Prefeitura de Fortaleza e Bloomberg Philanthropies lançam Relatório Anual de Acidentes de Trânsito (2015)
O
prefeito Roberto Cláudio lança nesta terça-feira (20/12), às 14h, no
Paço Municipal, o Relatório Anual de Acidentes de Trânsito de Fortaleza,
referente ao ano de 2015. Este é o primeiro documento que reúne
informações detalhadas sobre os diferentes tipos de atores do trânsito
como pedestres, ciclistas, motociclistas, condutores de veículos
particulares e ônibus, por exemplo. O relatório traz ainda detalhes
sobre a localização onde foram registrados os incidentes e outras
inovações.
O documento foi elaborado em parceria com a Bloomberg
Philanthropies. A fundação filantrópica norte americana tem apoiado a
política pública de segurança viária da Prefeitura de Fortaleza para
reduzir o número de acidentes através do programa "Iniciativa Bloomberg
para Segurança Viária", do qual também participam as cidades de Accra,
em Gana, Addis Abeba, na Etiópia, Bandung, na Indonésia, Bangkok, na
Tailândia, Bogotá, na Colômbia, Ho Chi Minh, no Vietnã, Mumbai, na
Índia, Fortaleza e São Paulo, no Brasil, além de Shanghai, na China.
Serviço:Lançamento do Relatório Anual de Acidentes de Trânsito de Fortaleza (2015)
Local: Auditório do Paço Municipal – Rua São José, n° 1, Centro.
Data: 20/12/2016 (terça-feira)
Horário: 14h
Opinião
Natal das crianças
Aceite que o barroco dourado e over do mundo natalino é a chance de ser cafona sem culpa
Leandro Karnal
,
O Estado de S.Paulo
O Estado de S.Paulo
O que explica a ascensão do Natal? A data, bastante aleatória, diz respeito a uma escolha dos romanos. Era uma tentativa de cristianizar a festa de 25 de dezembro, antes ligada ao Sol, a Mitra e outros cultos. O Natal foi um esforço de subverter a memória pagã.
Sabemos, pelo Evangelho de Lucas, que fazia frio. Logo, Jesus nasceu entre outubro e março. Aprendemos que Belém é um lugar teológico: Jesus deveria nascer lá para cumprir a profecia. Que tenha nascido, de fato, na cidade de Davi, é algo incerto. Santa Helena, a mãe do imperador Constantino, está por trás de muitas das escolhas dos lugares de culto na Terra Santa. Os locais exatos assinalados hoje, como a estrela de prata de 14 pontas na gruta da Natividade, são um cruzamento de tradições e escolhas aleatórias. Por fim, o ano do nascimento do Messias, definido como 753 da fundação da cidade de Roma, é um erro de cálculo. É possível que Jesus tenha nascido antes de Cristo, ou seja, que o nascimento real tenha ocorrido antes da data oficial estabelecida séculos depois. É um tema muito caro a um historiador: a invenção das tradições.
A festa de Natal teve uma ascensão lenta no calendário litúrgico. Como vimos, era ofuscada pela Páscoa. Importante perceber que inexistia a categoria criança na Idade Média. Outra questão: ninguém comemorava o dia do seu nascimento. Poucos sabiam a data. A criança era considerada um adulto imbecil.
O Natal é processo de humanização de Jesus e de Maria. O presépio foi criado no século 13, provavelmente por Francisco de Assis. A transformação foi aumentando. Os portais das catedrais ainda ressaltavam o Juízo Final, a terrível passagem de Mateus 25 sobre o fim dos tempos e o julgamento de todos. Porém, dentro das igrejas, uma sorridente Nossa Senhora exibia seu filho, orgulhosa e afetiva. As crianças foram adquirindo uma representação específica. Compare uma Madona de Cimabue, uma de Giotto e uma de Rafael. Num prazo de dois séculos, surgiu, de fato, a criança como a identificamos hoje.
O século 19 é o século em que a criança se afirmou. O Impressionismo representou muito a alvorada da vida. As Meninas de Azul e Rosa, do Masp, mostram Renoir imerso na nova estética. Surgem roupas específicas para os pequenos. O ensinamento de Rousseau, na obra Emílio, começa a ser aceito por muita gente: a infância determina o ser humano maduro.
