Opinião

A ODEBRECHT, A "DELAÇÃO DO FIM DO MUNDO" E A JURISPRUDÊNCIA DA DESTRUIÇÃO.




Responsável por ao menos dois dos programas estratégicos mais importantes do país, o da construção do submarino nuclear Álvaro Alberto, da Marinha e o do míssil ar-ar A-Darter, da Força Aérea, destinado a equipar os futuros caças Gripen NG-BR que estão sendo construídos com a Suécia, também sob estranha investigação do Ministério Público, a Odebrecht está pagando caro por sua "proximidade" com os governos Lula e Dilma.

Embora seja uma das mais importantes construtoras estrangeiras a operar em Miami, o bastião do anticomunismo “morocho-cubano” norte-americano, onde construiu o metrô suspenso, o maior estádio da cidade e fez reformas no porto e a ampliação do aeroporto, e mesmo com o seu principal executivo, Marcelo Odebrecht,  preso há quase dois anos, a justiça acaba de condenar também o patriarca da organização, o engenheiro Emilio Odebrecht, a quatro anos.

E - já que não conseguiu provar cabalmente desvios e sobrepreços no montante em que se alega no caso Petrobras - estabeleceu para o grupo uma multa "civil" de quase 7 bilhões de reais, parte da qual deverá ser abjetamente entregue pela justiça brasileira à norte-americana (a Suíça também faz parte do acordo) em apenas um ano.

Em qualquer país do mundo, independente de seu eventual envolvimento com corrupção, que em alguns casos - como o financiamento de campanhas - não seria considerado mais do que "lobby" nos EUA, uma empresa como a Odebrecht  - como foi, nos últimos anos, antes da queda de Dilma - seria considerada um fator estratégico de competitividade nacional.

No Brasil burro, fascista, espetaculoso, vingador e punitivo da Jurisprudência da Destruição dos dias de hoje - pode-se punir culpados sem arrebentar com as empresas - ela já teve que eliminar, nos últimos dois anos, devido à interrupção de projetos, vazamentos para a imprensa , versões e contra-versões da mídia,  aumento do risco e encarecimento do crédito, dezenas de milhares de postos de trabalho, perdeu metade de seu valor de  mercado, viu sua dívida subir para 90 bilhões, está sendo esquartejada e desnacionalizada, até mesmo na área de defesa - com um incalculável prejuízo não apenas para quem foi demitido, mas também para milhares de acionistas, investidores e fornecedores.

Os grandes pecados "ideológicos" da Odebrecht, que de comunista nunca teve nada - que explicam o ódio e a cataclísmica tempestade que se abateu sobre sua cabeça - é que não se lhe perdoam os fatos, emblemáticos para o plutocrático e autofágico neofascismo tupiniquim,  de ter obras em países bolivarianos, como a Vanezuela e o Equador, "comunistas" como Angola, e, o pior de tudo, de ter reconstruído o Porto de Mariel, em Cuba.

Além de ter sido também, teimosamente, o último grande grupo de engenharia nacional a ter sucumbido à pressão, aceitando fazer acordo de leniência com o Ministério Público.

Coadunando, indiretamente, a versão estabelecida  como roteiro para ser vendida - com a cumplicidade da mídia - sobre a Operação Lava Jato para a opinião pública, da qual faz parte a transformação de doações legais e de Caixa 2 automaticamente em propina, para justificar o “petrolão”.

Por mais que os "delatores" da Odebrecht  confessem ter dado dinheiro a partidos, é preciso que se prove o prejuízo para o erário e em que montante houve esse prejuízo.

Se existiu superfaturamento ou se a Odebrecht, assim como outras empresas, separava normalmente dinheiro do que  seria razoável como margem de lucro,  para financiar, preventivamente, partidos de todas as tendências, não necessariamente para direcionar licitações, mas para não ser incomodada, pressionada ou alijada em relação aos seus projetos.

