Prefeitura manda, Camara aprova

Câmara aprova reajuste de 4,17% para professores da rede municipal

A Câmara Municipal de Fortaleza, aprovou na sessão ordinária de ontem (26), o projeto de lei ordinária nº 66/2019, que concede reajuste de 4,17% aos professores do Município, equiparando ao valor do piso nacional da categoria. O reajuste também contempla os assistentes de Educação Infantil, os servidores inativos e pensionistas.
Segundo texto do Executivo, apreciado na Câmara de Fortaleza, a iniciativa contempla a política de valorização do profissional do Ambiente de Especialidade do Magistério, assegurando aos professores o percentual de reajuste estabelecido no piso nacional, tornando a capital cearense, a primeira do País a garantir o reajuste nacional de 2019.
O Legislativo aprovou ainda, por unanimidade, o PLO 26/2019 que institui a gratificação para os servidores municipais de nível médio que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF), com carga horária de 40 horas semanais, bem como aos ocupantes dos cargos de auxiliar de saúde bucal, técnico em higiene dental e técnico em enfermagem, no percentual de 20% do vencimento base. A proposta, segundo o Executivo, foi acordada na Mesa Permanente de Negociação e beneficiará 595 profissionais.
Já o Projeto de Lei Complementar (36/2018), também de autoria do Executivo, foi apreciado em primeira discussão com 22 votos favoráveis, e institui o Fundo Municipal da Segurança Cidadã, alterando os dispositivos da Lei Complementar nº 176/2014. A iniciativa, conforme a ementa, visa facilitar a captação de recursos financeiros e promover uma melhor gestão dos recursos, além do desenvolvimento, implantação e manutenção dos programas previstos no Plano Municipal de Proteção Urbana e no Plano Municipal da Segurança Cidadã.
A matéria também inclui na competência da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã, a promoção de ações de formação inicial e continuada dos servidores de segurança pública, agentes de defesa civil, bem como dos agentes de segurança institucional. Outra alteração trata sobre a responsabilidade de instaurar, processar e julgar as sindicâncias, processos administrativos disciplinares e recursos envolvendo os servidores.
Os vereadores de Fortaleza também acataram o Projeto de Lei Complementar (9/2019) que altera dispositivos da Lei Complementar nº 238/2017, e institui o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) do Município de Fortaleza para os servidores do Ambiente de Especialidade Fiscalização. O projeto também foi aprovado com 22 votos favoráveis. De acordo com o Executivo, a matéria visa apenas corrigir algumas atecnias. A mudança se refere aos valores relativos à Gratificação Especial de Fiscalização de Atividades Específicas (GEFAE).

Capa do jornal OEstado Ce


Coluna do blog


Esqueçam o que eu disse
"Paradoxo brasileiro: os partidos são fracos, o Congresso é forte. Presidente que não entende isso não governa e pode cair; maltratar quem preside a Câmara é caminho para o desastre. Precisamos de bom senso, reformas, emprego e decência. Presidente do país deve moderar não atiçar". O pensamento aí é do moço que pediu para que as pessoas esquecessem aquilo que ele disse e /ou escreveu em tempos anteriores a qualquer data alí marcada. Mas FHC, Fernando Henrique Cardoso, ainda hoje deixa recados e ensinamentos, afinal foi presidente da república, senador etc.etc.e tal. FHC desta feita diz pro presidente no plantão da república que ele vai cair. Quando voce ler de novo, vai encontrar um desiderato; ...os partidos são fracos, o Congresso é forte. É um risco o escrito como é um risco o fato de que o pesidente da Câmara está sendo mal tratado e isso, afirma FHC é caminho para o desastre. Temos passando tanto perrrengue nos últimos 50  anos da vida nacional que nem sei quanto tempo mais vamos aguentar calados, feito gado num pasto fraco sendo tangido, sabe-se lá pra onde. Tem tradução do paradoxo brasileiro levantado por FHC, que é sociólogo e como tal trabalha a posteriori dos fatos que diz assim: "FHC certamente está se baseando em exemplos brasileiros de presidente que perderam o Congresso como Jânio Quadros, Fernando Collor ou Dilma.O recado é motivado pelo enfrentamento de Bolsonaro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.Nesse confronto, pode estar o colapso da reforma da previdência. E, assim, o colapso do governo Bolsonaro".