Por fim, o século 20 é o início da era de ouro da criança, ao menos da criança de classe média e alta. A festa do Natal assumiu caráter lúdico e comercial. Cresceu a figura do Papai Noel. Presentes tornaram-se obrigatórios. As casas foram decoradas com motivos mais divertidos e menos religiosos. O Natal virou uma festa voltada ao público infantil e celebrada para ele. Da mesma forma, na Páscoa, o Cristo ressuscitado deu lugar ao coelhinho. Ovos de chocolate predominam sobre o Cordeiro Pascal. O aniversariante continua pobre como nasceu: Jesus nada ganha no fim do ano.
O processo de infantilização das festas não é exclusivo do cristianismo. Crianças de identidade judaica, em Nova York, por exemplo, começaram a ser contempladas com árvores de Hanucá, a festa das luzes. O surgimento de Hanukkah Bushes mostra a necessidade do lúdico. As crianças dominam nosso imaginário. Como cantávamos nos ônibus em excursões escolares: “Criança feliz, feliz a cantar, alegre a embalar, seu sonho infantil...”. Alguém ainda conhece essa melodia?
A infantilização do Natal traz dois aspectos. O primeiro eu já desenvolvi: a valorização crescente da criança e a tentativa de tornar a infância um período de felicidade absoluta. A segunda traz a melancolia de quem cresceu. Geralmente, as crianças amam profundamente o Natal e muitos adultos se sentem tristes nessa época. Talvez sejam os gastos, talvez sejam as memórias dos Natais reais ou recriados pela memória. Uma amiga minha, Flavia, acha a música Noite Feliz uma das coisas mais depressivas do mundo. Eu acho a melodia plangente; ela ecoa de forma merencória na neve austríaca que a gerou.
Em uma semana será Natal. É hora de acertar contas com sua criança interior. Talvez seja esse o desafio da data. O que eu e você perdemos entre aquela festa familiar dos primeiros anos de vida e a de hoje? Que ecos buscamos? Procuro conversar com meus fantasmas para aprender. Lembre-se da lição de Ebenezer Scrooge, do conto de Dickens (A Christmas Carol). Fale com seus fantasmas. Convide-os para sua mesa. Dance com alguns: são leves, não pisarão nos seus pés. Encare até Simone cantando “então é Natal”. Aceite que o barroco dourado e over do mundo natalino é uma chance de ser cafona sem culpa. Você não é obrigado a ser feliz na noite de Natal, mas entenda que também não é obrigado a ser triste. Falta uma semana. Feliz Natal! Bom domingo para todos vocês!
A pouca vergonha tem nome e apelido
'Grisalhão' e 'Encostado' seguem incógnitos em planilha
FELIPE BÄCHTOLD
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
Já se sabe quem eram "Todo Feio", "Caju" e "Las Vegas". Agora, resta descobrir quem são "Encostado", "Duvidoso", "Casa de Doido" e muitos outros.
Os três últimos nomes constam em planilhas de pagamentos da Odebrecht apreendidas pela Operação Lava Jato neste ano. Essas tabelas mostram pagamentos para dezenas pessoas identificadas apenas por apelidos, em somas milionárias.
As planilhas estavam com a secretária Maria Lúcia Tavares, primeira funcionária da construtora a colaborar, ainda no começo do ano. Ela atuava junto ao departamento de operações estruturadas da Odebrecht, considerado por investigadores como "um setor de propinas".
No último fim de semana, com a divulgação de detalhes dos depoimentos do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, foi revelado que, segundo o novo delator, Todo Feio era o ex-deputado paraibano Inaldo Leitão; Caju, senador Romero Jucá (PMDB-RR) e Las Vegas, o ex-assessor de Dilma Rousseff Anderson Dornelles. Todos negam ter recebido dinheiro.
A delação dele e dos outros ex-dirigentes da empreiteira ainda precisa ser homologada pelo Supremo.
A lista apreendida revela uma predileção por denominações de características físicas (há nomes como "Grisalhão", "Baixinho", "Comprido"), relativas a animais ("Abelha", "Faisão") e até referências futebolísticas (há o "Flamenguista" e o "Timão").
