Edilberto vai falar pros Altos Estudos

O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, conselheiro Edilberto Pontes, será um dos palestrantes do XXXI Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), que ocorre nesta quinta e sexta-feira (9 e 10/5), na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na cidade do Rio de Janeiro. Edilberto Pontes será um dos palestrantes do painel “Reforma da Previdência, situação macroeconômica e homenagem a João Paulo dos Reis Velloso”, no primeiro dia do evento.

O painel também contará com a participação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, dos secretários do Ministério da Economia - Waldery Rodrigues (Secretário Especial da Fazenda), Leonardo Rolim Guimarães (Secretário de Previdência) e Rogério Marinho (Secretário Especial da Previdência) -, do governador do estado do Piauí, Wellington Dias, com abertura oficial do presidente do BNDES, Joaquim Levy, e pronunciamentos do presidente do Fórum Nacional, Raul Velloso.

Estão previstas homenagens aos ex-ministros Delfim Netto, Ernane Galvêas, Marcílio Marques Moreira, e aos economistas Rubens Penha Cysne e Fernando Veloso, e a realização dos paineis “A natureza da inovação tecnológica nas firmas brasileiras: aprendendo com experiências concretas” e “Infraestrutura: o desafio de modelar/estruturar concessões no setor de transportes”.

O evento será transmitido ao vivo nos canais de mídias sociais Youtube e Facebook do Fórum Nacional.

Opinião

“Governo burla papel do Congresso ao dar porte de armas por decreto”, afirma Instituto Sou da Paz
Organização pontua que proibição de que pessoas pudessem andar armadas nas ruas foi um dos grandes avanços da Lei 10.826/2003, que desacelerou o crescimento de homicídios por arma de fogo no Brasil
O decreto nº 9.785, assinado nesta terça-feira pelo presidente Jair Bolsonaro, burla o papel do Congresso Nacional ao conceder porte de arma para várias categorias, proibido pela legislação de controle de armas no país, questão que deveria passar pelo crivo do Poder Legislativo, avalia o Instituto Sou da Paz.
“O governo não respeita o direito brasileiro propondo decreto contrário à lei. Quem legisla é o Congresso Nacional. Além disso, ignora os efeitos trágicos para Segurança Pública ao possibilitar que milhões de pessoas andem armadas”, afirma Ivan Marques, diretor-executivo do Instituto Sou da Paz. “Esta medida ignora o consenso científico de que aumentar a quantidade de armas em circulação aumenta a quantidade de homicídios, especialmente na realidade brasileira de altos índices de criminalidade e de resolução violenta de conflitos. São mais de 45 mil assassinados com arma de fogo por ano”, diz.
A proibição de que pessoas pudessem andar armadas nas ruas foi um dos grandes avanços da Lei 10.826/2003, que ficou conhecida como Estatuto do Desarmamento. Antes da implantação do Estatuto, o crescimento anual desses homicídios era de 8,1% - índice que foi reduzido para 2,2% ao ano desde então, segundo o último Mapa da Violência, conforme gráfico abaixo.
Redução dos índices de homicídios por arma de fogo após a implantação do Estatuto do Desarmamento, em 2004

Vítimas de homicídios por AF.png

“O presidente põe a perder um avanço da segurança coletiva, colocando acima dela o direito individual de grupos e em benefício da indústria de armas”, comenta Ivan.
Mudanças
Além de possibilitar o porte para diversas categorias, como políticos com mandatos eletivos, caminhoneiros, jornalistas, atiradores ou colecionadores de armas, o decreto amplia o conceito de arma de uso permitido, autorizando que civis tenham acesso a armas que hoje são usadas apenas pelas Forças Armadas e de segurança pública. Também aumenta o limite de munições de 50 por ano para 1.000 de uso restrito e 5.000 de uso permitido, diminuiu o controle sobre as vendas dessas munições, e aumentou o tempo de validade do porte de cinco para 10 anos.
Algumas categorias passam, inclusive, a não ter limite para compra de munições, como membros das forças de segurança, militares, forças policiais, guardas municipais, colecionadores, caçadores, atiradores, entre outras.
“Entendemos que há muito a ser feito para a diminuição da violência no Brasil, como retirar armas e munições das mãos de criminosos, combater o crime organizado, reduzir e esclarecer homicídios, melhorar a eficiência e valorização do policial e gerir melhor o sistema de segurança pública”, diz, Ivan. “No entanto, insistir em medidas que facilitem a compra e circulação de armas em vias públicas só irá piorar o grave cenário da segurança pública enfrentado pela população brasileira”.

