Sou, por
formação familiar e de histórico escolar, pessoa de boa educação. Concilio com
relativa frequência. Assumo erros, peço desculpas, genuflexo muitas vezes me
socorro dos aprendizados em colégio de padres e numa sólida criação de respeito
ao outro, aos mais velhos, as autoridades, aos mestres do saber e da vida.
Valho-me, sempre, da generosidade dos livros pra acalmar o coração quando a
velha bomba quer explodir cabeça acima. Então sou um cultor da paciência. O
Brasil dos últimos tempos, porém, tem instigado uma luta de classes, um
pugilato entre pessoas que não suportam ver o outro bem e são levadas a
extremos. Ninguém respeita opinião de ninguém e até a lei é desrespeitada,
tantas vezes por quem a exerce como ofício. É prova provada. Nos últimos dias
grupos se reúnem pra agredir o universo político, por exemplo, porque não joga
pelas regras que esses grupos querem estabelecer. Pessoas desrespeitam pessoas
agredindo direitos e valores, como um simples estacionar um carro sobre uma
vaga pra cadeirante. Dos carros, tenho visto, saem jovens saudáveis e fogosos,
homens e mulheres que não estão nem aí. E brigam se lhes advertem o erro. Não
se satisfazem mais com o que pode e partem pro que não pode, ou não deve, pelo
simples prazer de agredir. E isso tem levado as pessoas a reagir. E as reações
nem sempre são feitas em festa. De vez em quando corre uma mão de peia o que
não deve surpreender aos expectadores nem aos que provocaram a reação. Segundo
Dom Avaristo Arns, não se cuida de bandido com Sonho de Valsa. Segundo um cabra
mais antigo toda ação corresponde a uma reação...A terceira lei de Newton diz que,
para toda ação, existe uma reação de mesmo valor, mesma direção e sentido
oposto. A intolerância que toma corpo pode virar selvageria e isso será apenas
o começo de uma reação da física.
A
frase: “Quem leva um saco pra dar, leve
um saco pra trazer”. Nem toda agressão é suportável. Grupos estão agredindo
pessoas no aeroporto. Às vezes tem troco.
Votação
histórica (Nota da foto)
Amanhã,
dia 7 deste mês de dezembro, a Câmara dos Deputados deverá votar, e quem sabe
atéaprovar, o projeto de lei que
regulamenta os jogos de cassinos no Brasil.Hora de acabar com a hipocrisia.
Que coisa
O
crescimento percentual de casamentos ente pessoas do mesmo sexo foi quase cinco
vezes maior do que entre homens e mulheres em 2015, segundo dados estatísticos
do Registro Civil divulgados pelo IBGE.
Impressionante
A
Câmara Municipal de Juazeiro do Norte não realizou sessão na ultima terça
feira, 29, por causa da queda do avião que conduzia a delegação da Chapecoense.
Causando
espécie
O
Banco do Brasil anuncia que vai transformar a agência da Assembleia Legislativa
em um posto de serviço. Não foi o acertado quando o BB ficou com a conta da AL.
Palestra
Isolda
Cela, vice governadora do Ceará está, desde sexta feira em Washington, nos EUA.
Foi fazer palestra sobre educação no Ceará.
Leilão
O
edital de leilão do Aeroporto Pinto Martins está no mundo. Quem quiser levar
pra casa um aeroporto, por 30 anos que se habilite. As propostas serão abertas
no fim do primeiro semestre de 2017.
Unicef
Solonópole
comemora a aprovação do município no SELO UNICEF 2016, pelos resultados
alcançados para promover a proteção
integral da população até 17 anos.
Subindo
Diz
que o teleférico de Barbalha, prometido pelo Governo e encampado pelo
governador Camilo, filho adotivo da terra, começou a ser construído. E é pra
ser inaugurado em outubro deste ano.
Jorge Viana se cala, mas PT já fala em barrar PEC do teto
Pedro Ladeira / Folhapress
O senador Jorge Vianna (PT-AC), na noite desta segunda-feira (5)
RANIER BRAGON DÉBORA ÁLVARES
DE BRASÍLIA
O petista Jorge Viana (AC) se reuniu na noite desta segunda-feira (5)
com a bancada do seu partido, mas se recusou a dizer o que pretende
fazer caso seja confirmado no comando do Senado.