Em alguns casos, associam o nome a obras da empreiteira. Ao lado de "Bobão", por exemplo, e da anotação de um repasse de R$ 150 mil, consta o nome "Canal do Sertão - lote 4".
Também há duas menções a aparentes pagamentos em países vizinhos. O codinome "Duvidoso" está ao lado de "Dutos Argentina", em US$ 100 mil, e "Taça" faz referência ao Peru.
A maioria das planilhas envolve repasses no período da campanha eleitoral de 2014.
Há uma série de valores para "Mineirinho", o que, suspeitam investigadores, é uma referência à campanha à Presidência de Aécio Neves (PSDB) naquele ano. Por meio de sua assessoria, o tucano disse desconhecer as planilhas mencionadas e que as doações à campanha ocorreram dentro da lei.
TROCADILHOS
Os operadores também levavam codinomes. Os pagamentos das planilhas apreendidas com a secretária estavam sob a jurisdição das contas "Dragão", "Kibe", "Paulistinha" e "Carioquinha".
Dragão seria o chinês Wu-Yu Sheng, que deu nome a uma das fases da Lava Jato, a 36ª, em novembro, e Kibe, Adir Assad, que está preso e já foi condenado.
Maria Lúcia Tavares disse em depoimento que não sabia quem era os codinomes dos beneficiários das planilhas, com exceção de "Feira", que se referia à Mônica Moura, mulher do marqueteiro do PT João Santana.
Segundo a secretária, apenas seus quatro superiores tinham conhecimento.
Ela afirmou que se comunicava com os distribuidores de dinheiro por meio de um sistema de informática próprio, que funcionava em um computador separado.
"Sempre quando os prestadores iam levar o dinheiro, havia a indicação do endereço, do valor, da senha e da pessoa que iria recebê-los", disse em depoimento, segundo a transcrição.
Nas tabelas, as senhas geralmente são alimentos, como "lasanha", "panqueca" e "beterraba", mas havia palavras como "trambolho", "titios", "supervisor" e "remédio".
Uma das senhas, "acarajé", virou nome de fase da Lava Jato, a 23ª, que prendeu João Santana, em fevereiro.
Antes da divulgação dos depoimentos de Cláudio Melo Filho, uma série de apelidos da Odebrecht já havia sido revelada em março em um conjunto de planilhas apreendidas com o ex-executivo Benedicto Barbosa Júnior, da Odebrecht Infraestrutura.
Nessas tabelas, havia menções a mais de 300 políticos de 24 partidos que se beneficiaram de pagamentos em campanhas eleitorais de 2010 a 2014.
Não há ainda como precisar, porém se os valores foram efetivamente repassados nem se referiam a doação legal, caixa dois, ou propina.
Havia vários trocadilhos, como "Ovo", para se referir ao governador catarinense Raimundo Colombo (PSD), e "Eva" para um deputado estadual do Rio Grande do Sul, Adão Villaverde (PT).
Os políticos citados vêm negando ter recebido dinheiro de maneira ilegal. A Odebrecht não se manifesta a respeito.
A história em pílulas
Mais do que delação da Odebrecht, Planalto teme possíveis revelações de Eduardo Cunha
Por Painel
Bomba-relógio Integrantes do governo Temer dizem
ter informações de que o pior das delações já passou. Mas quem acompanha
a Lava Jato de perto afirma que as colaborações de Marcelo Odebrecht e
de seu pai, Emílio, ainda poderão render dores de cabeça ao presidente
da República. Nos bastidores, no entanto, o que a cúpula do Planalto
mais teme não são os depoimentos de ex-executivos da empreiteira, e sim a
convicção de que Eduardo Cunha não ficará em silêncio por muito tempo.Por aqui, ó! Cunha esperava que seus companheiros o ajudassem a tirá-lo da prisão rapidamente. Há dois meses trancado, dizem que sua paciência está rareando.
Alma e coração Há convicção no Planalto de que o ex-deputado falará de qualquer forma, mesmo que a Lava Jato não aceite firmar com ele eventual acordo de delação.
Bom conselho No roteiro de seu depoimento, Marcelo Odebrecht chegou a mencionar sugestão de Cunha para contratar a Kroll. A empresa de investigação corporativa poderia monitorar os passos da operação. O empresário jurou não ter acatado a ideia.
