em 30%. É o triplo para os EUA e o dobro para o Brasil", disse Obama.
Na área de Direitos Humanos, Obama agradeceu o apoio brasileiro no trabalho junto a Cuba. Segundo o presidente, o encontro marca um progresso na relação entre os países. Ao citar as Olimpíadas, Obama disse que estará torcendo e chegou a dizer que tem uma camisa verde e amarela, mas não pode usar em público. "Mas à noite é muito confortável", brincou.
Dilma Rousseff disse que no encontro com Obama foram reforçados temas como meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Segundo ela, a recuperação econômica dos EUA é positiva para a economia mundial e certamente a brasileira. "Queremos ampliar e diversificar  nossas trocas. Nosso desafio é dobrar esta relação em uma década", disse.
Dilma ressaltou que os EUA são o principal investidor no Brasil. No ano passado, foram US$ 116 bilhões em investimentos americanos no Brasil e US$ 15,7 bilhões do Brasil nos EUA. "São números que não demonstram a magnitude destes investimentos. Queremos ampliar estes fluxos dado o potencial de nossas economias", disse.
Após citar assuntos discutidos entre os dois países, como acordos na área de defesa, Dilma disse que o principal tema do encontro está relacionado à preservação ambiental. "A mudança do clima é um dos desafios centrais do século XXI". Os dois países acordaram a meta de 20% de ampliação das fontes renováveis na matriz energética até 2020. "Queremos chegar ao desmatamento zero até 2030 e uma política clara de reflorestamento. Isso tem a ver com compromissos assumidos no código florestal", salientou a presidente brasileira.
Dilma também comentou a importância da abertura do relacionamento com Cuba. "É um momento decisivo da relação com a America Latina. É o fim da Guerra Fria e início de um novo patamar com toda a America Latina".
>> Brasil e Estados Unidos fecham acordo sobre combate à mudança do clima
Dilma Rousseff anuncia meta de ampliar em 20% fontes renováveis de energia até 2030
A presidenta Dilma Rousseff informou, nesta terça-feira (30), após participar de reunião de trabalho com o presidente Barack Obama, que Brasil e Estados Unidos tomaram a decisão conjunta de assegurar a ampliação em 20% de energia renovável na matriz energética até 2030. Os líderes também enfatizaram a importância do Diálogo Estratégico de Energia.
De acordo com ela, essa decisão referente ao clima é “um dos desafios centrais do século 21” e tem a ver com perspectivas de participação do Brasil e dos EUA no acordo global para a redução de emissões de gases de efeito estufa, que deve ser assinado por todos os países que participarão da Conferência Mundial da ONU sobre o Clima (COP 21), que será realizada em Paris, em dezembro próximo. “Para que a gente consiga, de fato, concretizar esse acordo na COP 21”, enfatizou Dilma.
“Saúdo essa decisão pela importância que tem o efeito estufa e o nosso compromisso de manter [a preservação] do meio ambiente a e a redução da temperatura impedindo que ela aumente mais que 2 graus”, acrescentou a presidenta.
Dilma Rousseff lembrou também que Brasil e Estados Unidos são dois países continentais, que têm grandes áreas em que a meta de redução é muito importante. Citou o caso do Brasil, que não apenas reduziu o desmatamento, como também assumiu a meta de chegar ao desmatamento ilegal zero até 2030.
“Queremos virar a página e passarmos a ter uma politica clara de reflorestamento”, disse. E destacou que o Brasil assumiu compromissos próprios com o código florestal.
Dilma acrescentou que uma área essencial para dois presidentes é a colaboração no setor de eficiência energética. “Nós estamos comprometidos com consumos mínimos de energia, estamos comprometidos com equipamentos em prédios eficiente”, afirmou.