O seu argumento é o de que o país passa por uma crise institucional
gravíssima e que, antes de qualquer comentário, é preciso esperar a
confirmação, pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, da decisão do ministro Marco Aurélio Mello.
O senador petista havia divulgado nota mais cedo dizendo que foi "surpreendido" pela liminar concedida.
Disse que aguardará a notificação oficial do STF e que nesta terça (6)
pretende se reunir com os integrantes da Mesa Diretora para definir "as
medidas adequadas que devem ser adotadas".
O afastamento de Renan
preocupa o governo de Michel Temer, que considera prioritária a votação
no Senado da emenda do teto dos gastos públicos. O segundo turno está
marcado para a semana que vem. O PT, partido de Jorge Viana, é contra o
teto.
Senadores do PT afirmam que, caso seja confirmado o afastamento de
Renan, o novo presidente sofrerá uma pressão fortíssima da base do
partido para adiar a conclusão da votação.
Aprovada em primeiro turno no mês passado, a proposta é a prioridade legislativa de Michel Temer para 2016.
Líder da oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), já fala abertamente que Viana será aconselhado a adiar a votação da PEC.
Na saída da reunião com o senador do Acre, o líder da bancada do PT,
Humberto Costa (PE), também evitou fazer comentários antes da
formalização do partido no comando do Senado, mas adiantou um cenário de
turbulência para Temer.
"A nossa posição é claramente da saída desse governo e da convocação de
eleições diretas para presidente. É a única maneira de termos alguém com
legitimidade no Executivo."
CRONOGRAMA
Humberto e Viana foram para a casa de Renan após a reunião.
Passaram pela casa do peemedebista na noite desta segunda vários
congressistas, entre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
o líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), o
presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), e o líder do PMDB no Senado,
Eunício Oliveira (CE).
Na saída, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) afirmou que Renan está
tranquilo e que vai receber a notificação do STF nesta terça.
Apesar das articulações do PT, a avaliação da maior parte dos senadores
que passaram pela casa de Renan é a de que o cronograma de votação da
PEC do teto permanecerá.
Como forma de pressão, Romero Jucá, líder do governo no Congresso,
avisou que o calendário está mantido, mesmo com a decisão do STF
Eles também dizem que o peemedebista demonstrou intenção de continuar
lutando para permanecer no cargo, tendo ainda esperança de que o
plenário do STF derrube a decisão de Marco Aurélio.
A hipocrisia política é própria do momento em que vive o interesse grupal
O 'JB' publica abaixo para que o leitor faça o juízo político do momento atual
Em 27 de dezembro de
2000, o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso - no período em
que Gilmar Mendes era o Advogado-Geral da União e que José Gregori era o
ministro da Justiça - propôs a Medida Provisória nº 2.088-35.
Na
MP, que tratava de atividades de prevenção e repressão do tráfico
ilícito, estava inserida uma “emenda jabuti”, daquelas que tratam de
assuntos que não têm nexo algum com o objeto principal das medidas
analisadas.
No artigo 3º, parágrafo VIII, era determinado pela
medida a ilegalidade de “instaurar temerariamente inquérito policial ou
procedimento administrativo ou propor ação de natureza civil, criminal
ou de improbidade, atribuindo a outrem fato de que o sabe inocente”.
A
medida impunha aos juízes a obrigação de rejeitar, desde o início, a
ação com base na resposta preliminar do réu. O problema é: como saber se
o acusado é realmente inocente, sem a instauração, no mínimo, de
inquérito ou procedimento administrativo? O artigo acabava enquadrando
delegados e membros do Ministério Público que pretendessem fazer
investigações de casos de corrupção.
No
mesmo ano, em setembro, o Ministério Público Federal tinha entrado com
uma ação na Justiça Federal de Brasília pedindo, por meio de liminar, a
suspensão dos pagamentos de serviços e obras relacionados ao pavilhão
brasileiro na feira de Hannover, na Alemanha. A participação do Brasil
na feira integrava as comemorações pelos 500 anos do país.
A ação
dos procuradores Guilherme Schelb e Luiz Francisco de Souza se baseava
em supostos contratos irregulares feitos para garantir que a construção
do pavilhão ficasse com as empresas Artplan Prime, de Fernanda e Ricardo
Bornhausen, e da BD Produções Artísticas, da produtora Bia Lessa.