A frase: "Vamos ter chuva nessa ultima semana de março e começo de abril, na região do Cariri". O homem do tempo que falou.

SBPC em Sobral (Nota da foto)
A SBPC se reúne, a partir de hoje, em Sobral, no Centro de Convenções. O foco do programa regional é a Educação Básica de Qualidadae,Curriculo,Carreira e Gestão Escolar. Como usam lá, hoje SObral é Uma Janela para o Cosmos.

O trem é feio
Aprendendo com a mineirice, cearense tem ficado cabreiro, principalmente agora nesse terceiro mês do governo da família Bolsonaro.

Devolvendo
Domingos Neto foi esperto ao detectar que o pedido de uma lista com indicação de nomes para cargos públicos federais no Ceará, era pura cavilação.

Foi assim...
O Governo Federal mandou para os deputados cearenses o pedido de nomes, numa lista que indicasse quem para que lugar. Os meninos devolveram a lista em branco.

O que houve
Ficou entendido que a lista, com nomes, seria um vale para o governo cobrar mais tarde quando chegasse a votação da reforma da Previdência, por exemplo.

E mais...
Ficou na mesa a ideia de que as conversas com o Governo terão que ter outro estilo, outro rítmo. As "articulações"  entre executivo e legislativo têm que existir ou...






Bom dia






MP critica Bolsonaro por incentivar celebração do golpe: "enorme gravidade"

REUTERS
Jair Bolsonaro no Túmulo do Soldado Desconhecido, monumento dedicado aos soldados norte-americanos que perderam suas vidas sem terem seus restos mortais identificados Imagem: REUTERS
Alex Tajra
Do UOL, em São Paulo*
O MPF (Ministério Público Federal), por meio da PFDC (Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão), afirmou hoje em nota que a recomendação do governo ao Ministério da Defesa para que se comemore o golpe de 1964 é "revestida de enorme gravidade constitucional" e desrespeita o estado democrático de direito.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" do aniversário do 31 de março de 1964 e ordenou que a orientação fosse repassada a quartéis pelo país.
"Nosso presidente já determinou ao Ministério da Defesa que faça as comemorações devidas com relação ao 31 de março de 1964 incluindo a ordem do dia, patrocinada pelo Ministério da Defesa, que já foi aprovada pelo nosso presidente", afirmou ontem o porta-voz do governo, general Otávio Rêgo Barros, explicando ainda que Bolsonaro "não considera o 31 de março de 1964 um golpe militar"
O ato se reveste de enorme gravidade constitucional, pois representa a defesa do desrespeito ao Estado Democrático de Direito, já que celebra um golpe de Estado e um regime ditatorial que resultou em violações sistemáticas aos direitos humanos, além de crimes internacionais.
Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão
Na nota, o MPF classifica o golpe de 1964 - que submergiu o país em uma ditadura civil-militar que perdurou por 21 anos - como um "rompimento violento e antidemocrático da ordem constitucional", sem qualquer possibilidade de revisionismo histórico.
Os procuradores da PFDC ainda afirmam que o apoio de Bolsonaro a um golpe de Estado seria, na conjuntura normativa atual, classificada como "crime de responsabilidade".
O texto é assinado pelos procuradores da República Deborah Duprat, Domingos Sávio Dresch da Silveira, Marlon Weichert e Eugênia Augusta Gonzaga.
A Procuradoria ainda traz dados e constatações sobre o período ditatorial que vigorou no país, estes compilados a partir do trabalho da Comissão Nacional da Verdade. Segundo o MPF, pelo menos 434 militantes contrários à ditadura e 8 mil indígenas foram mortos pelo regime. Além disso, uma estimativa aponta que entre 30 e 50 mil pessoas foram presas ilegalmente e torturadas.
"Esses crimes bárbaros (execução sumária, desaparecimento forçados de pessoas, extermínio de povos indígenas, torturas e violações sexuais) foram perpetrados de modo sistemático e como meio de perseguição social. Não foram excessos ou abusos cometidos por alguns insubordinados, mas sim uma política de governo, decidida nos mais altos escalões militares, inclusive com a participação dos presidentes da República", diz a nota.
Para o órgão do MPF, "festejar a ditadura é festejar um regime inconstitucional e responsável por graves crimes de violação aos direitos humanos" e um governo utilizar-se da máquina pública para defender e celebrar estes crimes pode ser caracterizado como ato de improbidade administrativa.