Agora vai!

Decreto de Bolsonaro facilita porte de arma para jornalistas.

Quem serrá o queridinho do Jair

Comissão Eleitoral divulga resultado da consulta para novo reitor da UFC

Em consulta à comunidade universitária nessa quarta-feira (8), tendo em vista a elaboração da lista tríplice para escolha do novo reitor da Universidade Federal do Ceará, o Prof. Custódio Luís Silva de Almeida, atual vice-reitor, obteve 7.772 votos. Na sequência, o Prof. Antonio Gomes de Souza Filho, atual pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, obteve 3.499 votos, e o o Prof. José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque, atual diretor da Faculdade de Direito, obteve 610 votos. A informação é da Comissão Eleitoral Central (CEC), que encerrou a apuração dos votos por volta da meia-noite desta quinta-feira (9).

De acordo com a CEC, 11.997 eleitores compareceram às seções de votação, sendo 1.668 servidores docentes, 1.622 servidores técnico-administrativos e 8.707 estudantes. Do total de votos, foram registrados 49 em branco e 67 nulos.

Conforme a Lei nº 9.192/95, regulamentada pelo Decreto nº 1.916/96, os votos têm pesos diferenciados na apuração do resultado. A proporção é de 70% para o voto de professores, 15% para o de servidores técnico-administrativos e 15% para o de estudantes.

A próxima etapa do processo é a elaboração da lista tríplice pelo Conselho Universitário (CONSUNI), em reunião que ocorrerá no dia 20 de maio. A votação dos conselheiros é secreta e uninominal. A lista será encaminhada ao Ministério da Educação. A nomeação do reitor é prerrogativa do Presidente da República.

Educamos até que bem sem os estrangeiros

Camilo comemora avanço positivo da Educação no CE

O resultado do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará (Spaece) 2018 colocou o Estado com o menor percentual de crianças não alfabetizadas até o 2º ano do Ensino Fundamental da história, com apenas 3,5%. A informação foi repassada pelo governador Camilo Santana, ontem (7), durante seu bate-papo com a população pelas redes sociais.
“Nós crescemos em todas as médias de proficiência. Crescemos na alfabetização e crescemos em português e matemática nos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental. Um destaque importante é que na alfabetização nós reduzimos para o menor percentual histórico a condição de crianças não alfabetizadas, atingindo 3,5%. Claro que nós queremos zerar isso, mas é algo que orgulha o Ceará. Não há estado no Brasil que tenha esses indicadores que o Ceará tem alcançado”, comemorou Camilo. Em 2007, o número de crianças cearenses não alfabetizadas atingia a média de 47,4%.
O Spaece avalia as competências e habilidades dos alunos dos ensinos Fundamental e Médio de escolas estaduais e municipais, em português e matemática. A avaliação de 2018 teve o melhor resultado histórico da Alfabetização e Ensino Fundamental. Um fato diferenciado foi a redução de forma significativa de alunos, escolas e municípios com situações mais baixas de aprendizagem, elevando-os para os níveis mais adequados.
Camilo Santana diz acreditar que isso é fruto do trabalho iniciado há mais de uma década na área. “Mais uma vez o Ceará, fruto do trabalho de professores, coordenadores, diretores, prefeitos, secretários de Educação, atinge bons resultados. O trabalho que o Ceará tem feito desde 2007 é um trabalho de união, pactuação pela educação, com foco, meta e premiação. Isso tem feito o Estado ser destaque nacional e até internacional nos resultados de aprendizagem”, ressaltou.