A
ação de improbidade administrativa tinha 12 acusados, entre eles o
filho de FHC, Paulo Henrique Cardoso, o ex-ministro do Esporte e Turismo
Rafael Greca, a empresa Artplan Prime Publicidade S/A, cujos donos eram
a filha e o sobrinho do então senador Jorge Bornhausen (PFL-SC, atual
DEM), e o então presidente da Embratur, Caio Cibella de Carvalho, além
dos donos da Artplan e da BD Produções Artísticas na época.
A MP
bloquearia a investigação contra esse caso por meio justamente do artigo
3º, parágrafo VIII. No ano seguinte, o então procurador da República de
Brasília, Guilherme Schelb, em um artigo de opinião na Folha de S. Paulo,
afirmou que “o governo federal, ao limitar a iniciativa de
investigações pelo Ministério Público por meio da edição da medida
provisória nº 2.088-35/2000, art. 3º, estimulou a corrupção e a
impunidade.”
É impossível não traçar paralelos com a reação do
procurador da República Deltan Dallagnol por causa da aprovação pela
Câmara de Deputados da lei contra “crimes de abuso de autoridade”.
Chamada pelo procurador de “lei de intimidação”, ela foi considerada uma
retaliação do Legislativo contra as “10 medidas contra a corrupção”
elaboradas pelo Ministério Público Federal. A lei contra abuso de
autoridade não constava no pacote original de medidas, sendo incluída
por iniciativa do líder da bancada do PDT, Weverton Rocha (MA).
O
texto da lei incluiria na legislação a possibilidade de que juízes e
integrantes do Ministério Público sejam processados por crime de abuso
de autoridade com base em várias condutas, algumas de caráter subjetivo.
Contudo,
ao contrário do que foi feito em 2000, quando o governo tucano de FHC
tentou bloquear os poderes de investigação do Ministério Público por
meio da MP nº 2.088-35, revogada no ano seguinte, atualmente 32 dos 42
parlamentares do PSDB votaram contra a medida da “lei de intimidação”,
que foi aprovada na Câmara, de qualquer forma.
O líder do governo
no Senado, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), figura importante do
partido, afirmou ser contra as medidas da forma que foram aprovadas pela
Câmara, e disse que não votará a favor quando elas chegarem no Senado.
“No que depender de mim, isso não passa no Senado Federal. Não passa.”
Aloysio
foi ministro da Justiça do governo FHC logo após a saída de José
Gregori, entre novembro de 2001 e abril de 2002, período no qual a MP
que inibia a investigação do Ministério Público já havia sido reeditada.
Mas agora, ele e a maioria dos deputados do PSDB são contra uma medida
similar. Sobre a votação da Câmara, o senador afirmou, citando Marx, que
a atitude dos deputados se trata de uma doença chamada “cretinismo
parlamentar”.
Respeitado pela
vasta obra em que disseca o poderio dos Estados Unidos a partir do
financiamento de guerras e da desestabilização de países, o cientista
político brasileiro Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira afirma, em
entrevista ao Jornal do Brasil, que representantes da Lava Jato,
como o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o juiz de
primeira instância Sérgio Moro, avançam nos prejuízos provocados ao país
e à economia nacional. Segundo o professor, os "vínculos notórios" de
Moro e Janot com instituições norte-americanas explicam a situação atual
das empresas brasileiras.
"Os prejuízos que causaram e estão a
causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as empresas
construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam, em uma
escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles alegam
combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e
descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a
Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e
África", argumenta Moniz Bandeira, que está lançando o livro A Desordem Mundial: O Espectro da Total Dominação.
Na
entrevista a seguir, o cientista político, que é autor de mais de 20
obras sobre temas como geopolítica internacional, Estados Unidos, Brasil
e América Latina, faz críticas severas ao presidente Michel Temer, que,
segundo ele, "não governa", mas segue apenas as coordenadas do ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, "representante do sistema financeiro
internacional".
"Seu propósito é jogar o peso da crise sobre os assalariados, para atender à soi-disant, 'confiança
do mercado', isto é, favorecer os rendimentos do capital financeiro,
especulativo, investido no Brasil, e de uma ínfima camada da população
- cerca de 46 bilionários e 10.300 multimilionários", critica Moniz
Bandeira. Confira a entrevista com o cientista político: Jornal
do Brasil - Um livro como Quem pagou a conta?, da historiadora
britânica Frances Stonor Saunders, aponta a cultura como estratégia de
dominação e força dos Estados Unidos em relação aos seus artistas e
intelectuais e em relação a outros países durante a Guerra Fria. Essa
dominação ainda se dá da mesma forma? Ela passou por novas
configurações?