Até mesmo porque as quantias agora citadas não passam de em sua maioria, dfe um, dois, no máximo três milhões de reais, longe, portanto, do que seria pago pela aprovação de contratos bilionários como os que estão em questão, dos 6 bilhões supostamente envolvidos no caso da Petrobras e dos 140 bilhões de reais que, se calcula, já foram acarretados ao país em prejuízo pela Operação Lava Jato.
Ao dar ampla publicidade à delação da Odebrecht - que de delação do fim do mundo não tem nada, já que a Montanha acabou parindo um rato - citando dezenas de nomes no varejo, em quantias relativamente pequenas considerando-se o que supostamente foi desviado, parte da mídia cumpre o papel que dela se espera de transformar um esquema de pequenas doações de campanha feitas à época do pleito, para deputados que não estavam diretamente ligados a comissões de licitação de estatais, nem tinham como direcionar seu resultado, em um mega escândalo de corrupção destinado a evitar que a Operação Lava Jato caía no estracismo, ou seja obrigada a comprovar, obra por obra, contrato por contrato, depósito por depósito, os desvios que alega terem ocorrido em escala inimaginável.

As jóias da família Cabral e as viagens da família Cunha, com o locupletamento pessoal de seus integrantes, assim como o de Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, que já estão soltos, são uma coisa.
Dinheiro para uso em eleição é outra, dentro do esquema usual de Caixa 2 que perdurou neste país durante décadas  e, nesse caso, a responsabilidade é dos partidos, que devem ser culpados e punidos (retroativamente?) e não de tesoureiros como Vaccari, que, mesmo sem sinais aparentes de enriquecimento ilícito, já foi condenado a mais de 20 anos de prisão.  

Em abril, antes da saída de Dilma do poder, já dizíamos em UM PAÍS SOB IMPEACHMENT, que as denúncias não se restringiriam ao PT.

O que importa, além das deletérias e quase irrecuperáveis  consequencias de uma campanha anti-corrupção que arrebentou com a engenharia e os grandes projetos estratégicos e de infraestrutura  nacionais - beneficiando claramente outros países - é saber a quem interessa o aprofundamento constante da criminalização e judicialização da política e a impressão que se quer dar à população de que todo e qualquer representante eleito é bandido e de que todo procurador ou juiz é santo ou impoluto.


E saber quem se aproveitará disso tudo, quando chegar a hora de colher os frutos desse processo, na base, como fez Donald Trump nos EUA, da negação da política e da promoção da antipolítica, nas - cada vez mais próximas - eleições presidenciais de 2018.
 
Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

É do Governo...larga o pau.

Em meio à crise, Temer gasta R$ 42 mil em jantares com base aliada

Reprodução
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Em meio a uma crise econômica e à realização de um ajuste fiscal, o presidente Michel Temer gastou R$ 41,9 mil para a realização de dois jantares para a base aliada do governo federal no Congresso Nacional.
Os encontros, promovidos no Palácio da Alvorada em outubro e em novembro, tiveram como objetivo mobilizar os parlamentares governistas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal a aprovarem a proposta do teto de gastos públicos.
Segundo o governo federal, o jantar para os deputados federais teve custo de R$ 35.363,91 aos cofres públicos, enquanto a reunião com os senadores teve um gasto total de R$ 6.543,19.
No cardápio, de acordo com relatos de presentes, foram servidos vinho argentino, salmão, carne e risoto. Além dos deputados e senadores, participaram dos encontros ministros e mulheres de parlamentares.
A proposta do teto de gastos foi aprovada com folga em dois turnos na Câmara dos Deputados e em um no Senado Federal. A votação do segundo turno está programada para a próxima terça-feira (13).
Na noite de segunda-feira (5), contudo, o primeiro vice-presidente Jorge Viana (PT-AC) avisou ao PMDB que não se comprometerá a manter a votação da medida se o plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) confirmar o afastamento da presidência da Casa do senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Para evitar que a análise da proposta seja adiada, o presidente pretende entrar em contato nesta terça-feira (6) com Viana.
Segundo auxiliares e assessores presidenciais, Temer está disposto a negociar iniciativas de interesse dos partidos de oposição caso Viana se comprometa a manter o cronograma de votação da proposta.
O entorno do presidente acha pouco provável que Renan consiga reverter a decisão no plenário da Suprema Corte diante da pressão popular e do pedido feito pela Procuradoria-Geral da República.
A proposta é a principal bandeira do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que passa por um processo de desgaste na base aliada, incomodada com a falta de sinais de fôlego da economia.
Fonte: Folhapress

Capa do jornal O Estado(CE)