São Tomé Ninguém acredita que a Odebrecht tenha comprado sozinha uma série de medidas provisórias que beneficiavam vários setores econômicos. Nos anexos, Cláudio Melo Filho cita uma empresa e duas associações interessadas em alterar leis.
Coluna do blog
Canonização
O
ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse que não se pode
"canonizar" os integrantes da força tarefa da Lava Jato. Ele voltou a
criticar o que classificou de "abusos" e disse que foi crítico quando
os procuradores decidiram "assumir o papel de legislador", ao
proporem as medidas contra a corrupção. Perguntado sobre sua posição a respeito
da Lava Jato, disse que é um dos maiores defensores da operação, mas que mantém
posição crítica. "Não defendo abusos e não concordo quando os membros da
Lava Jato decidem assumir o papel de legislador, aí claro que eu sou crítico.
Examinei essas propostas e critiquei a que acabava com habeas corpus. O cidadão
que assinou isso obviamente não sabe que ele próprio está correndo risco se a
proposta for aprovada. Acho que a Lava Jato cumpre papel importantíssimo. Disse
isso no Congresso Nacional. Só vamos ter reforma política graças à Lava Jato,
que colocou todo o sistema político e o sistema econômico-financeiro exposto.
Essa é uma grande vitória. Daí a canonizá-los, a deificá-los, vai uma
distância."
A
frase:”Calunia é igual carvão, quando ao
queima, suja”. O povo pensa, doutor.
Tem
quem pense assim...(Nota da foto)
Os
convênios e as parcerias firmadas entre o Estado do Ceará e os 184 municípios
terão uma melhor fiscalização caso seja aprovada a fusão entre os Tribunais de
Contas dos Municípios (TCM) e do Estado (TCE). Atualmente, estes procedimentos
são fiscalizados de forma distinta e sem padronização. Com um Tribunal de
Contas que unifique a fiscalização, o Ceará só tem a ganhar. É bom lembrar que
nenhum servidor dos dois Tribunais será prejudicado caso a fusão se concretize.O
contraditório existe.
Quem
parte e reparte...
Mesmo após anúncio feito pelo governo
federal, de que irá repassar também aos municípios parte dos valores da multa
do programa da repatriação, a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) continua
mobilizada para que os recursos sejam pagos o mais rápido possível.
...fica com a maior parte
Com a campanha Partilha da Multa da Repatriação Já!, a entidade espera sensibilizar o Congresso
Nacional e o Governo para que o pagamento seja feito em tempo hábil,
contribuindo para que os prefeitos consigam fechar as contas deste ano.
Diplomação
O Tribunal Regional Eleitoral do Ceará
realizará hoje, segunda-feira (19/12), às 17h, no Centro de Eventos, a
cerimônia de diplomação do prefeito reeleito de Fortaleza, Roberto Cláudio, do
vice, Moroni Torgan, e dos 43 vereadores eleitos da capital, com posse no dia
1º de janeiro de 2017.
Premio Frei Tito
A Assembleia Legislativa realiza, hoje,
segunda-feira (19/12), às 19h, sessão solene para entrega do Prêmio Frei Tito
de Alencar de Direitos Humanos ao vereador e advogado João Alfredo Teles Neto
(Psol).
O que é
A solenidade acontece no Plenário 13 de
Maio e atende a requerimento do deputado Zé Ailton Brasil (PP), subscrito pelo
deputado Renato Roseno (Psol). O Prêmio Frei Tito de Alencar homenageia pessoas
que, assim como Frei Tito, não hesitam em expor sua integridade física para
defender seus ideais e preconizam a construção de um País mais justo.
Nos inclua fora
A Associação dos Magistrados Brasileiros
(AMB), a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)
e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) apresentaram uma ação
direta de inconstitucionalidade para que a emenda constitucional que limita os
gastos da União para os próximos 20 anos não incida sobre o Poder Judiciário.
Ignorância
Perguntaram aos povos de 50 países quem
mais conhecia sua terra, direitos,
deveres, política e tal. O povo mais ignorante de sua realidade fica na Índia.
Nesta ganhamos dos americanos; somos o sexto mais ignorante mas os norte-americanos são o quinto.
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