Moniz Bandeira - Sim, o inglês é a língua franca e os Estados Unidos ainda possuem o maior soft power.
É através do controle dos meios de comunicação, das artes e da cultura
que influenciam e dominam, virtualmente, quase todos os povos, sobretudo
no Ocidente. E os recursos financeiros correm por diversas fontes. Jornal
do Brasil - Como o senhor vê o modo como os EUA elegem seu presidente
da República? É um método seguro? A Rússia chegou a anunciar que
enviaria fiscais para acompanhar o processo de votação até a apuração do
resultado.
Moniz Bandeira - Os grandes bancos e corporações,
concentradas em Wall Street, são, geralmente, os grandes eleitores nos
Estados. George W. Bush não foi de fato eleito, mas instalado no governo
por um golpe do poder judiciário. Agora, porém, a tentativa de colocar
na presidência dos Estados Unidos a candidata de Wall Street e do
complexo industrial-militar, a democrata Hillary Clinton, falhou.
Elegeu-se Donald Trump, um bilionário outsider, como franco
repúdio ao establishment político, à continuidade da política de guerra,
de agressão. Trump recebeu o apoio dos trabalhadores brancos,
empobrecidos pela globalização, dos desempregados e outros segmentos da
população descontentes com o status quo. E o fato foi que mais de
70 milhões de cidadãos americanos (59 milhões em favor de Trump e 13
milhões em favor Bernie Sanders, no Partido Democrata) votaram contra o
establishment, contra uma elite política corrupta, e demandaram mudança. Jornal
do Brasil - De que modo os EUA participaram da destituição da
presidente Dilma Rousseff? Essas intervenções se dão em que nível,
quando comparadas às do período da ditadura militar no Brasil?
Moniz
Bandeira - Conforme o historiador John Coatsworth contabilizou, entre
1898 e 1994, os Estados Unidos patrocinaram, na América Latina, 41 casos
de “successful” de golpes de Estado para mudança de regime, o que
equivale à derrubada de um governo a cada 28 meses, em um século. Após a
Revolução Cubana, os Estados Unidos, em apenas uma década, a partir de
1960, ajudaram a derrubar nove governos, cerca de um a cada três meses,
mediante golpes militares, como no Brasil. Depois de 1994, outros
métodos, que não militares, foram usados para destituir os governos de
Honduras (2009) e Paraguai (2012). No Brasil, o impeachment da
presidente Dilma Rousseff constituiu, obviamente, um golpe de Estado.
Houve interesses estrangeiros, elite financeira internacional, aliados a
setores do empresariado, com o objetivo de regime change (mudança
de regime), através da mídia corporativa, com o apoio de vastas camadas
das classes médias, abaladas com as denúncias de corrupção. Jornal do Brasil - E qual teria sido o papel norte-americano na destituição?
Moniz Bandeira - Há evidências, diretas e indiretas, de que os Estados Unidos influíram e encorajaram a lawfare,
a guerra jurídica para promover a mudança do regime no Brasil. O juiz
de primeira instância Sérgio Moro, condutor do processo contra a
Petrobras e contra as grandes construtoras nacionais, preparou-se, em
2007, em cursos promovidos pelo Departamento de Estado. Em 2008, ele
participou de um programa especial de treinamento na Escola de Direito
de Harvard, em conjunto com sua colega Gisele Lemke. E, em outubro de
2009, participou da conferência regional sobre “Illicit Financial
Crimes”, promovida no Rio de Janeiro pela Embaixada dos Estados Unidos. A
Agência Nacional de Segurança (NSA), que monitorou as comunicações da
Petrobras, descobriu a ocorrência de irregularidades e corrupção de
alguns militantes do PT e, possivelmente, forneceu os dados sobre o
doleiro Alberto Yousseff ao juiz Sérgio Moro, já treinado em ação
multi-jurisdicional e práticas de investigação, inclusive com
demonstrações reais (como preparar testemunhas para delatar terceiros). Jornal
do Brasil - O sr, cita também o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, no desmantelamento de empresas brasileiras...