Em 2007, o Ceará criou o Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic) com foco na proficiência dos alunos do 2º ano do Ensino Fundamental. Em 2011, o programa expandiu as ações para os estudantes do 3º, 4º e 5º anos. Quatro anos depois, o Estado lançou o Mais Paic, ampliando as estratégias para alunos do 9º ano da rede pública.
Rodovias
Ao responder os questionamentos feitos pela população, o governador tratou de temas variados incluindo a recuperação das rodovias cearenses anunciada há algumas semanas por ele. O chefe do Executivo estadual informou que as intervenções vão ter início com o final da quadra chuvosa. “A gente tem feito um volume considerável de investimentos rodoviários no Ceará. É claro que com essa intensidade de chuvas neste ano uma série de danos foram causados às nossas estradas. Solicitei um mapa das estradas que estavam precisando de uma reforma total ou restauração e já autorizei R$ 150 milhões para recuperá-las. Estou apenas aguardando finalizar este mês de maio a questão da chuva, porque não adianta iniciar a obra ainda chovendo. São 1.754 quilômetros que serão recuperados de imediato, assim que cessar a chuva”, comunicou.

Saúde
Ao ser solicitado para contribuir com a melhoria do Hospital IJF, na capital cearense, Camilo Santana citou a obra de ampliação da unidade que vem sendo realizada pelo Estado e Município. “O IJF é um hospital do município de Fortaleza. Nós temos uma parceria na construção do IJF II, sendo 50% do Estado e 50% do município na obra e compra de equipamentos. Já foram liberados mais de 130 novos leitos para acabar com o problema do corredor. A gente tem procurado colaborar também com os hospitais municipais para ajudar a melhorar a qualidade de vida da população de Fortaleza e do Ceará”, enfatizou.
Presos
Sobre a ressocialização de detentos do sistema prisional cearense através do trabalho, o governador explicou que já existem ações nesse sentido e novas parcerias vão ampliar essa política. “Estamos estruturando nossas unidades para colocar os presos para prestarem serviços. Inclusive, muitas das obras que estamos fazendo nos presídios estamos utilizando a mão de obra dos próprios presos. Eles também estão produzindo bolas de futebol, material esportivo. O secretário Mauro (Albuquerque, da Administração Penitenciária) esteve com a Federação das Indústrias do Ceará. Vão ser ofertadas 4 mil vagas para que egressos (do sistema) e detentos possam fazer atividades. É preciso ocupar esses presos e essa é uma das nossas metas”, disse Camilo.
Tornozeleiras
Sobre o projeto de lei aprovado, ontem, na Assembleia Legislativa para que o próprio detento pague pelo uso da tornozeleira, Camilo explicou a ideia. “Quem determina quando o preso usa ou não a tornozeleira é a Justiça. E qual é o papel da tornozeleira? É que mesmo ele estando na rua a gente possa monitorar esse preso para que ele não cometa algo de errado aqui fora. A lei diz para que quem tenha condições pague para usá-la”, disse.

Salvando o "chops" e "os pastel"