"Estímulo grave ao ódio e à tortura"

Em nota, a Associação dos Defensores Públicos Federais (Anadef) manifestou "repúdio à medida anunciada pelo porta-voz do Palácio do Planalto, que confirmou a recomendação do presidente Jair Bolsonaro para atos em comemoração ao Golpe Militar, no próximo dia 31 de março".
Para a Anadef, o período "representou uma violação profunda do Estado Democrático de Direito, inaugurando um período em que a tortura, a violência e a perseguição política foram institucionalizados no Brasil".
Ainda segundo o documento, "para os defensores públicos federais, que atuam na garantia dos direitos humanos, a decisão do governo é um estímulo grave ao ódio e à tortura".
O defensor regional de direitos humanos da DPU-DF (Defensoria Pública da União do Distrito Federal), Alexandre Mendes Lima de Oliveira, ajuizou hoje uma ACP (Ação Civil Pública) pedindo que as Forças Armadas se abstenham de fazer qualquer comemoração pelo golpe e que a União seja proibida de gastar recursos públicos em eventos com essa finalidade.
"Conclui-se que a postura do Presidente da República viola sua atribuição como Chefe de Governo - uma vez que atenta contra a moralidade administrativa - mas, também, viola sua atribuição como Chefe de Estado, já que o Brasil se comprometeu com o sistema regional interamericano, desrespeitando o princípio da prevalência dos direitos humanos", diz o texto da ação.

Editorial do jornal Estado de Sao Paulo

Procura-se um presidente

O presidente Jair Bolsonaro não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também nos vizinhos

Notas e Informações, O Estado de S.Paulo
26 de março de 2019 | 03h00

O presidente da República, Jair Bolsonaro, não parece satisfeito em criar problemas em série no país que governa e passou a causar constrangimentos também em países vizinhos. Em recente visita ao Chile, Bolsonaro minimizou a ditadura do general Augusto Pinochet, ao dizer que “tem muita gente que gosta, outros que não gostam”, deixando ao presidente chileno, Sebastián Piñera, a tarefa de lidar com a péssima repercussão interna dessa e de outras declarações desastradas da comitiva brasileira. Dias antes, ao lado do presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, Bolsonaro elogiou o “nosso general Alfredo Stroessner”, ditador que não foi nosso – foi deles, entre 1954 e 1989. Segundo o presidente brasileiro, Stroessner foi um “homem de visão, um estadista”.
Todos sabem, há muito tempo, quais são as opiniões do sr. Jair Bolsonaro a respeito das ditaduras militares latino-americanas. Quando deputado federal, Bolsonaro sempre foi notório defensor desses regimes, inclusive do recurso destes à tortura. Na condição de presidente da República, no entanto, Bolsonaro deveria saber que suas palavras adquirem enorme peso institucional, pois ele representa o Brasil no exterior, razão pela qual deveria guardar para si suas opiniões sobre ditadores e ditaduras em nações vizinhas, tema que naturalmente causa desconforto nesses países – ainda mais quando trazido à tona por autoridades brasileiras.
Esses episódios de incontinência verbal do sr. Jair Bolsonaro reiteram a impressão, cada dia mais próxima da certeza, de que o ex-deputado federal ainda não assumiu de fato a Presidência da República. Se tivesse assumido, Bolsonaro falaria como chefe de Estado – que engloba o conjunto dos brasileiros e da administração pública – e não como mero representante de seus eleitores. A cada dia que passa, Bolsonaro, sob as vestes extravagantes da “nova política” – como os chinelos e a camisa falsificada de time de futebol que o presidente usou numa reunião ministerial –, continua a agir como deputado do baixo clero.
Assim, sem entender qual é natureza da função para a qual foi escolhido pela maioria dos eleitores no ano passado, o sr. Bolsonaro drena as energias do País ao concentrar-se em temas de pouca relevância, mas com potencial de causar tumulto. O Estado noticiou, por exemplo, que o presidente está estimulando os militares a comemorar o aniversário do golpe militar de 31 de março de 1964. Tal iniciativa certamente trará grande satisfação para o eleitorado mais radical de Bolsonaro, mas pode criar desnecessário e inoportuno embaraço no momento em que o País precisa de união para aprovar duras reformas.
Ocupado com questiúnculas que fazem a alegria de sua militância, o sr. Jair Bolsonaro parece ter abdicado de governar para todos. Os problemas avolumam-se de forma preocupante – já se fala até de uma nova paralisação de caminhoneiros – e o presidente mostra-se alheio a eles, movendo-se ao sabor das redes sociais como se disso derivasse sua força e não sua fraqueza, como de fato acontece. 
Segundo sua concepção de “nova política”, Bolsonaro não demonstra nenhum interesse em construir uma base parlamentar sólida o bastante para aprovar nem mesmo projetos simples, que dirá reformas complexas, como a da Previdência. Parece acreditar que, simbolizando a redenção do Brasil depois do flagelo lulopetista, todas as suas vontades serão convertidas em lei pelo Congresso, sem necessidade de negociação. Incorre, assim, numa arrogância sem limites, como quando foi cobrado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a buscar votos para aprovar a reforma da Previdência, e respondeu que “a bola está com ele (Rodrigo Maia), eu já fiz minha parte, entreguei (o projeto da reforma)”. Das duas, uma: ou Bolsonaro acredita ser um mero despachante de projetos de lei, e não um líder político, ou, o que é mais provável, ele crê que deputados e senadores devem aprovar seus projetos porque, se não o fizerem, estarão atuando contra o Brasil, que está “acima de tudo”, e contra Deus, que está “acima de todos”. E ele, afinal, está onde?
Seja como for, a deliberada desorganização política do governo, causada por um presidente cada vez mais desinteressado de suas tarefas políticas e institucionais, tem o potencial de agravar a crise, levando-a a patamares muito perigosos – e talvez seja isso mesmo o que muita gente quer.