Moniz
Bandeira - Rodrigo Janot foi a Washington, em fevereiro de 2015, apanhar
informações contra a Petrobras, acompanhado por investigadores da
força-tarefa responsável pela Operação Lava Jato, e lá se reuniu com o
Departamento de Justiça, o diretor-geral do FBI, James Comey, e
funcionários da Securities and Exchange Commission (SEC). A quem serve o juiz Sérgio Moro, eleito pela revista Time um
dos dez homens mais influentes do mundo? A que interesses servem com a
Operação Lava-Jato? A quem serve o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot? Ambos atuaram e atuam com órgãos dos Estados Unidos,
abertamente, contra as empresas brasileiras, atacando a indústria bélica
nacional, inclusive a Eletronuclear, levando à prisão seu presidente, o
almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. Os prejuízos que causaram e
estão a causar à economia brasileira, paralisando a Petrobras, as
empresas construtoras nacionais e toda a cadeia produtiva, ultrapassam,
em uma escala imensurável, todos os prejuízos da corrupção que eles
alegam combater. O que estão a fazer é desestruturar, paralisar e
descapitalizar as empresas brasileiras, estatais e privadas, como a
Odebrecht, que competem no mercado internacional, América do Sul e
África. Jornal do Brasil - Levando-se em consideração a
destruição de empresas de infraestrutura no país, projetos para acabar
com a exclusividade da Petrobras na exploração da commodity, o senhor
acredita na tese de que o cérebro da Lava Jato está fora do país? Se
sim, como se daria isso?
Moniz Bandeira - Não há cérebro. Há
interesses estrangeiros e nacionais que convergem. Como apontei, os
vínculos do juiz Sérgio Moro e do procurador-geral Rodrigo Janot com os
Estados Unidos são notórios. E, desde 2002, existe um acordo informal de
cooperação entre procuradores e polícias federais não só do Brasil, mas
também de outros países, com o FBI, para investigar o crime organizado.
E daí que, provavelmente, a informação através da espionagem eletrônica
do NSA, sobre a corrupção por grupos organizados dentro da Petrobras,
favorecendo políticos, chegou à Polícia Federal e ao juiz Sérgio Moro. A
delação premiada é similar a um método fascista. Isso faz lembrar a
Gestapo ou os processos de Moscou, ao tempo de Stálin, com acusações
fabricadas pela GPU (serviço secreto). E é incrível que, no Brasil, um
juiz determine, a polícia faça prisões arbitrárias, ilegais, sem que os
indivíduos tenham culpa judicialmente comprovada, um procurador ameace
processá-los se não delatarem supostos crimes de outrem, e assim,
impondo o terror e medo, obtêm uma delação em troca de uma possível
penalidade menor ou outro prêmio. Não entendo como se permitiu e se
permite que a Polícia Federal, que reconhecidamente recebe recursos da
CIA e da DEA, atue de tal maneira, ao arbítrio de um juiz de 1ª
Instância ou de um procurador, que nenhuma autoridade pode ter fora de
sua jurisdição, conluiados com a mídia corporativa, em busca de
escândalos para atender aos seus interesses comerciais. A quem servem?
Combater a corrupção é certo, mas o que estão a fazer é destruir a
economia e a imagem do Brasil no exterior. E em meio à desestruturação
da Petrobras, das empresas de construção e a cadeia produtiva de
equipamentos, com o da “lawfare”, da guerra jurídica, com a
cumplicidade da mídia e de um Congresso quase todo corrompido. O bando
do PMDB-PSDB apossou-se do governo, com o programa previamente preparado
para atender aos interesses do sistema financeiro, corporações
internacionais e outros políticos estrangeiros. Jornal do
Brasil - O economista Bresser-Pereira, ex-ministro de FHC, afirma, na
apresentação de A Desordem Mundial, que os EUA, segundo a tese do
senhor, passaram por um processo de democracia para a oligarquia. Que
paralelo se pode fazer com o Brasil nesse sentido, tomando como base as
últimas três décadas? O sr. acredita que passamos brevemente por um
momento de democracia e agora voltamos à ditadura do capital
financeiro/oligarquia?