Coluna do blog




Puxando cobra pros pés
Na roça, quando a corda espicha muito, cidadão diz que um outro lá, todo complicado e buscando confusão está puxando cobra pros pés, nada mais que bater enxada na limpa de plantações. Pois bem; Heitor Férrer, deputado chegado a um documento para cutucar o cão com vara curta, voltou ao meio fio. Agora, Heitor, cacete armado,vai pra cima de dois “tribunais”; o TCM e o TCE, respectivamente Tribunal de Contas dos Municípios e Tribunal de Contas do Estado. O que Heitor quer? Juntar os dois. Se juntasse tiraria poder dos dois, prestígio dos dois, valores e mordomias inerentes a cargos do tipo presidência, vice etc.etc.etc. e coisa e tal. Essa conversa vem de um bilhete que esta coluna recebeu da assessoria de imprensa de Heitor, com este teor: “Caro Macário, tudo bem? O deputado estadual Heitor Férrer (PSB) deu entrada em Proposta de Emenda à Constituição do Ceará (PEC) para unificar os Tribunais de Contas do Estado do Ceará. A matéria foi lida nesta quinta-feira (08) na Assembleia Legislativa. A iniciativa busca gerar economia ao Estado sem abrir mão da fiscalização, já que das 27 unidades da Federação, apenas 4 têm os dois tribunais (Ceará, Bahia, Pará e Goiás). "A fusão caminha no sentido de nós acompanharmos os outros 23 estados que não tem TCM, é uma maneira de você dar ao Tribunal de Contas do Estado a economia que nós estamos precisando para melhor gerir o Ceará e aplicar esses recursos em outras políticas públicas de saúde, de educação, de segurança. A fusão é uma evolução, uma economia para o estado do Ceará", defendeu o parlamentar. Segundo o Heitor, o TCM gastou até o segundo quadrimestre deste ano R$ 101 milhões e o TCE, R$ 74 milhões. Encaminho para você cópia da documentação protocolada na Assembleia Legislativa.  Agradeço sua atenção e nos colocamos à disposição para o que mais se fizer necessário.  Atenciosamente, Regina Paz-Assessoria de Imprensa”. Isso é puxar cobra pros pés.

A frase: "Decisão do STF fala por si só. Não dá para comentar. Decisão judicial do Supremo Tribunal Federal é para se cumprir". Gozação de Renan Calheiros depois de fazer o contrário.


Contou e foi ouvido (nota da foto)
Audic Mota, na moda dos peemedebistas que saem da linha, contou o seguinte: estava ao lado de um deputado do partido num reunião do PMDB, claro. O deputado levantou para atender a alguém. Deixou o celular que tocou com uma mensagem do comando maior: Nada de Aldic; o primeiro secretário tem que ser você. Aí, instigado, Aldic aceitou a oferta e...virou. Calma, gente; virou 1º Secretário da Assembleia. Tem quem diga que Audic teve tempo de fotografar a mensagem.

Foi engraçado
O  Interino, em viagem a três Estados do Nordeste, esteve no Ceará na sexta-feira (9),  assinando  a Regulamentação da Lei nº 13.340, autorizando a liquidação e renegociação de dívida de crédito rural.

Despesas
Uma viagem como a da semana passada gastou uma baba pro senhor em questão assinar uma regulamentação que qualquer gerente de banco tem poder de fazer, ou seja; enviar para um treco chamado CL-Crédito em Liquidação.

E mais...
Um gerente de banco pode também trabalhar com a conhecida barrigada, onde um cliente que safra frustrada faça um renegociação do que deve e até levando mais algum para tocar a roça o rebanho financiado.

Eu mesmo fiz
Isso aí que o Interino assinou no Ceará sob pompa e circunstancia de aplausos abobalhados de coxinhas eu mesmo fiz quando funci do BB, prorrogando contratos de safras frustradas ou enviando para CL aquilo que não tinha mais solução. Ê ê!!!

Dia de balanço
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou um comunicado informando que não haverá atendimento ao público nos bancos em 30 de dezembro, pois as agências estarão fechadas para o balanço anual.

Vá buscar o seu
As pessoas que ainda não sacaram o abono salarial do PIS/Pasep ano-base 2014 precisam se programar para fazer o saque do benefício até o dia 29.  Cerca de 935 mil trabalhadores ainda não retiraram o dinheiro, no valor de um salário mínimo (R$ 880).