Alfarrábios do Piaba, tambem conhecido por Wilson Ibiapina


Wilson Ibiapina
24 de março de 2014 ·

O CÉU NA TERRA

Os jornalistas Macário Batista e Rangel Cavalcante conversavam sobre a eleição de outubro, quando um deles lembrou as mordomias de um senador com seus 8 anos de poder. Rangel Cavalcante citou Dinarte Mariz. O poderoso senador do Rio Grande do Norte dizia que o Senado é melhor do que o Céu, “pois a gente não precisa morrer para entrar nele”

Desigualdades e avanços

Parlamentares citam avanços e criticam desigualdade

A comemoração da Carta Magna, com os 135 anos da declaração da abolição da escravatura, realizada em 1884, foi destacada pela classe política cearense durante o dia de ontem. Lideranças apontaram o pioneirismo do Estado ao declarar a libertação dos escravos quatro anos antes da assinatura da Lei Áurea, tornando o Ceará a primeira província a decretar, oficialmente, o fim da escravidão no Brasil.
O governador Camilo Santana (PT) usou as redes sociais para homenagear a data. Ele compartilhou uma imagem do monumento em homenagem ao fim da escravidão, localizado no município de Redenção, interior do Ceará, e ressaltou o “orgulho” de ser cearense.
“Neste 25 de março, celebramos a nossa Data Magna, que marca o fim da escravidão no Ceará, ocorrida em 1884, quatro anos antes do restante do país. Por isso somos, com orgulho, a Terra da Luz. Terra da Luta, do respeito e da liberdade. Terra de Dragão do Mar”, destacou o Chefe do Executivo.
Também através das redes sociais, o senador Tasso Jereissati (PSDB) comemorou a data com ênfase ao pioneirismo do Ceará na luta contra a escravatura. “Liberdade é o que celebramos hoje! Foi em 1884 que o município de Redenção, no nosso Ceará, se tornou o pioneiro do movimento abolicionista no Brasil, quatro anos antes do fim da escravidão no restante do país”, escreveu o senador tucano.
Luiz Eduardo Girão, senador do Podemos, ressaltou o orgulho diante da resistência do Ceará contra a escravidão. “Fruto de força e uma resistência histórica, o Ceará assinava quatro anos antes do Brasil, a Lei de Abolição da Escravatura. Acarape, hoje município de Redenção, libertou cerca de 100 escravos antes mesmo da Lei ser sancionada no Estado. Por isso, nosso povo guarda com orgulho essa história: Data Magna do Ceará”, destacou o senador.
Já para o deputado estadual Heitor Férrer (Solidariedade), a data comemorada, ontem, reforça a necessidade de reflexão sobre os dias atuais. “Ceará, terra da luz! A data de hoje nos enche de orgulho pelo pioneirismo do nosso Estado na luta contra a escravidão. Mas que esse dia venha reforçar também a importância de continuarmos lutando para libertar nosso povo das misérias que ainda assolam o Ceará. Quando temos quatro milhões de cearenses (44,7% da população) vivendo em situação de pobreza, podemos dizer que no Ceará ainda se vive numa escravidão social”, disse o parlamentar.