Projeto que libera bebidas nos estádios está na pauta da AL

O projeto que libera e disciplina a venda e o consumo de bebidas nos estádios e arenas esportivas do Estado vai ser colocado em votação, hoje, no plenário da Assembleia Legislativa. A proposta, de autoria do deputado Evandro Leitão (PDT), está longe de alcançar consenso e deve passar por votação com placar apertado.
A Assembleia chegou a disponibilizar enquete de consulta pública sobre o assunto, no portal da Casa, para que a população pudesse se manifestar diante do assunto controverso. Encerrada na última sexta-feira (03), a consulta à população revelou que entre os internautas, 63,65% se posicionaram a favor do projeto, 36,01%, contra e 0,25% declararam não ter opinião. A enquete entrou no ar no dia 8 de abril.
A proposição, de nº 85/2019, de autoria do deputado Evandro Leitão (PDT), autoriza o comércio e o consumo de bebida cujo teor alcoólico não seja superior a 10% em estádios e arenas desportivas no Ceará, por meio de fornecedores devidamente cadastrados junto à administração do respectivo local.
Ontem, o deputado Bruno Gonçalves (Patri) voltou a levar o tema para debate em plenário. O parlamentar se posicionou afirmando que “o álcool é, acima de tudo, um problema de saúde, e não seria coerente que o Poder Público estimulasse o uso de qualquer droga que faça mal à saúde”.
Na avaliação do deputado, quando um Poder Público constituído, como o Parlamento estadual, autoriza ou libera o consumo de bebidas alcoólicas, ele está estimulando a população cearense a utilizar algo prejudicial para ela. “Quem defende este projeto alega que o álcool não influencia na violência dentro dos estádios, pois ela seria motivada por fatores externos, como briga de facções, mas ao mesmo tempo o projeto apresenta uma série de restrições ao consumo do álcool”, apontou Bruno Gonçalves.
O parlamentar ainda afirma que a proposta é contraditória. “Se a alegativa é de que o consumo de álcool nos estádios não faz mal e não interfere na violência, para que tantas restrições? Ou se libera tudo ou não se libera nada”, questionou.
Sobre o tema, o deputado Audic Mota (PSB) admitiu que ainda não tem um posicionamento formado sobre a questão.“Estamos entre o direito do cidadão de consumir e o dever do Estado de fiscalizar, mas também diante de uma questão social que não é simples, pois tratamos de multidões”, avaliou Audic Mota.
Seja qual for a definição, a expectativa nos bastidores é de que a votação registre um placar apertado diante da polêmica.
Audiência
Na última terça-feira (07), a liberação de álcool nos estádios foi tema de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Saúde da Assembleia Legislativa. Na ocasião, o deputado Apóstolo Luiz Henrique (PP) enfatizou a necessidade de ouvir especialistas e sociedade civil acerca da liberação do álcool nos estádios. Para o parlamentar, a medida vai elevar os índices de violência e mortes. “É preciso avaliar o possível retrocesso social com a liberação de bebidas durante partidas esportivas. É um risco grande à segurança dos torcedores e familiares que frequentam os estádios”, apontou.
Além dele, diversos parlamentares se posicionaram contrários ao projeto que autoriza o comércio e o consumo de bebida cujo teor alcoólico não seja superior a 10% (dez por cento) em estádios e arenas desportivas no estado do Ceará. Eles afirmaram que se posicionarão contra o projeto na votação a ser realizada no Plenário da AL, hoje.
A deputada Dra. Silvana (PR), presidente da comissão, disse que o esporte é uma causa nobre, e os deputados que são contrários à liberação querem defender a sociedade da mistura do esporte e do álcool, que tem malefícios comprovados na vida das pessoas. O deputado Apóstolo Luiz Henrique (PP) afirmou crer que, “ao evitarmos que o álcool entre nos estádios de futebol, vamos garantir mais segurança aos que os frequentam”.
O deputado Marcos Sobreira (PDT) apontou que o Estatuto do Torcedor proíbe a entrada nos estádios com bebidas ou substâncias suscetíveis de gerar violência e, por ser uma legislação federal, precisa ser respeitada no Estado. O parlamentar afirmou que o projeto em tramitação é inconstitucional e, caso seja aprovado na AL, será discutido no Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado Nelinho (PSDB) reafirmou posição contrária ao projeto e ressaltou que o álcool altera o estado das pessoas e o estádio é local de grandes emoções. A deputada Érika Amorim (PSD) indicou que é preciso enfrentar o grande desafio de minimizar os males que a bebida alcoólica provoca na sociedade e, por isso, não se deve estimular o consumo. O deputado Walter Cavalcante (MDB) afirmou que o álcool não contribui para a harmonia dentro dos estádios e convidou o público a estar presente na AL, nesta quinta-feira, para acompanhar a votação do projeto.
A favor
Já o deputado Salmito (PDT), que também participou da audiência pública, afirmou defender que o torcedor tenha direito de comprar a bebida de baixo teor alcoólico no estádio. Ele indicou que quem é a favor da liberação da bebida nos estádios tem a consciência e a informação de que a bebida alcoólica ofende a saúde, mas o maior desafio é analisar se a venda vai aumentar a violência ou não, por isso o debate precisa ser feito.

Capa do jornal OEstadoCe