Moniz
Bandeira - Michel Temer, que se assenhoreou da presidência da
república, não governa. É um boneco de engonço. Quem dita o que ele deve
fazer é o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como representante
do sistema financeiro internacional. E seu propósito é jogar o peso da
crise sobre os assalariados, para atender à soi-disant, “confiança
do mercado”, isto é, favorecer os rendimentos do capital financeiro,
especulativo, investido no Brasil, e de uma ínfima camada da população
- cerca de 46 bilionários e 10.300 multimilionários. Jornal do
Brasil - O senhor afirma que onde quer que os EUA entrem com o objetivo
de estabelecer a democracia, eles entram na verdade por interesses
políticos e econômicos. É esse o caso da aproximação dos
norte-americanos com Cuba? Fidel Castro é um dos que compartilhavam
dessa visão de interesse.
Moniz Bandeira - Sim, havia forte
pressão de empresários americanos para o restabelecimento de relações
com Cuba, por causa de seus interesses comerciais. Estavam a perder
grandes oportunidades de negócios e investimentos devido ao embargo
econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba desde fins de 1960,
portanto mais de 50 anos, sem produzir a queda do regime instituído pela
revolução comandada por Fidel Castro. Era um embargo de certa forma
inócuo, uma vez que outros países, como o Brasil, estavam a investir e
fazer negócios com Cuba. A construção do complexo-industrial de Mariel,
pela Odebrecht, com equipamento produzidos pela indústria brasileira e o
apoio do governo do presidente Lula, contribuíram, possivelmente, para a
decisão do presidente Barack Obama de normalizar as relações Cuba. Essa
Zona Especial de Desarrollo de Mariel (ZEDM), 45 quilômetros a oeste de
Havana, tende a atrair investimentos estrangeiros, com fins de
exportação, bem como opção para o transbordo de contêineres, a partir da
ampliação do Canal do Panamá, ao permitir a atracagem dos grandes e
modernos navios de transporte interoceânicos. Tenho um livro sobre as
relações dos Estados Unidos com Cuba (De Martí a Fidel – A Revolução Cubana e a América Latina). Jornal
do Brasil - O processo de apoio financeiro de instituições políticas às
religiões cristãs de direita, tal como o senhor descreve ao tratar do
governo Bush, se assemelha de alguma forma ao contexto do Brasil,
levando-se em conta o crescimento da bancada evangélica no Congresso
Nacional e a conquista de cargos do Poder Executivo por representantes
da Igreja?
Moniz Bandeira - Sim, o processo é secreto. Ocorre
através de ONGs, muitas das quais são financiadas pela USAID, National
Endowment for Democracy, conforme demonstro em A Segunda Guerra Friae A desordem mundial,
bem como através de outras agências semi-oficiais e privadas. Essas
igrejas também coletam muito dinheiro dos crentes, acumulam fortunas. E
as bancadas de deputados recebem dinheiro de empresas não nacionais, mas
de grandes empresas estrangeiras, muitas das quais apresentam no Brasil
balanços com prejuízos, conquanto realizem seus lucros nas Bahamas e em
outros paraísos fiscais. Tais empresas multinacionais não foram
investigadas pelo juiz Sérgio Moro, o procurador-geral Rodrigo Janot e a
força-tarefa da Operação Lava-Jato et caterva. A quem eles servem?
Racine, o dramaturgo francês, escreveu que “não há segredo que o tempo
não revele”. Não sabemos exatamente agora, porém podemos imaginar.
Morreu na manhã
deste domingo (4), aos 86 anos, o poeta, ensaísta, crítico de arte e
jornalista Ferreira Gullar. Ele estava internado no hospital Copa D'Or,
no Rio de Janeiro, há cerca de 20 dias devido a um quadro de
insuficiência respiratória.
Nascido José Ribamar Ferreira em 10 de
setembro de 1930, em São Luis do Maranhão, Gullar foi eleito imortal em
2014 pela Academia Brasileira de Letras (ABL), militou pelo Partido
Comunista Brasileiro (PCB) nos Anos de Chumbo e viveu na Argentina, no
Chile e na União Soviética durante o período da Ditadura Militar do
Brasil.
Antes disso, nos anos 50, o poeta, ao lado do artista
plástico Amilcar de Castro, fez história no jornalismo brasileiro com a
criação do Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, considerado
um maco do jornalismo cultural. No SDJB, Gullar assinou textos que
apontaram para o futuro das artes no país, tais como "Manifesto
Neoconcreto" e "Teoria do Não Objeto".