O vereador Sargento Reginauro (sem partido), salientou que o Ceará é referência na discussão sobre a abolição dos escravos e que o povo possui um sentimento libertário que deve ser valorizado. “Nós precisamos continuar valorizando essa luta, esse resgate de que nós não aceitaremos nem aquela escravidão, nem as amarras do sistema que até hoje ainda tem promovido tanta segregação social dentro da nossa Cidade e do Ceará”, observou o vereador.
Evaldo Lima (PCdoB), vereador e professor de história, validou o protagonismo do Ceará na libertação dos escravos, evidenciando que a luta pela liberdade permanece a cada dia. “O Ceará foi a primeira província do Brasil a abolir a escravatura. Por essa razão, foi chamada pelo José do Patrocínio de a Terra da Luz. São muitos os nomes que lutaram pela liberdade e quero destacar, aqui, o Dragão do Mar, o bravo jangadeiro, Xico da Matilde, o Francisco José do Nascimento. A luta pela liberdade não cessa naquele 25 de março de 1984, a gente continua lutando por direitos, por democracia, por mais oportunidades para nossa gente”, pondera o parlamentar.
Feriado
Há oito anos, por meio de Emenda Constitucional, proposto pelo então deputado estadual Lula Morais (PCdoB), o Ceará determinou feriado estadual o dia 25 de Março, em alusão à abolição da escravatura (1884), estabelecendo o dia como Data Magna do Ceará. A iniciativa é reconhecida como um marco, já que paralisa as atividades do Estado em nome desse momento. “É uma data a ser comemorada porque é um marco de libertação do povo negro da escravidão e subjugação nas quais viviam”, disse a vereadora Larissa Gaspar (PPL).
Apesar de reconhecer a data como significativa, a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo Municipal, enfatizou que a abolição foi inconclusa, porque embora tenham quebrado as correntes de ferro que prendiam o povo negro, não quebraram as desigualdades sob as quais viviam e continuam vivendo.
“O povo negro é minoria dentro das universidades, nos postos de trabalho com melhores salários, é a população que mais morre e a que está mais presente em profissões precárias. A cada 23 minutos um jovem negro é assassinato no nosso país e a maioria da população encarcerada é negra. No que se refere às mulheres negras, elas são a maioria das vítimas de violência doméstica e de feminicídio. Recebem salários inferiores aos das mulheres brancas e ocupam as profissões mais precárias. Infelizmente o racismo existe e por isso a gente precisa de políticas públicas que venham erradicar as desigualdades que o povo negro ainda vivencia. Precisamos de políticas afirmativas que corrijam as situações de exclusões sociais, econômicas e culturais e garantir uma vida digna à população negra”, ressaltou Larissa.
Curiosidade
Ainda que a data oficial seja 25 de março de 1884, alguns historiadores consideram que o evento ocorreu no dia 1º de janeiro de 1883, em frente à igreja Matriz, na Vila do Acarape, atual município de Redenção, em um ato marcado pela entrega das cartas de alforria às 116 pessoas escravizadas ali existentes, na presença de José do Patrocínio e de outros abolicionistas.