Bom dia

Bateu pavor no Planalto. A reunião convocada pelo Interino às carreiras para a noite de ontem, seria pra tratar das votações da semana, mas teria cuidado da turma acusada pelo dedo duro da Odebrecht. Cabeça coroada anunciado pelo sr. Claudio Melo FIlho foi tudo chamado. Ê ê!!!

Detalhando a pesquisa

Reprovação a gestão Temer dispara, mostra Datafolha


Beto Barata - 16.nov.2016/Presidência
Michel Temer discursa durante jantar com senadores da base aliada no Palácio da Alvorada
Michel Temer discursa durante jantar com senadores da base aliada no Palácio da Alvorada
A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na economia a níveis pré-impeachment, revela nova pesquisa Datafolha.
De acordo com o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31%, em julho.
O levantamento foi realizado entre 7 e 8 de dezembro, antes de virem à tona novos detalhes de delação da Odebrecht com menções a Temer.
Aqueles que veem o governo do presidente como regular reduziram-se a 34%. No levantamento anterior, durante a interinidade do peemedebista, eram 42%.
No período, a percepção da população sobre a economia se deteriorou. Para 66%, a inflação vai aumentar; 19% apostam que ficará como está e 11% preveem queda. O crescimento do desemprego é aguardado por 67%. Outros 16% disseram que diminuirá e 14% acham que fica estável.
Quanto ao poder de compra, 59% opinaram que vai diminuir, 20%, que não se alterará e 15%, que aumentará.
Nos últimos meses, a situação econômica do país piorou na avaliação de 65% da população e se manteve como estava para 25%; 9% disseram que houve melhora.
Sobre a situação pessoal do entrevistado, a percepção de piora recente corresponde a 50% dos brasileiros. Para 38%, ficou como estava e 10% disseram que melhorou.
No futuro próximo, 41% acham que a economia se deteriorará, 27%, que não se alterará e 28% apostam em melhora. Do ponto de vista pessoal, 27% aguardam pioras na própria situação econômica, 37%, melhoras e 32% apostam em estabilidade.
O Índice Datafolha de Confiança caiu de 98 pontos, em julho, para 87 –mesmo patamar registrado em fevereiro.
TURBULÊNCIAS
O pessimismo na economia e a má avaliação de Temer ocorrem em meio a uma sucessão de crises. O peemedebista assumiu com a promessa de compor um ministério de "notáveis", em que a recuperação da economia seria prioritária à gestão.
Desde então, seis ministros caíram –quatro deles por envolvimento em escândalos decorrentes da Lava Jato.
A recessão econômica se agravou e está próxima de ser a pior da história. São dez trimestres consecutivos de encolhimento da atividade. O desemprego afeta 12 milhões de pessoas (11,8%).
A demora do governo em levar adiante reformas estruturais frustrou o mercado e inibiu redução da taxa básica de juros mais enérgica.
Nesse cenário, o otimismo inicial com a queda de Dilma Rousseff (PT) se reverteu.
Para 40% da população, a gestão Temer é pior do que a anterior. Para 34%, é igual e 21% a consideram melhor.
Em abril, um mês antes de ser afastada no início do processo, a petista registrou reprovação de 63%.
O índice de ótimo/bom de Temer caiu de 14% em julho aos atuais 10%. Não souberam avaliar o governo 5% dos entrevistados.
Segundo o Datafolha, a população considera o presidente falso (65%), muito inteligente (63%) e defensor dos mais ricos (75%). Metade dos brasileiros veem Temer como autoritário e 58%, desonesto.
De zero a dez, a nota média dada ao desempenho do governo Michel Temer é 3,6.
O Datafolha ouviu 2.828 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Colaborou REYNALDO TUROLLO JR.

Ladeira abaixo e sem freio


Reprovação a gestão Temer dispara, mostra Datafolha

Beto Barata - 16.nov.2016/Presidência
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A popularidade do presidente Michel Temer (PMDB) despencou desde julho, acompanhada da queda na confiança na economia a níveis pré-impeachment, revela nova pesquisa Datafolha.
De acordo com o levantamento, 51% dos brasileiros consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima, ante 31%, em julho.
O levantamento foi realizado entre 7 e 8 de dezembro, antes de virem à tona novos detalhes de delação da Odebrecht com menções a Temer.
Aqueles que veem o governo do presidente como regular reduziram-se a 34%. No levantamento anterior, durante a interinidade do peemedebista, eram 42%.