Gullar
descobriu a poesia moderna aos 19 anos, a partir de poemas de Carlos
Drummond de Andrade e Manuel Bandeira. Ficou escandalizado com o estilo
desse tipo de poesia, informou-se, lendo ensaios sobre a nova poesia,
aderiu a ela e adotou uma atitude totalmente oposta à que tinha
anteriormente, tornando-se um poeta experimental radical, que tinha como
lema uma frase de Gauguin: “Quando eu aprender a pintar com a mão
direita, passarei a pintar com a esquerda, e quando aprender a pintar
com a esquerda, passarei a pintar com os pés”.
Ferreira Gullar foi
um dos protagonistas na literatura brasileira da poesia concreta, mas
tornou-se dissidente do movimento e passou a integrar um grupo de
artistas plásticos e poetas do Rio de Janeiro: o grupo neoconcreto,
surgido em 1959. Seus textos para o Jornal do Brasil fazem parte
da história da arte brasileira, pelo que trouxeram de original e
revolucionário. São expressões da arte neoconcreta as obras de Lygia
Clark e Hélio Oiticica, hoje nomes mundialmente conhecidos.
Gullar, por sua vez, levou suas experiências poéticas ao limite da expressão, criando o livro-poema e, depois, o poema espacial, e, finalmente, o poema enterrado.
Este consiste em uma sala no subsolo a que se tem acesso por uma
escada; após penetrar no poema, deparamo-nos com um cubo vermelho; ao
levantarmos este cubo, encontramos outro, verde, e sob este ainda outro,
branco, que tem escrito numa das faces a palavra “rejuvenesça”.
O poema enterrado foi
a última obra neoconcreta de Gullar, que afastou-se então do grupo e
integrou-se na luta política revolucionária. No PCB, passou a escrever
poemas sobre política e participar da luta contra a ditadura militar que
havia se implantado no país, em 1964. Foi processado e preso na Vila
Militar. Mais tarde, teve que abandonar a vida legal, passar à
clandestinidade e, depois, ao exílio. Deixou clandestinamente o país.
Voltou
para o Brasil em 1977, quando foi preso e torturado. Libertado por
pressão internacional, voltou a trabalhar na imprensa do Rio de Janeiro
e, depois, como roteirista de televisão.
Durante o exílio em Buenos Aires, Gullar escreveu Poema Sujo –
um longo poema de quase cem páginas – que é considerado a sua
obra-prima. Este poema causou enorme impacto ao ser editado no Brasil e
foi um dos fatores que determinaram a volta do poeta a seu país. Poema
Sujo foi traduzido e publicado em várias línguas e países.
De volta ao Brasil, Gullar publicou, em 1980, Na vertigem do dia e Toda Poesia,
livro que reuniu toda sua produção poética até então. Voltou a escrever
sobre arte na imprensa do Rio e São Paulo, publicando, nesse campo,
dois livros Etapas da arte contemporânea (1985) e Argumentação contra a morte da arte (1993), onde discute a crise da arte contemporânea.
Outro
campo de atuação de Ferreira Gullar é o teatro. Após o golpe militar,
ele e um grupo de jovens dramaturgos e atores fundou o Teatro Opinião,
que teve importante papel na resistência democrática ao regime
autoritário. Nesse período, escreveu, com Oduvaldo Vianna Filho, as
peças Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come e A saída?Onde fica a saída? De volta do exílio, escreveu a peça Um rubi no umbigo, montada pelo Teatro Casa Grande em 1978.
Mas Gullar afirma que a poesia é sua atividade fundamental. Em 1987, publicou Barulhos e, em 1999, Muitas Vozes, que recebeu os principais prêmios de literatura daquele ano. Em 2002, foi indicado para o Prêmio Nobel de Literatura. "Como um tempo de alegria, por trás do terror me acena E a noite carrega o dia, no seu colo de açucena. Sei que dois e dois são quatro Sei que a vida vale a pena, mesmo que o pão seja caro e a liberdade, pequena" (Ferreira Gullar)
Penso eu - Tem quem me pergunte por que Tio José. Tia Concita, irmã dele, era casada com meu Tio Antonio Ferreira da Ponte, filho de Pai Vovô Pompeu Ferreira da Ponte e Mãe Vovó Petroniha, A Racista, irmão de minha Mãe Maria. Tia Concita só nomina o irmão de José e assim eu o chamava de Tio José. Ele ria e perguntava pelo "sobrinho" jornalista lá no Ceará. Pois bem; morreu um cara cuja vida valeu a pena.
O
que assusta é a insistência com quem se criminalizam deputados e senadores que
querem salvar suas peles e/ou impor limites a quem queira pular a cerca da lei. Nada do que se diz e escreve
sobre os episódios faz minha cabeça. Gentes doidinhas metidas a jornalistas
diziam na TV que “...deputados na calada da noite...”. Peraí!!! Os caras sempre
fizeram as coisas, quando necessário, noite alta céu risonho. Ah, que foi
retaliação criminalizarjuízes e MP.
Ora, tem juiz ladrão sim. Ta aí na imprensa, tá na boca das vítimas. Uma lei
pra falar de aborto em três meses de gestação é tentativa de amordaçar a
justiça. Como? Desde quando o Supremo legisla? Não é papel do Supremo dizer que
vai ser assim ou assado, falam juristas e pessoas do meio alegando que o
Supremo não pode fazer lei, mas aplica-la e/ou interpreta-la. Isto aqui não
defende nem acusa, põe as coisas nos lugares segundo a lei e a ordem estabelecidos.
Um velho dito popular diz que o homem tem que ter duas coisas limpas na vida; o
nome e a cueca. A seriedade do momento não permite arroubos de parte alguma.
Essa coisa de falar em democracia pra cima e pra baixo, principalmente na boca
de setores da imprensa é teatrinho pra vender manchete. Umapergunta pode ajudar: O que quer dizer
“renunciar a Lava Jato se Temer não vetar? Eu sei como isso funciona. Aliás, é bom que se
saiba de uma coisa, definitivamente, nos dias que vivemos: não queira saber como
são feitas as salsichas e as notícias.
A frase: “ Com a vida brasileira cada
vez mais miserável, triste e bandida, num instante a tragédia mostrou que
estamos vivos. O Brasil ainda é solidário”. Reflexão.
Buscando
o consenso (Nota da foto)
Salmito
Filho, atual presidente da Camara Municipal de Fortaleza, é quase unanimidade
pra ser reeleito. Na semana achegou-se a Salmito o vereador Frota Cavalcante. É
o 39º de 43 parlamentares. A palavra, entretanto é consenso para uma
convivência de paz.
Público
errado
Dra.
Silvana, deputada, eleitora de Sérgio Aguiar, defensora intransigente da igreja
que a ajuda a se eleger foi discursar por Aguiar. Fala de pastora pra plateia
de infiéis.
Gozação
Aliás,
a fala da Dra. Silvana, entre os colegas, lá dela, virou uma gozação de todo
tamanho acrescida de risos ao ouvi-la pedir a defesa dos que fazem xixi em
garrafas.
Toma
lá...
"Nós queremos investigações amplas nesse país.
Agora, investigações dentro da lei, respeitando a Constituição", declarou
o senador Lindberg Farias na cara de Moro.
Dá
cá...
Para
mim, ficou evidente, com o discurso do eminente senador [Lindbergh], que o
propósito é exatamente esse, ao afirmar aqui categoricamente que eu teria
cometido atos de abuso de autoridade na condução dessa operação", afirmou
Moro.
Chegou
2018
Vamos
contar os efeitos dos últimos votos secretos e democráticos dados na execução
da eleição da nova mesa diretora da Assembleia do Estado.
Chegou
2018 II
Esta
coluna antecipou que a eleição era o primeiro passo de 2018 quando se elegerão
deputados estaduais e federais,dois senadores e o governador do Estado.
Governo
é governo
Ficou
provado que quem tem a caneta pode um bocado de coisa. Quer ver uma
esquisitice? O ultra peemedebista Aldic Mota, virou eleitor na chapa do
adversário.
Governo
é governo II
O
PCdB que votaria contra a situação, pensando em Sérgio opositor, acabou também
indo da pra Mesa e revertendo os dois votos.
E
o grupão?
Uma
boa conversa desfez o grupo formado pra votar em Sérgio Aguiar. Coisas que
vararam a madrugada de quarta pra quinta. Ninguém resiste a uma madrugada de afagos
e leriados.
Deu
o normal
Reclamar
que houve pressão de governo é bobagem. Houve há e sempre haverá pressão do
poder para o poder se manter no poder. É a regra do jogo. É assim. Não vai
mudar.Cuidado agora é não abrir feridas no partido, na base, nas alianças pra
2018. 2018 é o que está valendo.